o mistério da voz - Teatro Municipal da Guarda

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Bis
Junho e Julho de 2010
Boletim Bimensal do Teatro
Municipal da Guarda
O MISTÉRIO DA VOZ
MEREDITH
MONK
a rir é que a gente se eNtende
DARIO FO
sabor a jazz
Tim berne
+ bruno chevillon
Conhecendo o percurso e o perfil destes dois
músicos, bem como a relevância internacional
que ambos conseguiram, estranho seria que não
acabassem por se encontrar. Tim Berne começou
por ser basquetebolista, mas a descoberta da
sonoridade do saxofone alto, e depois a aprendizagem com Julius Hemphill, mudaram-lhe
definitivamente o rumo da vida. Na base do seu
entendimento da música está a paixão que nutria
durante a juventude pelo rhythm ‘n’ blues e pelos
discos da Motown. Ao longo dos anos, tem desenvolvido propostas que aglutinam a objectividade
do hard bop, a fluidez do free jazz, a alma da soul
e a energia do rock. A sua carreira na música
começou em 1979 e obteve o seu auge aquando
da edição do disco”Fractures Fairy Tales” em 1989,
este foi apelidado de obra-prima pelo New York
Times. Seguiram-se os históricos concertos de
Paris do seu quarteto Bloodcount, editados em três
volumes, “Lowlife”, “Poisoned Minds” e “Memory
Select”. Desde 1994 que este quarteto realizou
250 concertos em todo o mundo incluindo Portugal.
Em 1996 Tim Berne fundou a sua segunda editora,
a Screwgun e aí editou o grosso do seu trabalho
desde então.
Bruno Chevillon parecia ter o destino traçado pelo
seu interesse pelas belas-artes, tendo feito uma
especialização em fotografia, mas outra figura
ímpar da música, André Jaume, alterou-lhe as
perspectivas. Encetou uma carreira como notável
contrabaixista de jazz ao lado de nomes como
Daniel Humair, Joachim Kühn, Elliott Sharp, Michel
Portal e, principalmente, de Louis Sclavis, tendo-se
evidenciado também como intérprete de música
contemporânea. Hoje, soma o baixo eléctrico e a
electrónica num projecto musical que transcende
os géneros e as fronteiras entre o erudito, o
popular e o experimental. Em comum estes dois
homens têm uma imensa curiosidade relativamente às possibilidades que se lhes apresentam. Sempre abertos ao desconhecido, são a cada momento
capazes de se surpreender a si mesmos.
Tim berne [eua] / Bruno chevillon [frança]
sexta 4 DE junho 21H30
Dario Fo é um dramaturgo italiano nascido a 24 de
Março de 1926, na aldeia de San Giano, na região
italiana de Lombardia. Filho de um chefe de estação de caminho-de-ferro, actor amador e homem
de fortes convicções socialistas, deambulou com
o resto da família um pouco por todo o Norte de
Itália, consoante as obrigações profissionais do
seu pai.
Em criança, passava os Verões na pequena quinta
do avô materno, com quem se deixou fascinar pela
imaginação. Reputado como uma pessoa de humor
aguçado e sátira certeira, o avô desempenhou um
papel importante no desenvolvimento intelectual
de Dario Fo.
É durante a sua adolescência que deflagra a
Segunda Guerra Mundial. Embora a escassez não
se fizesse sentir tanto nos meios rurais, Dario Fo
teve que partir para Milão para prosseguir os seus
estudos. Ingressou na Escola Brera de Belas-Artes
e interrompeu os estudos quando foi recrutado
para o exército. Desertou pouco depois e optou por
refugiar-se num sótão onde os seus próprios pais
escondiam judeus que ajudavam a atravessar a
fronteira para a Suíça.
Depois da guerra retomou os seus estudos e
matriculou-se também no curso de Arquitectura do
Instituto Politécnico de Milão. O ambiente cultural
da cidade era bastante propício ao teatro, e Fo
começou a trabalhar como cenógrafo.
Em 1951 conheceu Franca Rame, descendente de
uma longa linhagem de actores, com que se veio a
casar em 1954 e que se tornou na sua assistente.
Nesse mesmo ano estreou a sua primeira peça, o
monólogo Poer Nano (1951), concedendo a Fo uma
certa notoriedade. Em 1959, e depois de uma extensa contribuição para o teatro de revista, fundou,
juntamente com a sua esposa, uma companhia
de teatro de nome Fo-Rame. No ano seguinte
arrebatou um sucesso a nível internacional ao
levar à cena a peça Gli arcangeli non giocano.
Seguiram‑se La signorina è da buttare (1967),
Mistero buffo (1969), Morte accidentale di un
anarchico (1970), Non si paga, non si paga! (1974),
entre outras. As suas peças estão traduzidas em
mais de 30 idiomas.
Dário Fo foi galardoado com o Prémio Nobel da
Literatura em 1997. No ano seguinte, o Ministério
da Cultura francês concedeu a Fo a Comenda das
Artes e das Letras. Em Maio de 2000 recebeu, naquele país, três prémios Molière pela peça Morte
acidental de um anarquista.
À descoberta das américas de dario fo
companhia leões de circo [brasil]
SÁBADO 5 DE junho 21H30
Destaques de JUNHO do 2º Festival Internacional de
Objectos Vivos
continuam as
marionetas no tmg,
com o ovni
Objectos e marionetas que vêm de vários pontos
do globo. Teatro de objectos e teatro visual.
Marionetas de fios, Teatro mecânico… Tudo isto
vai ainda passar pelo OVNI – Festival Internacional
de Objectos Vivos até 12 de Junho. O festival
começou no passado mês de Maio mas ainda tem
vários espectáculos para mostrar.
No dia 6 de Junho, o OVNI continua com a opereta
Biddy Early, que o Teatro ao Largo apresenta no
teatrinho de bolso feito de palha e barro localizado
na Quinta Dionísio dos Trinta e apelidado de
Salamalandra [ver texto abaixo].
Segue-se, no dia 9 de Junho, a Companhia
de Teatro e Marionetas de Mandrágora com
o espectáculo Lenheiras de Cuca Macuca.
Trata-se de uma encenação de José Caldas que
o TMG apresenta em duas sessões, às 10h para
o público das escolas e às 21h30 para o público
em geral. “Lenheiras” significa mulheres que
carregam lenha. O espectáculo é uma viagem para
a construção de uma identidade. A escavação por
dentro daquilo que “parece ser” para tornar visível
o invisível”.
No dia 11 de Junho, a Circolando apresenta, através do seu Projecto Satélite, o espectáculo Paisagens em trânsito. A companhia recorre às linguagens do teatro de marionetas, de objectos e do
teatro físico para explorar a temática do exílio. Na
história há um homem carregado de malas numa
estação de comboios imaginária. Um viajante sem
destino com uma história guardada na bagagem.
A criação e interpretação deste espectáculo é de
Patrick Murys, o mesmo actor/manipulador que no
dia seguinte, a 12 de Junho, irá orientar a oficina
igualmente intitulada Paisagens em trânsito, para
espectadores dos 8 aos 60 anos.
Dança, poesia, teatro, música, pintura, multimédia
Los Girasoles Rotos
muito mais que um
espectáculo de dança
Los girasoles rotos é o novo e o recém estreado
espectáculo da companhia espanhola Ballet
Contemporâneo de Burgos e que reúne dança,
poesia, teatro, música e pintura, numa encenação
e coreografia em que as distintas disciplinas
artísticas se alimentam umas das outras ao serviço
do poeta espanhol León Felipe.
Teatrinho de Bolso de Palha e Barro na Quinta
Dionísio (Trinta)
Há ópera na Salamalandra!
Um desejo partilhado. Descobrir um meio simples,
intimista mas fortemente teatral de contar
histórias; o fascínio de Steve Johnston por figuras
mecânicas e teatros miniaturas, e o interesse de
Helen Lane nas possibilidades do teatro musical,
resultou na opereta Biddy Early que o TMG
apresenta integrada no OVNI – Festival Internacional de Objectos Vivos e que tem lugar no original
Teatro de Bolso Salamalandra da Quinta Dionísio
(Trinta). O espectáculo é levado à cena pelo Teatro
ao Largo e acontece naquele teatrinho de palha e
barro que surgiu há quase um ano (no Solstício de
Verão de 2009) pela mão da Luzku – Comunidade
Internacional de Terapias Naturais e Artísticas.
Biddy Early é uma opereta original, interpretada
por Helen Lane e acompanhada à viola clássica por
Steve Johnston. Trata-se de uma homenagem à
famosa curandeira tradicional de Kilanena, no Condado de Clare (Irlanda), que ao longo da sua vida
desafiou as autoridades e foi julgada por bruxaria.
A peça é realizada com um teatrinho mecânico
especialmente concebido para o efeito.
O Teatro ao Largo surgiu da firme convicção de que
o teatro profissional pertence a cada comunidade,
por mais pequena e por mais isolada que seja,
como é o caso deste teatrinho nos Trinta. Desde
1994, centenas de representações fizeram-se em
recintos públicos: no largo principal, na festa do
Município, na feira de artesanato, na festa da
aldeia, para os idosos em Centros de Dia, para as
crianças na sala de aula, e para os veraneantes
nas estações de veraneio. Representar nestas situações é um acto de escolha. Como grupo, o Teatro
ao Largo dedica-se à ideia de teatro comunitário.
O espectáculo terá lugar às no Domingo 6 de
Junho às 17h00 na Salamalandra e a partida será
às 16h00 do TMG. Os bilhetes custam 5 euros e
incluem o transporte.
É um espectáculo de dança contemporânea, mas
também é um recital. Queríamos dar vida de uma
forma especial à poesia de León Felipe utilizando
muitas componentes visuais. Foi interessante
juntar todos os elementos e criar uma obra interdisciplinar – resume a coreógrafa do espectáculo
Sabine Dahrendorf numa entrevista ao Diário de
Burgos.
Sabine Dahrendorf é alemã. Estudou Ciência
do Teatro, Cinema, Filosofia e Germânicas na
Universidade de Colónia. Em 1980 passa a viver
em Barcelona onde estuda Dança Contemporânea
e Teatro no Institut del Teatre Barcelona e La
Fabrica. Já realizou vários trabalhos de movimento
cénico entre os quais destaca La Atlantida, para a
companhia La Fura dels Baus, Tøbrud, para a Nyt
Dansk Danse Teater, e Copenhague y Knistern,
para o American Danse Festival. Fundou em 1984
a Companhia Danat Danza. Foi galardoada com
o prémio Ciutat de Barcelona para o espectáculo
El Cielo está Enladrillado. Actualmente trabalha
como coreógrafa e dá aulas de dança contemporânea em várias instituições de Barcelona.
Em Los girasoles rotos quatro bailarinos, um actor
e uma trapezista sobem ao palco deste espectáculo cujo coração está presente no mundo poético
de León Felipe. As imagens poéticas que emergem
da obra deste autor são o motor que estimula tudo
o que vai acontecer no espaço cénico, dando mote
a outros tantos reflexos, projectados sobre as
páginas enormes de um livro semi-aberto ao fundo
do cenário. O espectáculo tem também referências
à obra do pintor alemão Anselm Kiefer.
O espectáculo tem a interpretação de Sara Sáiz
Oyarbide, Carlota de Luis Mazagatos, Laura Molina
Herrera, Miguel Angel Ponte, Jonatahn de Luis
Mazagatos, Javier Semprun e Cristina Calleja
Volado e a música original de Josep Sanou. A
direcção da companhia Ballet Contemporâneo de
Burgos é de Alberto Estébanez Rodríguez.
Este é um espectáculo apresentado com o apoio
do Programa de Cooperação Transfronteiriça
Espanha - Portugal.
los girasoles rotos
ballet contemporâneo de Burgos
[espanha]
SÁBADO 12 DE junho 21H30
as prodigiosas criações vocais de uma diva
Meredith monk
«A música transcendente de Monk apresenta uma expressividade muito
variada em concerto, da mágoa e perda à alegria e riso.
O público de todo o mundo considera os seus concertos divertidos
e emocionalmente poderosos!»
Meredith Monk é compositora, cantora, coreógrafa, autora de nova ópera, peças de teatro musical,
filmes e instalações. Uma pioneira naquilo a que
agora se designa por “técnica vocal estendida” e
“performance interdisciplinar,” Monk cria trabalhos que misturam música e movimento, imagem
e objecto, luz e som, num esforço por descobrir
novos modos da percepção. A sua exploração da
voz como um instrumento, como uma linguagem
eloquente em si e per si, expande as fronteiras da
composição musical, criando paisagens sonoras que desenterram sentimentos, energias, e
memórias para as quais não temos palavras. Foi
proclamada como “um mago da voz” e “um dos
compositores mais cool da América.” Durante uma
carreira que se estende ao longo de 40 anos, foi
aclamada pelo público e pela crítica como uma
enorme força criativa nas artes performativas.
Desde a sua licenciatura no Sarah Lawrence
College em 1964, Monk tem recebido inúmeros
prémios pelas mais prestigiadas instituições de
arte mundiais. É bolseira da Academia Americana
de Artes e Ciências e tem vários doutoramentos
honoris causa pelos Bard College, University of the
Arts, Julliard School, San Francisco Art Institute e
Conservatório de Boston. As suas gravações Dolmen Music (ECM New Series) e Our Lady of Late:
The Vanguard Tapes (Wergo) foram laureadas com
o Prémio da Crítica Alemã da Melhor Gravação em
1981 e 1986. A sua música foi ouvida em vários
filmes, tais como La Nouvelle Vague de Jean-Luc
Godard e The Big Lebowski de Joel and Ethan
Coen. A relação com uma nova editora Boosey &
Hawkes torna a música de Meredith Monk, pela
primeira vez, acessível a uma audiência muito
mais alargada.
Em 1968, Monk fundou The House, uma companhia dedicada a uma abordagem interdisciplinar
da performance. Em 1978, formou Meredith Monk
& Vocal Ensemble, ampliando as suas texturas
e formas musicais. Fez mais de uma dúzia de
gravações, a maior parte pela editora ECM New
Series. A sua música foi executada por inúmeros
solistas e grupos, incluindo The Chorus of the San
FranciscoSymphony, Musica Sacra, The Pacific
Mozart Ensemble, Double Edge, e Bang On A Can
All-Stars, entre outros. Monk é pioneira em sitespecific performance, tendo criado trabalhos como
Juice: A Theater Cantata In 3 Installments (1969) e
mais recentemente American Archeology #1: Roosevelt Island (1994). Em Outubro de 1999, Monk
cantou Vocal Offering para Sua Santidade, o Dalai
Lama como parte integrante do Festival Mundial
de Música Sagrada em Los Angeles. Em Julho de
2000, a sua música foi distinguida com uma retrospectiva de três concertos intitulada Voice Travel
integrando o Festival de Lincoln Center. O seu mais
recente CD ‘Mercy’ foi lançado pela etiqueta ECM
New Series em Novembro de 2002.
Ficha
Nome completo
Meredith Jane Monk
Profissão
Compositora, cantora, realizadora e coreógrafa
Ano em que nasceu
1942
Signo
Escorpião
O seu último disco
“Mercy”
Números
1978
Ano em que fundou o Meredith Monk & Vocal
Ensemble
3
Katie Geissinger, Allison Sniffin e Theo Bleckmann:
as artistas que acompanham Monk no concerto
do TMG.
1968
Ano em que Monk fundou The House
2002
Data da edição do seu último disco
meredith monk
vocal quartet [EUA]
quinta 17 DE junho 21H30
música para dançar
clubbing com le rok, lars mosel e h30H
A música de dança tem palco e pista de dança no
TMG numa colaboração com a 30porumalinha. O
objectivo é o de mostrar o fenómeno clubbing à
cidade da Guarda. Esta será uma noite de festa
marcada pela aposta num cartaz internacional
e a estreia em Portugal do Alemão Le Rok, que
com Lars Mosel que se desloca de Hannover
para um concerto em versão modificada do que
já apresentou no festival Sonar, de Barcelona. Le
Rok é o projecto de Christoph Döhne (Hanover
- Alemanha), cujo progresso artístico se tem
revelado nos últimos anos. Até finais de 2008
integrou o bem sucedido projecto Risque de Choc
Electrique. Na sua produção individual trabalha um
estilo muito próprio, a melodia sugere inicialmente alguma timidez, progredindo suavemente
em jeito de canção de embalar, ao panorama
acrescenta uma dosagem de electrónica, segue-se
a combinação de vocais pop com a pulsação de
pequenos elementos de techno minimal. A noite
Clubbing contará ainda com o djset do português
H30H, um dos internacionais e inquietos DJs do
cenário electrónico português. Mais que um Dj, é
amante incontestável de música e proprietário da
30porumalinha records, editora e promotora que
tem contribuído para uma lufada de ar fresco no
panorama musical internacional dentro do género.
clubbing
le rok & lars mosel [alemanha]
h30h [portugal]
SÁBADO 19 DE junho 23H30
MARGARET LENG TAN
[SINGAPURA/EUA]
SÁBADO 26 DE JUNHO 21H30
Há tourada
na aldeia
Pedro Sena Nunes anda a olhar para o seu país há
mais de 20 anos.
Num ambicioso projecto, que este nosso viajante
designou por Microcosmos*, pretende fixar a essência de um povo. Começou em Trás-os-Montes
e já percorreu seis regiões, onde cada filme se foi
transformando numa experiencia única. Talvez A
morte do cinema, filme de 2003 rodado na cidade
de Aveiro (Beira Litoral), seja mesmo o paradigma
dessa singularidade.
Há tourada na aldeia é o sexto filme dessa viagem.
Com uma configuração documental, por vezes
também poética, este filme conta a história dos
homens e mulheres que preparam uma festa iniciática, ou se quiserem uma certa forma de ritual,
conhecida por “Capeia Arraiana”, que radica num
confronto ancestral - Uns quantos homens, um
artefacto enigmático (o forcão) e um touro. Tudo
aparentemente muito simples.
Ao longo do filme vamos sendo guiados por diferentes figuras que, numa visão dramática, parecem
representar a heterogeneidade de um povo obstinado. Apesar de tudo, a partir de um determinado
momento desfaz-se o perigo e passamos a confiar
naqueles homens tal como eles também confiam
uns nos outros.
Numa visão pessoal, através de uma narrativa
muito contida com apenas alguns momentos
de expansão, mergulhamos em lugares onde a
aparente banalidade nos revela a complexidade
cultural de um espaço que não se experimenta
noutras circunstâncias.
Mas mais que tudo, Há tourada na aldeia, é um
filme sobre o “sentido de pertença”. Também pode
ser uma espécie de elegia a um fim inevitável.
Seja como for, a generosidade do olhar do seu
autor, a sua inteligência e persistência, oferecemnos uma delicada composição de uma realidade
também comovente.
Carlos Fernandes
*
Microcosmos
Trás-os-Montes, Margens (1995)
Minho, Entraste no jogo, tens de jogar, assim
na Terra como no Céu (1999)
Beira Litoral, A Morte do Cinema (2003)
Beira Baixa, Da pele à pedra (2005)
Algarve, Elogio ao ½ (2006)
Beira Alta, Há tourada na aldeia (2010)
HÁ TOURADA NA ALDEIA
de PEDRO SENA NUNES
VIDEOGRAMA E TERTÚLIA COM A PRESENÇA DO
REALIZADOR
QUARTA 14 DE ABRIL 21H30
Música a sério com instrumentos de brincar
O “toy piano” de Margaret Leng Tan
Foi John Cage quem impulsionou a sua carreira. Descobriu os pianos de brincar com a
“Suite for toy piano” daquele compositor norte-americano. Depois, revirou meia cidade
de Nova Iorque para encontrar um piano de brincar “a sério”. A seguir, convenceu Philip
Glass e Erik Satie a compôr peças para ela. Entretanto conta já com 17 anos de carreira.
Margaret Leng Tan leva a música muito a sério e neste concerto, exclusivo em Portugal,
vem apresentar ao TMG “The art of the toy piano”.
Como surgiu o seu interesse pelos pianos e
outros instrumentos de brincar?
Nos 17 anos desde que iniciei a minha carreira
como intérprete de piano de brincar (toy piano),
esta é a pergunta a que respondo com mais
frequência. E a resposta é invariavelmente a
mesma «Devo-o ao John Cage». Em 1993, um ano
após a morte de Cage, o Lincoln Center de Nova
Iorque pediu-me que apresentasse um concerto de
tributo no festival de verão “Serious Fun!”. Decidi
criar um programa que fosse o reflexo da riqueza e
diversidade das obras para piano de Cage. Resolvi
interpretar todos os pianos para os quais Cage escreveu: o teclado convencional, o “prepared” piano
preparado, o “string” piano, o “bowed” piano e toy
piano. Este último, pensei, seria muito apropriado
para um “Serious fun festival”!
Em 1948, John Cage escreveu a sua “Suite for Toy
Piano” para acompanhar o espectáculo de dança
“Diversion”, de Merce Cunningham. Para tocar
esta peça fui à procura de um piano de brincar.
Procurei em Antiquários e em Lojas Sociais de
Nova Iorque e tive a sorte de encontrar um piano
de brincar de duas oitavas de 1970, como novo.
E não tardou muito para que eu fosse enfeitiçada
pelo instrumento. Os meus amigos compositores
sentiram-se também seduzidos e começaram a
escrever peças de piano para mim. Eu própria fiz
arranjos em peças do Erik Satie e do Philip Glass.
Pouco depois, o toy piano começou a adquirir uma
identidade e um reportório muito próprio. Começou
assim a minha carreira como intérprete de música
séria em pianos de brincar.
Depois, comecei a combinar o toy piano com
outros instrumentos. Adoro o desafio de tocar
simultaneamente dois instrumentos aparentemente inconciliáveis, tais como o toy piano e o saltério
(antigo instrumento de cordas de origem grega)
que utilizei em “She Herself Alone”, de Laura
Liben. Uma tarefa ainda mais formidável envolveu
a coordenação de uma campainha de bicicleta
com uma buzina também de bicicleta, um apito
de comboio e é claro com o toy piano no tema
“Bicycle Lee Hooker” de Erik Griswold. Este é um
tema fantástico para ouvir ao vivo! O meu novo
disco, intitulado “She Herself Alone: the Art of Toy
Piano 2” (editado pela Mode Records) inclui ambas
as peças que referi.
Corporation (ABC) para a Conferência Internacional
de Compositores que teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que decorreu entre
31 de Maio e 4 de Junho. Estou muito orgulhosa,
pois de todas as peças de Grisworld que a ABC
poderia ter escolhido, seleccionou exactamente
uma com instrumentos de brincar!
É difícil fazer arranjos e adaptar composições para os instrumentos de brincar?
Depois do Intervalo, tocarei “An american in
Buenos Aires”, “Dinky Toys” de António Pinho
Vargas; “Dreamgate” do compositor finlandês Tomi
Räisanën, uma peça bem surreal e assustadora,
uma lembrança do lado mais sombrio da infância.
“Wrong Wrong Wrong!” será o grande final. Com
este programa pretendo mostrar a evolução do toy
piano como instrumento de concerto, começando com a “Suite for toy piano” de John Cage e
finalmente usando apenas nove notas brancas em
peças que requerem grande técnica e virtuosismo.
Sim, se o quisermos fazer bem. Compor e fazer
arranjos para brinquedos é um desafio muito sério
que exige grande esforço e concentração tal como
qualquer processo de composição para instrumentos convencionais.
Neste concerto do TMG aos pianos de brincar vai juntar um piano convencional e ainda
outros instrumentos de brincar. Quais?
Tocarei o toy piano com o piano convencional nas
peças “Blues Tango” e “An American in Buenos
Aires”. O tema mais ambicioso do Programa é do
compositor chinês Ge Gan-ru’s : “Wrong Wrong
Wrong!”. Trata-se de uma peça ao estilo melodramático da ópera no qual a minha voz é acompanhada por uma orquestra de 17 instrumentos de
brincar de onde se destacam: harpa, flauta de
plástico, acordeão de papel, martelo de plástico,
apito, taças japonesas (cup gongs), xilofone, latin
clave, etc…
O programa que traz ao TMG inclui diversas
estreias em Portugal, fale-nos sobre as
composições que seleccionou para este
concerto.
Bem, sobre algumas delas já falei… Vou começar
com a “Suite for toy piano” do John Cage, o “avô”
do meu reportório para Toy Piano, segue-se-lhe a
versão para piano de brincar de Toby Twining do
famoso tema dos Beatles “Eleanor Rigby”. Depois,
quero tocar “Old MacDonald’s Yellow Submarine”
do compositor australiano Erik Grisworld, esta
peça foi seleccionada pela Australian Broadcasting
O programa incluiu uma composição do
português António Pinho Vargas…
Conheci o António em 1999 no Other Minds
Festival de São Francisco (EUA). Ele ofereceu-me
a sua composição, “Dinky Toys”, com as seguintes
instruções: «Podes fazer o que quiseres com ela
– mudar o registo, improvisar, etc – desde que a
utilizes nos teus pianos». Vão poder ouvir o que eu
fiz com esta peça se vierem ao concerto no TMG!
O New York Times chegou a apelidá-la de
“a intérprete mais convincente da obra de
John Cage para piano”. Que influência teve e
tem a obra de John Cage na sua carreira de
pianista?
Essa é uma questão que gostaria de guardar para
um outro dia! Diria apenas que nos 11 anos nos
quais tive o prazer de privar com John Cage como
mentor e amigo, ele sempre me mostrou novas
abordagens e pontos de vista no mundo sonoro, na
filosofia e também na vida.
anticristo
de lars von trier
Dominique Phillot fala do festival
Internacional de Guitarra da Guarda
A guitarra na 1ª pessoa
Pelo quarto ano consecutivo o TMG avança com o Festival Internacional de
Guitarra da Guarda, cuja direcção artística é, desde o primeiro momento, do
guitarrista suíço Dominique Phillot. Nesta breve entrevista, Phillot faz o balanço das primeiras edições e fala-nos do cartaz deste ano.
Esta é já a quarta edição do festival Internacional de Guitarra da Guarda cuja Direcção
Artística está a seu cargo desde o primeiro
momento. Que balanço faz das primeiras
edições?
O balanço das primeiras três edições é muito
positivo. Temos tido a oportunidade de convidar guitarristas conceituados e eles têm tido
excelentes condições de trabalho no TMG, com um
ambiente muito simpático. Todos eles têm saído
da Guarda com óptimas recordações.
Nestes três anos encontrámos o nosso verdadeiro
público, que não é muito – como aliás acontece
quando se trata de guitarra acústica – mas que se
mostra atento e respeitoso.
Fale-nos um pouco dos guitarristas que
integram o cartaz deste ano.
Este ano, começamos com um excelente guitarrista clássico que vem de Itália, Agostino Valente.
Ele irá apresentar reportório clássico e também
da época romântica. Segue-se o Eduardo Martin,
um dos mais originais compositores cubanos da
nova geração. Ele vai apresentar na Guarda música
com influências de África, de Espanha e até da
área do Jazz. E a edição deste ano termina com
o guitarrista flamenco Óscar Herrero, um grande
nome da guitarra flamenca. As suas composições
são feitas de fortes ritmos inspirados na elegância
e delicadeza da guitarra clássica espanhola.
Que importância tem a guitarra acústica no
panorama musical internacional? Ainda há
espaço para novos festivais deste género?
Toda a música acústica tem um papel importantíssimo na vida do Homem desde 3500 a.C. desde a
Kitara… E a guitarra já estava presente na época
de Mozart e tornou-se um instrumento dominante
na chamada era romântica. Já no século XX é o
suporte da chamada música atonal e também do
folclore da América Latina. Os EUA inventaram
também a guitarra acústica com cordas metálicas,
um instrumento global com uma grande influência
em toda a música actual.
O Dominique é também guitarrista, que
novidades há na sua carreira de compositor
e intérprete?
Neste momento estou a preparar concertos para
Espanha e França. A minha música está ligada ao
Oriente, por isso todas as minhas composições vão
a esse encontro.
Para o próximo ano tenho já concertos agendados
na Suíça, na Bulgária em Espanha e na Argentina.
O realizador dinamarquês expurgou os seus (e
os nossos) demónios com este filme. Dilacerou o
amor e fundiu-o com o mais profundo dos ódios,
com a morte, a loucura e a tragédia. Como pode
“Anticristo” ser tão denso, negro e brutal e, ao
mesmo tempo, ser de uma espantosa beleza
visual? Como pode “Anticristo” mexer com os
cinco sentidos do espectador se apenas tem dois
actores e a natureza como cenário (apocalíptico)?
Como conseguiu Lars Von Trier expiar os pecados
da natureza humana de forma tão arrebatadora,
sem deixar pingo de piedade, num pessimismo
existencial levado às últimas consequências?
Razão tinha o cineasta em recusar explicar o filme
no festival de Cannes de 2009. “Anticristo” não
se “explica”. É uma obra artística de pungentes
emoções, provocadora, ousada, inconformada. Lida
com o sexo, o desejo, o amor, o medo e a morte de
forma como poucos realizadores ousaram abordar.
É um filme que está impregnado de simbolismos
ocultistas, de medos ancestrais, de imagens aterradoras, misteriosas, assombradas. São também
imagens inspiradas no filme “O Espelho” de Andrei
Tarkovski (“Anticristo” é-lhe dedicado), consequência de uma direcção de fotografia incandescente,
de uma plasticidade que julgava exclusiva de
grandes cineastas como Béla Tarr ou Alexander
Sokurov.
Como é habitual no cineasta dinamarquês,
“Anticristo” está dividido em capítulos – “Luto”,
“Dor (Caos Reina)”, “Desespero (Genocídio)” e “Os
Três Mendigos”, além de trazer um prólogo e um
epílogo. O argumento remete para a história de
um casal (os nomes não são citados em nenhum
momento) que se refugia numa floresta isolada,
ironicamente chamada de Jardim do Éden, após
a morte do seu filho num acidente doméstico.
Ela (incrível Charlotte Gainsbourg), escritora, fica
totalmente entregue à dor da perda, enquanto ele
(incrível Willem Dafoe), terapeuta, usa a psicologia
cognitiva para ajudar a esposa. Já envoltos na
vastidão e mistérios da natureza, o vegetal, o
verde, o animal, os instintos humanos misturam-se
numa espécie de negra saga bíblica que mexe com
a moral e os valores religiosos. A irracionalidade
e o lado animalesco tomam conta do homem e da
mulher, e os actos de violência física e emocional
assumem proporções dantescas. Os monstros
que a Natureza oculta e que vão corroer a relação
de ambos, provoca a libertação de fantasmas
ancestrais.
“Anticristo” é um filme de um homem sem fé,
ateu militante, descrente de valores e de posições
morais, um nihilista nietzscheano desesperado que
procura a explicação para o lado negro da mente
humana (Von Trier fez o filme imediatamente
após uma grave depressão). Mas “Anticristo” não
procura explicações, porque a pulsão freudiana da
morte e do amor parece ser o único elemento minimamente explicativo para o crescendo dramático
do filme. E como tem sido propalado, este filme de
Lars Von Trier divide violentamente as opiniões: ou
se adora e se adere à proposta, ou provoca profunda repulsa. Ninguém fica indiferente. E este é um
dos principais aspectos positivos desta película.
Das muitas sequências absorventes de “Anticristo”, destaque para a sequência inicial do
filme (prólogo): uma impressionante e belíssima
abertura poética de 5 minutos, rodada num preto e
branco límpido, em câmara lenta, com a pungente
música de Haendel como pano de fundo. Nesta
abertura, vê-se o casal a fazer amor enquanto a
tragédia ocorre e assume proporções imprevisíveis. Um momento tão trágico quanto belo: o caos
reina, a dor expia, a morte liberta.
Victor Afonso
Festival Internacional
de Guitarra da guarda
Agostino Valente [Itália]
QUINTA 1 de julho 21H30
EDUARDO MARTIN [CUBA]
SEXTA 2 de julho 21H30
Óscar Herrero [Espanha]
SÁBADO 3 de julho 21H30
anticristo
de lars von trier
QUARTA 14 DE JULHO 21H30
Publicidade
SERVIÇO EDUCATIVO
DESTAQUES DE JUNHO E JULHO
PAISAGENS EM TRÂNSITO
ORIENTADA POR PATRICK MURYS
OVNI – FESTIVAL INTERNACIONAL DE
OBJECTOS VIVOS
FÁBRICA DE SONS
OFICINA 5€ DOS 8 AOS 60 ANOS LIMITADa A 16
PARTICIPANTES INSCRIÇÕES ATÉ 5 DE JUNHO
TEATRO 5€ 60M M/4
JUNHO SÁBADO 12 SALA DE ENSAIOS
10H00 - 14H00
O teatro de objectos e de marionetas serão os
meios utilizados para estimular a imaginação de
crianças, adolescentes e adultos. Partindo das
experiências que os formandos tiveram ao assistir
ao espectáculo, pretende-se que a oficina fomente
novas interpretações e conduza a novos pensamentos sobre o que acabámos de ver, centrando o
trabalho sempre em duas questões: como mostro
o objecto ao mundo? Como mostro o mundo ao
objecto?
UM MUNDO
TECNOLÓGICO:
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
E ROBÓTICA
COM CARLOS CARRETO
JUNHO SEXTA 25 CAFÉ CONCERTO 21H30
DOIS DEDOS DE CIÊNCIA
TERTÚLIA ENTRADA LIVRE 60M M/4
Músicas do mundo
urna chahar-tugchi
uma voz plural
Urna é mongol e utiliza a voz como único
instrumento. Ela é especialista no chamado canto
diafónico (emite dois sons ao mesmo tempo). Há
quem descreva a experiência de um concerto de
Urna Chahar-Tugchi como algo transcendental,
semelhante a uma experiência religiosa. A artista
vocal diz simplesmente que interpreta as suas músicas com todas as suas energias, misturando‑lhe
toda a experiência de vida. “Sinto-me renascer
após cada apresentação”, refere.
Urna Chahar-Tugchi nasceu numa família de criadores de gado, nos grandes pastos da Mongólia
Interior. Hoje ela é considerada uma das artistas
vocais mais destacadas de toda a Ásia.
Destacam-se da sua discografia os seguintes
trabalhos: “Tal Nutag” (1995); “Crossing” (1997),
“Hödööd” (1999), “Jamar” (2001) e “Amilal”
(2004).
No seu último disco, “Amilal” (que significa
“vida”), Urna faz-se acompanhar dos percussionistas iranianos, Djamchid Chemirani e Keyvan
Chemirani, e do violinista húngaro Zoltan Lantos.
Editado em 2004, “Amilal” é também o seu disco
mais pessoal. O trabalho relata a sua saída da
Mongólia – actualmente a artista reside na Alemanha – e o seu ponto de vista quanto ao mundo
e aos seres humanos. Enquanto os seus trabalhos
mais antigos têm por base a música tradicional da
Mongólia e também as suas memórias enquanto
criança, o seu último disco aborda a música tradicional incorporando-lhe outras visões, as de Urna
enquanto cidadã do mundo.
Famílias ao teatro
A Inteligência Artificial é uma área de pesquisa
da ciência da computação dedicada a procurar
métodos ou dispositivos computacionais que
possuam ou simulem a capacidade humana de
resolver problemas, pensar ou, de forma ampla,
ser inteligente. A robótica permite inúmeras
aplicações científicas e práticas no mundo actual,
do entretenimento à indústria. Carlos Carreto é
professor na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG e tem larga experiência na investigação
na área da Inteligência Artificial e robótica. A sua
investigação concentra-se nas áreas da robótica
e da inteligência computacional, com especial
ênfase na criação de sistemas computacionais
inteligentes bio-inspirados. Interessa-se também
pelo uso da robótica como ferramenta de ensino.
É o coordenador do concurso nacional de robótica
Robô Bombeiro.
PELA ENCERRADO PARA OBRAS
ASSOCIAÇÃO CULTURAL E ARTÍSTICA
JULHO sábado 3 CAIXA DE PALCO DO
GRANDE AUDITÓRIO 16H00
“A Fábrica de Sons” é um divertido e dinâmico
espectáculo de teatro cómico, baseado nas
linguagens universais da música, do gesto, e do
clown, privilegiando a íntima relação entre som
e movimento. Instrumentos convencionais como
guitarra, cavaquinho, banjo, trompete e acordeão
misturam-se com outros mais invulgares (carrilhão
de copos de cristal, tubos de PVC, serrote musical,
latas, autoclismo, theremin, entre outros. O espectáculo retrata um dia na vida duma empresa muito
caricata, “A Fábrica de Sons”. A empresa, de cariz
familiar, pertence há várias gerações à família
“Mastiga-Sons”. O eterno desafio destes profissionais do som reside em inventar novos sons para
a humanidade. Porém, quando um empresário do
ramo dos autoclismos contrata a empresa afim de
implementar nos seus produtos um som agradável
e original, a situação complica-se...
DESMATEMÁTICA
MUSICAL
ORIENTADA PELO SERVIÇO
EDUCATIVO
JULHO 1 A 23 SALA DE ENSAIOS 10H00
OFICINA INSCRIÇÕES GRATUITAS MEDIANTE MARCAÇÃO
PRÉVIA
LIMITADO A 25 PARTICIPANTES 90M M/6
DESTINATÁRIOS: ATL / JARDINS-DE-INFÂNCIA
Manuel António Pina é um dos mais destacados e
originais escritores de literatura para a infância. A
sua versatilidade e criatividade são características
de destaque no seu trabalho. Partindo do seu livro
“Pequeno Livro de Desmatemática”, o Serviço Educativo preparou uma oficina criativa e pedagógica
na qual se explora o imaginário do escritor através
de jogos musicais, canções e jogos de cartas,
no sentido de desenvolver a lógica matemática
associada à música e aos sons.
Em 2008, Urna Chahar-Tugchi trabalhou com o
ensemble Mongolian Morin Huur no filme “Chinggisiin Hoyor Jagal” – “Os dois cavalos de Genghis
Khan”, realizado por Byambasuren Davva.
No espectáculo que Urna traz ao TMG, único em
Portugal e uma estreia absoluta no nosso país,
a artista junta o mais espiritual e profundo da
sua voz com a percussão vinda da Pérsia. Keyvan
Chemirani é o percussionista que acompanhará
Urna Chahar-Tugchi nesta jornada poética e
transcendente.
WWW.TMG.COM.PT
TEATROMUNICIPALDAGUARDA.BLOGSPOT.COM
WWW.TWITTER.COM/TEATROGUARDA
FICHA TÉCNICA
Bis | Boletim Bimensal do Teatro Municipal da Guarda | Nº 3 | Junho e Julho de 2010
URNA
CHAHAR-TUGCHI [MONGÓLIA]
SÁBADO 10 DE JULHO 21H30
Redacção e Paginação
Gabinete de Comunicação e Imagem do Teatro Municipal da Guarda
Colaborações: Carlos Fernandes, Victor Afonso
Culturguarda, Gestão da Sala de Espectáculos e Actividades Culturais, E.M.
Rua Batalha Reis, 12, 6300-559 GUARDA | Tel. 271 205 240 Fax 271 205 248 | [email protected]
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