A feminização do HIV alarma organizações de mulheres

Propaganda
A feminização do HIV alarma organizações de mulheres
Capa Fale conosco
Arquivo / Busca
4:16 PM | Sexta-feira, 3/8/2012 América Latina
África
Mundo
Economía
Ambiente
A feminização do HIV alarma organizações de
mulheres
Globalização
Gladis Torres Ruiz
Direitos Humanos
Saúde
Arte e Cultura
Energia
Politica
Desenvolvimento
Colunistas
RSS o que é isso?
ENGLISH
ESPAÑOL
FRANÇAIS
SVENSKA
ITALIANO
DEUTSCH
SWAHILI
MAGYAR
NEDERLANDS
ARABIC
POLSKI
ČESKY
SUOMI
PORTUGUÊS
JAPANESE
TÜRKÇE
Washington, Estados Unidos / Cidade do Méxi, 1/8/2012 (IPS/Cimac) ,
(IPS) - A "feminização" do vírus HIV é um fenômeno que exige ações
urgentes, afirmaram organizações civis durante a 19º Conferência
Internacional sobre Aids, realizada na capital dos Estados Unidos
entre 22 e 27 de julho.
Mulheres, meninas e meninos representam quase 60% das pessoas com
HIV/aids no mundo. Por isso, são necessários ações e orçamentos
urgentes para enfrentar uma epidemia que com o passar dos anos se
"feminizou". Esta foi a principal demanda de organizações civis de
mulheres que participaram da conferência Aids 2012.
Hilda Esquivel, consultora em HIV e mulheres no México, disse que uma
das maiores preocupações das mulheres é a falta de financiamento
contra a epidemia, devido à ideia de que a aids é uma "etapa superada"
para a humanidade, quando isso não é verdade. As meninas e as
mulheres são a população mais afetada pela falta de recursos para
medicamentos contra a doença, alertou.
Mais noticias
MUDAN�A CLIM�TICA : �frica deve
pressionar por fundos para adapta��o
Acesso pleno a �gua e saneamento
ainda est� no horizonte
AMBIENTE-�NDIA: Crucial
prote��o da Unesco
Greve de professores se prolonga
sem resultados
Ambientalistas em campanha contra
perfura��o no �rtico
"Os maus-tratos contra crian�as
palestinas � inaceit�vel"
Futuro da energia nuclear depende de
quem o projeta
SRI LANKA: Como romper o sil�ncio
sobre viola��es
COLUNA: O multilateralismo est� em
uma encruzilhada
Nova etapa geopol�tica do Mercosul
MAIS>>
Latest News
A Onusida informa que até 2011 havia no mundo 34 milhões de pessoas
vivendo com HIV/aids. Destas, 15,9 milhões são mulheres e 3,4 milhões
meninas e meninos. Esta população representa 57% dos casos
registrados em escala global. A grande maioria das pessoas com
HIV/aids vive em países de renda baixa ou média. Calcula-se que em
2010 2,7 milhões de pessoas contraíram a infecção. Na América Latina,
cerca de 560 mil mulheres e meninas vivem com o HIV, o que equivale a
36% de todas as pessoas que têm o vírus na região. No México, segundo
dados oficiais, há 220 mil adultos com HIV, dos quais 60% são homens,
23% mulheres heterossexuais e 6% clientes de "trabalhadoras sexuais".
Investigation Exposes Cruelty at Foie
Gras Farms
Where Are Canada’s Missing Native
Women?
Groups Vow to Fight Arctic Drilling
Iran Diplomacy Runs into SanctionsHappy U.S. Congress
Native Canadians Fear Mining Boom
in “Ring of Fire”
MORE >>
Ultimas Noticias
Na conferência Aids 2012, especialistas concordaram que as mulheres
devem ser uma prioridade na pesquisa, no cuidado e no tratamento em
todos os níveis da doença. Integrantes da Comunidade Internacional de
Mulheres Vivendo com HIV/aids - Global (ICW-Global) criticaram o fato
de, apesar de representarem mais da metade dos casos, elas não
receberem a mesma proporção de fundos contra a epidemia. A ICWGlobal é uma rede com mais de 15 mil mulheres de 120 países, presidida
pela argentina Patricia Pérez.
Tratado bueno para el ozono, pero
malo para el clima
CAMBIO CLIMÁTICO: Pocos
dominicanos perciben los riesgos
RELIGIÓN: Mexicanos migran en
cuerpo y alma
PALESTINA: El lado oculto de la falta
de luz
Foie gras, un plato de crueldad
MÁS >>
Hilda Esquivel explicou à Cimac/IPS que apenas 46% dos países
destinam em seus orçamentos recursos específicos para mulheres com
HIV/aids. Acrescentou que muitas nações carecem de leis contra a
"criminalização" das mulheres, adolescentes, meninas e jovens
portadoras do vírus. Em sua intervenção na conferência, o diretor do
Departamento de HIV da Organização Mundial da Saúde (OMS), Gottfried
Hirnschall, considerou essencial fornecer tratamento antirretroviral a
mulheres grávidas, HIV positivas e a populações vulneráveis. Isso para
http://ips.org/ipsbrasil.net/nota.php?idnews=8584[03/08/2012 16:16:42]
A feminização do HIV alarma organizações de mulheres
manter as pessoas com o vírus em boas condições de saúde e reduzir o
contágio, explicou.
A maioria das crianças que vivem com HIV moram na África subsaariana
e contraíram o vírus por meio de suas mães HIV positivas durante a
gravidez, o parto ou a amamentação. Pérez se reuniu com o secretáriogeral da Organização de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza,
e com a secretária-executiva da Comissão Interamericana da Mulher,
Carmen Moreno, para denunciar os problemas que enfrentam mulheres,
meninas e adolescentes que vivem com HIV em vários países latinoamericanos. "Elas são vítimas de violência doméstica, estigma e
discriminação no trabalho e na sociedade", ressaltou.
Insulza propôs uma série de ações regionais de alerta para evitar essa
situação, e convidou Pérez para reuniões de trabalho em outubro, para
estabelecer uma estratégia conjunta entre a OEA, com sede em
Washington, e os capítulos nacionais da ICW-Global na região.
Ao falar na conferência Aids 2012, a secretária de Estado norteamericana, Hillary Clinton, anunciou doação de US$ 80 milhões para a
atenção com mulheres grávidas com HIV em países pobres, sem acesso
aos antirretrovirais. "Os Estados Unidos estão enfatizando a igualdade de
gênero porque as mulheres necessitam e merecem uma voz nas
decisões que afetam suas vidas", declarou Clinton. Entretanto, o governo
dos Estados Unidos também recebeu reclamações das organizações de
mulheres.
A Rede de Mulheres Positivas dos Estados Unidos afirmou que uma em
cada quatro pessoas que vivem com HIV/aids nesse país é mulher, e que
são elas que enfrentam maiores barreiras para ter acesso aos serviços de
saúde. A situação se agrava para as mulheres afro-americanas,
acrescentou.
A Conferência Aids 2012 foi encerrada com a Declaração de Washington,
de nove pontos. No ponto dois solicita-se assegurar a prevenção, o
tratamento e a atenção do HIV em relação aos direitos humanos de
mulheres vulneráveis, pessoas jovens e mulheres grávidas que convivem
com o vírus, já que são elas que correm maiores riscos e têm mais
necessidades. No ponto cinco pede-se dar tratamento a todas as
mulheres grávidas e na fase de amamentação que convivem com o HIV,
para acabar com a transmissão perinatal. "Podemos apoiar as mulheres
para que permaneçam vivas e em bom estado de saúde e para acabar
com as infecções perinatais pelo HIV", afirmaram os signatários.
Os especialistas concordaram que a condição social desigual das
mulheres as expõem a um risco mais alto de contrair o HIV/aids.
Alertaram que as mulheres estão em desvantagem no tocante ao acesso
à informação sobre prevenção, na capacidade de negociar e no uso de
preservativos nos encontros sexuais, e quanto ao acesso seguro ao
tratamento uma vez contraída a infecção.
A conferência reuniu 21 mil delegados de 195 países, entre os quais
especialistas no assunto, legisladores, funcionários, pessoas que vivem
com HIV, bem como organizações civis. O objetivo foi avaliar o estado
atual da enfermidade, conhecer os avanços científicos recentes e traçar
coletivamente o caminho a seguir na luta contra a aids. A reunião
aconteceu nos Estados Unidos pela primeira vez em 20 anos, porque até
2010 as pessoas portadoras de HIV estavam proibidas de entrar nesse
país. Envolverde/IPS
* Este artigo foi publicado originalmente pela agência mexicana de
http://ips.org/ipsbrasil.net/nota.php?idnews=8584[03/08/2012 16:16:42]
Download