vírus de gripe

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 Vírus são as menores entidades biológicas conhecidas;
 A maioria dos vírus mede entre 15 e 300 nanometros (nm);
 Um dos maiores vírus conhecidos, que causa a varíola humana, tem cerca
300 nm (0,3 µm), e um dos menores, causador da febre aftosa bovina,
mede apenas 15 nm (0,015 µm);
 Recentemente foram descobertos vírus com mais de 600 nm, os
mimivírus.
 Diferentemente de outros seres vivos, os vírus são acelulares, ou seja,
não são constituídos por células; no entanto, precisam delas para se
reproduzir;
 Eles são parasitas intracelulares obrigatórios, atacando células de
diferentes seres vivos, sejam bactérias, protozoários, algas, fungos,
plantas e animais, incluindo a espécie humana;
 A infecção viral, como é chamada a invasão de uma célula por vírus,
causa profundas alterações no metabolismo celular;
 O destino da maioria das células infectadas por vírus é a morte, que
ocorre quando os novos vírus formados saem da célula infectada,
provocando sua destruição;
 Existem várias doenças causadas por vírus, genericamente denominadas
viroses;
 Entre as viroses humanas podemos citar a aids, as gripes, a varíola, o
sarampo, a catapora e a poliomielite, entre outras.
A gripe aviária — popularmente conhecida como “gripe do frango” — é uma virose animal que causa prejuízos
consideráveis aos países asiáticos e europeus. Muitos países foram obrigados a sacrificar e incinerar parte de
suas criações de aves na tentativa de erradicar esse vírus.
 Um vírus é fundamentalmente constituído por uma ou mais moléculas de
ácido nucleico (DNA ou RNA), envoltas por moléculas de proteína que
constituem o capsídio;
 Juntos, capsídio e ácido nucleico compõem o nucleocapsídio;
 Em certos vírus, o nucleocapsídio é envolto externamente por uma
membrana lipoproteica, o envelope viral, formada, em geral, quando a
partícula viral é expelida pela célula hospedeira;
 Além de proteínas e lipídios de origem celular, o envoltório do nucleocapsídio
contém proteínas virais específicas, que foram adicionadas à membrana
celular enquanto o vírus se multiplicava no interior da célula hospedeira;
 A presença ou não de envoltório lipoproteico permite classificar os vírus em
duas categorias: vírus envelopados e vírus não envelopados;
 Exemplos de vírus envelopados são os vírus do herpes, da varíola, da rubéola
e da gripe;
 Exemplos de vírus não envelopados são o adenovírus, que causa infecções
respiratórias e conjuntivites, e o vírus da poliomielite, que causa a paralisia
infantil;
 A partícula viral morfologicamente completa é denominada vírion; cada tipo
de vírus apresenta vírions de formato característico:
Vírus do mosaico do tabaco (aumento aprox. 62.0003 x )
Adenovírus (aumento aprox. 33.0003 x )
Vírus de gripe (aumento aprox. 91.4003 x)
Bacteriófago T4 (aumento aprox. 91.7003 x)
 Tanto o capsídio (no caso de vírus não envelopados) como o envelope
lipoproteico (no caso de vírus envelopados) contêm proteínas, denominadas
ligantes, capazes de se encaixar em determinadas proteínas presentes na
membrana da célula hospedeira, denominadas receptores virais;
 Para invadir uma célula, um vírus tem de se encaixar perfeitamente nos
receptores presentes na membrana celular, como uma chave se encaixa em
uma fechadura;
 É justamente a necessidade dessa associação exata às proteínas celulares que
torna os vírus tão específicos: eles só conseguem infectar células que
possuam receptores compatíveis com os ligantes de seu envoltório;
 Por exemplo, o ligante do vírus da gripe é a hemaglutinina, substância que se
liga especificamente a receptores presentes principalmente em células do
epitélio das vias respiratórias e dos pulmões;
 Depois de se ligar aos receptores da membrana, o vírus infecta a célula; isso
se dá por meio de processos que variam conforme os diferentes tipos de
vírus;
 Alguns deles, como os bacteriófagos, injetam apenas o ácido nucleico na
bactéria, ficando o capsídio proteico do lado de fora;
 Certos vírus envelopados, entre eles o HIV, penetram na célula por meio da
fusão de seu envelope membranoso com a membrana celular;
 Outros vírus penetram na célula por endocitose, processo em que são
englobados ativamente pela membrana celular, após esta ter sido
estimulada pelos ligantes virais;
 Uma vez no citoplasma, os vírus libertam-se da bolsa membranosa e se
desintegram no citoplasma, liberando o ácido nucleico.
 Se a célula hospedeira fosse comparada a um computador com todos os
acessórios (hardware), o vírus corresponderia a um CD com o programa
(software) para produzir novos vírus;
 Esse “programa” está inscrito no ácido nucleico que constitui o genoma viral;
 Enquanto estão fora do computador, as instruções do programa contido em
um CD não atuam;
 Da mesma maneira, enquanto um vírus não encontrar uma célula em que
possa penetrar, ele não manifesta nenhuma atividade;
 Entretanto, ao encontrar a célula hospedeira apropriada, o vírus introduz
nela seu programa genético, que entra em ação e passa a utilizar a
“maquinaria” bioquímica celular para a produção de novos vírus;
 A maneira pela qual os vírus multiplicam-se no interior da célula hospedeira
varia entre os diferentes tipos virais:
 Bacteriófagos (do grego phagein, comer), também chamados simplificadamente
de fagos, são vírus que atacam bactérias;
 O fago T4, por exemplo, é um vírus de DNA cujo capsídio proteico é constituído
por uma “cabeça” facetada e por uma “cauda” cilíndrica;
 No interior da cabeça encontra-se, compactada, uma longa molécula de DNA de
cadeia dupla;
 Ao encontrar uma bactéria que lhe sirva de hospedeiro, o fago adere à parede
bacteriana por meio de ligantes presentes na cauda;
 Em seguida, perfura a parede da bactéria e injeta nela o DNA; a cabeça e a
cauda do fago não penetram na célula;
 No interior da célula bacteriana, o DNA do fago inicia sua multiplicação,
produzindo dezenas de cópias idênticas ao DNA original;
 Ao mesmo tempo, o DNA viral comanda a síntese de moléculas de RNAm,
utilizando para isso os sistemas enzimáticos e a energia da própria bactéria.
Cerca de 30 minutos após a penetração do DNA de um único fago invasor, a bactéria se
rompe e libera dezenas de novos fagos, que podem infectar imediatamente outras
bactérias ao redor e reiniciar o ciclo.
 O vírion do HIV tem, no envelope lipoproteico, glicoproteínas capazes de se
ligar a receptores de determinadas células humanas, principalmente certas
células do sistema imunitário;
 O HIV é um retrovírus, seu nucleocapsídio contém duas moléculas idênticas de
RNA de cadeia simples, associadas a moléculas de duas enzimas:
 a transcriptase reversa, capaz de “retrotranscrever” DNA a partir de RNA,
 e a integrase, responsável pela integração do DNA viral ao cromossomo da
célula hospedeira;
 Depois de se ligar aos receptores da célula hospedeira, o envelope do HIV
funde-se à membrana celular; o nucleocapsídio penetra no citoplasma e se
desfaz, liberando o RNA, a transcriptase reversa e a integrase virais no
citosol.;
 Os vírus de gripe ligam-se a receptores presentes na membrana das células
das vias respiratórias e são englobados por endocitose;
 Nesse processo, o envelope lipoproteico do vírus funde-se à membrana do
endossomo e o nucleocapsídio entra em contato direto com o citosol,
liberando as moléculas de RNA viral;
 Estas migram para o interior do núcleo da célula hospedeira, onde passam a
atuar;
 Uma vez no núcleo da célula hospedeira, as cadeias de RNA viral servem de
molde para produzir moléculas complementares, que saem para o citoplasma
e atuam como RNAm na síntese de proteínas virais;
 Algumas das moléculas de RNA complementares permanecem no núcleo e
serão utilizadas como molde para a produção de moléculas de RNA que
constituirão o material genético dos novos vírus:
Embora seja uma doença corriqueira, milhares e milhares de pessoas
morrem anualmente em decorrência da infecção pelo vírus de gripe.
Na grande pandemia (epidemia mundial), ocorrida em 1918 e 1919,
morreram entre 20 e 40 milhões de pessoas em todo o mundo, de
todas as idades e classes sociais. Entre as vítimas estava Francisco de
Paula Rodrigues Alves, o presidente da República do Brasil na época.
Outras grandes pandemias foram a gripe asiática de 1957, que matou
mais de 1 milhão de pessoas, e a gripe de Hong Kong de 1968, em que
morreram cerca de 700 mil pessoas.
 Certos tipos de vírus podem atacar indiscriminadamente tanto células
humanas quanto células de outros animais; assim, uma pessoa pode infectarse ao ter contato com um animal portador do vírus;
 As doenças humanas causadas por esses vírus são chamadas de zoonoses virais.
As espécies animais em que esses vírus ocorrem naturalmente são
consideradas reservatórios naturais do vírus;
 A raiva, ou hidrofobia, é um exemplo de zoonose viral, cujo reservatório
natural do vírus é o morcego. Esse vírus pode ser transmitido aos humanos
tanto pelo morcego quanto por cães, gatos ou outros mamíferos
contaminados;
 O principal reservatório de parasitas causadores de doenças em nossa espécie
são os próprios seres humanos;
 A hepatite B, o sarampo, a rubéola e a aids são exemplos de doenças virais
cujos reservatórios são seres humanos;
 Diversas doenças virais que atualmente se transmitem de uma pessoa a outra
foram adquiridas originalmente de reservatórios animais:
Há indícios de que a varíola e o sarampo, por exemplo, passaram do gado
bovino para nossa espécie há menos de 10 mil anos, quando as populações
humanas tornaram-se sedentárias e passaram a conviver com os animais recém
domesticados.
O vírus da gripe humana, ao que tudo indica, descende de um vírus de marreco
ou de porco.
Por exemplo, o vírus curiosamente denominado sin nombre (“sem nome”, em
espanhol), um hantavírus que ataca os pulmões e geralmente causa morte,
espalhou-se pelo sudoeste norte-americano em 1993 em consequência da
explosão populacional de um camundongo silvestre, que atua como reservatório
natural desse vírus.
O caso mais dramático do cruzamento das barreiras naturais por um vírus é, sem
dúvida, o da aids. Há cerca de 100 anos, o HIV era restrito a chimpanzés
(reservatório do ancestral do HIV-1) e a outras espécies de macacos africanos
(reservatórios do ancestral do HIV-2). O desmatamento, as guerras no
continente africano e o crescimento das populações humanas contribuíram para
o aumento do contato entre a espécie humana e esses primatas, permitindo a
passagem dos vírus entre as espécies. Fatores tecnológicos e sociais, como a
facilidade de viagens internacionais, a popularização das transfusões de sangue,
a promiscuidade sexual e o uso crescente de drogas injetáveis, fizeram com que
o HIV se espalhasse rapidamente pela população humana, transmitindo- se de
pessoa para pessoa e causando, em menos de 20 anos, uma grande pandemia.
Contato direto entre portador e o novo hospedeiro.
Alguns vírus mantêm sua capacidade infectante mesmo
depois
de permanecer longo tempo fora de um hospedeiro.
Outros vírus são transmitidos por meio de vetores animais,
principalmente insetos, sendo conhecidos genericamente como
arbovírus (do inglês arthropod borne virus).
 Em termos populacionais, as doenças infecciosas podem existir na condição de
epidemias ou de endemias;
 Fala-se em epidemia quando ocorre um aumento súbito no número de casos
de uma doença em uma população;
 Fala-se em endemia quando uma doença se mantém praticamente constante
numa determinada região;
 Costuma-se também utilizar o termo pandemia para se referir a uma doença
que atinge mais de um continente, em uma onda epidêmica que pode se
prolongar por vários anos;
 Surto é uma forma particular de epidemia, em que todos os casos estão
relacionados entre si;
 Uma mesma doença pode ser endêmica em uma população, epidêmica em
outra e não existir em uma terceira.
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