História - Sesc PB

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Serviço Social do Comércio
Departamento Regional da Paraíba PROCESSO SELETIVO ESTAGIÁRIO 2017
INSTRUÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA
 Use apenas caneta esferográfica azul ou preta.
 Escreva o seu nome completo e o número do seu documento de identificação no espaço
indicado nesta capa.
 A prova terá duração máxima de 3 (três) horas, tendo seu início às 09h00 e término às
12h00, incluindo o tempo para responder a todas as questões da prova. O candidato só
poderá levar o caderno de provas depois de transcorridas 02(duas) horas do início da
aplicação das provas.
 Confira, com máxima atenção, a prova, observando o número de questões contidas e se
há defeito(s) de impressão que dificultem a leitura, havendo falhas comunique
imediatamente ao fiscal de sala.
 A prova não poderá ser dobrada, amassada ou danificada. Em hipótese alguma, será
substituída.
 Para cada questão, há apenas uma resposta certa.
 A quantidade de questões e respectivas pontuações desta prova estão apresentadas a
seguir:
Tipo de questão
Total de questões
Pontuação
por questão
Total de
pontuação
Múltipla escolha Português
10 questões
0,2 pontos
20 pontos
Múltipla escolha Especifica
10 questões
0,8 pontos
80 pontos
 Ao retirar-se da sala, entregue a prova ao fiscal.
 Os dois últimos candidatos ao processo seletivo, só poderão ausentar-se da sala de prova em
conjunto.
NOME COMPLETO:
DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO:
SESC - Serviço Social do Comércio | Departamento Regional da Paraíba | www.sescpb.com.br
Rua Desembargador Souto Maior, 291, 2º Andar - Centro - João Pessoa/PB CEP 58.013-190 TEL 83 3208-3100
FAX 83 3241-4569 CNPJ 03.602.934/0001-91
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Texto para as questões 01 e 02:
Às vezes, escutamos nossos pais falando que antigamente tudo era bem diferente: eles
brincavam nas ruas, não tinha violência e havia muito menos apologia a ela. Os tempos
mudaram. Violência é rotina e muitos princípios têm sido colocados à prova. Atitudes violentas
envolvendo jovens aparecem sempre na mídia. Muitas crianças e adolescentes veem brigas
dentro de casa e até na novela. Nesse contexto, professores, que têm obrigação de passar
conhecimento, acabam tendo que educar. Mas a educação vem de casa, junto com o caráter
psicológico de cada um. E acho que aí está a causa de tanto desrespeito nas escolas: a culpa
não é dos professores nem dos alunos, mas da falta de diálogo sobre o que é certo e errado. A
educação que os pais passam para seus filhos é essencial para formar uma pessoa - reunir a
família e jogar limpo numa conversa no meio da mesa!
D´AVILA, Suzana: Gramática em prática. Textos e Exercícios: Editora do Brasil. 2009
01. A ideia do texto poderia ser sintetizada no seguinte título:
(A) Violência: fator que preocupa os pais.
(B) Professores: responsáveis pela educação dos alunos.
(C) A volta do tempo de brincadeiras nas ruas.
(D) Pais: aliados da violência praticada pelos filhos.
(E) Professores: responsáveis pelo mau desenvolvimento dos alunos.
02. Assim como em “Às vezes” deve levar crase, pela mesma razão:
(A) “...têm sido colocados à prova”.
(B) A reunião será amanhã à noite.
(C) A idosa sempre vai à missa sozinha.
(D) A mãe assistiu orgulhosa à apresentação da filha.
(E) O aluno ganhou bolsa e foi à França.
Texto para a questão 03:
Disponível em http://brasilescola.com.br
03. O aviso da placa acima fere um princípio da Gramática que se refere a(à):
(A) Colocação pronominal
(B) Regência nominal
(C) Modo verbal
(D) Concordância verbal
(E) Concordância nominal
Considere esta tira para a questão 04:
D´ AVILA, Suzana: Gramática em textos: Exercitando a língua. Editora do Brasil 2009
04. O erro de interpretação aconteceu porque:
(A) O formulário estava ambíguo, ou seja, possuía dois sentidos.
(B) Os dois rapazes não leram todo o formulário.
(C) Os dois rapazes não consideraram o contexto de comunicação.
(D) O formulário estava mal produzido, contendo erros de grafia.
(E) A expressão responsável pela má interpretação é “aí fora”.
Texto para as questões 05 e 06:
Língua
Gosto de sentir a minha língua roçar
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosódias
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade (...)
Caetano Veloso
05. “E uma profusão de paródias / Que encurtem dores”. A expressão verbal “que encurtem”
denota:
(A) Desejo
(B) Ordem
(C) Conselho
(D) Algo que está acontecendo
(E) Fato que irá acontecer
06. A palavra que deve ser acentuada pela mesma razão de “paródias” é:
(A) Luís
(B) Ambulância
(C) Incrédulo
(D) Parabéns
(E) Árvore
Considere a tira abaixo para a questão 07:
Disponível em http://infoescola.com.br
07. O uso so pronome “me” em “Isso não me cheira bem”:
(A) Está em dasacordo com a norma culta, pois não se usa pronome oblíquo átono antes
de verbo conjugado no presente.
(B) Está correto, pois está regido por um advérbio de modo (bem).
(C) Está correto, pois o advérbio de negação (não) “atrai” o pronome oblíquo, o que
caracteriza a próclise.
(D) Está escrito no registro informal da língua portuguesa.
(E) Constitui um erro, porque antes dele existe um pronome demonstrativo.
Considere o anúncio abaixo para as questões 08 e 09:
CEREJA E MAGALHÃES: Gramática reflexiva. Saraiva, 2009.
08. “Por isso, há quase 20 anos, a gente se dedica a promover a recuperação...”. a oração
destacada encontra-se na seguinte voz verbal:
(A) Ativa, pois o sujeito sofre a ação de ser recuperado.
(B) Passiva sintética, pois o sujeito pratica a ação de recuperar.
(C) Reflexiva, pois há uma ideia de reciprocidade.
(D) Passiva sintética, já que o sujeito sofre a ação, podendo ser a oração transposta para: “A
gente é dedicada a promover a recuperação...”.
(E) Ativa, pois o sujeito simplesmente pratica a ação de promover algo.
09. “Quando a natureza estiver em apuros, chame a Nascentes Fernandes”. Nesta oração as
formas verbais destacadas:
(A) Enunciam um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual.
(B) Trazem para a oração uma certeza de acontecimento visto que a natureza estará em apuros.
(C) Demonstram um desejo: de que a Natureza não esteja em apuros.
(D) Expressam um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.
(E) Demonstram algo incerto em relação a fatos que ocorreram no passado.
10. “As chuvas ............ grande parte da cidade, por isso a família ............. o passeio para o
parque, visto que ................ percorrer longa distância até o destino”.
A sequência verbal que completa corretamente o trecho acima é:
(A) alagou / cancelaram / precisavam
(B) alagaram / cancelaram / precisavam
(C) alagou / cancelou / precisavam
(D) alagaram / cancelou / precisava
(E) alagou / cancelou / precisava
PROVA DE HISTÓRIA
CONHECIMENTO ESPECÍFICO OBJETIVO
11. O que é filosofia?
O que é filosofia?
Perguntam todos perplexos.
Será um monte de livros,
Com discursos desconexos?
Será um bicho difícil,
que pode nos devorar,
se não formos muito espertos,
para a resposta encontrar?
Na filosofia mesmo,
nada deve ser complexo,
podemos fazê-la fácil,
numa lógica com nexo.
Filosofia é uma forma
de perguntar as questões,
que mais afligem o homem,
que mais nos dão comichões.
É perguntar sobre a vida
querer saber sobre a morte,
é um olhar para o universo
é um indagar sobre a sorte…
Filosofia faz parte
da vida de cada dia
porque pergunta os porquês
que a nossa razão afia...
Dora Incontri
Considerado um dos marcos da cultura grega, o pensamento filosófico e científico iniciou se
desenvolvimento no final da época arcaica e atingiu maior expressão no período clássico. Esse
pensamento representou outras formas de compreensão, além das apresentadas por meios dos mitos,
pois consistia em observar o mundo e o que ocorria à sua própria volta para depois refletir em busca de
uma explicação lógica e racional para o que havia sido percebido.
Sobre a filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir.
I.
II.
A primeira fase da filosofia grega é conhecida como pré-socrática ou cosmológica. Entre os
principais representantes dessa fase destacam-se: Tales (fim do século VII a.C. e início do século
VI a.C.), Anaxímenes (588-524 a.C.), Anaximandro (610 -574 a.C.), Pitágoras (582 – 497 a.C.),
Heráclito (535 – 475 a.C.) e Parmêndines (540 - ? a.C.).
No final do século V a.C., com o desenvolvimento da democracia ateniense, iniciou-se a
segunda fase. Nesta os mitos ganharam destaques e passaram a ser utilizados como forma
de
compreensão de problemas relacionados ao indivíduo e à organização da humanidade.
III.
IV.
O principal filósofo da fase conhecida como socrática ou antropológica foi Sócrates. Para ele
existiam verdades universais, válidas para toda a humanidade em qual quer espaço ou
tempo. Para encontra-las, era necessário refletir sobre ela, descobrir suas razões.
Platão foi o fundador da Academia de Atenas. Sua obra mais famosa é a República, na qual
defende uma forma de governo para a sociedade. Segundo ele, o poder deveria ser exercido por
sábios, únicas pessoas capazes de governar visando o bem comum e não os interesses
particulares.
Estão corretas apenas as afirmativas:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
I e II.
II e IV.
III e IV.
I, II e III.
I, III e IV.
12. “Subjacente às assombras realizações culturais dos gregos havia um insuperável talento para a guerra.
Na Antiguidade, os combates armados dependiam principalmente da força bruta: no mar, as ligeiras galés,
impulsionadas por centenas de remadores, abalroavam-se com tremendo impacto; em terra, massas de
soldados a pé entrechocavam-se em selvagens batalhas. Os gregos não se eximiam de tais táticas
violentas, mas aplicaram a elas um grau até então inédito de disciplina... Tudo era possível de vido a
ardorosa dedicação do guerreiro grego à sua pólis e aos seus companheiros, reforçada por um código que
impelia os combatentes a preferir a morte à desonra.
A superioridade dos gregos em combates a curta distância tornou-se dolorosamente evidente para os
persas nas batalhas de Maratona e Plateia ... Os persas descobriram da pior maneira possível o motivo de
a falange ser considerada a mais temível máquina de guerra da Antiguidade.”
Adaptado de: A elevação do espírito 600-400 a.C. Rio de Janeiro, Abril Livros, 1991. p. 39. Col. História
em Revista.
As Guerras Médicas (ou Guerras Medas, Guerras Greco-Persas, Guerras Greco-Pérsicas e Guerras
Persas)constituem-se de conflitos entre os antigos gregos e o Império Persa durante o século V a.C.
ocorridos na região do Mediterrâneo Oriental. A respeito do contexto das Guerras Médicas (século V a.C),
assinale a alternativa correta.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Na planície do Peloponeso, os atenienses venceram os persas que encontraram; em seguida,
retornaram para Atenas, mas foram derrotados. A vitória trouxe grande prestígio para os persas.
Desenvolvendo uma política imperialista, Atenas entrou em conflito com Esparta que, agrária e
oligárquica, pois, esta permaneceu fechada, isolando-se durante o conflito sem oferecer auxílio ou
participação.
O expansionismo persa, que já havia dominado cidades gregas da Ásia Menor e estabelecido o
controle persa sobre rotas comerciais do Oriente, ameaçava a soberania da Grécia, tornando
inevitável o conflito grego-pérsico.
A guerra contra os persas deu a Esparta, por priorizar a formação física e militar, hegemonia sobre
a Hélade, que durou até a Guerra do Peloponeso, quando Tebas passou a dominar.
O forte espírito militarista presente na cultura helenística e difundido em todas as pólis gregas fez
com que os espartanos tentassem barrar o avanço dos persas no desfiladeiro de Termópilas, com
uma tropa de 10 mil soldados comandados pelo rei Leônidas.
13. Os patrícios, ao colocarem fim à Monarquia, recuperam o poder. Logo foi
estabelecida a República Romana. Iniciado durante a República, o
expansionismo romano teve basicamente dois objetivos: defender Roma do
ataque dos povos vizinhos rivais e assegurar terras necessárias à agricultura
e ao pastoreio. As vitórias nas lutas conduziram os romanos a uma ação conquistadora, ou seja, a ação
do exército levou à conquista e incorporação de novas regiões a Roma. Dessa forma, após sucessivas
guerras, em um espaço de tempo de cinco séculos, a ação expansionista permitiu que o Império Romano
ocupasse boa parte dos continentes europeu, asiático e africano.
Sobre o expansionismo romano no Período Republicano, é INCORRETO afirmar que:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
O avanço das forças militares romanas colocou Roma em choque com Cartago e Macedônia,
potências que nessa época dominavam o Mediterrâneo. As rivalidades entre os cartagineses e os
romanos resultaram nas Guerras Púnicas (de puni, nome pelo qual os cartagineses eram
conhecidos).
As conquistas produziam altas dívidas para o governo romano uma vez que tinha que arcar com
despesas de guerra tais como armamentos, salários dos soldados e investimentos na cavalaria.
Logo, os lucros conseguidos com as vitórias não eram suficientes para superar as despesas do
combate.
Os produtos saíam das províncias para Roma em grande quantidade, principalmente trigo africano
que por ser mais barato, acabou com a produção de cereal na península. Os proprietários
romanos passaram a produzir vinho, azeite, frutas.
As transformações econômicas fizeram surgir em Roma uma nova camada social: a dos homens
novos ou cavaleiros. Eram plebeus que enriqueceram com as novas atividades surgidas com as
conquistas, como cobrança de impostos, fornecimento de alimentos aos exércitos, arrendamento
de florestas e minas públicas e construção de pontes e estradas.
As regiões conquistadas transformavam-se em províncias e recebiam governadores romanos. Os
impostos nessas regiões eram cobrados pelos publicanos, que depois enviavam o dinheiro para
Roma. Governadores e publicanos eram cargos muito cobiçados, já que possibilitavam o
enriquecimento por meio da corrupção.
14. “Aos 7 dos idos de abril, quinta-feira, foram prestadas as homenagens ao conde; o que foi cumprido
segundo as formas determinadas para a prestação de fé e de fidelidade, segundo a ordem seguinte.
Em primeiro lugar, eles fizeram homenagem assim: o conde perguntou ao futuro vassalo se queria se
torna-se seu homem sem reserva, e este respondeu:
_ ‘Quero-o’, _ depois, com as mãos apertadas entre as do conde, aliaram-se por um beijo.
Em segundo lugar, aquele que tinha feito a homenagem empenhou sua fé (...) e, em terceiro lugar, ele
jurou isto sobre as relíquias dos santos.
Em seguida, com a vara que tinha na mão, o conde deu-lhes investidura (a posse simbólica do feudo), a
todos que acabavam de presta-lhe homenagem, de prometer-lhe fidelidade e de prestar-lhe juramento.”
BRUGES, Gilberto de. História da morte de Carlos, o Bom conde de Flandres. In FREITAS, Gustavo de.
900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1997. 139-140.
O cerimonial representativo do relacionamento estabelecido entre nobre, determinava as condições para
a doação dos feudos, em um sistema de reciprocidade. A prática apresentada constituía-se em uma das
bases formadoras do sistema feudal. A respeito desde sistema e suas características pode-se afirmar:
(A)
(B)
A expansão do trabalho escravo, o fortalecimento o poder dos nobres e da igreja e a consagração
das relações de dependência e fidelidade no meio aristocrático são algumas características deste
sistema que estruturou a Europa a partir do século IX.
Um senhorio buscava a autossuficiência. Enquanto alguns servos cultivavam a terra e
criavam porcos, galinhas e patos, outros produziam tecidos, sapatos, artefatos de madeira e de
metal e o que mais fosse preciso. Uma vez que a produção se destinava ao consumo interno, sem
visar à obtenção de excedentes. Como resultado, o comércio sofreu um forte golpe.
(C)
(D)
(E)
Aquele que cede o bem se torna vassalo e quem recebe passa a ser seu suserano. A relação de
vassalagem normalmente ocorria “de cima para baixo”, isto é, seguindo a hierarquia de nobreza.
Quem recebia terras tornava-se senhor feudal.
O feudalismo resultou da combinação de instituições romanas e tradições germânicas,
principalmente do comitatus e do formariage.
O comitatus era uma instituição romana que ligava os chefes militares aos guerreiros por meio de
obrigações mútuas de serviços e lealdade.
15. Ao longo da Idade Média, a Igreja tornou-se a maior
proprietária de terras da Europa, consequência de sua
influência sobre grande parte da população europeia. Suas
propriedades territoriais organizavam-se de forma
semelhante aos domínios dos senhores feudais.
A respeito da Igreja Medieval assinale a alternativa
INCORRETA.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Para a Igreja, o indivíduo tinha um destino espiritual, isto é, uma outra vida após a morte, no céu
ou no inferno; e na sua curta passagem pela terra, ele devia preocupar-se exclusivamente com a
busca da salvação.
Para facilitar o individuo no cumprimento de seu destino espiritual, a Igreja proibiu o lucro e os
juros (usura), considerando-os pecaminosos.
Os religiosos desempenharam um papel essencial na “Idade da Fé”, como também ficou
conhecido o período medieval. Padres e bispos assumiam perante a sociedade a função de
intermediários entre Deus e os homens.
A Igreja Católica exercia grande autoridade, limitando-se a apenas questões religiosas. Desta
forma, conseguia centralizar todo o poder na religião, deixando assuntos políticos, sociais e
militares a cargo dos senhores feudais.
Os doentes, entre eles os leprosos, eram excluídos do convívio social, considerados pecadores,
mas recebiam assistência da Igreja em abrigos localizados longe do meio urbano.
16. “Apesar da ideia de retorno ao passado, o movimento conhecido por esse nome (humanismo), nada
possuía de nostálgico. Era, na verdade, portador de um acentuado sentimento de superioridade em
relação aos séculos precedentes, acompanhado de atitude de substancial otimismo diante o presente e do
futuro. Mas a autoridade atribuída por eles (os humanistas) ao passado não funcionava apenas como
limitação e modelo a ser imitado. Constituía acima de tudo, desfio e estímulo na direção de novas formas.
Na metade do século XVI, Giorgio Vasari (1511 – 1574) definia os pressupostos dessa ‘arte moderna’.”
BYINGTON, Elisa. O projeto do Renascimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.p.8.
“Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio; tão vário na capacidade; em forma de movimento,
tão preciso e admirável, na ação é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo,
o exemplo dos animais.”
(Willian Shakespeare. Hamlet)
O Humanismo é um termo relativo ao Renascimento, movimento surgido na Europa, mais precisamente
na Itália, que colocava o homem como o centro de todas as coisas existentes no universo. Além disso, as
diversas manifestações da cultura renascentista na Europa ocidental, entre os séculos XIV e XVI,
estiveram relacionadas à criação de novos valores e práticas sociais que se confrontaram com aqueles da
sociedade medieval. Sendo assim, assinale a alternativa que possui informações corretas sobre o
Renascimento.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
O Renascimento, como movimento filosófico e artístico, e as ideias humanistas integraram esse
conjunto de mudanças, viabilizando a difusão de determinadas práticas e valores culturais
associados ao surgimento de tempos novos, então denominados de modernos.
Para os homens que viveram esse período e participaram ativamente da produção cultural, o
medievo havia sido um período de crescimento espiritual e elevação de conhecimento.
Devido a isso, a Europa renascia, resgatando os valores da cultura clássica, greco-romana.
O pensamento humanista implicava a total recusa da existência de Deus nas artes e na
ciência, o que libertava o homem para conhecer a natureza e a sociedade.
A mistura de conhecimentos das mais diferentes origens - como a magia e a ciência - levou a uma
instabilidade imprevisível, que lançou a Europa numa onda de obscurantismo que
apenas
o Iluminismo pôde reverter.
Renascimento Cultural e alguns de seus maiores expoentes, retomaram a cultura clássica
Greco-romana. O renascimento valorizou o Homem, o teocentrismo, o racionalismo, o
individualismo, o otimismo, a valorização da fé, o misticismo e o hedonismo, negando e se
contrapondo as características da cultura medieval, julgando a Idade Média, como a “Idade das
Trevas”.
17. “A cidade contemporânea, apesar de grandes transformações, está mais próxima da cidade medieval
do que esta última da cidade antiga. A cidade da Idade Média é uma sociedade abundante, concentrada
em um pequeno espaço, um lugar de produção e de trocas em que se mesclam o artesanato e o
comércio alimentados por uma economia monetária. É também o cadinho de um novo sistema de valores
nascido da prática laboriosa e criadora do trabalho, do gosto pelo negócio e pelo dinheiro...”
LE GOFF, Jacques. Por amor às cidades. São Paulo: Editora da Unesp. 1998. P. 25.
O chamado Renascimento Comercial, ocorrido no Ocidente europeu a partir do século XI, fez com que o
comércio tivesse um papel cada vez mais importante quando comparado a outras atividades econômicas.
Logo, as cidades revigoraram-se e tornaram-se um importante local para produção e a troca de
mercadorias, para a difusão do conhecimento e também para as práticas culturais. Sobre a Baixa Idade
Média, o crescimento das cidades, bem como a reativação do comércio, assinale a alternativa incorreta.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
A reativação da atividade mercantil levou também a uma reativação das práticas monetárias,
dando aos bancos um papel importante nesse novo perfil econômico que a Europa passava a
viver.
No período da Baixa Idade Média, surgiram inovações tecnológicas que possibilitaram o aumento
da produtividade agrícola. O moinho hidráulico foi aperfeiçoado e desenvolveram-se a charrua e
novas formas de atrelar animais.
Os burgos surgiram em pontos estratégicos dos feudos e permaneceram sob o controle dos
nobres. Mas logo tiveram condições de comprar sua autonomia. Já no século XIII, antigos núcleos
de origem romana haviam sido revitalizados e muitos tinha se transformado em cidades
importantes.
Além de se dedicar ao comércio, os burgueses também emprestavam dinheiro, mas ainda
respeitando as determinações da Igreja que proibia a usura. Muitas obras religiosas foram levadas
adiante com o patrocínio dos burgueses.
O aumento populacional e a consequente crise do sistema feudal somado às Cruzadas, tornaram
as cidades importantes centros mercantis e bancários, nos quais eram efetuadas as trocas de
mercadorias que circulavam pelas rotas comerciais e também o excedente da produção agrícola.
18. “Nada havendo de maior sobre a terra, depois de Deus, que os príncipes soberanos, e sendo por Ele
estabelecidos como seus representantes para governarem os outros homens, é necessário lembrar-se de
sua qualidade, a fim de respeita-lhes e reverenciar-lhe a majestade com toda a obediência, a fim de sentir
a fala de Deus, de Quem ele é a imagem na terra.”
BODIN, Jean. Les six livres de la Repúblique (os seis livros da República). Paris: Fayard, 1986. Apud:
CHEVALLIER, Jean –Jacque. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Rio de janeiro: Agir,
1976. p.60-61.
As monarquias modernas surgiram como uma alternativa à crise que anunciou o fim do feudalismo na
Baixa Idade Média. Sobre o Absolutismo na Europa, é correto afirmar:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Os séculos XVI e XVII marcaram a afirmação do absolutismo político na Europa, embora com
particularidades em cada reino. Dois exemplos de reis absolutistas são Felipe II, cujos domínios
eram tão vastos que se dizia que neles “o sol nunca se punha”, e Luís XIV, conhecido como “rei
sol”.
Os reis, para auxiliar nas administrações do reino, se aliaram à Igreja, pois seus membros criaram
determinações para organizar melhor a administração. Dentre essas determinações, estão:
unificação da moeda; unificação de pesos e medidas; criação de uma burocracia real;
uniformização da língua nacional; unificação da cobrança de impostos; apoio à colonização de
novos territórios; formação de exércitos regulares nacionais; estabelecimento de práticas
mercantilistas; aplicação da justiça real sobre todo o reino; estabelecimento de relações de
controle e convivência com a nobreza.
Os soberanos absolutos não podiam se esquecer do papel que deveriam desempenhar em
sociedades que passavam por uma difícil transição após a crise das relações feudais. Dessa
forma, os reis absolutistas não conseguiram se estabelecer no poder durante muito tempo e
perderam o poder pra funcionários.
Para Maquiavel, o governante deve apenas aparentar ser religioso para alcançar a admiração de
seus súditos, não se orientando pelo princípio cristão. Para manter-se no poder, o governante
precisará fazer acordos entre rei e a população e desenvolver a democracia,
Os principais ideólogos do Absolutismo defendiam a participação da população na administração
do Estado para auxiliar o “representante de Deus”, por meio de teses como a do "direito divino" e
da "soberania do Estado". A primeira tese pressupunha que o poder do rei provinha diretamente
de Deus e contestar o soberano significava opor-se à vontade divina.
19. “Em 2005, a China festejou os seiscentos anos da primeira viagem de Zheng He, navegador que
realizou as maiores expedições marítimas da História e, segundo algumas teorias, esteve na América antes
de Cristóvão Colombo.”
Adaptado de TREVISAN, Claúdia. China prepara festa dos 600 anos do ‘Colombo’ asiático. Folha Online.
Mesmo diante das afirmações chinesa sobre o pioneirismo asiático nas grandes navegações, neste
contexto de expansão marítima, os países europeus Portugal e Espanha tiveram um papel predominante
nas descobertas europeias dos séculos XV e XVI.
Com relação ao processo de expansão marítima europeia pode afirmar:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
A expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um empreendimento puramente religioso, bem
diferente das cruzadas dos séculos anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes empresas
comerciais financiadas pela burguesia italiana.
Teve uma rede de interesse políticos, vinculados ao fortalecimento da centralização dos estados
ibéricos; econômicos, provenientes do avanço das atividades comerciais; religiosos, relacionados
com a importância do Papado na Península Ibérica; e intelectuais, decorrentes dos avanços
científicos da Renascença e que viram na expansão a realidade de suas teorias sobre Geografia e
Astronomia.
Os domínios estabelecidos pelos portugueses na Índia e na América tinham semelhanças e
diferenças entre si, porque ambas sofreram exploração econômica, mas na Índia uma civilização
mais desenvolvida apresentou resistência à dominação, levando à sua destruição, ao contrário do
Brasil, onde a colonização foi mais pacífica, por meio da civilização dos índios.
O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494 e confirmado nos seus termos pelo
Papa Júlio II em 1506, representou para o século XVI um marco importante nas dinâmicas
europeias de expansão marítima. O tratado visava impor a reserva de mercado metropolitano
espanhol, por meio da criação de um sistema de monopólio que atingia todas as riquezas
coloniais.
O pioneirismo espanhol nas Grandes Navegações pode ser explicado pela centralização política
precoce da Espanha no contexto da Guerra de Reconquista contra os mouros (muçulmanos) na
Península Ibérica. Além disso, ocorreu a consolidação e o fortalecimento do Estado Nacional com
a Revolução de Avis (1383-1385) que promoveu uma aproximação entre o rei e a burguesia
mercantil, condição que assegurava o gerenciamento da empreitada por parte do Estado e os
recursos financeiros junto aos burgueses.
20. “O milho era o alimento básico dos astecas; com ele podia-se fazer panquecas, recheadas de girinos e
lagartas. O cachorro era um prato que podia ser servido em dias de festa. E o xocoalt era consumido
apenas pelos mais ricos, já que simbolizava poder e distinção. A partir da chegada dos europeus à
América, alguns desses hábitos alimentares conquistaram o paladar de pessoas de todo o mundo, como o
xocoalt (chocolate); outros entretanto, tornaram-se exóticos”.
Quando da chegada do colonizador europeu, as civilizações ameríndias apresentavam as seguintes
características:
I.
II.
III.
IV.
Na civilização asteca, a escravização dos prisioneiros de guerra era comum.
A utilização da escrita pelos governantes representou um notável impulso à centralização do
poder, como comprovam as listas reais incaicas, grafadas no dialeto andino "quipu", e os tratados
políticos maias e astecas.
Na civilização inca, as atividades mineradoras constituíram a base da economia.
Entre os astecas, a monarquia teocrática e militar predominava na organização política.
Assinale a alternativa correta.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Somente I é verdadeira.
Somente I e II são verdadeiras.
Somente II e III são verdadeiras.
Somente I e IV são verdadeiras.
Somente III e IV são verdadeiras.
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