Abra a boca contra o câncer bucal - Projeto

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FORMULÁRIO PADRÃO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS
ENSINO INOVADOR
Título do Projeto:: ABRA A BOCA CONTRA O CÂNCER BUAL .
Unidade(s) de aprendizagem ou disciplina de referência: Diagnóstico
Bucal ( Unidade de Aprendizagem); Patologia Buco Dental e
Estomatologia I e II ( disciplnas de refereência
Certificação de referência: Diagnóstico Bucal
Curso(s) envolvido(s): Odontologia
Unidade de Articulação Acadêmica (UMA): Saúde e Bem Estar
Carga horária: 120 horas
Modalidade: (
) Pesquisa
(
) Extensão ( X ) Pesquisa e Extensão
Justificativa:
Incorporar novas práticas que possam trazer benefícios a população é
um dos desafios impostos a toda estrutura acadêmica. Mudanças que sejam
capazes de se transformar em práticas educativas para a saúde e população
devem ser realizadas a partir de um diálogo democrático entre os atores
responsáveis pelas diferentes dimensões da educação em saúde. A
participação
em
atividades
educativas
em
diferentes
ambientes
de
aprendizagem para os acadêmicos é fundamental para o entendimento e
sensibilidade da difusão do saber " ciência" que resultará em comportamentos
saudáveis para a população objeto das atitudes educativas.
Cientes da necessidade de aproximar os graduandos de odontologia do
diagnóstico das patologias e das manifestações estomatológicas de doenças
sistêmicas, com especial destaque para o câncer bucal, bem como
proporcionar o esclarecimento e prevenção das mesmas à população de
Tubarão e demais regiões que compreendem a AMUREL (Associação dos
Municipios da Região de Laguna) é que Certificação em Diagnóstico bucal,
através da unidade de aprendizagem, propõe a realização desta atividade de
extensão como um dos ambientes de aprendizagem.
A atividade proposta nesta extensão permitirá colocar o acadêmico
frente a uma realidade social e o instigar a buscar a aplicabilidade dos
conhecimentos sedimentos na ementa da disciplina.
A educação como uma estratégia de produção de saúde está
consolidada como um atitude que contribui na construção de ações que
possibilitam as respostas as necessidades sociais de saúde.
Tendo em vista que o auto-exame é a melhor forma de prevenção e que
este pode e deve ser realizado pela população em geral, o principal objetivo
desta atividade extensão é difundir a importância do do auto-exame, com o
intuito de alertar a população do seu papel na manutenção de sua própria
saúde, favorecendo o estabelecimento de uma vida mais saudável e para os
acadêmicos a oportunidade de adquirir e reforçar os conhecimentos relativos
às várias doenças bucais, suas causas, conseqüências e distribuições
geográficas qualitativas e quantitativas, através de métodos de pesquisa que
correlacionem a realidade social e o saber acadêmico.
De acordo com a OMS a partir de 2020, estima-se que ocorrerão 15
milhões de novos casos de câncer a cada ano no mundo. O câncer junto com
outras doenças crônicas não transmissíveis vem se tornando cada vez mais
comuns no mundo todo levando ao agravo da saúde psicológica do paciente e
da própria família (1)
Altas taxas de incidência são encontradas no Sul e Sudeste da Ásia, e
Leste Europeu. Na União Européia em 2004 houve 67.000 novos casos ficando
em sétimo lugar com o maior índice de câncer bucal e de faringe. Nos Estados
Unidos taxas mais elevadas são observadas em negros. Em 2009 alguns
países como o Sri Lanka e Paquistão lideravam o ranking de casos de câncer
bucal, de acordo com a incidência de câncer nos cinco Continentes (2)
Na América do Sul o câncer bucal classifica-se no quinto lugar entre os
homens e o sexto entre as mulheres. As taxas mais elevadas são encontradas
no Sul do Brasil, sendo a população masculina com os maiores índices
(2)
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou 14.170 novos casos de
câncer de boca em 2012. Sendo 9.990 para homens e 4.180 para mulheres (3)
O total da população de santa Catarina é de 6.297.460 sendo 3.124.685
homens e 3.172.775 mulheres No estado tem-se uma taxa estimada 2,17
casos para cada 100 mil mulheres e 9,97 para cada 100 mil homens
(4)
.
Também o câncer bucal ganha espaço estando em 6º lugar, para homens na
região Sul e o 12º e 15º mais incidente nas mulheres na região Sul e Centro
Oeste, respectivamente
(3)
No município de Tubarão/SC, no período compreendido entre Janeiro e
Outubro de 2012, foram diagnosticados 18 casos de tumores malignos na
região de cabeça e pescoço, de acordo com a 20a Gerência Regional de Saúde
de Santa Catarina, distribuídos conforme demonstrado na tabela abaixo (5)
Os principais fatores de risco para o câncer da cavidade bucal são o
tabagismo, o etilismo e as infecções pelo HPV. A radiação solar também causa
alterações nos tecidos vivos, produzindo lesões de significativa importância
biológica
(3)
A detecção precoce pela inspeção visual seja ela feita pelo próprio
indivíduo ou por dentistas e médicos, pode descobrir anormalidades prémalignas do câncer da cavidade bucal. Quando diagnosticado precocemente,
esse tipo de câncer apresenta bom prognóstico
(3)
.
O auto-exame da boca é um método simples de exame, bastando para a
sua realização um ambiente bem iluminado e um espelho, devendo-se procurar
por mudanças na cor da pele e da mucosa, endurecimentos, caroços, feridas,
inchações, áreas dormentes ou dolorosas, dentes quebrados ou com
mobilidade e sangramento
(6)
Objetivos:
Objetivo Geral:
Incentivar a comunidade a realizar atitudes preventivas do auto exame da
boca.
Objetivos Específicos:
• Estimular os acadêmicos de Odontologia a prática do exercício
diagnóstico, através do atendimento à comunidade;
• Instumentalizar o auto-exame da cavidade bucal na população em geral;
• Informar à população sobre o câncer da boca, fatores de risco e
prevenção;
• Informar a população em geral sobre a existência de serviços de
referências para diagnóstico e tratamento de patologias bucais na
Região de Tubarão, bem como sobre os métodos de diagnóstico
existentes;
• Encaminhar os casos diagnosticados durante o projeto;
• Elaborar material informativo, tais como cartilhas, folders, cartazes e
outros recursos didáticos a serem utilizados em campanhas de
prevenção ou educação continuada.
Metodologia:
Metodologia:
A atividade caracterizar-se-á como um estudo trasnversal e foi aprovado pelo
Comitê de Etíca e pesquisa (CEP- UNISUL) sob protocolo n. 433.331
Por tratar-se de um atividade de pesquisa e extensão as atividades serão
realizadas no âmbito público, o qual seja, praças públicas disponibilizadas pelo
órgão Municipais competentes após aprovação do edital o qual este projeto
submeter-se-á.
A data da primeira campanha será agendada de acordo com a disponibilidade
do espaço e interesse das prefeituras.
A população do estudo ocorrerá por livre demanda, obedecendo a ordem de
chegada, sendo utilizado como critério de inclusão indivíduos maiores de 18
anos, capazes e que aderirem ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE – anexo 1). Serão excluídos do estudo, menores e 18 anos e incampaz.
Um questionário com questões sócio –econômico demográfico e exame físico
extra e intrabual serão realizados pelos alunos sob supervisão dos professores
orientadores da campanha.
Os exames extra e intrabucais serão realizados utilizando-se duas cadeiras
odontológicas de campanha; onde os acadêmicos prestarão orientação,
através da avaliação bucal e peribucal aos pacientes interessados utilizando-se
gaze e espatula de madeira
Os pacientes que apresentarem necessidades serão encaminhados para
agendamento e atendimento no ambulatório de estomatologia do curso de
odontologia da UNISUL.
Haverá também a distribuição de cartilhas com informações sobre o câncer de
boca bem como orientações de como realizer o auto exame da boca.
Todas as fichas de identificação farão parte de um banco de dados onde
posteriormente serão feitos levantamento epidemiológicos e testes estatístico.
Resultados esperados:
No que concerne os resultado obtidos pelos alunos na Unidade de
aprendizagem espera-se que os alunos possam desenvolver mais ainda seu
censo crítico criar o seu saber a partir das experiências vivenciadas durante a
campanha. O aluno poderá, colocar em prática muito do que discutiu em sala
de aula além da oportunidade de visualizar situações que, embora tenham sido
mostradas em sala de aula, podem muitas vezes, parecer distantes.
Tendo em vista que a atividade tem aprovação do CEP e possuirá um banco
de dados permite que os dados obtidos com estas atividades possam no
decorrer do tempo serem analisados estatisticamente e publicados para
conhecimento da comunidade científica como forma de incentivar e auxiliar
novas pesquisas.
Com a divulgação e propagação do fatores de risco para o câncer de boca bem
como a importância do auto exame espera-se contribuir com a saúde bucal do
paciente com vistas a evitar o surgimento de novas doenças ou permitir o
diagnóstico precoce da mesma evitando o aumento da morbidade desta
condição.
Descrever os resultados materiais em três instâncias:
Cronograma:
Atividade
Outubro/13
Revisão
Literatura
Elaboração do
Projeto
Divulgação
resultados
Submissão do
projeto ao Comitê
de Ética em
Pesquisa –
UNISUL
Entrevista e
exame clínico
dos pacientes
Obtenção dos
dados
Análise
estatística
Redação dos
resultados
X
Dez/13
Fev – junho/14
X
X
X
X
X
X
Referências Bibliográficas:
Da Cerificação:
NEVILLE, B.W., DAMM, D.D., ALLEN, C.M., BOUQUOT, J.E. Patologia oral e
maxilofacial. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 1998. 705 p.
CAWSON, R.A., BINNIE, W.H., EVENSON, J.W. Atlas colorido de
enfermidades da boca: Correlações clínicas e patológicas. Artes Médicas,
1997.
FAILACE, R. Hemograma: Manual de Interpretação. 3. ed. Artmed: Porto
Alegre, 1996.
REGEZZI,
J.A.,
SCIUBBA,
J.J.
Patologia
Bucal:
Correlações
Clinicopatológicas. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 1991. 390 p.
SHAFER, W.G., HINE, M.K., LEVY, B.M. Tratado de Patologia Bucal.
Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 1987. 837 p.
SONIS, S.T., FAZIO, R.C., FANG, L. Princípios e Prática de Medicina Oral. 2
ed. Granabara Koogan Rio de Janeiro, 1995. 491 p.
Utilizadas para elaboração do projeto:
1)World Health Organization. Cancer. Geneva: World Health Organization;
2009
[cited
2009
Oct].(Fact
sheet;
n.
297).
Disponivel
em:
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs297/en/
2. Warnakulasuriya S. Global epidemiology of bucal and oropharyngeal
cancer. Bucal Oncology 45 (2009) 309–316.
3. ESTIMATIVA 2012 . Incidência de câncer no Brasil. Ministério da Saúde.
Rio de Janeiro 2011.
4.Organização mundial de saúde. Fiocruz. O Brasil em números. Radis
comunicação em saúde.n.23julho)2004. Ed. Fiocruz.
5 SETOR de controle. Avaliação e auditoria. 20a Regional de Saúde –
Tubarão
5.Thomaz E.B.F, Cutrim, M.C.N.; Lopes F.F.; A importância da educação
como estratégia de prevenção e diagnostico precoce do câncer bucal.
Hospital do câncer. Abril 2001.
6. Horowitz AM, Nourjah P, Gift HC. US adult knowledge of risk factors and
signs of oral cancers: 1990. J Am Dent Assoc. 1995;126:39-45.
7.Warnakulasuriya KAAS, Harris CK, Scarrot DM, Watt R, Gelbier S, Peters TJ,
et al. An alarming lack of public awareness towards oral cancer. Br Dent J.
1999;187:31922.
8.MedClick. Câncer de boca: prevenção, fatores de risco, auto-exame,
diagnostico. Disponível em<www.medclick.com.br>.Acesso em 09 março de
2012.
9. Brasil. Ministério da saúde. Secretarias de Políticas de saúde.
Departamento de atenção Básica. Reunião dos coordenadores dos pólos
de capacitação, formação e educação permanente em saúde da família
relatório final. Brasília. Publicações eletrônicas. 2002.
10.Keller A.Z, Terris M. The association of alcohol and tobacco with cancer
of the mouth and pharynx. Am J Public Health. 1965;55(10):1578-585.
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