as estrelas que ficaram na terra

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AS ESTRELAS QUE FICARAM NA TERRA
Dizem que as estrelas do céu olhavam a Terra de longe. Lá do alto do céu, a Terra é um a pérola azul,
linda, girando no espaço. As estrelas ficavam olhando, m uito curiosas. Um dia resolveram conhecer o
planeta azul de perto. Partiram todas juntas, deixando um grande espaço no céu.
O Senhor das estrelas, preocupado, cham ou o Espírito Guardião e perguntou onde elas estavam . O
Guardião, m uito assustado, disse que haviam fugido para a Terra, aquele planeta azul tão bonito. O
Senhor das estrelas ainda pensava no que fazer, quando viu que as estrelas já estavam voltando aos seus
lugares no céu. – Ué, vocês já voltaram ? – perguntou.
– A Terra só é bonita de longe. – responderam as estrelas a um a só voz.
– Com o assim ? – perguntou o Senhor das estrelas, que não havia entendido bem .
– De perto – disseram as estrelas – a Terra está cheia de guerras horrorosas, de violência, de doenças
terríveis. Nós tratam os de vir logo em bora, antes que fôssem os contam inadas por tanta coisa feia e ruim .
O Senhor das estrelas m andou o Espírito Guardião conferir se todas regressaram . As estrelas, que eram
conhecidas pelos seus nom es e cores, estavam todas lá. Menos um a, a estrela verde, cham ada
Esperança.
– Pois vá à Terra – determ inou o Senhor das estrelas. Vá à Terra e procure aquela fujona porque lugar
de esperança é no céu.
O Guardião procurou em toda parte: nas grutas profundas, no alto das m ontanhas, no fundo dos
m ares... nada de encontrar a estrela verde cham ada Esperança .
Foi aí que ele reparou na gente que
passava nas ruas das grandes ou das pequenas cidades. E notou que havia um brilho diferente, um brilho
esverdeado no fundo dos olhos das pessoas.
O Guardião, então, deu um m ergulho para dentro da boca de um a senhora que passava conversando
com outra, pois Espírito Guardião pode fazer essas coisas. Lá dentro do coração dela achou um pedacinho
bem pequenininho, verdinho, brilhando, brilhando.
Então o Guardião, que sabia a língua até dos
pedacinhos das estrelas, perguntou ao caquinho o que ele fazia ali.
O caquinho respondeu que era um pedaço da estrela verde cham ada Esperança. Quando ela viu a
Terra, teve pena das pessoas, tão sofridas. Então partiu-se em m uitos pedacinhos, um a para cada
pessoa da Terra. E, por piores que fossem as tragédias hum anas, a Esperança, firm e e forte, dá às
pessoas condições de recom eçarem tudo outra vez.
O Guardião achou aquilo m uito bonito e concordou em que a estrela verde, cham ada Esperança, ficasse
na Terra. Mas, para que a felicidade dos hom ens se tornasse duradoura, seria preciso cham ar um a outra
estrela: a Verdade. Pois só conhecendo a verdade sobre o que som os, por que estam os na Terra, para
onde vam os, poderem os escolher acertadam ente o que devem os e o que não devem os fazer.
E o Guardião das estrelas partiu. Logo depois regressou com a estrela Verdade que, tal com o a outra, a
Esperança, partiu-se em um núm ero infinito de pedaços.
E a partir desse dia, a Verdade e a Esperança estão sem pre juntas. Quem procurar a Verdade, tam bém
acha a Esperança. E elas presenteiam as pessoas que as encontram com paz, coragem e felicidade.
(texto enviado pela Karina Lopes sem m enção de autoria)
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