4 o sistema de economia de mercad0

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Aula 5
MICROECONOMIA

MICROECONOMIA
Introdução – preços e demanda
Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves
A microeconomia é o ramo da
economia que estuda o comportamento
das
unidades
de
consumo
representadas
pelas
famílias
e
indivíduos,
e
pelo
estudo
das
empresas,
representados
pela
produção em seus respectivos custos,
além dos mercados de atuação de cada
empresa
1
2
FOCO PRINCIPAL DA MICROECONOMIA:
MICROECONOMIA



Estuda
as
razões
que
levam
os
consumidores a comprar mais, ou menos, de
um determinado produto e pagar mais, ou
menos, por ele.
Estuda também os motivos que levam uma
empresa a produzir uma maior ou menor
quantidade de uma mercadoria e que forma
seus preços são determinados.
Analisa os tipos de mercados nos quais as
empresas e consumidores atuam.
Comportamento do Consumidor.
Comportamento da Empresa.
 Tecnologia de Produção da Empresa.
 Ambiente no mercado de atuação da
empresa.


3
Como é apresentada a
análise microeconômica




4
A condição Coeteris Paribus
Coeteris Paribus é uma expressão latina que
significa tudo o mais constante.
através de expressões matemáticas
ou algébricas;
através de linguagem gráfica;
através de linguagem tabular
(tabelas);
através de parábolas.
A Microeconomia é parcial. Para poder analisar
um mercado isoladamente, supõe todos os demais
mercados constantes, ou seja, supõe que o mercado
em estudo não afeta nem é afetado pelos demais. Essa
condição serve também para verificarmos o efeito de
variáveis isoladas, independentes dos efeitos de outras
variáveis; ou seja quando queremos, por exemplo,
saber o efeito isolado de uma variação de preço sobre
a procura de determinado bem, independente do efeito
de outras variáveis que afetam a procura, como a
renda, gastos e preferências do consumidor.
5
6
1
Os mercados e os preços
Divisão da Microeconomia
compradores (demandantes)
 vendedores (ofertantes)
 O preço

I - Teoria da Demanda (procura)
II - Teoria da Oferta
Teoria da Produção

Teoria dos Custos de Produção
III - Análise das Estruturas de Mercado
* Monopólio

* Oligopólio
é sua relação de troca pelo dinheiro,
isto é, o número de reais necessários
para obter em troca uma unidade do
bem
Livre jogo da oferta e da demanda

* Concorrência perfeita
* Concorrência monopolista
peça-chave no funcionamento de toda a
economia de mercado
7
Os mercados e os preços
PREÇOS ABSOLUTOS
TRÊS TIPOS DE PREÇOS

PREÇOS ABSOLUTOS

PREÇOS RELATIVOS

PREÇOS DE MERCADOS
8
São os preços relacionados a alguma
unidade monetária, tomados isoladamente
sem comparação com nenhum outro ítem
ou preço.
 São irrelevantes para a tomada de
decisões.

Ex: O preço de um notebook “X” é R$2.000,00
9
PREÇOS RELATIVOS




PREÇOS DE MERCADO
preço relativo é o preço de um bem em relação
ao preço de outros bens.
Esse é o preço relevante em economia
PRA = PA/PB

10


O preço de um notebook “A” é R$2.000,00 e o preço do desktop
“B” é R$1.000,00, ou seja, o preço relativo do notebook é duas
vezes o preço do desktop. 2/1=2

A decisão racional leva em conta o Preço Relativo

São os preços praticados em mercados
competitivos, onde há concorrência.
Se um mercado não for competitivo existirão
preços diferentes para um mesmo item em
pontos diferentes de venda. Nesse caso o preço
de mercado será o preço médio.
Se o preço do desktop subir para R$3.000,00 e o preço do
notebook permanecer constante, isso significa que seu preço
relativo diminuiu.

Eles podem sofrer variações ao longo do tempo.

11
Exemplo: Tabela FIPE para automóveis
Exemplo: Commodities agrícolas como Café e Soja.
12
2
Demanda ou Procura
Mercado Competitivo
Procura ou Demanda é a quantidade de bens(1)
ou serviços(1) que os agentes econômicos(2) estariam
dispostos(3) e aptos(3) a consumir num determinado
momento, num determinado mercado(4) aos diferentes
fatores determinantes.
Característica principal
existência de muitos demandantes e
ofertantes
(1)
Bens: podem ser estocados;
Agentes Econômicos: Famílias, Empresas e
Governo.
(3) Requisitos Básicos da Demanda:
Dispostos: ter vontade, querer;
Aptos: ter aptidão de compra; poder comprar.
(2)
13
14
Demanda ou Procura
Demanda ou Procura
Fatores determinantes da demanda
Se estes dois requisitos estiverem presentes
(disposição e aptidão), temos uma Demanda REAL ou
EFETIVA.
Preço do próprio Bem/Serviço; Preço de outros
Bens/Serviços; Gosto; Preferência; Renda; Número de
consumidores.
 Se no máximo 1 destes requisitos estiver presente,
temos então, uma Demanda POTENCIAL.(Pode não ter
nenhum destes requisitos).
Função Demanda
 Num determinado momento, num determinado
mercado: em cada momento, nossas vontades mudam
nosso comportamento.
A quantidade demandada vai estar em função do
preço do bem, de outros bens, gosto, preferência,
renda, n.º de consumidores. QA = f ( PA, PB, ...., G, R, P,
N.º de consumidores)
Variáveis Determinantes da Função Procura
Preço e Quantidade
15
16
Demanda ou Procura
A demanda
Conceito Específico de demanda
preço
gosto
 preferência
 renda disponível
 preço dos bens relacionados
 curva da demanda individual
 curva da demanda de mercado

É a quantidade de bens ou serviços que os
agentes econômicos estariam dispostos e aptos a
consumir ou utilizar num determinado mercado aos
diferentes preços alternativos “COETERIS PARIBUS”.
COETERIS PARIBUS: significa que as demais variáveis
são consideradas constantes.
QA = f (PA)
17

18
3
Principais Fatores da Demanda
Os agentes da demanda


Os consumidores:
 São aqueles que se dirigem ao
mercado com o intuito de adquirir um
conjunto de bens ou serviços que lhe
maximize sua função utilidade.









Preferências dos consumidores.
Preço do produto em questão.
Preços de outros produtos.
Renda do consumidor.
Distribuição de renda.
Total da população.
Disponibilidade de crédito.
Políticas governamentais de
consumo.
Níveis passados de renda.
Dentre outros fatores.
incentivo
ao
19
A tomada de decisão econômica:
os benefícios e custo da mudança
20
A tomada de decisão econômica:
os benefícios e custo da mudança
Toda ação que empreendemos gera mudanças.
Algumas são boas. Outras são ruins.. Definimos bom
ou ruim a partir da perspectiva do tomador de decisão
que empreende a ação.
Benefícios da ação: é o valor máximo em dinheiro que
alguém estaria disposto e apto a pagar para obter as
mudanças boas.
Custos da ação: é o máximo em dinheiro que alguém
estaria disposto e apto a pagar para se ver livre das
mudanças ruins.
Benefício da ação X Custo da ação
21
A tomada de decisão econômica:
os benefícios e custo da mudança
22
TEORIA DO CONSUMIDOR
LEI DA UTILIDADE DECRESCENTE
“Na medida em que aumentamos o consumo
Se a pessoa é racional, deve empreender uma
ação quando os benefícios dessa ação excedem ou
igualam o seu custo.
de uma mercadoria, a Utilidade Marginal
dessa mercadoria diminui.”
Por que o termo igualam?
Utilidade Marginal  representa a utilidade
que o consumo de unidades adicionais
daquela mesma mercadoria representa para
a utilidade total da mercadoria.
Porque os economistas definem o custo como a
quantia mínima que deve ser paga para fazer alguma
coisa. Portanto, se os benefícios apenas igualam o
custo, por definição, você realizará a ação.
23
24
4
Teoria da Utilidade
UTILIDADE TOTAL
Teoria da Utilidade
Exemplo do consumo de barras de chocolate
Utilidade Total
350
300
250
200
150
100
50
0


Quanto mais barras consumimos, menor é a utilidade
da última unidade acrescentada. (Utilidade Marginal)
A utilidade que a 10ª barra acrescenta à utilidade
total é muito menor que a 1ª. (Decrescente)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Consumo de chocolate
25
Teoria da Utilidade
UTILIDADE MARGINAL
Utilidade Marginal
Teoria da Utilidade
UTILIDADE MARGINAL
26
60
50
40
30
20
10
0
1

A utilidade total é igual a soma das utilidades
marginais da 1ª até a n-ésima unidade consumida.
2
3
4
5
6
7
8
Consumo de chocolate
27
Teoria da Utilidade



28
Curva da demanda
PERGUNTA: O preço que o consumidor
estaria disposto à pagar pelas unidades
adicionais é o mesmo que ele pagaria pela
primeira unidade?
RESPOSTA: NÃO – O preço que o
consumidor estaria disposto à pagar pelas
unidades adicionais é MENOR do que o
preço da primeira unidade, pois a utilidade
diminui.
Preço Marginal de Reserva: uma medida da
utilidade marginal.
Mostra a relação entre a quantidade
demandada de um bem por todos os
indivíduos e seu preço, mantendo
constantes outros fatores (gosto,
renda, preço de bens relacionados )
29
30
5
LEI GERAL DA DEMANDA

Princípio da curva da demanda
A quantidade demandada de um bem depende

de seu preço, ceteris paribus. Sendo essa
relação inversa, ou seja, teoricamente se o
preço
do
bem
aumentar,
a
quantidade
demandada diminuirá.
mostra que quanto maior o preço de
um bem, menor a quantidade desse
bem que os consumidores estariam
dispostos a comprar. Paralelamente,
quanto mais baixo o preço do bem,
mais unidades serão demandadas
31
Tabela e curva da demanda
A curva de demanda
Relação entre preço e quantidade
Tabela de Procura Produto X
Preço
A
100
32
Níveis de preço
Quantidade
procurada
40
20
30
80
20
140
10
200
B
10
20
130
Quantidade
33
Movimentos ao longo da
curva da demanda
34
Mudanças na demanda
Preço
P2
acontecem como consequência de
uma mudança nos preços
(A para B)
Movimento ao
longo da curva
B
A
P1
D1
Q2
35
Q1
Quantidade
da demanda
36
6
Mudanças na demanda
Deslocamento da curva de
demanda
Preço
(A para C)
Deslocamento da
curva
se devem a alterações de alguns
fatores, que não o preço. Por
exemplo a renda dos consumidores
A
C
P1
D1
Q1
D2
Q2
Quantidade
da demanda
37
Mudanças na demanda e
mudanças na quantidade
demandada
38
Relação entre Demanda e
Renda

Se os bens forem normais

Alterações

nas
preferências
na renda
no preço
de outros
bens

Mudanças na demanda
Mudanças na quantidade demandada
Alterações
no preço
39
40
Bens de luxo e bens de
primeira necessidade

Tipos de Bens
primeira necessidade


São aqueles cuja quantidade demandada
aumenta quando aumenta a renda
Normalmente esta relação é direta. Quanto maior
a renda, maior a demanda; ou, quanto menor a
renda menor a demanda.
Isto explica em parte a importância da renda para
a economia de um país (quanto maior a renda +
rico é o país!)
• Bens de Luxo
ao aumentar a renda, a quantidade
demandada do bem aumenta em menor
proporção
Bem normal
• De primeira necessidade
Bens
de luxo

ao aumentar a renda, a quantidade
demandada do bem aumenta em maior
proporção
Bem inferior
41
42
7
Relação entre Demanda e
Renda

RELAÇÃO ENTRE DEMANDA E RENDA
Se os bens forem inferiores
b)Alteração na demanda:
a) Alteração na quantidade demandada:
são
bens os quais há alternativas de
maior qualidade, ex: mortadela, margarina
são aqueles cuja quantidade diminui quando
aumenta a renda
Nos bens inferiores essa relação é inversa.
Um aumento da renda diminui a demanda e
vice-versa.
supondo um aumento na renda.
supondo um aumento do preço.
P
P
P1
P1
B
PO
D1
A
PO
D0
D
Q1
Q1
Q0
Q
Ex: carne de segunda (quanto melhor a
renda/salário, menor o consumo de
carne de segunda)
Q0 Q3
Antes do aumento da renda
Q2
Q
Após o aumento da renda
•Ao preço P0, o
consumidor pode
comprar Q0
•Ao mesmo preço P0, o
consumidor pode
comprar Q2
• Ao preço P1 , o
consumidor pode
comprar Q1
• Ao mesmo preço P1 ,
o consumidor pode
comprar Q3
43
Relação entre demanda e Estrutura
de Gostos e Preferências
44
Os preços dos bens
relacionados
• Normalmente é uma relação direta. O
estímulo ao gosto do consumidor (via
publicidade, etc.) pode elevar a demanda e
vice-versa.
• Ex.: Campanha Institucional “Leite faz
bem a saúde”
a quantidade demandada de um bem
depende das variações dos preços dos
bens relacionados
Substitutos ou complementares
45
46
Relação entre Demanda e Preço
de Outros Bens
Bens Substitutos
• Bem Substituto : Quando há uma relação direta entre Preço
e Qtde (Aumenta o Preço Aumenta a Qtde).
• Ex.: Se aumentar o preço da margarina, aumenta a
demanda por manteiga
Os bens são substitutos se a
majoração do preço de um deles
eleva a quantidade demandada do
outro, qualquer que seja o preço.
Preço
Manteiga
Margarina
Qtde
47
48
8
Relação entre Demanda e Preço
de Outros Bens
• Bem Complementar : É uma relação inversa ao gráfico
Bens complementares
anterior, um aumento em preço causa uma queda em qtde
• Ex : Carro x Pneu (aumento do preço do carro causa uma
queda na demanda por pneus)
Os bens são complementares se a
majoração do preço de um deles
reduz a quantidade demandada do
outro.
Preço
Qtde
49
Elasticidade e Análise de
Demanda
Elasticidade-preço da
demanda
• Elasticidade é uma medida de sensibilidade na relação
entre duas variáveis
(Ep)
• Elasticidade de Demanda – A elasticidade tem um papel
central na análise do consumo, pois mostra como a alteração
de uma das variáveis que afetam a demanda é capaz de
alterar a quantidade demandada.
Preço
50
mede o grau em que a quantidade demandada
responde às variações de preço de mercado e se
expressa como o quociente entre a variação
percentual da quantidade demandada do bem,
produzida por uma variação de seu preço em 1%,
mantendo-se constantes todos os demais fatores
que afetam a quantidade demandada
Produtos inelásticos: não alteram a
demanda com mudanças de preço
(exemplo: cesta básica)
Produtos elásticos: alteram a
demanda com mudanças no preço
e/ou outras mudanças (p.ex., renda)
Qtde
51
52
Para calcular a elasticidade
Demanda elástica
Preço unitário
Elasticidade da
demanda
variação percentual da
quantidade demandada
=
variação percentual
do preço
Q x 100
Demanda
elástica
(Ep=2)
5
Q
P x 100
3
P
100
180
Quantidade
(a)
53
54
9
Demanda de elasticidade
unitária
Demanda inelástica
Preço unitário
Preço unitário
Demanda
de elasticidade
unitária
(Ep=1)
3
Demanda
inelástica
(Ep=0,5)
5
4
2
100 110
15
20
Quantidade
Quantidade
(c)
(b)
55
Tipologia das elasticidades
da demanda
ELÁSTICA
56
Tipologia das elasticidades
da demanda
ELASTICIDADE UNITÁRIA
A demanda é elástica se o valor
numérico da elasticidade é maior que
uma unidade, isto é, se a variação na
quantidade é percentualmente maior
que no preço
A demanda tem elasticidade unitária
se uma variação percentual do preço
produz uma variação percentual da
quantidade igual àquela.
57
58
A elasticidade da demanda:
casos extremos
PERFEITAMENTE INELÁSTICA
Tipologia das elasticidades
da demanda
INELÁSTICA
A demanda é inelástica se o valor
numérico da elasticidade é menor
que a unidade, isto é, se a variação
na quantidade é percentualmente
menor que a variação do preço.
A demanda é perfeitamente inelástica
- isto é, sua elasticidade é zero quando, ao variar o preço, a
demanda não mostra nenhuma
resposta na quantidae demandada.
59
60
10
A elasticidade da demanda:
casos extremos
PERFEITAMENTE ELÁSTICA
PERFEITAMENTE INELÁSTICA
Preço unitário
demanda
perfeitamente
inelástica
A demanda é perfeitamente elástica,
ou infinita, quando os compradores
não estão dispostos a pagar mais
que um determinado preço, qualquer
que seja a quantidade do bem
Quantidade demandada
(a)
61
62
TOTALMENTE ELÁSTICA
A elasticidade no ponto
Preço unitário
demanda
totalmente
elástica
O valor da elasticidade da demanda é
diferente em cada ponto da curva de
demanda
Quantidade demandada
(b)
63
64
A elasticidade da demanda
e a receita total
ELASTICIDADE NO PONTO
Preço
elástica
5
Quando a demanda é elástica, uma redução
do preço aumentará a receita
total. Um aumento do preço, ao
contrário, reduzirá a receita total
4
3
2
1
Quantidade
65
66
11
A elasticidade da demanda
e a receita total
inelástica
Quando a demanda é inelástica, uma
redução no preço diminuirá
a
receita total e um aumento
elevará a receita.
67
12
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