Estrelas Gêmeas do Sol Revelam suas idades

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Estrelas Gêmeas do Sol Revelam suas
idades
Cambridge, Massachusetts (US). 10 de Julho de 2014
Usando o telescópio espacial Kepler, da NASA, uma
equipe internacional de cientistas liderada
pelo
astrônomo brasileiro José-Dias do Nascimento Jr.
anuncia nesta quinta-feira uma nova amostra de estrelas
gêmeas solares com idades determinadas. do
Nascimento é cientista do Harvard–Smithsonian Center
for Astrophysics, e professor no Departamento de Física
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
(DFTE, UFRN, Brasil).
Uma estrela Gêmea solar deve ser...
Definir o que determina se uma estrela é do “Tipo
Solar” é tão difícil quanto definir o que faz com que um
planeta seja "semelhante à Terra". Uma estrela Gêmea
solar deve ter uma temperatura, massa e tipo espectral
semelhante ao nosso Sol. Desejaríamos também que
ela tivesse uma idade de cerca de 4,5 bilhões de anos.
No entanto, é notoriamente difícil de medir a idade de
uma estrela e os astrônomos costumam ignorar a idade
no momento de decidir se uma estrela pode ser
considerada ou não como uma estrela do “Tipo Solar”.
Uma nova técnica para medir a idade de uma estrela
usando seu Spin – girocronologia - está entrando neste
campo. Hoje estes astrônomos estão apresentando as
idades girocronologicas para 22 estrelas semelhantes ao
Sol. Anteriormente, apenas duas estrelas semelhantes
ao Sol tinham medidas de seus Spins e idades.
“Nós descobrimos estrelas com propriedades que
são próximas o suficiente das propriedades do Sol e
para as quais nós podemos chamá-las de “Gêmeas
Solares", diz o autor José-Dias do Nascimento, do
Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics (CfA).
"Com estas Gêmeos solares, nós podemos estudar o
passado, o presente e o futuro das estrelas como o
nosso Sol. Consequentemente, podemos prever como
os sistemas planetários como o nosso sistema solar será
afetado pela evolução de suas estrelas centrais ".
Para medir a rotação de uma estrela, os astrônomos
observam as mudanças em seu brilho causadas por
manchas escuras conhecidas como manchas estelares,
que cruzam a superfície da estrela. Ao observar quanto
tempo leva uma mancha para girar em torno da estrela,
com referência a linha de observação, medimos o quão
rápido uma estrela está girando.
Telescópio espacial Kepler descobre novas
estrelas Gêmeas do Sol.
A variação da luminosidade de uma estrela, devido as
manchas estelares é muito pequena, tipicamente de uma
parte em mil. O Satélite Kepler da NASA é um excelente
instrumento para realizar tais medições muito exigentes
do brilho. Usando o satélite Kepler da NASA, do
Nascimento e seus colegas descobriram que as estrelas
semelhantes ao Sol tem sua rotação em média, da
ordem de uma volta a cada 21 dias, em comparação
com o período de rotação de 25 dias do nosso Sol,
quando medido no seu equador.
Muito parecido com os seres humanos, estrelas mais
jovens giram mais rápido do que as estrelas mais
velhas, ou seja as estrelas acalmam-se à medida que
envelhecem. Como resultado, a rotação de uma estrela
pode ser usado como um ótimo relógio e assim revelar
a idade. Como a maioria das estrelas que a equipe
detectou, tem rotação ligeiramente mais rápida que o
nosso Sol, eles concluem que estas devem ser
ligeiramente mais jovens também.
Este trabalho expande pesquisas anteriores feitas no
CfA pelo astrônomo (e co-autor do novo estudo) Søren
Meibom. Meibom e seus colaboradores mediram as
taxas de rotação de estrelas em um aglomerado de
idade 1 bilhão de anos, chamada NGC 6811. Como
estas estrelas tinham uma idade conhecida, os
astrônomos puderam usá-las como calibrador do relógio
girocronológico. A nova pesquisa liderada pelo Dr. do
Nascimento examina estes dados em estrelas que estão
flutuando no campo da Galáxia, e que não são membros
de nenhum cluster particular.
Visto que as estrelas e os planetas se formam em
conjunto e ao mesmo tempo, sabemos que descobrindo
a idade de uma estrela revelamos a idade de seus
planetas. E uma vez que é preciso tempo para que a
vida se desenvolva e evolua, sabendo as idades de
estrelas centrais de exoplanetas poderemos ajudar a
focar nos melhores alvos na pesquisar que revelará
sinais de vida alienígena. Apesar de nenhuma das 22
estrelas no novo estudo revelarem planetas detectáveis,
este trabalho representa um importante passo na busca
por estrelas semelhantes ao Sol que poderiam hospedar
planetas semelhantes à Terra.
Os resultados serão publicados no Astrophysical Journal
Letters (astro-ph), com destaque nas páginas HarvardSmithsonian Center for Astrophysics (CfA) e no
Laboratoire AIM, CEA, Univ. Paris Diderot, Saclay,
France-Saclay, França.
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Headquartered in Cambridge, Mass., the Harvard-­‐Smithsonian Center for Astrophysics (CfA) is a joint collaboration between the Smithsonian Astrophysical Observatory and the Harvard College Observatory. CfA scientists, organized into six research divisions, study the origin, evolution and ultimate fate of the universe. Para mais informações, contato: José-­‐Dias do Nascimento Jr (autor) +1 (617) 314-­‐3328 [email protected] For more information, contact: David Aguilar (Harvard-­‐CfA communication center) 617-­‐495-­‐7462 [email protected] Christine Pulliam (Harvard-­‐CfA communication center) 617-­‐495-­‐7463 [email protected] As gêmeas descobertas pelo satélite Kepler estão localizadas próximo a constelação de Cygnus (Cisne), que é uma constelação do hemisfério celestial norte. 
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