HISTÓRIA (D) Texto I “A prensa tipográfica, inventada por Gutemberg, foi a artífice ou, pelo menos, o símbolo, da era moderna. No início do século XVII, Francis Bacon via a tipografia como um meio para o progresso do conhecimento. Para o clero, a tipografia causou problemas porque permitiu que gente comum estudasse os textos religiosos por sua própria conta e não dependesse daquilo que as autoridades lhe dissessem. Soberanos também se preocupavam com gente comum discutindo e criticando as ações do governo.” (E) Os portugueses foram os primeiros europeus a lançarem-se no processo de expansão marítima, no século XV. Isto ocorreu devido a inúmeros fatores de ordem interna, tais como: a precoce centralização política, uma burguesia forte e uma certa experiência em navegação. Em relação a outros fatores que favoreceram a expansão marítima portuguesa, podemos citar: (Peter Burke - Folha de São Paulo – Caderno Mais ! – domingo, 16 de julho de 2000, com adaptações) (A) Texto II “Na atualidade, a Internet pode ser considerada como uma das maiores forças de comunicação já instituída pelo homem, uma rede de milhões de computadores interligados, podendo incluir desde supercomputadores, até um PC antiquado. Na Internet estão interligadas empresas, universidades, instituições públicas de todos os países do mundo, além das residências." (B) (C) (M@ARCIO. A Internet e os Hackers. São Paulo: Chantal Editora. 2000, com adaptações) Os textos falam de momentos históricos distintos, porém com um conteúdo comum, e que tiveram profundas repercussões na vida econômica, social e política dos povos. O principal impacto destes dois fatos em suas respectivas épocas está relacionado à(s): (A) (B) (C) revolução tecnológica que possibilitou o uso de novos instrumentos de produção material dos bens de consumo e conseqüente aumento da riqueza. ampliação das informações, proporcionando maior acesso ao conhecimento e modificando o modo de vida das populações. situação social de amplas camadas da sociedade que logo passaram a desfrutar melhores condições de vida e emprego. mudanças significativas que ocorreram na organização social, sem, no entanto, afetar o sistema de estruturação política dos países. importantes mudanças nas crenças religiosas, que alteraram também os diversos traços culturais dos diferentes povos do mundo. (D) (E) a necessidade de descobrir novas jazidas de metais preciosos para cunhagem de moedas e o desejo de chegar às Índias para monopolizar o comércio de especiarias. a necessidade de descobrir novas jazidas de metais preciosos para cunhagem de moedas e a feitura de uma aliança com a Espanha, visando a uma ação conjunta em relação ao descobrimento da América. a necessidade de descobrir novas jazidas de metais preciosos para a cunhagem de moedas e o desejo de fundar novas cidades na costa africana, levando-lhes o desenvolvimento técnico dos europeus. a necessidade de expandir a fé católica, bem como a necessidade de se chegar às Índias viajando para o Ocidente, a fim de divulgar os novos preceitos do Calvinismo. a necessidade de descobrir novas jazidas de metais preciosos para cunhagem de moedas e o objetivo de chegar às Índias para desenvolver a cultura de ambos os países. “É constatado que o tabaco é tão necessário para o resgate dos negros quanto os mesmos negros são precisos para a conservação da América Portuguesa. Nas mesmas circunstâncias se acham as outras nações que têm colônias, nenhuma delas se pode sustentar sem escravatura (...)” (Instruções ao Marquês de Valença, governador da Bahia, em 10/9/1779, citado por VERGER,Pierre. Fluxo e Refluxo. São Paulo, Corrupio, 1987.) A mão-de-obra de origem africana tinha papel fundamental na sustentação da economia colonial na América Tropical. No caso brasileiro, a principal atividade econômica sustentada pelo trabalho escravo, na época em que foram dadas as instruções acima, era: (A) (B) (C) (D) (E) a extração das drogas do sertão que garantiam altos lucros aos fabricantes europeus de medicamentos. a criação de gado bovino que sustentava, com a carne e o couro, outras atividades produtivas na Colônia. a produção açucareira, base da economia colonial nos séculos XVI e XVII. a extração mineral, apesar da diminuição da produção aurífera naquele período do século XVIII. a produção de fumo que servia tanto ao consumo europeu quanto à troca por mais africanos, conforme o próprio texto citado. Acerca INCORRETA: do Mercantilismo, assinale a alternativa religiosidade na Colônia. Contudo, as práticas religiosas africanas e indígenas, ou sincréticas, foram extensamente praticadas. (C) (D) (E) “Um comerciante está acostumado a empregar o seu dinheiro principalmente em projetos lucrativos, ao passo que um simples cavalheiro rural costuma empregar o seu em despesas. Um freqüentemente vê seu dinheiro afastar-se e voltar às suas mãos com lucro; o outro, quando se separa do dinheiro, raramente espera vê-lo de novo. Esses hábitos diferentes afetam naturalmente os seus temperamentos e disposições em toda espécie de atividade. O comerciante é, em geral, um empreendedor audacioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus empreendimentos...” (Adam Smith, A Riqueza das Nações, Livro III, capítulo 4) Neste pequeno trecho, Adam Smith: (A) (A) (B) (C) (D) (E) Promovia a transferência de rendas dos setores mais produtivos para os setores menos dinâmicos, taxando pesadamente os primeiros em benefício dos segundos. Baseava-se na intervenção econômica e política do Estado, na esfera dos negócios e da produção, favorecendo a acumulação de capitais. Atuava como um importante componente do Antigo Regime europeu, ao articular o Estado Absolutista à exploração colonial. Enfraquecia o pacto colonial ao defender o livre-comércio, o fim das tarifas protecionistas e maiores incentivos às importações das Metrópoles. Gerava mecanismos de fortalecimento do Estado e proporcionava uma maior ação política dos monarcas que consideravam a economia como um negócio que dizia respeito ao estado. (B) (C) (D) (E) (A) (B) (C) (A) (D) (B) (C) (D) (E) Sobre a sociedade e cultura coloniais brasileiras, assinale a alternativa INCORRETA: (A) (B) Homens livres pobres e mestiços, bem como os escravos, podiam ascender à condição de "Homens Bons" e ocupar os cargos das câmaras municipais locais. O Catolicismo, como religião oficial do Estado Português, tentava impedir quaisquer outras manifestações de contrapõe lucro a renda, pois geram racionalidades e modos de vida distintos. mostra as vantagens do capitalismo comercial em face da estagnação medieval. defende a lucratividade do comércio contra os baixos rendimentos do campo. critica a preocupação dos comerciantes com seus lucros e dos cavalheiros com a ostentação de riquezas. expõe as causas da estagnação da agricultura no final do século XVIII. As relações comerciais entre a Espanha e suas colônias, até a primeira metade do século XVIII, se caracterizaram por: Sobre os povos que habitavam a América pré-colombiana, marque a alternativa INCORRETA: Na época da conquista espanhola, a capital asteca, Tenochtitlán, era muito maior e mais populosa que as principais cidades da Espanha, surpreendendo Cortez e suas tropas. Disputas internas pelo trono inca facilitaram a conquista do Império por Francisco Pizzarro. Os maias sempre constituíram um Império típico, com grande interdependência entre as cidades, submetidas a forte controle pelo poder central. Em geral, os meios de produção eram propriedade coletiva e a divisão do trabalho baseava-se no sexo e na idade. No caso dos Impérios, funcionava um Estado Teocrático apoiado por um forte aparato político e religioso dos sacerdotes. Em Minas Gerais, a arte barroca de base religiosa pôde desenvolver uma criação própria. A grande quantidade de artífices locais valia-se de inovações e do uso de materiais da terra, como, por exemplo, a pedra-sabão, utilizada em esculturas. A miscigenação ocorreu desde os primeiros anos da conquista; brancos e índios geraram mamelucos em diversas capitanias; a mistura entre brancos e negros tornou-se mais intensa com o incremento do tráfico negreiro a partir do século XVI. A ação do Estado Português não era essencialmente empresarial, tendo o fisco e o controle político como marcas sobre esta sociedade, notadamente após a instituição do Governo Geral. (E) um sistema de portos únicos, responsáveis por todas as transações comerciais legais. um pacto colonial igual àquele que se desenvolvia entre o Brasil e sua metrópole. um sistema de liberdade de comércio, sem qualquer controle metropolitano. um sistema de comércio livre triangular, envolvendo a Espanha, a América e a África. um sistema que concedia privilégios aos comerciantes da região do Prata. “III- Tem sido hábito, até agora, de certos homens segurarnos como propriedade sua, visto que o Cristo nos libertou (...) . Por isso, julgamos estar garantido que seremos libertados da servidão.” (Manifesto dos Camponeses Alemães Revoltados – 1525.) “Deus prefere que existam governos, por piores que sejam, do que permitir à ralé que se amotine, por mais razão que tenha.” (Martinho Lutero - Primeira metade do século XVI.) Por mais que Lutero e os camponeses alemães tivessem críticas comuns à Igreja Católica da época, existiam sérios pontos de conflito entre eles. A raiz deste choque está: (A) (B) (C) (D) (E) na idéia de que somente aqueles que possuíssem instrução ou títulos podiam manifestar-se contra a Igreja Católica e sua práticas. no apoio mútuo existente entre Lutero e os setores da nobreza alemã que mantinham os camponeses sob servidão. no fato de os camponeses alemães defenderem o respeito absoluto ao dogma da infalibilidade papal, com o que Lutero não concordava. na excomunhão de Lutero pelo papa Leão X, já que os camponeses temiam aproximação com alguém acusado de heresia. no fato de a doutrina luterana defender a salvação do corpo e da alma, enquanto os camponeses só estavam preocupados com a salvação terrena. “Coloquemo-nos naquela Europa anterior ao século XVI, isolada dos trópicos, só indireta e longinquamente acessíveis e imaginemo-la, como de fato estava, privada quase inteiramente de produtos que se hoje, pela sua banalidade, parecem secundários, eram então prezados como requintes de luxo. Tome-se o caso do açúcar, que embora se cultivasse em pequena escala na Sicília, era artigo de grande raridade e muita procura; até nos enxovais de rainhas ele chegou a figurar como dote precioso e altamente prezado.” (PRADO Jr.,Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense,1961.) A colonização do Brasil, a partir do século XVI, permitiu à Coroa Portuguesa usufruir as vantagens trazidas pelas riquezas tropicais. Caracterizam a economia colonial brasileira: (A) (B) (C) (D) o monopólio comercial, a monocultura de exportação, o trabalho escravo e o predomínio das grandes propriedades rurais. o livre-comércio, a indústria do vestuário, o trabalho livre e o predomínio das pequenas propriedades rurais. o liberalismo econômico, o trabalho assalariado, a monocultura canavieira e o predomínio das grandes propriedades rurais. o exclusivo colonial, o trabalho escravo, a exportação de ferro e aço e o predomínio das pequenas propriedades rurais. (E) o monopólio comercial, o trabalho assalariado, a produção para o mercado interno e o predomínio das grandes propriedades rurais. O Estado português reproduziu no Brasil duas feições metropolitanas, possibilitando uma permanente tensão entre as forças sociais dos poderes locais e as forças de centralização do absolutismo. As instituições que exerciam a administração local e central no Brasil colônia eram, respectivamente: (A) (B) (C) (D) (E) Vice-reinado e capitania hereditária. Câmara municipal e governo geral. Capitania geral e província. Cabildo e capitania real. Vice-Reino e capitanias gerais. Marcílio Ficino, intelectual florentino, celebrava o século XV como a idade de ouro do saber, pois fizera ressurgir as artes liberais, a gramática, a poesia, a oratória, a pintura, a escultura, a música e o antigo som da lira órfica; levara a astronomia à perfeição e descobrira os instrumentos para imprimir livros. Essa conjuntura relaciona-se ao movimento histórico denominado: (A) (B) (C) Iluminismo. Renascimento. Liberalismo. Revolução Cientifica. Cientificismo. (D) (E) "E sentando no meu cais, Descalço, roto e despido, Sem trazer mais cabedal, Que piolho e assobios." (MATOS, Gregório de. Apud WEHLING, A. , WEHLING, M. J. C. de. Formação do Brasil colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.) Os versos acima, escritos por Gregório de Matos no século XVII, satirizavam a vaidade e a rápida ascensão econômica dos comerciantes portugueses na Bahia, que apenas a partir do século XVIII adquiriram um status de maior importância na sociedade. Até essa época, um dos aspectos da sociedade colonial brasileira era definido pela seguinte afirmativa: (A) (B) (C) (D) Os proprietários de terra, especialmente os senhores de engenho, representavam a "nobreza da terra". A alta burocracia colonial, complemento das elites locais, era ocupada necessariamente por indivíduos nascidos em Portugal. Os setores médios da sociedade, principalmente os grandes comerciantes do litoral, formavam um conjunto homogêneo de indivíduos. Os ricos mineradores de ouro e diamantes, apesar de discriminados pela aristocracia da terra, ocupavam os cargos mais importantes na administração. (E) Não havia homens livres naquela sociedade que era marcada apenas pela forte diferenciação entre homens brancos, os senhores e os demais grupos étnicos, os escravos. No decorrer dos séculos XVI e XVII, as lutas religiosas na Europa provocaram a separação entre os cristãos, tendo como conseqüências muitos conflitos políticos e sociais. Está associada a esse movimento religioso: (A) (B) (C) (D) (E) a colonização de parte do território do que são, atualmente, os Estados Unidos. a independência das colônias americanas. a instalação da Inquisição nas colônias espanholas. a expulsão dos jesuítas das colônias portuguesas. a ação dos missionários contra a escravidão indígena. “Nossa milícia, Senhor, é diferente da regular que se observa em todo o mundo. Primeiramente nossas tropas com que vamos à conquista do gentio bravo desse vastíssimo sertão não é de gente matriculada no livro de Vossa Majestade, nem obrigada por soldo, nem por pagamento de munição.” A monocultura, o latifúndio e a escravidão marcaram o sistema colonial português no Brasil, resultando: (A) (B) (C) (D) (E) no desenvolvimento interno da colônia, beneficiada pela ausência de monopólio. na formação de uma sociedade civil forte em decorrência da autonomia desfrutada. em grande desigualdade social, concentração da propriedade fundiária e dependência econômica. em acumulação de renda, que permitiu o desenvolvimento manufatureiro. no predomínio do trabalho livre, desenvolvimento tecnológico e cultural. A capitania que mais prosperou devido à aplicação de recursos holandeses na produção açucareira foi a de: (A) S. Vicente (B) Itamaracá. (C) Ilhéus (D) Pernambuco. (E) Porto Seguro. (Carta de Domingos Jorge Velho ao rei de Portugal, em 1694.) De acordo com o autor da Carta, pode-se afirmar que: (A) (B) (C) (D) (E) os bandeirantes possuíam tropas de mercenários, pagas pela metrópole, com o objetivo de exterminar indígenas. havia proibição oficial de capturar índios para a escravização e os bandeirantes pretendiam evitar ser punidos pelos colonos e pelos espanhóis. os exércitos portugueses, organizados na colônia, tinham a particularidade de serem compostos por indígenas especializados em destruir quilombos. algumas tribos indígenas ameaçavam a segurança dos colonos e as bandeiras eram tropas encarregadas de transportar os nativos para as reduções religiosas. muitas das bandeiras paulistas eram constituídas por exércitos particulares, especializados em exterminar e capturar indígenas para serem escravizados. Considere o texto: “Aquilo que dominava a mentalidade e a sensibilidade dos homens da Idade Média, aquilo que determinava o essencial das suas atitudes, era o seu sentimento de insegurança.” (Fonte: GOFF, Jacques Le - A Civilização do Ocidente Medieval. v. II, Lisboa: Estampa, 1984, p. 87.) A partir do texto anterior, podemos dizer corretamente que: (A) (B) (C) (D) (E) a insegurança dos homens da Idade Média era uma decorrência das invasões dos Bárbaros no Império Romano do Ocidente. a insegurança do homem medieval se explica pelo estatuto do servo, que estava preso à terra e por isso não podia se deslocar para cuidar do seu gado a mentalidade e a sensibilidade do homem da Idade Média podem ser explicadas pelo forte sentimento de individualidade. o homem medieval tinha como resposta para a sua insegurança material e moral, conforme a Igreja, o apoio na solidariedade do grupo a que pertencia. a insegurança do homem medieval restringia-se ao aspecto material, pois a salvação da alma estava assegurada pela conduta correta e pelas boas obras. Considere o texto: “A bruxa (...) é velha, enrugada, vesga, às vezes, desdentada ou com alguns cacos negros espalhados pela boca babosa, verruga peluda no queixo protuberante ou na ponta do enorme nariz adunco, cabelos grisalhos desgrenhados, mãos ossudas e crispadas como garras de animal, corcunda, (...) a roupa preta (...), chapéu pontudo na cabeça, voz estridente e rouca, gargalhada aterrorizante.” (Fonte: SOUZA, Laura de Melo e - A Feitiçaria na Europa Moderna. São Paulo: Ática, 1987, p. 14.) Sobre a cultura da Europa moderna é correto afirmar que: (A) (B) (C) (D) (E) o homem moderno, diferentemente do homem medieval, valoriza as crianças e as mulheres de idade, o que pode ser comprovado através das obras de arte. a estética do Renascimento, ao contrário da cultura clássica, valoriza o corpo do homem e da mulher, indiferente à idade e às formas. a cultura moderna, se por um lado denota o desapreço renascentista por mulheres decrépitas, por outro, sugere a estima pelo corpo belo de Ninfas e Vênus nuas. no século XVII, com o racionalismo, desaparecem os que acreditam em bruxas e no seu potencial virulento, retornando a crença na feitiçaria no século XIX. bruxaria e feitiçaria, invenções da Igreja Católica, foram pretexto para perseguir pessoas que praticavam outras religiões e o culto à natureza. As Bandeiras utilizaram amplamente os rios para penetrar no território brasileiro e atingir regiões distantes do litoral. Entre suas funções, é possível afirmar que: (A) (B) (C) (D) (E) estavam intimamente ligadas ao tráfico negreiro e buscavam o interior para vender escravos africanos para aldeias indígenas. opunham-se às tentativas de catequização de índios pelos jesuítas por considerar os índios destituídos de alma. procuravam, a mando da metrópole portuguesa, pedras e metais preciosos no interior do Brasil e no leito dos rios que navegavam. fundavam cidades ao longo dos rios e dos caminhos que percorriam e garantiam, posteriormente, seu abastecimento de alimentos. eram contratadas, por senhores de terras, para perseguir escravos fugitivos e destruir quilombos.