ROCHAS VULCÂNICAS DA ÁREA DO PROJETO UATUMÃ

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CPRM-Serviço Geológico do Brasil
Departamento de Geologia – DEGEO
Programa Geologia do Brasil – Cartografia da Amazônia
ROCHAS VULCÂNICAS DA ÁREA DO PROJETO
UATUMÃ-ABONARI (BLOCO I)
RELATÓRIO DE SUPERVISÃO TÉCNICA
por
Ana Maria Dreher
Rio de Janeiro
Setembro de 2009
Introdução e objetivos
Este relatório apresenta um estudo preliminar sobre as rochas vulcânicas que ocorrem na área
do projeto Uatumã-Abonari (Bloco I), como parte do programa de supervisão técnica do DEGEO
(Memorando 002/2009).
O estudo baseia-se em dados de campo coletados durante viagem à área do projeto e em
análises petrográficas das rochas amostradas, e tem com objetivo auxiliar a equipe executora do
projeto na identificação precisa dos tipos vulcânicos presentes na região.
A viagem à área do projeto Uatumã-Abonari (Bloco I) foi executada no período de 17 a 22 de
agosto de 2009 e teve como participantes o geólogo Júlio Lombello, da SUREG-MA, responsável
técnico pelo projeto; o geólogo Ruy Bahia, supervisor e atual GEREMI-REPO; e a geóloga Ana
Maria Dreher, do DEGEO-RJ, supervisora. As lâminas delgadas foram confeccionadas na SUREGMA e descritas e fotografadas no ERJ. As descrições petrográficas, em número de 26, constam
como anexo deste relatório.
Localização e geologia da área
O projeto Uatumã-Abonari (Bloco I) vem sendo desenvolvido pela SUREG-MA desde 2008 e
envolve o mapeamento na escala 1:100.000 das folhas SA.20-X-D-III e SA.20-X-D-VI, situadas a
norte da cidade Manaus, no município de Presidente Figueiredo.
A área localiza-se na borda sul do Escudo das Guianas, no seu contato com as unidades
sedimentares paleozóicas da Bacia Amazônica, e é ocupada, em sua maior parte, por granitóides
paleoproterozóicos das suítes Água Branca e Mapuera, e por rochas vulcânicas de mesma idade
atribuídas ao Grupo Iricoumé (Figs. 1, 2 e 3).
Afloramentos e rochas estudadas
Os pontos de coleta das rochas estudadas, quase todas de procedência vulcânica, podem ser
vistos nas Figuras 2 e 3:
Fig. 2 – Mapa geológico preliminar da Folha SA.20-X-D-III, com a localização dos afloramentos
visitados.
Fig. 3 – Mapa geológico preliminar da Folha SA.20-X-D-VI, com a localização dos afloramentos
visitados.
Com base nos dados de campo e análises petrográficas, foi possível separar as rochas nos
seguintes grupos:
1- Piroclásticas ácidas (amostras JL-R-09, 21, 27, 47, 133, 134 A)
2- Subvulcânicas ácidas e plutônica ácida (JL-R-08, 63, 99)
3- Vulcânicas intermediárias (JL-R-60, 120, 138, 141, 143, 147, 149)
4- Subvulcânicas intermediárias (JL-R-07 A, 76, 106 A, 108, 112, 116 A, 129B)
5- Diabásio e lamprófiros (JL-R-39, 07C, 57)
1 - Piroclásticas ácidas
As rochas piroclásticas ácidas estudadas foram classificadas como ignimbritos e afloram na
folha SA.20-X-D-VI, nas vizinhanças do grande corpo de granito que ocupa o centro da área (Fig.
3). As rochas são marron-rosadas a avermelhadas, contendo pequenos fenocristais de feldspato e
quartzo em meio a uma massa afanítica. O aspecto das rochas no campo é, de modo geral, maciço
(Fotos 1, 2 e 3), semelhante ao de uma lava, embora um dos afloramentos visitados mostre feições
de fluxo, ressaltadas por erosão (Foto 4). Na rocha do afloramento JL-21 (Foto 3) foram observadas
cavidades irregulares preenchidas por epidoto e envoltas por uma borda feldspática. Estas estruturas
correspondem provavelmente a litofisas, nome dado a cavidades que tipicamente se formam em
lavas vítreas ou ignimbritos fortemente soldados durante a desvitrificação (McPhie et al. 1993).
Foto 1 – Ignimbrito mostrando pequenos fenocristais
e uma estrutura aparentemente maciça. Afloramento
JL-21.
Foto 2 – Aspecto aparentemente maciço e compacto
de um ignimbrito. Afloramento JL-64.
Foto 3 – Ignimbrito exibindo cavidades (litofisas?)
preenchidas por epidoto e envolvidas por uma borda
feldspática. Afloramento JL-21.
Foto 4 – Estrutura de fluxo em bloco de ignimbrito.
Afloramento JL-64.
O estudo microscópico mostrou que os ignimbritos são riolíticos a álcali-feldspato riolíticos,
em geral fortemente soldados, mostrando razoável preservação das texturas primárias. Os
fenocristais são abundantes (cerca de 40% do volume das rochas), de até 3-4 mm de comprimento,
exibindo formas fragmentárias e corroídas (Fotos 5 e 6). Os mais comuns são os fenocristais de
quartzo, de feldspato potássico e de plagioclásio. Fenocristais menores, de opacos e de biotita
alterada, também ocorrem. A matriz é félsica, cripto a microcristalina, de aspecto fluidal,
geralmente impregnada por sericita. Antigas partículas vítreas (shards), estiradas e prensadas contra
os fenocristais e atualmente desvitrificadas e sericitizadas, podem ser reconhecidas em todas as
lâminas (Fotos 5 e 6), exceto naquelas dos ignimbritos deformados das amostras JL-27 e JL-134 A
(Foto 8). Fragmentos de púmice e de outros tufos são, porém, raros e de difícil reconhecimento.
Fraturas estilolíticas foram verificadas em duas das lâminas (JL-47 e 133), indicando dissolução de
material vítreo durante a diagênese.
Foto 5 – Fotomicrografia de ignimbrito contendo
fenocristais fragmentários e remanescentes de
partículas vítreas estiradas na matriz. Lâmina JL-21
Luz plano-polarizada. Escala=0,5mm.
Foto 6 – Ignimbrito contendo fenocristais quebrados e
vestígios de shards na matriz. Lâmina JL-09. Luz
plano-polarizada. Escala=1mm.
Foto 7 – Ignimbrito
Afloramento JL-33.
Foto 8 – Ignimbrito deformado, com fenocristais de
quartzo corroído envolvidos por uma matriz
fortemente foliada, rica em sericita Lâmina JL-134A.
Polarizadores cruzados. Escala=1mm.
deformado
e
alterado.
As rochas dos pontos JL-27 e JL-134 A foram consideradas como ignimbritos deformados.
São rochas róseo esbranquiçadas ou amareladas, finas e alteradas, exibindo uma clivagem do tipo
ardosiana (Foto 7). Pequenos fenocristais de quartzo podem ser observados nas amostras de mão e
nas lâminas, onde mostram golfos de corrosão e contornos em geral fragmentários (Foto 8). Restos
de fenocristais de feldspato são muito raros, sendo a matriz composta essencialmente por material
quartzo-feldpático finíssimo, sericita orientada e hidróxido de ferro. Apesar de não mostrarem
vestígios de partículas vítreas ou de púmice, a origem tufácea destas rochas é admitida, sobretudo
pela forma fragmentária e feições de corrosão dos fenocristais de quartzo, semelhantes às que se
observam nos ignimbritos não-deformados da área. Estas rochas deformadas situam-se
provavelmente em zonas de cisalhamento, onde a deformação operou em condições equivalentes às
de um metamorfismo de grau muito baixo (sub-xisto verde).
2 - Subvulcânicas ácidas e plutônica ácida
As rochas subvulcânicas ácidas e o único granito estudado são de afloramentos situados na
folha SA.20-X-D-VI (Fig.3). As subvulcânicas foram classificadas como microgranitos porfiríticos
e são de cor avermelhada, macroscopicamente semelhantes aos ignimbritos, porém de granulação
algo mais grossa. Ao microscópio observam-se fenocristais de feldspatos e quartzo em meio a uma
matriz félsica, pobre em componentes máficos, de textura sacaróide ou granular muito fina, típica
de rochas de colocação rasa. A rocha do ponto JL-08 é um álcali-feldspato microgranito sericitizado
(Foto 9), portador de fluorita, o que sugere uma relação com granitos do tipo A, como o granito
Abonari da Suíte Mapuera (Lombello et al. 2009) ou os granitos estaníferos da Suíte Madeira,
região da mina do Pitinga (Costi et al. 2009).
A rocha plutônica ácida analisada (JL-99) é um biotita monzogranito levemente foliado. Esta
rocha contém plagioclásio fortemente zonado (Foto 10) e titanitas idiomórficas, aspectos estes,
típicos de granitos do tipo I como os da Suíte Pedra Pintada de Roraima (CPRM 2009), o que
sugere incluir esta rocha no grupo dos granitóides cálcio-alcalinos locais, da Suíte Água Branca.
P
Foto 9 –. Agregados de sericita em microgranito.
Lâmina JL-08. Polarizadores cruzados. Escala=1mm.
Foto 10 – Plagioclásio fortemente zonado (P) em
monzogranito provavelmente pertencente à Suíte
Água Branca. Lâmina JL-99. Polarizadores cruzados.
Escala=1mm.
3 - Vulcânicas intermediárias
Rochas vulcânicas andesíticas ocorrem principalmente no canto NE da folha SA.20.X-D-VI
(Fig.3). As rochas são porfiríticas, com fenocristais esbranquiçados de feldspatos em meio a uma
matriz afanítica de cor cinza-marron. Ao microscópio observam-se abundantes fenocristais (25 a
60%) idiomórficos, zonados, de plagioclásio fortemente epidotizado (Foto 11), de até 4 mm de
comprimento, e fenocristais menores, também idiomórficos, de minerais máficos, como opacos e
clinopiroxênio, o último parcial ou totalmente alterado para clorita, epidoto, actinolita e carbonato.
A matriz é de granulação micro a criptocristalina, composta por plagioclásio, epidoto, clorita,
titanita, sericita, opacos e apatita. Quartzo, feldspato alcalino e biotita são componentes raros, e
vênulas de epidoto são comuns nestas rochas.
Foto 11 – Andesito, com fenocristais idiomórficos de
plagioclásio fortemente alterados para epidoto.
Lâmina JL-14. Luz plano-polarizada. Escala = 1mm.
Foto 12 – Micromonzodiorito porfirítico, contendo
fenocristais de plagioclásio idiomórficos em meio a
uma matriz microgranofírica. Lâmina JL-116 A.
Polarizadores cruzados. Escala = 1mm.
4 - Subvulcânicas intermediárias
Rochas subvulcânicas de composição equivalente à dos andesitos (quartzo-dioríticas, quartzomonzodioríticas, quartzo-monzoníticas) concentram-se na folha SA.20-X-D-III (Fig.2), próximo à
borda sudeste do granito Abonari. Macroscopicamente são semelhantes aos andesitos e igualmente
muito alteradas, principalmente para epidoto. Ao microscópio exibem fenocristais idiomórficos de
até 7 mm, de plagioclásio zonado, feldspato potássico e pequenos fenocristais de minerais máficos,
como hornblenda, biotita e opacos, mais ou menos alterados em clorita, epidoto e titanita. A matriz
é de granulação mais grossa do que a dos andesitos e varia de sacaróide a microgranular ou
microgranofírica (Foto 12), composta por feldspatos, epidoto, clorita, quartzo, titanita, opacos e
apatita.
5 - Dique básico e lamprófiros
A rocha do ponto JL-39 pertence a um dique de direção NE, assinalado em vermelho no
quadrante SW da folha SA.20-X-D-VI (Fig. 3). Trata-se de um olivina diabásio, constituído por
plagioclásio labradorítico, abundante olivina e augita titanífera marron rosada (Fotos 13 e 14). Esta
rocha não é toleiítica, mas pertence à série dos álcali-olivina basaltos e talvez deva ser
correlacionada às rochas máficas da Formação Seringa (Costi et al. 2009).
As rochas JL-07C e JL-57 foram classificadas como lamprófiros cálcio-alcalinos, da
variedade espessartito, e pertencem provavelmente a diques. São rochas de cor cinza escura algo
esverdeada, com fenocristais dispersos de anfibólio de até 3 mm em meio a uma matriz muito fina
levemente foliada (Foto 15). Composicionalmente correspondem a microdioritos, com cristais
maiores de hornblenda (Foto 16) ou tremolita-actinolita, cercados por matriz à base de plagioclásio,
anfibólio, epidoto, biotita e sericita. A presença exclusiva de fenocristais máficos, com os feldspatos
restritos à matriz, é a principal característica dos lamprófiros (Rock 1991, LeMaitre 2002). No
cráton Amazônico, são descritas ocorrências de lamprófiros cálcio-alcalinos no noroeste e sudoeste
do Estado Pará (Rodrigues et al 1988, Vasquez et al. 2000), e também em Roraima, onde datações
forneceram idades estaterianas, em torno de 1,7 Ga, para estas rochas (Dreher et al. 2008, CPRM
2009).
Foto 13 – Olivina diabásio formado por ripas de
labradorita (incolor), olivina (amarelada), augita
titanífera (marron rosada) e alguns opacos. Lâmina
JL-39. Luz plano-polarizada. Escala=1mm.
Foto 14 – Olivina-diabásio. Mesma lâmina da foto
anterior com polarizadores cruzados. Escala=1mm.
Foto 15 – Lamprófiro da variedade espessartito com
fenocristais dispersos de anfibólio. Afloramento JL57.
Foto 16 – Fenocristais de hornblenda cercados por
matriz de plagioclásio, anfibólio e epidoto em
lamprófiro (espessartito). Lâmina JL-57. Luz planopolarizada. Escala=1mm.
Conclusões e recomendações
1 - A composição e distribuição das rochas vulcânicas na área do Bloco I permite uma subdivisão
do Grupo Iricoumé em pelo menos duas subunidades, uma delas abrangendo as piroclásticas ácidas
e a outra as vulcânicas e subvulcânicas andesíticas.
2 - A presença na área de ignimbritos ao invés de lavas riolíticas pode ser explicada pela natureza
explosiva do vulcanismo ácido, que produz preferencialmente depósitos piroclásticos, como
ignimbritos (ash-flow tuffs) e tufos de queda (ash fall tuffs). A ocorrência de lavas, embora não
excluída, seria provavelmente mais restrita, já que lavas ácidas geralmente constituem domos, que
cobrem distâncias pequenas a partir dos centros vulcânicos.
3 - A ocorrência exclusiva ou dominante de ignimbritos soldados indica um ambiente de deposição
subaéreo ou talvez aquoso raso. A identificação correta destas rochas tem, portanto, implicações
quanto ao ambiente deposicional e consequentemente quanto ao potencial para abrigar depósitos
minerais.
4 - Na identificação de ignimbritos e outras piroclásticas deve-se observar, em primeiro lugar, a
forma e distribuição dos fenocristais. Nas piroclásticas, os fenocristais são em geral quebrados, de
tamanho muito variado e distribuição um tanto desigual. Nas lavas e rochas subvulcânicas, os
fenocristais tendem a ser idiomórficos, de tamanho mais uniforme e de distribuição mais regular.
Fragmentos de rochas e de púmice são também mais comuns nas piroclásticas do que nas lavas.
5 - Na caracterização dos ignimbritos e lavas, é importante também definir os tipos e a abundância
(%) dos fenocristais, que podem servir para correlacionar derrames.
6 - Rochas vulcânicas podem ser muitas vezes difíceis de reconhecer, em função de transformações
pós-erupção (desvitrificação, alteração diagenética e hidrotermal, deformação, metamorfismo), que
mascaram as texturas originais. Assim, a identificação precisa destas rochas geralmente requer uma
interpretação cuidadosa de texturas que foram modificadas. Recomenda-se consulta ao atlas de
McPhie et al. (1993) como guia para a identificação de rochas vulcânicas (piroclásticas, lavas,
subvulcânicas, vulcanoclásticas e sedimentares de origem vulcânica) em afloramentos, amostras de
mão e lâminas delgadas.
Bibliografia
Costi et al. 2009. Overview of the geology of southern Guyana Shield, north of Presidente Figueiredo district,
Amazonas. Guide and field trip program. XI Simpósio de Geologia da Amazônia, Manaus. Resumos.
Dreher et al.. 2008 Lamprophyres of the central Guyana shield, northern Amazonian craton. 33rd. International Geology
Congress, Oslo. Abstracts.
CPRM. 2009. Nota explicativa do mapa geológico da folha Vila de Tepequém – Projeto Amajari. CPRM, SUREG-MA,
no prelo.
Le Maitre, R.W. 2002. Igneous rocks: a classification and glossary of terms: recommendations of the International
Union of Geological Sciences (IUGS) Subcommission on the Systematics of Igneous Rocks. Cambridge. Cambridge
University Press, 236p.
Lombello et al. (2009) Caracterização petrográfica do granito Abonari, município de Presidente Figueiredo, AM. XI
Simpósio de Geologia da Amazônia, Manaus. Resumos.
McPhie J., Doyle M., Allen R. 1993. Volcanic textures: a guide to the interpretation of textures in volcanic rocks.
University of Tasmania. CODES. 198p.
Rock N.M.S. 1991. Lamprophyres. Blackie, London. 285p
Rodrigues E.G., Pena Filho J.I.C., Oliveira J.R. 1988. Ocorrências de lamprófiros no flanco norte da bacia Amazônica.
In: SBG, Congresso Brasileiro de Geologia 35, Belém, Anais vol. 3:1262-1280.
Vasquez M.L., Ricci P.S.F., Klein, E.L., Santos A., Martins R.C. 2000. Lamprófiros Jamanxim. In: Geologia e recursos
minerais da folha Rio Novo – SB.21-Z-C. Estado do Pará. Escala 1:250.000. Brasília, DF. CPRM. PROMIN Tapajós.
PLGB. CD-ROM.
000
ANEXO
Fichas de descrição petrográfica (26)
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-09
Características Mesoscópicas
Rocha de cor avermelhada com uma borda esbranquiçada, de estrutura isótropa, formada
por fenocristais fragmentários de feldspatos e quartzo, de até 4 mm de comprimento, em
meio a uma matriz afanítica.
Mineralogia / Composição
Fenocristais (40%): quartzo, mesopertita,
plagioclásio sódico, opacos
Matriz (60%): quartzo, feldspatos, opacos,
sericita, biotita, hidróxido de ferro,
granada?, epidoto, titanita, clorita,
argilo-minerais.
Observações
A rocha contem grande quantidade de fenocristais (40%), de até 3 mm de comprimento,
em geral fragmentários, corroídos e fraturados. Os fenocristais de quartzo são os mais
abundantes e exibem forte extinção ondulante. Os fenocristais de mesopertita mostram
uma leve argilização e os fenocristais de plagioclásio sódico possuem maclas
polissintéticas difusas e estão sericitizados. Pequenos fenocristais de opacos, de até 0,3
mm, ocorrem dispersos. A matriz é essencialmente quartzo-feldspática, criptocristalina,
com porções microcristalinas que podem representar fragmentos de púmice
desvitrificados. Vestígios de fluxo e de antigos shards alongados são observados à volta
dos fenocristais. Pontuações de opacos, hidróxido de ferro, sericita, biotita, titanita, clorita,
epidoto e granada(?) ocorrem em geral dispersas pela matriz.
Rocha
IGNIMBRITO RIOLÍTICO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-21
Características Mesoscópicas
Rocha de cor vermelho-marron, porfirítica, com fenocristais de tamanho fino a médio
imersos numa matriz afanítica. A estrutura é vagamente orientada.
Mineralogia / Composição
Fenocristais (40%): quartzo, plagioclásio,
Microclínio pertítico, biotita, opacos
Fragmentos de rochas (tr): tufos ácidos.
Matriz (60%): feldspatos, quartzo, sericita,
Epidoto, opacos, titanita?, biotita,
Observações
Rocha porfirítica, com abundantes fenocristais de tamanho fino a médio (até 4 mm) de
quartzo, plagioclásio, microclínio, biotita e opacos, envolvidos por uma matriz cripto a
microcristalina, foliada, com uma textura vitroclástica localmente preservada. O
fenocristais são em geral fragmentários e corroídos. Os de quartzo mostram extinção
ondulante forte e são por vezes esqueléticos, dada a forte corrosão. Os fenocristais de
plagioclásio mostram maclas algo difusas e estão recobertos por sericita e agregados de
epidoto. Os fenocristais de microclínio são fracamente pertíticos, têm maclas em xadrez
pouco desenvolvidas, e se alteram levemente em argilo-minerais. Os fenocristais de
biotita são ondulados ou retorcidos e se alteram para sericita e titanita. Os fenocristais de
opacos são pequenos, de no máximo 0,5 mm, rodeados por titanita. A matriz mostra
estrutura de fluxo e uma foliação leve, aparentemente na mesma direção. É
essencialmente quartzo-feldspática, impregnada por sericita e epidoto, com opacos,
titanita e biotita finíssimos dispersos. Remanescentes de partículas vítreas (shards),
estiradas segundo o fluxo e sericitizadas, são observados em diversos locais. A rocha
contem também alguns fragmentos de rochas, possivelmente outros tufos, arredondados,
de até 2 mm de comprimento.
Rocha
IGNIMBRITO RIOLÍTICO FORTEMENTE SOLDADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-47
Características Mesoscópicas
Rocha de cor vermelho-marron, porfirítica, com fenocristais de tamanho médio situados no
meio de uma matriz afanítica. A estrutura é vagamente orientada.
Mineralogia / Composição
Fenocristais (40%): quartzo, ortoclásio,
plagioclásio, opacos, biotita alterada.
Fragmentos de rocha (3%): púmice
Matriz (57%): quartzo, feldspatos, sericita,
hidróxido de ferro, carbonato, opacos,
argilo-minerais, epidoto, titanita,
zircão, argilo-minerais.
Observações
A rocha é formada por um grande número de fenocristais (40%) e alguns fragmentos de
púmice englobados por uma matriz félsica cripto a microcristalina. Os fenocristais são de
tamanho fino a médio (até 4 mm de comprimento), em geral quebrados e corroídos. Os
fenocristais de quartzo mostram forte extinção ondulante e golfos de corrosão. Os
fenocristais de ortoclásio são pertíticos e recobertos por argilo-minerais e carbonato. Os
fenocristais de plagioclásio possuem maclas polissintéticas difusas e estão sericitizados.
Pequenos fenocristais de opacos e restos de fenocristais de biotita totalmente substituída
por sericita e titanita, também estão presentes. A matriz é essencialmente quartzofeldspática, contendo sericita disseminada e concentrada em cordões, e pontuações
disseminadas de opacos e de hidróxido de ferro. Sinais de fluxo e de antigos shards
alongados, além de pedaços de púmice (?) grosseiramente arredondados, com texturas
de desvitrificação fibrosas, podem ser reconhecidos. Titanita, epidoto e zircão são
minerais muito raros. Fraturas estilolíticas cortam a rocha.
Rocha
IGNIMBRITO RIOLÍTICO FORTEMENTE SOLDADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-133
Características Mesoscópicas
Rocha de cor vermelho-marron com uma borda de alteração rosada. A rocha é porfirítica,
de estrutura isótropa, com fenocristais félsicos de tamanho fino a médio imersos em matriz
afanítica.
Mineralogia / Composição
Fenocristais (30%): mesopertita, quartzo,
Plagioclásio.
Matriz (70%): quartzo, feldspatos, opacos,
titanita, epidoto, clorita, hidróxido
Hidróxido de ferro, argilo-minerais,
sericita
Observações
Rocha porfirítica, com fenocristais de tamanho fino a médio de feldspatos e quartzo em
meio a uma matriz félsica criptocristalina de estrutura fluidal. Os fenocristais medem até 3
mm de comprimento e são em geral fragmentários e corroídos. Os mais abundantes são
os fenocristais de feldspato fortemente pertítico (mesopertita) que mostram leve
argilização. Os fenocristais de plagioclásio sódico exibem maclas polissintéticas difusas e
alteração leve para sericita e argilo-minerais. O fenocristais de quartzo mostram golfos de
corrosão e certa extinção ondulante. Pequenos agregados de titanita, clorita e opacos
dispersos pela rocha representam antigos fenocristais máficos, talvez de biotita,
totalmente alterados. A matriz é em geral criptocristalina, contendo linhas de fluxo
microcristalinas. Compõe-se essencialmente de quartzo e feldspatos, com pontuações
disseminadas de opacos, hidróxido de ferro, titanita, clorita, sericita e epidoto. Vestígios
de primitivos shards vítreos podem ser localmente reconhecidos, embora com dificuldade.
Fraturas estilolíticas atravessam a rocha.
Rocha
IGNIMBRITO RIOLÍTICO FORTEMENTE SOLDADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-27
Características Mesoscópicas
Rocha vermelho amarelada, foliada, de granulação muito fina
Mineralogia / Composição
Fenocristais (6%): Quartzo.
Matriz (94%): sericita, quartzo,
Feldspatos, hidróxido de ferro.
Observações
A rocha contem cerca de 6% de fenocristais de quartzo de até 2 mm de diâmetro
envolvidos por uma matriz microcristalina fortemente foliada. Os fenocristais de quartzo
são em geral fragmentários, exibem extinção ondulante e preservam bordas
arredondadas e golfos devidos a corrosão magmática. A matriz é formada por um material
félsico microcristalino e sericita orientada, impregnada por hidróxido de ferro. Moldes de
antigos cristais retangulares (piritas?) de 0,1 a 0, 6 mm de lado, envoltos por franjas de
pressão de quartzo, concentram-se em determinados locais.
Rocha
IGNIMBRITO RIOLÍTICO DEFORMADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-134A
Características Mesoscópicas
Rocha de cor branco-rosada, alterada, de granulação fina e estrutura foliada.
Mineralogia / Composição
Sericita (60%)
Quartzo (30%)
Hidróxido de ferro (6%)
Feldspatos (4%)
Observações
Rocha na qual se destacam fenocristais de quartzo e algumas pequenas lentes
feldspáticas no meio de uma matriz fina, fortemente foliada. Os fenocristais de quartzo
abrangem cerca de 8% da rocha, são em geral fragmentários, com no máximo 1,5 mm,
exibindo certa extinção ondulante, bordas corroídas e embayments. As lentes feldspáticas
são compostas por agregados de feldspatos quebrados e sericitizados, que devem
representar remanescentes de antigos fenocristais de feldspato. A matriz é constituída por
um material félsico micro a criptocristalino e abundante sericita orientada recoberta por
um pontilhado de hidróxido de ferro. Vênulas de quartzo fragmentadas e transpostas são
ainda observadas.
Rocha
IGNIMBRITO DEFORMADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-08
Características Mesoscópicas
Rocha de cor rósea a vermelho acinzentada, de granulação fina a média e estrutura
isótropa. A rocha é levemente magnética.
Mineralogia / Composição
Microclínio pertítico (60%)
Quartzo (30%)
Plagioclásio sódico (6%)
Biotita + clorita (2%)
Sericita (2%)
Opacos
Fluorita
Calcita
Hidróxido de ferro
Observações
Rocha granítica hololeucocrática, porfirítica, levemente deformada, constituída por
fenocristais de tamanho médio a grosso de quartzo e feldspatos cercados por uma matriz
granular fina. Os fenocristais de quartzo são irregulares, em geral constituídos por vários
cristais acoplados, chegando a 6 mm de comprimento, e apresentando extinção ondulante
e certa desintegração. Os fenocristais de feldspatos medem 2 a 3 mm e são idio a
subidiomórficos. São representados pelo microclínio pertítico, com maclas em xadrez
pouco desenvolvidas e maclas Carlsbad, e pelo plagioclásio sódico, bastante sericitizado,
exibindo maclas polissintéticas difusas. Finas franjas de albita são observadas no contato
entre cristais contíguos de microclínio. Na matriz ocorrem os mesmos minerais félsicos
dos fenocristais, além de pontuações dispersas de opacos, de biotita cloritizada,
agregados de sericita e diminutos grãos de fluorita e de calcita em interstícios. Uma
poeira de hidróxido de ferro impregna os feldspatos
Rocha
LEUCO-ÁLCALI-FELDSPATO MICROGRANITO PORFIRÍTICO com fluorita
Unidade Litoestratigráfica
SUÍTE MAPUERA ou MADEIRA
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-63
Características Mesoscópicas
Rocha de cor marron avermelhada, formada por uma matriz afanítica e alguns fenocristais
de tamanho fino a médio. A rocha é aparentemente isótropa, cortada por fraturas e
vênulas.
Mineralogia / Composição
Microclínio (46%)
Quartzo (20%)
Plagioclásio (20%)
Clorita (5%)
Epidoto (5%)
Titanita (2%)
Opacos (1%)
Hidróxido de ferro
Observações
A rocha contem raros cristais maiores, de cerca de 1 mm de diâmetro, de quartzo e
plagioclásio, em meio a uma matriz granular muito fina a sacaróide. Uma leve orientação,
provavelmente causada pro fluxo magmático, é percebida. Os cristais maiores de quartzo
são grosseiramente arredondados, por vêzes constituídos por vários cristais. Um único
cristal maior de plagioclásio ocorre, recoberto por epidoto e clorita. A matriz é
essencialmente félsica, formada por microclínio e plagioclásio impregnados por uma
poeira de hidróxido de ferro, além de quartzo e pequenos agregados e pontuações
disseminadas de clorita, epidoto, titanita e opacos. Vênulas de epidoto + clorita cortam a
rocha.
Obs.: A rocha não é piroclástica nem lava, mas mais provavelmente uma subvulcânica,
pertencente a um dique, sill, ou borda de intrusão.
Rocha
MICROGRANITO PORFIRÍTICO (ou RIOLITO)
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-99
Características Mesoscópicas
A amostra provavelmente não corresponde à lâmina.
Mineralogia / Composição
Plagioclásio (39%)
Microclínio (28%)
Quartzo (25%)
Biotita (6%)
Opacos (1%)
Titanita (1%)
Epidoto
Sericita
Apatita
Zircão
Argilo-minerais
Observações
Rocha granítica, de textura inequigranular média a fina, levemente foliada. O plagioclásio
é idiomórfico, fortemente zonado, com maclas segundo albita e albita-Carlsbad difusas e
por vezes curvas, alterado no núcleo de modo leve a intenso para epidoto, sericita e
argilo-minerais. O microclínio é xeno ou subidiomórfico, exibe maclas em xadrez nítidas,
pertitas em flama, certa extinção ondulante, franjas de mirmequita junto aos plagioclásios,
e uma alteração incipiente para argilo-minerais. O quartzo ocorre em cristais maiores,
fortemente ondulantes e xenomórficos, e em grãos e agregados de grãos finos,
provavelmente resultantes cominuição. Os máficos são pouco abundantes, representados
por uma biotita fina, marron esverdeada, retorcida e com bordas esfiapadas, que tende a
se orientar através da rocha; titanita em diminutos cristais associados à biotita e também
em cristais bem desenvolvidos, idiomórficos (de até 1 mm); finos opacos anedrais, e
epidoto, também associado à biotita. Apatita e zircão são muito raros.
Rocha
BIOTITA-MONZOGRANITO LEVEMENTE FOLIADO
Unidade Litoestratigráfica
ÁGUA BRANCA
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-60
Características Mesoscópicas
Rocha porfirítica de estrutura orientada, composta por fenocristais esbranquiçados, de
tamanho médio, de feldspatos, imersos numa matriz cinza-marron, afanítica.
Mineralogia / Composição
Fenocristais (35%): plagioclásio,
ortoclásio, epidoto, opacos.
Matriz (65%): plagioclásio, epidoto,
sericita, biotita, feldspato alcalino (?),
clorita, quartzo, apatita, opacos,
titanita.
Observações
Rocha porfirítica, com fenocristais de tamanho médio (até 4 mm de comprimento)
contornados e envolvidos por uma matriz microcristalina, levemente foliada. Os
fenocristais são idiomórficos, porém fraturados, tensionados e com franjas de pressão
associadas. São principalmente de plagioclásio fortemente alterado para epidoto, sericita,
clorita e carbonato. Fenocristais de ortoclásio levemente pertítico, com forte extinção
ondulante e leve alteração para argilo-minerais, também ocorrem, além de pseudomorfos
estirados de epidoto + clorita + opacos sobre pequenos fenocristais máficos. A matriz é
formada principalmente por diminutas ripas de plagioclásio, associadas a grânulos de
epidoto, opacos e lamelas ou feixes de lamelas finíssimas e orientadas de sericita, clorita
ou biotita, que tendem a contornar os fenocristais e imprimir uma foliação à rocha. A
presença de feldspato alcalino na matriz é também provável. O quartzo é muito raro na
rocha, ocorrendo em fraturas e nas franjas de pressão adjacentes aos fenocristais.
Rocha
ANDESITO PORFIRÍTICO FOLIADO E EPIDOTIZADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-120
Características Mesoscópicas
Rocha porfirítica, com fenocristais de plagioclásio esbranquiçados situados dentre de uma
matriz afanítica cinza esverdeada.
Mineralogia / Composição
Parte menos alterada da lâmina:
Fenocristais (25%): plagioclásio,
máficos alterados
Matriz (75%): feldspatos, epidoto, quartzo,
opacos, tremolita-actinolita, biotita,
clorita, titanita, argilo-minerais
Observações
A lâmina mostra o contato entre dois andesitos, um dêles mais alterado, algo foliado,
repleto de fenocristais de tamanho fino a médio, e o outro com fenocristais esparsos,
porém grossos (até 1 cm). No andesito mais alterado os fenocristais de plagioclásio são
em geral fraturados ou deformados, recobertos por uma alteração moderada para sericita,
epidoto e argilo-minerais. Pequenos fenocristais de quartzo arredondado, de opacos, e de
silicatos máficos também ocorrem, os últimos totalmente alterados para epidoto, tremolitaactinolita e titanita, tendo apenas seu contorno primitivo marcado por um pontilhado de
opacos. Na matriz ocorrem feldspatos, tremolita-actinolita, clorita, epidoto, biotita marron
clara, titanita, opacos e quartzo microcristalinos, porém de granulação algo irregular. O
outro andesito contem fenocristais íntegros, zonados, com maclas diversas, também
alterados em epidoto, sericita e argilominerais. Os fenocristais máficos são raros e
pequenos, totalmente alterados em tremolita, opacos, clorita e epidoto. A matriz é
formada por uma trama de granulação muito fina e uniforme, à base de ripas de feldspato,
pontuações de epidoto, opacos, biotita, clorita, tremolita, titanita e quartzo. Vênulas de
quartzo cortam a lâmina.
Rocha
ANDESITO ALTERADO E BRECHADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-138
Características Mesoscópicas
Rocha porfirítica, com fenocristais de feldspato esbranquiçados de tamanho médio em
meio a uma matriz afanítica cinza-marron. A rocha tem leve magnetismo.
Mineralogia / Composição
Fenocristais (60%): plagioclásio,
tremolita-actinolita, opacos
Matriz (40%): feldspatos, clorita, opacos,
titanita, sericita, quartzo, apatita,
argilo-minerais.
Observações
Rocha muito alterada, porfirítica, algo foliada, formada por um grande número de
fenocristais em meio a uma matriz micro a criptocristalina. Os fenocristais são
principalmente de plagioclásios tabulares, de até 3 mm de comprimento, algo orientados,
por vezes curvos ou quebrados, afetados por uma alteração intensa para epidoto, argilominerais e clorita. Ocorrem também fenocristais máficos, como pequenos opacos semialterados para titanita, e cristais prismáticos, de até 3 mm de comprimento, de um
anfibólio verde claro da família da tremolita-actinolita, provavelmente derivado de
clinopiroxênio. Na matriz identificam-se diminutos grãos de feldspatos, epidoto, clorita,
titanita, opacos, sericita, quartzo, tremolita-actinolita e apatita. Vênulas de epidoto e
pequenas cavidades (vesículas?) preenchidas por quartzo e clorita estão ainda presentes.
Rocha
ANDESITO ALTERADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-141
Características Mesoscópicas
Rocha porfirítica, isótropa, formada por uma matriz afanítica marron e fenocristais
esbranquiçados de feldspatos de tamanho médio. A rocha é levemente magnética.
Mineralogia / Composição
Fenocristais (40%): plagioclásio,
clinopiroxênio + tremolita-actinolita,
opacos.
Matriz (60%): plagioclásio, epidoto,
clorita, opacos titanita sericita,
apatita, quartzo
Observações
Rocha porfirítica, com cerca de 40% de fenocristais imersos em matriz micro a
criptocristalina. Os fenocristais são principalmente de plagioclásio idiomórfico, zonado, de
até 4 mm de comprimento, internamente corroído e recoberto por alteração intensa para
sericita e epidoto. Fenocristais menores, com até 3 mm, também idiomórficos, de
clinopiroxênio, parcial ou totalmente alterados para anfibólio verde claro do grupo da
tremolita actinolita; pseudomorfos de clorita + epidoto sobre antigos anfibólios (?); e
fenocristais ainda menores (até 0, 5mm), de clorita + epidoto e de opacos rodeados por
titanita, também ocorrem. A matriz é formada por ripas finíssimas de plagioclásio, com
epidoto, clorita, titanita e opacos disseminados. Apatita também é observada. O quartzo é
raríssimo.
Rocha
ANDESITO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-143
Características Mesoscópicas
Rocha constituída por uma matriz afanítica de cor marron, que engloba fenocristais
esbranquiçados, de tamanho fino a médio, de feldspato. A rocha é cortada por finos veios
de epidoto e é levemente magnética.
Mineralogia / Composição
Fenocristais (40%): plagioclásio, opacos,
clorita.
Matriz (60%): feldspatos, clorita, epidoto,
sericita, opacos, titanita, apatita,
carbonato, argilo-minerais.
Observações
Rocha porfirítica, composta por fenocristais de plagioclásio e minerais máficos muito
alterados, situados em meio a uma matriz microcristalina cortada por vênulas de epidoto.
Os fenocristais de plagioclásio medem até 3 mm de comprimento, e estão recobertos por
epidoto, sericita, clorita e argilo-minerais, preservando formas tabulares, maclas, bordas
por vezes corroídas e inclusões de material da matriz no seu interior. Os fenocristais
máficos são representados por pequenos opacos em geral rodeados por titanita, e por
pseudomorfos, em geral hexagonais, de clorita + epidoto + carbonato sobre antigos
fenocristais de piroxênio (?). A matriz contem uma massa de feldspatos finíssimos
recoberta por pontuações de epidoto, opacos, clorita, sericita, carbonato, argilo-minerais e
titanita. Apatitas ocorrem dispersas
Rocha
ANDESITO ALTERADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-147
Características Mesoscópicas
Rocha porfirítica, isótropa, com fenocristais de feldspato branco-rosados, de até 8 mm de
comprimento, imersos numa matriz afanítica cinza escura.
Mineralogia / Composição
Fenocristais (40%): plagioclásio, epidoto,
opacos, K-feldspato, quartzo.
Matriz (60%): plagioclásio, epidoto,
quartzo, K-feldspato, sericita,
apatita, argilo-minerais
Observações
Rocha porfirítica hidrotermalizada, com cerca de 40% de seu volume ocupado por
fenocristais e o restante por uma matriz microcristalina félsica. Os fenocristais mais
abundantes e maiores (com até 7 mm de comprimento) são os de plagioclásio, que
exibem formas perfeitamente idiomórficas, maclas polissintéticas e do tipo Carlsbad
difusas, e estão recobertos por uma alteração intensa em epidoto, argilo-minerais e
sericita. Os outros fenocristais são menores (de 0,1 a 3mm de comprimento),
representados por pseudomorfos de epidoto sobre antigos fenocristais máficos
hexagonais (clinopiroxênio, hornblenda e talvez também biotita), além de pequenos
opacos, raros fenocristais de feldspato potássico argilizado e de quartzo corroído. A
matriz parece ser composta essencialmente por um agregado de feldspatos finíssimos,
principalmente plagioclásio, com raro quartzo associado, e recoberto por pontuações de
epidoto, opacos, titanita(?) e apatita.
Rocha
ANDESITO PORFIRÍTICO EPIDOTIZADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-149
Características Mesoscópicas
Rocha cinza esverdeada clara, afanítica, com fenocristais brancos de plagioclásio de
tamanho fino e médio.
Mineralogia / Composição
Composição global aproximada:
Plagioclásio (43%)
Epidoto (35%)
Clorita (14%)
Opacos + titanita (3%)
Quartzo (3%)
Biotita (2%)
Feldspato alcalino?
Observações
Trata-se de uma rocha andesítica que engloba fragmentos angulosos, mili a
centimétricos, de outro andesito. Tanto a rocha-matriz como os fragmentos estão bastante
alterados e exibem fenocristais idiomórficos a arredondados, de até 3 mm, de plagioclásio
fortemente alterado para epidoto, clorita, sericita, fenocristais de minerais máficos
totalmente substituídos por epidoto, biotita e clorita e pequenos fenocristais de opacos
semi-alterados em titanita. A matriz dos fragmentos andesíticos é finíssima, de textura
pilotaxítica, à base principalmente de ripas de plagioclásio em meio a uma massa de
clorita. Na rocha matriz a textura é sacaróide, à base principalmente de feldspatos,
epidoto e quartzo. Pontuações de opacos e titanita e cavidades preenchidas por epidoto e
quartzo estão presentes em ambas as rochas. Vênulas de epidoto atravessam a lâmina.
Rocha
BRECHA VULCÂNICA ANDESÍTICA EPIDOTIZADA
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-07A
Características Mesoscópicas
Rocha isótropa, de cor cinza-marron, porfirítica, com fenocristais de feldspatos de tamanho
médio imersos em matriz afanítica. A rocha tem certo magnetismo
Mineralogia / Composição
Microclínio (50%)
Plagioclásio (29%)
Quartzo (12%)
Hornblenda (8%)
Opacos (1%)
Epidoto
Clinopiroxênio
Argilo-minerais
Apatita
Titanita
Zircão
Sericita
Observações
Rocha porfirítica, com fenocristais de tamanho médio (até 4 mm) de feldspatos, e
fenocristais máficos finos (≤1 mm), envolvidos por uma matriz microcristalina félsica, de
textura sacaróide. Os fenocristais de feldspato são idiomórficos e são tanto de microclínio
como de plagioclásio, o ultimo geralmente englobado pelo microclínio. O microclínio
mostra pertitas em forma de manchas irregulares e uma leve alteração para argilominerais. Os plagioclásios são zonados e fortemente alterados para epidoto, sericita e
argilo-minerais. Os fenocristais máficos são de uma variedade de hornblenda verde
marron a verde azulada escura, exibindo forma mais ou menos arredondada e textura
poiquilítica, contendo em um dos casos, restos de clinopiroxênio no núcleo. Na matriz
ocorrem feldspato alcalino, quartzo, plagioclásio e opacos dispersos. Zircão, titanita e
apatita são fases muito raras.
Obs.: Rocha subvulcânica
Rocha
HORNBLENDA MICRO QUARTZOMONZONITO PORFIRÍTICO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-76
Características Mesoscópicas
Rocha foliada, porfirítica, com fenocristais de feldspatos de cor branca de tamanho médio,
no meio de uma matriz cinza escura, microcristalina. A rocha é levemente magnética.
Mineralogia / Composição
Plagioclásio (48%)
Hornblenda + tremolita-actinolita (20%)
Quartzo (15%)
Epidoto (10%)
Opacos (4%)
Biotita (2%)
Titanita (1%)
Apatita
Sericita
Argilo-minerais
Observações
Rocha levemente foliada, formada por uma matriz microcristalina sacaróide, que engloba
fenocristais e agregados de fenocristais de plagioclásio de tamanho médio (até 4 mm). Os
fenocristais de plagioclásio são em geral tabulares, apresentando maclas do tipo Carlsbad
e albita combinadas mas pouco nítidas, certo zoneamento e uma alteração moderada a
forte para epidoto, sericita e argilo-minerais. A matriz mostra variações no tamanho de
grão e na distribuição entre os componentes máficos e félsicos segundo níveis difusos. É
composta principalmente por plagioclásio, quartzo e hornblenda poiquilítica transformada
localmente em agregados de tremolita-actinolita + epidoto. Opacos disseminados, titanita,
agregados de biotita, lentes ricas em epidoto e quartzo, e rara apatita, também estão
presentes.
Rocha
HORNBLENDA MICRO QUARTZODIORITO PORFIRÍTICO EPIDOTIZADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-106A
Características Mesoscópicas
Rocha de cor cinza, de granulação média a fina e estrutura maciça.
Mineralogia / Composição
Plagioclásio sódico (54%)
Feldspato potássico (20%)
Quartzo (12%)
Biotita (6%)
Epidoto (5%)
Clorita (3%)
Zircão
Apatita
Opacos
Argilo-minerais
Sericita
Allanita
Observações
Rocha ígnea porfirítica, hidrotermalizada, formada por abundantes (60-70%) fenocristais
de feldspatos e de biotita de tamanho médio (até 2 mm), cercados por uma matriz muito
fina, félsica, de textura sacaróide. Os fenocristais são todos idiomórficos. São
principalmente de plagioclásio sódico (albita-oligoclásio), exibindo maclas nítidas, indícios
de zoneamentos, antipertitas, sendo recobertos por um pontilhado de epidoto e sericita.
Os fenocristais de feldspato potássico levemente argilizado, e de biotita alterada para
clorita e titanita são mais raros. Na matriz ocorrem feldspato potássico, quartzo, algum
plagioclásio, acompanhados por máficos como epidoto, clorita, opacos, apatita, zircão e
allanita. Vênulas de epidoto atravessam a rocha.
Rocha
BIOTITA MICRO QUARTZOMONZODIORITO PORFIRÍTICO EPIDOTIZADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-108
Características Mesoscópicas
Rocha de cor cinza, de granulação média a fina e estrutura maciça.
Mineralogia / Composição
Plagioclásio sódico (53%)
Feldspato potássico (20%)
Quartzo (12%)
Biotita (10%)
Epidoto (5%)
Clorita
Zircão
Apatita
Opacos
Argilo-minerais
Sericita
Tremolita
Observações
A rocha é porfirítica, hidrotermalizada, e contem abundantes (60-70%) fenocristais de
tamanho médio (1-2 mm) de feldspatos idiomórficos e pseudomorfos de fenocristais de
biotita no meio de uma matriz muito fina, félsica, de textura sacaróide. Os fenocristais são
principalmente de plagioclásio sódico (albita-oligoclásio), exibindo maclas nítidas, indícios
de zoneamentos, antipertitas, sendo recobertos por um pontilhado de epidoto e sericita.
Os fenocristais de feldspato potássico são também idiomórficos porém raros mostrando
leve argilização. Os pseudomorfos de biotita preservam por vezes as formas idiomórficas
primitivas e estão substituídos por uma biotita fina, marron esverdeada, associada a
titanita. Na matriz ocorrem feldspato potássico, quartzo, plagioclásio e diminutos máficos
como epidoto, opacos, apatita, zircão, clorita e tremolita dispersos. Uma rede de vênulas
de epidoto atravessa a rocha.
Obs.: Muito semelhante à rocha JL-R-106A
Rocha
BIOTITA MICRO QUARTZOMONZODIORITO EPIDOTIZADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-112
Características Mesoscópicas
Rocha de cor cinza, isótropa, de granulação fina a média, atravessada por vênulas de
epidoto.
Mineralogia / Composição
Plagioclásio sódico (50%)
Epidoto (27%)
Quartzo (10%)
Feldspato potássico (8%)
Biotita + clorita (5%)
Opacos
Titanita
Sericita
Observações
Rocha ígnea porfirítica fortemente hidrotermalizada. Contem um grande número de
fenocristais de tamanho médio (1 a 3,5 mm), de plagioclásio sódico e, muito raramente,
de feldspato potássico, envolvidos numa matriz à base de minerais félsicos muito finos e
agregados de epidoto + biotita + clorita. Os fenocristais de plagioclásio são idio ou
subidiomórficos, de composição sódica, exibindo maclas nítidas, algumas antipertitas,
fraturas e sinais de tensionamento, sendo recobertos por epidoto e, mais raramente,
clorita e sericita. Os fenocristais de feldspato potássico são também fraturados e
recobertos por epidoto. Na matriz ocorrem principalmente plagioclásio sódico e feldspato
potássico. O quartzo ocorre sobretudo em vênulas e lentes que atravessam a rocha
associado a epidoto. Em meio aos agregados de epidoto + biotita + clorita observam-se
também opacos e um pouco de titanita.
Rocha
MICRO QUARTZO MONZODIORITO PORFIRÍTICO EPIDOTIZADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-116A
Características Mesoscópicas
Rocha porfirítica, com fenocristais brancos de tamanho médio a grosso envoltos por uma
matriz afanítica marron escura. A rocha tem leve magnetismo.
Mineralogia / Composição
Plagioclásio (55%)
Feldspato alcalino (23%)
Quartzo (13%)
Biotita + clorita (4%)
Epidoto (4%)
Opacos (1%)
Titanita
Apatita
Sericita
Argilo-minerais
Observações
Rocha porfirítica com cerca de 35% de fenocristais idiomórficos, de 1 a 4 mm, de
plagioclásio, envoltos por uma matriz microgranofírica, formada por feldspato alcalino,
quartzo, plagioclásio e pequenos minerais máficos, como biotita, epidoto, clorita, titanita,
opacos e apatita, dispersos. Os fenocristais de plagioclásio mostram zoneamentos
acentuados e maclas do tipo Carlsbad e polissintéticas parcialmente encobertas por uma
alteração intensa para epidoto, sericita e argilo-minerais. Uma vênula de epidoto corta a
rocha.
Obs.: Rocha de colocação rasa, pertencente a dique, sill ou borda de intrusão
Rocha
BIOTITA-QUARTZO MICROMONZODIORITO PORFIRÍTICO GRANOFÍRICO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-129B
Características Mesoscópicas
Rocha formada por uma matriz de cor marron, microfanerítica, que engloba grandes
fenocristais de feldspato de cor esbranquiçada. A estruutra é maciça, cortada por vênulas
de epidoto.
Mineralogia / Composição
Plagioclásio sódico (60%)
Feldspato alcalino (15%)
Quartzo (12%)
Clorita (6%)
Epidoto (5%)
Opacos (2%)
Titanita
Apatita
Argilo-minerais
Observações
Rocha hidrotermalizada, de textura porfirítica, com fenocristais de plagioclásio (cerca de
30% da rocha) de grande tamanho (até 7 mm) imersos em matriz granular muito fina. Os
fenocristais de plagioclásio são idiomórficos, com inclusões de matriz no seu núcleo,
apresentando maclas de diversos tipos porém difusas e uma composição sódica, sendo
recobertos por epidoto, clorita e argilo-minerais. Pequenos agregados de epidoto + clorita
+ opacos parecem representar os remanescentes de antigos fenocristais máficos. A
matriz é formada por uma trama de plagioclásio ripiforme, feldspato alcalino, clorita,
opacos, epidoto, titanita e quartzo intersticial. Agulhas de apatita também são observadas.
Rocha
MICRO-QUARTZOMONZODIORITO PORFIRÍTICO EPIDOTIZADO
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-39
Características Mesoscópicas
A amostra enviada não corresponde à lâmina.
Mineralogia / Composição
Labradorita (50%)
Olivina (24%)
Ti-augita (22%)
Opacos (3%)
Biotita (1%)
Sericita
Argilo-minerais
Clorita
Serpentina?
Apatita
Observações
Rocha de textura ofítica a subofítica grossa a fina, composta principalmente por olivina e
ripas de plagioclásio englobados ou parcialmente englobados por cristais de
clinopiroxênio. A olivina mede no máximo 0,5 mm e se altera muito raramente para clorita,
carbonato e serpentina (?). Os plagioclásios exibem maclas Carlsbad e polissintética,
zoneamentos nítidos, composição labradorítica (An52) e uma alteração muito fraca para
sericita e argilo-minerais. O clinopiroxênio é de cor marron-rosada, provavelmente uma
augita titanífera, e está inalterado. Mostra uma distribuição desigual pela rocha,
constituindo em certos setores cristais poiquilíticos, com vários milímetros de
comprimento. A rocha contem também opacos anedrais dispersos, uma fina biotita
avermelhada em geral associada aos opacos, e apatita.
Obs.: A rocha pertence à série dos álcali-olivina basaltos
Rocha
OLIVINA DIABÁSIO
Unidade Litoestratigráfica
SERINGA? APOTERI ?
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-07C
Características Mesoscópicas
Rocha cinza escura, levemente foliada, composta por fenocristais de anfibólio de até 3mm
imersos numa matriz fina. A rocha não tem magnetismo
Mineralogia / Composição
Actinolita-tremolita + hornblenda (45%)
Plagioclásio + sericita (38%)
Biotita (13%)
Epidoto (3%)
Clorita (1%)
Feldspato alcalino
Opacos
Argilo-minerais
Quartzo (?)
Observações
Rocha bastante alterada, levemente foliada, que preserva uma textura glomeroporfirítica
de origem ígnea. É formada por agregados (de até 3-4 mm de diâmetro) de anfibólios da
variedade tremolita-actinolita com biotita marron clara associada, situados no meio de
uma matriz fina, formada por ripas de plagioclásio alterado em sericita + argilo-minerais,
entremeadas com feixes de biotita marron clara, agregados de epidoto, e cristais de
anfibólio actinolítico contendo restos de hornblenda no seu interior.
Obs.: A rocha é semelhante à JL-57. A presença exclusiva de fenocristais de anfibolio
indica afinidade com lamprófiros cálcio-alcalinos.
Rocha
ESPESSARTITO (ou ANFIBÓLIO-MICRODIORITO PORFIRÍTICO)
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
ANÁLISE PETROGRÁFICA
PROJETO: UATUMÃ-ABONARI
CENTRO de CUSTO: 2163
AMOSTRA: JL-R-57
Características Mesoscópicas
Rocha cinza escura, porfirítica, com fenocristais de anfibólio de até 3 mm cercados por
uma matriz fina, vagamente orientada. A rocha é cortada por vênulas de epidoto e não
apresenta magnetismo.
Mineralogia / Composição
Hornblenda + actinolita (53%)
Plagioclásio + sericita (30%)
Epidoto (15%)
Titanita (2%)
Feldspato alcalino
Quartzo
Opacos
Observações
Rocha porfirítica, bastante hidrotermalizada, formada por fenocristais idio-subidiomórficos,
de 1 a 3 mm, de hornblenda cercados por uma matriz fina levemente foliada, à base de
plagioclásio sericitizado, actinolita, epidoto e titanita. Veios de epidoto cortam a rocha.
Obs.: A rocha provavelmente pertence a um dique. A presença exclusiva de fenocristais
de hornblenda sugere afinidade com lamprófiros cálcio-alcalinos.
Rocha
ESPESSARTITO EPIDOTIZADO (ou HORNBLENDA MICRODIORITO PORFIRÍTICO
EPIDOTIZADO)
Unidade Litoestratigráfica
Petrógrafa
AMD
Set 2009
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