a subfamília caesalpinioideae (leguminosae) na floresta nacional

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64º Congresso Nacional de Botânica
Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013
A SUBFAMÍLIA CAESALPINIOIDEAE (LEGUMINOSAE) NA FLORESTA
NACIONAL DE SILVÂNIA
1
1
Alessandro Oliveira de Souza *, Marco José da Silva
1
Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Botânica, Universidade Federal de Goiás;
*[email protected]
Caesalpinioideae é parafilética compreende cerca de 170
gêneros, 2.250 espécies e 5 tribos distribuídas
especialmente nas regiões tropicais [1,2]. No Brasil está
representada por 64 gêneros e 790 espécies em todos os
biomas. A subfamília inclui desde ervas a árvores e é
reconhecida principalmente pelas folhas pinadas,
bipinadas ou unifolioladas, flores com pré-floração
imbricada ascendente, sépalas usualmente livres, fruto
geralmente do tipo legume e sementes sem ranhura hilar
e com radícula estreita [3,2].
Estudos taxonômicos sobre as Caesalpinioideae
brasileiras são escassos, especialmente na região
Centro-Oeste e no Estado de Goiás, respectivamente.
Este trabalho objetivou o estudo taxonômico de
Caesalpinioideae na Floresta Nacional de Silvânia, uma
área cuja flora é pouco conhecida.
3. Flor séssil, cálice gamossépalo.........Dimorphandra
3’. Flor pedicelada; cálice dialissépalo.............Delonix
1’. Folhas compostas.
4. Folhas com pontuações translúcidas.
5. Folhas com um par de folíolos; flores
diclamídeas............................................Hymenaea
5’. Folhas com 3-4 pares de folíolos; flores
monoclamídeas.......................................Copaifera
4’. Folhas sem pontuações translúcidas.
6. Folhas palmatinérvea; cálice gamossépalo;
pétalas brancas a rosadas........................Bauhinia
6’.
Folhas com 2 ou mais folíolos; cálice
dialissépalo, pétalas amarelas a alaranjadas.
7. Estames isomórficos; pedicelo bibracteolar;
legume elasticamente deiscente......Chamaecrista
7’.
Estames heteromórficos; pedicelo sem
bractéolas; fruto indeiscente ou tardiamente
deiscente......................................................Senna
Metodologia
Conclusões
A Floresta Nacional de Silvânia (FLONA-Silvânia) é uma
unidade de conservação, situa-se no município de
Silvânia, Goiás e possui uma área de aproximadamente
487,37 ha. Seu clima é Aw [4] e com temperatura média
de 23ºC e sua vegetação compreende campo sujo,
cerrado sensu stricto, florestas semideciduais e de
galeria.
Foram realizadas excursões mensais na área de estudo e
áreas circunvizinhas, de maio de 2012 até o presente
momento para coleta de material botânico conforme
técnicas tradicionais. Durante a coleta flores foram
fixadas em álcool 70% para auxiliar na descrição e
identificação das espécies. O material coletado encontrase depositado no acervo do herbário UFG.
Nossos resultados evidenciaram a riqueza da área
estudada apontando para uma necessidade de sua
conservação. A maioria das espécies encontradas neste
estudo é típica da vegetação de cerrado com exceção de
Senna splendida e Hymenaea courbaril.
Introdução
Resultados e Discussão
A subfamília Caesalpinioideae na Floresta Nacional de
Silvânia está representada por 35 espécies distribuídas
em 8 gêneros: Bauhinia L., Copaifera L., Chamaecrista
Moench., Delonix Raff., Dimorphandra Schott., Hymenaea
L., Senna Mill e Schizolobium Vogel. Sendo que
Chamaecrista foi o gênero mais representativo com 16
espécies, seguido de Senna e Bauhinia com 9 e 4
espécies respectivamente, Hymenaea apresentou 2
espécies enquanto que os demais gêneros mostraram-se
monoespecíficos.
Chave para os gêneros de Caesalpinioideae
ocorrentes na Floresta Nacional de Silvânia (FLONA)
1. Folhas bicompostas.
2. Fruto criptosâmara.................................Schizolobium
2’. Fruto legume.
Agradecimentos
Agradecemos ao Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio) pela permissão para realizar
o trabalho de campo, a Universidade Federal de Goiás
(UFG) pelo apoio logístico e ao senhor Renato por
facilitar os estudos de campo.
Referências Bibliográficas
[1] Polhill, R.M.; Raven, P. H. 1981. Advances in Legume
Systematics Part 1. Royal Botanic Gardens, England.
[2] Lewis, G.P.; Schrire, B.D.; Mackinder, B.A. & Lock, J.M. 2005.
Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.
[3] Cowan, R.S. 1981. Caesalpinioideae. Pp. 57-64. In: R.M.
Polhill & P.H. Raven (eds.). Advances in Legume Systematics
part I. Kew, Royal Botanic Gardens.
[4] Köppen, W. 1948. Climatologia: con un estudio de los climas
de la tierra. Fondo de Cultura Econômica. México. 479p.
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