FILOS ANIMAIS AVES AVES Com mais de 9.000 espécies, as aves excedem muito em número qualquer grupo de vertebrados, exceto os peixes. São encontradas nas florestas, desertos, montanhas, pradarias, em todos os oceanos e até em ambientes congelados. Algumas ainda vivem na escuridão das cavernas, outras mergulham a profundidades maiores que 45 m para predar organismos aquáticos. ADAPTAÇÕES PARA O VÔO Formam um grupo de anatomia muito uniforme, revelando uma excepcional adaptação para o vôo: 1- Únicos vertebrados que possuem penas caráter de identificação seguro e facilmente visível. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) ADAPTAÇÕES PARA O VÔO 2- Esqueleto leve ossos longos são ocos (ossos pneumáticos) cavidades ligadas aos pulmões por canalículos que permitem uma boa circulação interna de ar. 3- Redução de articulações cinturas escapular e pélvica, costelas e coluna vertebral formam uma peça única bem resistente não se deforma com as fortes pressões do ar sobre o corpo durante o vôo. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) ADAPTAÇÕES PARA O VÔO 4- Extremidades anteriores transformadas em asas presas a uma forte cintura escapular osso esterno é o mais desenvolvido: Aves que voam (carenadas ou carinatas) apresentam uma quilha (carena) saliente boa superfície de inserção da musculatura peitoral responsável pelo movimento das asas. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) Vertebrados - Aves Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) AVES - ESQUELETO Fúrcula: osso resultante de duas clavículas unidas que ajuda a manter a articulação da asa em posição quando os músculos a puxam para baixo. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) ADAPTAÇÕES PARA O VÔO Aves que não voam (ratitas) esterno achatado sem quilha ou carena (exceto pingüins). Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) ADAPTAÇÕES PARA O VÔO 5- Ausência de bexiga urinária excreta nitrogenada é o ácido úrico adaptação ao tipo de desenvolvimento embrionário e à redução de peso insolúvel em água pode ser eliminado sem necessidade de armazenamento. 6- Oviparidade: ovos desenvolvem fora do corpo da fêmea redução de peso. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) AVES – PELE As aves possuem uma pele delgada e seca (sem glândulas), pouco presa à musculatura. Existe uma única glândula na epiderme (região caudal), denominada glândula uropigiana bastante desenvolvida nas aves aquáticas secreção oleosa retirada com o bico e passada sobre as penas impermeabilização. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) AVES – PENAS As penas são estruturas mortas, de queratina, originadas a partir de papilas vivas da derme. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) AVES – PENAS Cada pena apresenta um eixo central, a ráquis, de onde partem inúmeros filamentos, as barbas, que, por sua vez, apresentam filamentos menores, as bárbulas filamentos dispõem-se próximos entre si impedem passagem de ar isolamento térmico. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) AVES – PENAS Podem ser de 4 tipos: Rêmiges, das asas: para a propulsão; Rectrizes, da cauda: direcionamento do vôo funciona como leme e facilita a decolagem e a descida. Tectrizes: penas de contorno menores cobrem todo o corpo, mantendo uma camada de ar isolante junto à pele um dos fatores de termorregulação homeotermia. Penugem ou plumas: tufos macios escondidos sob as penas de contorno ausência de ganchos nas bárbulas conservação do calor. AVES – PENAS As penas servem ainda para camuflagem, comunicação e comportamento de corte na época do acasalamento dimorfismo sexual. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) AVES – VÔO Funções das asas: propulsão do animal; papel de aerofólios móveis e flexíveis eficiência no vôo. No vôo de voadores potentes, as asas movimentam-se violentamente para baixo e para frente totalmente estendidas. A propulsão é suprida pelas rêmiges primárias, nas pontas das asas. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) AVES – VÔO O beija-flor de Cuba (Mellisuga helenae), com apenas 1,8g, é um dos menores vertebrados endotérmicos. Quando em vôo pairado a asa move-se em impulso giratório. A extremidade da asa move-se para a frente (batida de frente) e então gira 180° na cintura escapular para mover-se para trás (batida de trás). Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA RESPIRATÓRIO Inicia nas duas narinas abertas no bico. Traquéia: longa siringe (órgão do canto) no ponto de bifurcação dos dois brônquios formada por um ou vários pares de músculos associados a membranas. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) Aves - Siringe Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA RESPIRATÓRIO Pulmões: extensa rede de canalículos parabrônquios ramos dos brônquios aos quais se ligam sacos aéreos armazenam ar e permitem sua circulação, por canais, até as cavidades dos ossos pneumáticos reservatórios de ar, redução da densidade do corpo do animal facilita o vôo. Respiração nas Aves Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA RESPIRATÓRIO Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA CIRCULATÓRIO Coração: 4 cavidades 2 átrios e 2 ventrículos completamente separados. Circulação: fechada, dupla e completa. Uma só aorta curvada para o lado direito do corpo. Hemácias grandes, ovais e nucleadas. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA DIGESTÓRIO Glândulas salivares: abundantes principalmente nas aves que se alimentam de grãos. Bicos: grande diversidade permitem apanhar diferentes tipos de alimentos, desde animais grandes a minúsculos componentes de plâncton. SISTEMA DIGESTÓRIO Bicos que quebram sementes: o bico das aves exerce a maior força junto à base. Aves como os tentilhões, que vivem de sementes duras, têm bicos curtos e cônicos, conseguindo assim quebrar a casca das sementes de que se alimentam. A seguir removem habilmente o que se encontra no seu interior. Tentilhão Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) Cardeal SISTEMA DIGESTÓRIO Bico em pinça longa: captura de vermes em cavidades ou no fundo do lodo. Maçarico Galinhola Tentilhão Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA DIGESTÓRIO Bico em pinça curta: o melro-preto tem um formato de bico que é partilhado por milhares de espécies de aves de tamanho médio. É afilado para que o animal possa apanhar pequenos objetos, como sementes, mas o seu comprimento permite à ave apanhar presas maiores, como minhocas. O bico amarelo-alaranjado do melro-preto macho é também utilizado como sinal destinado às fêmeas. Melro Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA DIGESTÓRIO Uma peneira subaquática: o flamingo tem provavelmente o bico mais extraordinariamente especializado de todas as aves. Com a cabeça virada para baixo, o flamingo introduz o bico na água servindo-se dele para peneirar os animais e plantas aquáticas de que se alimenta. A parte inferior do bico movimenta-se para cima e para baixo para bombear a água contra a parte superior onde uma franja de lamelas retém os alimentos. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) Flamingo SISTEMA DIGESTÓRIO Bico de carnívoro: o bico das aves de rapina termina em gancho serve para dilacerarem animais grandes. Francelho Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA DIGESTÓRIO Um bico de frugívoro: os papagaios selvagens vivem de frutos e sementes e possuem um bico que lhes permite tirar o maior partido dos alimentos. O papagaio utiliza o gancho da extremidade do bico para retirar a polpa do fruto e com as axilas da base do bico parte a casca das sementes para comer o seu interior. Os papagaios também são únicos no mundo das aves pela forma como usam os pés, segurando e virando com eles os alimentos enquanto os quebram. Papagaio Arara SISTEMA DIGESTÓRIO Um bico com dentes: ao contrário dos mamíferos e dos répteis, as aves não têm verdadeiros dentes, que são elementos ósseos. Contudo, algumas aves desenvolveram estruturas que são muito semelhantes a dentes. Os mergansos, por exemplo, têm bicos serrilhados para segurar os peixes tanto em água doce como no mar. Merganso Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA DIGESTÓRIO Um bico para “chapinhar”: muitos patos alimentam-se apanhando alimentos à superfície ou abrindo e fechando o bico enquanto percorrem com ele a superfície das águas. A água entra por entre as duas metades achatadas do bico e tudo o que nela estiver em suspensão é filtrado e engolido. Este processo é semelhante ao da filtração do flamingo, embora um bico de pato esteja muito menos especializado e possa ser utilizado para outros tipos de alimentação. Pato negro Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA DIGESTÓRIO Um bico para todos os fins: os bicos das gaivotas são compridos e terminam num gancho que é menor, mas semelhante em muitos aspectos ao das aves carnívoras. Este formato de bico não só lhes permite caçar e segurar presas como peixes, ao longo do comprimento do bico, mas também as ajuda a dilacerar os alimentos. Gaivota Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA DIGESTÓRIO Papo: armazenamento e amolecimento do alimento. Proventrículo: estômago químico. Moela: estômago mecânico. Intestino delgado: Duodeno: ação da bile, do suco pancreático e das enzimas intestinais digestão se completa. Jejuno: longo e com alças intestinais: absorção. Cecos: degradação da celulose. Intestino grosso: curto e reto, abrindose na cloaca. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA NERVOSO Cérebro e cerebelo bem desenvolvidos. Cerebelo: centro controlador dos movimentos do vôo e do equilíbrio. 12 pares de nervos cranianos. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA SENSORIAL Visão: grande acuidade visual rápida acomodação músculos ciliares alterações na forma do cristalino. visão de cores predomínio de cones nas aves diurnas e de bastonetes nas aves noturnas. membrana nictitante sob as pálpebras olhos podem permanecer abertos durante vôo e mergulho. Presença de pecten estrutura em forma de leque penetra na câmara posterior, no local onde o nervo óptico sai da retina nutrir as partes do olho carentes de vasos. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA SENSORIAL Audição: bastante desenvolvida: orelha média: um só osso na orelha média columela (como nos répteis) transmite as vibrações que procedem da membrana timpânica até a orelha interna. orelha interna: caracol (cóclea). Olfato: aparecem pela primeira vez nas vias nasais as conchas ou cornetos se comunicam com as aberturas nasais externas epitélio olfativo encontra-se relativamente restrito à superfície do corneto superior pequeno tamanho dos lobos olfativos do encéfalo deficiência relativa do sentido do olfato em quase todas as aves. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA SENSORIAL Migração: a maioria das aves migratórias tem suas rotas bem estabelecidas direcionadas tanto para o norte quanto para o sul navegam, principalmente, orientadas pela visão, mas podem detectar e navegar através dos campos magnéticos da Terra e também se orientar pelo sol durante o dia e pelas estrelas durante a noite (orientação celestial) maioria migra para o sul no inverno e para o norte no verão. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA REPRODUTOR Dióicos com dimorfismo sexual machos mais vistosos que as fêmeas penas maiores e mais coloridas, grandes papos, cristas de cores vivas, entoam cantos de atração para o acasalamento. Ana Luisa Miranda Vilela (www.bioloja.com) SISTEMA REPRODUTOR Época de reprodução demarcação de território e construção de ninhos machos executam rituais de danças e posturas corporais para atrair as fêmeas. Fecundação interna, desenvolvimento externo ovíparos. O zigoto, ao descer o oviduto, recebe camadas de albumina (clara) e chega ao útero, onde permanece horas até se completar a formação das membranas envoltórias e da casca calcária ovos encubados nos ninhos pelos pais.