Geografia: programa da 12a classe

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Ficha Técnica
Título: Geografia, Programa da 12ª Classe
Edição: ©INDE/MINED - Moçambique
Autor: INDE/MINED – Moçambique
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique
Arte final: INDE/MINED - Moçambique
Tiragem: 350 Exemplares
Impressão: DINAME
Nº de Registo: INDE/MINED – 6278/RLINLD/2010
Prefácio
Caro Professor
É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral.
Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve a necessidade de
reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça sem
sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a ser
desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.
As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram garantir
compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para a vida que
permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o mundo de trabalho numa economia
cada vez mais moderna e competitiva.
Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem em mãos
é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de professores das
várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições públicas, empresas e
organizações, que colocaram a sua experiência neste exercício de transformação curricular e a quem
aproveito desde já, agradecer.
Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas, apelo ao
estudo permanente das sugestões que eles contêm. Para que convoquem a vossa e criatividade e
empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que amanhã engrossarão o
contingente nacional para o combate à pobreza.
Aires Bonifácio Baptista Ali.
Ministro da Educação e Cultura
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1. Introdução
A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se enquadra
no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e Cultura e tem como
objectivos:
•
•
•
•
Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos aprendizagens
relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país.
Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado, flexível e
profissionalizante.
Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos estudos
como para o mercado de trabalho e auto emprego.
Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.
Constituem principais documentos curriculares:
• O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador que contém os
objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as estratégias de
implementação;
• Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos;
• O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG);
• Outros materiais de apoio.
1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG
O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que visam a
formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que continuem a
aprender ao longo de toda a sua vida.
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.
As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do mercado
cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das Tecnologias de
Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre outros desafios.
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma
formação integral do indivíduo que assenta em quatroo pilares, assim descritos:
Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético, de
modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os seus
próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiver de tomar em
diversas circunstâncias da sua vida;
Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos
científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a
interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais;
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Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito
empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual,
mas também às tendências de transformação no mercado;
Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é, saber
comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de diversas
culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129
Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se organize
em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o mundo, agir
sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma responsável.
Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas relevantes para
que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e como cidadãos
responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral.
1.2. Os desafios da Escola
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel da
escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes quantidades
de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-se, assim, cada
vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus conhecimentos
ao longo da vida.
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?
As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é, conhecimentos,
habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza para enfrentar com sucesso
exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana. Isto significa que para resolver um
determinado problema, tomar decisões informadas, pensar crítica e criativamente ou relacionar-se
com os outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto de conhecimentos, práticas e
valores.
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também à
sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta a
realidade do país.
Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as
competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e escrita,
matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas como cruciais
para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar, nomeadamente:
a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;
b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de aprendizagem e
busca metódica de informação em diferentes meios e uso de tecnologia;
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c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e
apresentação dos trabalhos;
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica social do
país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se relacionar bem
com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da comunidade bem
como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e crianças.
Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática
educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.
(...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de experimentar situações
em que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num ambiente limpo se a escola estiver limpa
e promover o asseio em todos os espaços escolares. O aluno cumprirá as regras de comportamento se
elas forem exigidas e cumpridas por todos os membros da comunidade escolar de forma coerente e
sistemática.
PCESG:27
Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça, solidariedade,
humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o amor à pátria, o amor próprio,
o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito pelo próximo e pelo bem comum, deverá estar
ancorado à prática educativa e estar presente em todos os momentos da vida da escola.
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis
subsequentes.
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se a uma
economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais novas
habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na resolução de
problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias
ocupações ao longo da vida.
1.3. A Abordagem Transversal
A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista a um
desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade escolar é
chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de situações-problema
parecidas com as que se vão confrontar na vida.
No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos temas
transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas competências e nos
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temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo na escola e as atitudes dos
seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver com os
outros e bem fazer.
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de tal
forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele contribuam
para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-curriculares
sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores.
O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao longo do
ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações para a sua
abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os temas
transversais.
O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias que permite
estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias áreas de
conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as actividades a realizar no
âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam professores, alunos e até a
comunidade e constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos.
1.4 As Línguas no ESG
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No
currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).
As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de todas as
disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os professores
deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam adequar o seu discurso às
diferentes situações de comunicação. A correcção linguística, deverá ser uma exigência constante
nas produções dos alunos em todas as disciplinas.
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura
(concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões para a
apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades culturais em
datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática da língua numa situação concreta.
Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e seus
autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de
comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar
informações e a sistematizá-la.
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no caso da
língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores moçambicanos constitui um
pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da moçambicanidade.
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1.5. O Papel do Professor
O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis na
família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho.
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os em
actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do aluno para a
vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas, tenham significado para a
vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido se
estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à disciplina,
às componentes transversais e às situações reais.
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este consiga:
•
•
•
•
•
organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus conhecimentos,
habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de soluções;
encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento de
competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um
problema que os obriga a recorrer a conhecimentos, procedimentos e experiências de outras
áreas do saber;
acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-los e
corrigi-los durante o processo de trabalho;
criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o mundo e
transformá-lo;
avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa
perspectiva formativa.
Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à profissão,
aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa passa pelo trabalho
colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as disciplinas. Neste sentido, não se pode
falar em desenvolvimento de competências para vida, de interdisciplinaridade se os professores não
dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas suas próprias disciplinas. Um
projecto de recolha de contos tradicionais ou da história local poderá envolver diferentes disciplinas.
Por exemplo:
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e correcção
dos textos;
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes;
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região;
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.
Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em equipa, de
análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para o
desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.
As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o
desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é mais um
7
centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para reprodução e
memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e conhecimentos. O aluno
deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e pesquisa de informação, reflectindo
criticamente sobre a sociedade.
O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os recursos e
aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma comunidade escolar
implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural, organizador democrático e gestor da
heterogeneidade vivencial dos alunos.
As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de conceber e
utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo; entusiasmo, espírito
competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e debate de ideias; o interesse pela
integração social e vocação profissional.
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2. O ensino-aprendizagem da disciplina de Geografia
O ensino-aprendizagem da Geografia no 2º ciclo do Ensino Secundário Geral tem como objectivo
fundamental ampliar e consolidar os conhecimentos adquiridos no 1º Ciclo do Ensino Secundário,
tendo em vista o desenvolvimento de competências que permitam a continuação dos estudos ou
inserção na vida laboral.
Dando continuidade à filosofia do currículo do Ensino Secundário Geral, a aprendizagem de
conteúdos de Geografia deve ter como centro do processo de ensino-aprendizagem o aluno,
tornando-o parte activa desse processo.
As competências a desenvolver ao longo do ciclo, na disciplina de Geografia, concorrem para a
construção das competências gerais relevantes para a vida. Neste contexto o aluno:
-
Aprofunda os conhecimentos, desenvolve habilidades e atitudes e aplica-os em novas
situações de vida.
-
Localiza e explica no mapa os aspectos físico-naturais e humanos que ocorrem no país e no
mundo;
-
Toma consciência das diferenças existentes no âmbito físico-natural, socio-económico,
cultural e político nas diferentes regiões do mundo com vista a mudança de atitude
respeitando a diversidade, desenvolvendo a auto-estima, o espírito de tolerância e de
solidariedade.
-
Aplica os saberes adquiridos ao longo do ciclo realizando actividades produtivas com maior
segurança técnico-científica e é capaz de encontrar soluções alternativas na resolução de
problemas concretos.
Exemplos:
•
Na Agricultura – o calendário agrícola, a selecção de culturas apropriadas aos
diversos tipos de solos, as condições atmosféricas (seca, cheia, ciclone); e outras
situações de calamidades naturais;
•
Na Pecuária – tipo de gado de acordo com o clima, tipo de pasto;
•
Na pesca – selecção do tipo de rede (malha) a utilizar para garantir a sustentabilidade,
melhores épocas de pesca, locais apropriados para a pesca;
9
•
Na indústria – o aproveitamento dos recursos locais para o fabrico de: -Instrumentos
de trabalho, artefactos de caça, anzóis; cestaria, olaria e outros materiais.
A Geografia é por excelência uma disciplina que permite a ligação entre a teoria e à prática, tendo
como objecto de estudo a superfície terrestre onde ocorrem vários fenómenos físico-naturais e
humanos. O objectivo fundamental da Geografia é explicar a localização, distribuição dos
fenómenos pela superfície terrestre, suas causas, efeitos e correlações.
A disciplina de Geografia contribui para o desenvolvimento da consciência nacional, a solidariedade
e compreensão em relação a outros povos do mundo, combate ao obscurantismo e desenvolve a
ética ambiental. A Geografia dá a conhecer ao aluno, para além dos horizontes familiares, o que
existe e se passa no mundo.
Os conteúdos do programa de Geografia deste ciclo contemplam aspectos físico- naturais e humanos
daí que a Geografia se relacione tanto com as ciências físico-naturais e as ciências humanas,
destacando-se a disciplina de História para a explicação da evolução dos fenómenos sociais no
tempo, a Física para a explicação dos fenómenos físico-naturais, apoiando-se nas suas leis, entre
outras.
Na abordagem dos temas apresentados nos programas de Geografia, recomendamos a utilização
sistemática de mapas, atlas, globo e outros materiais didácticos, de modo a que todos os aspectos
estudados sejam localizados. Recomenda-se também o contacto permanente com os docentes de
outras disciplinas, praticando assim a interdisciplinaridade.
COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER NA 12ª CLASSE
•
Explica a evolução da população e o desenvolvimento das actividades económicas,
nomeadamente, agricultura, indústria, comercio, turismo, transportes e comunicações e
urbanismo;
•
Elabora trabalhos de investigação apoiando-se na consulta obras e/ou Internet, que
abordam a Geografia Humana, usa computador para elaborar gráficos e máquina para
calcular taxas (de natalidade, mortalidade e crescimento natural), de modo a elaborar
trabalhos de qualidade;
•
Elabora trabalhos de investigação que possibilitam trazer propostas que possibilitam
trazer propostas de soluções dos problemas da sua comunidade;
10
•
Relaciona as estruturas demográficas e o desenvolvimento sócio-económico dos países;
•
Explica as vantagens de um ordenamento espacial da população;
•
Interpreta e divulga os fenómenos demográficos da actualidade relacionando-os com os
problemas ambientais resultantes da realização das diferentes actividades económicas;
•
Analisa as diferentes doutrinas demográficas;
•
Realiza actividades para a melhoria da qualidade de vida, isto é, desenvolve hábitos de
conservação ambiental, por exemplo, conserva a água potável, deposita lixo no lugar
próprio, participa em acções de abertura de canais para a irrigação das culturas agrícolas
e no plantio de árvores;
•
Realiza trabalho no seio dos jovens (explica as consequências do consumo do tabaco, do
álcool e da droga);
•
Pratica uma actividade económica, como a agricultura de rendimento ou pequena
indústria;
•
Relaciona o crescimento populacional e o desenvolvimento das actividades económicas
com o equilíbrio ambiental;
•
Aplica os conhecimentos sobre Geografia Humana para desenhar projectos e estratégias
de implementação para benefício próprio e da comunidade e/ou do país;
•
Realiza actividades que concorrem para a redução do impacto negativo sobre o ambiente
resultante do desenvolvimento das actividades económicas.
2. Objectivos gerais da Disciplina de Geografia
Todo o processo educativo desenvolve-se numa sociedade estruturalmente complexa, sofrendo
modificações que se processam a ritmos acelerados. Assim, os problemas que hoje a humanidade e a
sociedade moçambicana são chamadas a resolver e que dizem respeito à procura de reequilíbrios
ecológicos e sociais, são questões sistémicas e requerem abordagens a vários âmbitos.
Estes pressupostos exigem do professor uma acrescida competência e flexibilidade na gestão do
programa do 2º ciclo, de modo a permitir ao aluno:
•
Compreender conceitos, princípios, métodos e teorias geográficas;
•
Aplicar correctamente a terminologia geográfica;
•
Estabelecer a interligação entre vários ramos do conhecimento;
•
Desenvolver a percepção espacial;
11
•
Desenvolver o gosto pela investigação e descoberta;
•
Analisar situações problemáticas relativas ao espaço geográfico;
•
Relacionar a capacidade de transformação da organização espacial com os diferentes
graus de desenvolvimento científico-tecnológico dos paises;
•
Cooperar no sentido de um melhoramento da capacidade humana na utilização e
conservação dos recursos naturais;
•
Conhecer as particularidades da Geografia Física e Humana;
•
Abordar cientificamente os problemas geográficos numa perspectiva de busca de
soluções e sua implementação adequada;
•
Assumir uma atitude activa e consciente perante a relação Homem-Natureza;
•
Revelar capacidades investigativas, interpretativas e de espírito de inovação de modo
que seja cidadão interveniente.
•
Desenvolver uma melhor compreensão da natureza das sociedades multiculturais e
multirraciais, contra quaisquer formas de preconceito cultural ou racial;
•
Desenvolver espírito de solidariedade.
3. Visão Geral Dos Conteúdos Do Ciclo
11ª Classe
Unidade 1: Introdução ao Pensamento Geográfico
12ª Classe
Unidade 1: População
Unidade 2: Cosmografia
Unidade 2: Agricultura e Pecuária
Unidade 3: Ambiente Bioclimatico
Unidade 4: Geomorfologia
Unidade 3: Indústria e Comércio
Unidade 4: Turismo
Unidade 5: Pedogeografia
Unidade 5: Transporte e Comunicações
Unidade 6: Hidrogeografia
Unidade 6: Urbanismo
12
4. OBJECTIVOS GERAIS DA 12ª – CLASSE
Nesta classe, na disciplina de Geografia o aluno deve:
ƒ
Discutir as Teorias Demográficas;
ƒ
Analisar a evolução da população mundial;
ƒ
Analisar as causas e consequências das migrações;
ƒ
Caracterizar as estruturas demográficas a nível mundial;
ƒ
Analisar fenómenos demográficos da actualidade;
ƒ
Apresentar hipóteses de solução dos problemas demográficos da actualidade;
ƒ
Compreender importância da relação população-economia e população-ambiente;
ƒ
Estabelecer a inter - relação entre a agricultura e a pecuária;
ƒ
Explicar os factores que influenciam a produção agro-pecuária;
ƒ
Explicar a importância da produção agro-pecuária;
ƒ
Analisar o impacto ambiental da actividade agro-pecuária;
ƒ
Discutir as tendências actuais da produção agrícola a nível mundial
ƒ
Analisar a interdependência entre a actividade industrial e a actividade comercial;
ƒ
Argumentar a necessidade de desenvolvimento sustentável;
ƒ
Contribuir para a exploração racional dos recursos naturais;
ƒ
Comparar os sistemas de transporte e comunicações dos países desenvolvidos e países
menos desenvolvidos;
ƒ
Reconhecer a importância dos transportes e comunicações para o desenvolvimento dos
países;
ƒ
Analisar a importância sócio-económica da actividade turística;
ƒ
Explicar o impacto ambiental da actividade turística;
ƒ
Analisar a evolução do fenómeno urbano;
ƒ
Identificar os principais problemas urbanos, propondo soluções ;
ƒ
Explicar a importância do planeamento urbano;
ƒ
Desenvolver capacidades de elaboração e interpretação de gráficos, diagramas, mapas sobre
diferentes fenómenos ou processos humanos;
ƒ
Desenvolver atitudes correctas sobre o uso, conservação e protecção da Natureza.
13
5. VISÃO GERAL DOS CONTEÚDOS
Trimestre
Unidade 1:
População
I
Conteúdo
Unidade Temática
1.1– População – Conceito
. Importância do estudo da população
1.2 – Distribuição espacial da população
1.2.1-Factores da distribuição
. Factores físico-naturais
. Factores humanos
1.2.2- Principais focos populacionais
1.3 – Crescimento populacional
1.3.1- Variáveis demográficas
1.3.1.1. Fecundidade e taxa de fecundidade
1.3.1.2. Natalidade e taxa de natalidade
1.3.1.3. Mortalidade e Taxa de mortalidade
1.3.1.4.Crescimento Natural e taxa de crescimento natural
1.3.1.5- Movimentos populacionais
- Migrações
. Tipos de migração
. Causas das migrações
. Consequências das migrações
. Saldo migratório
1.3.1.6. Crescimento efectivo e taxa de crescimento efectivo
1.4 - Teorias Demográficas
1.5 – Evolução Geral da População
1.5.1-Países desenvolvidos
1.5.2-Países em desenvolvimento
1.6 - Estrutura da população
1.6.1 -Estrutura etária e sexual da população
1.6.2 – Estrutura sectorial da população
1.7 - Principais problemas demográficos relacionados com:
. Alimentação
. Saúde e higiene
. Habitação
. Educação
. Emprego
1.7.6 -Causas e consequências dos problemas demográficos
1.8 – Importância da relação população – economia e
população – ambiente.
14
Unidade 2:
AGRICULTURA E
PECUÁRIA
2.1
2.2
2.3
2.4
2.4.1
2.4.2
– Agricultura e pecuária – Conceitos
– Relação entre a agricultura e a pecuária
– Evolução da agricultura e pecuária
– Análise do espaço agrário
- Elementos do espaço agrário
– Factores de organização do espaço agrário
. Factores físico – naturais
. Factores sócio – económicas
II
Unidade 2:
AGRICULTURA E
PECUÁRIA
2.5
-Sistemas agrários e níveis de desenvolvimento
2.5.1 -Agricultura Tradicional das regiões tropicais:
. Origem e localização
. Características gerais
2.5.1.1 -Agricultura Itinerante
2.5.1.2 -Agricultura Sedentária de sequeiro
2.5.1.3 -Agricultura irrigada da Ásia das Monções e Oásis
2.5.2 -Agricultura Moderna
. Origem e localização
. Características gerais
. Importância
2.6
– Actividade pecuária
2.6.1 -Factores de localização e desenvolvimento
. Factores físico – naturais
. Factores sócios – económicos
2.6.2 -Tipos de pecuária
. Pecuária intensiva
. Pecuária extensiva
2.7- Distribuição mundial dos principais produtos agropecuários;
2.8- Importância da produção agro-pecuária na economia dos
países;
2.9- Problemas ambientais derivados das actividades agropecuárias e suas consequências.
15
Unidade 3:
INDÚSTRIA
E
COMERCIO
II
III
Unidade 3:
INDÚSTRIA E
COMÉRCIO
3. – Indústria e Comércio – Conceitos
3.1. Relação entre a indústria e comércio
3.1.1.Evolução da indústria e comércio no mundo
3.1.2. A indústria e comércio na Antiguidade
3.1.3. A indústria e comércio na Idade Média
3.1.4.A indústria e comércio na actualidade
3.1.5-Revolução Industrial - Conceito
. Causas da revolução industrial
. Fases da revolução industrial
. Consequências da revolução industrial
3.1.6. Comércio depois da revolução industrial e na
actualidade
. Comércio internacional
. Comércio dos países desenvolvidos
. Comércio dos países em desenvolvimento
3.1.6.1. Principais grupos de produtos
3.1.6.2. As grandes regiões comerciais do mundo
3.2-Factores de localização da indústria
. Factores físico – naturais
. Factores socio – económicas
3.3-Classificação da indústria
. Critérios de classificação
. Afinidades tecnológicas
. Indústria de ponta
3.4. Natureza das matérias-primas utilizadas
. Destino dos bens produzidos
3.5 – Paisagens industriais
3.5.1- Regiões negras
3.5.2- Paisagens industriais urbanas
3.5.3- Indústrias portuárias
3.5.4- Complexos industriais
3.5.5- Indústrias dispersas
3.6 - Importância da actividade industrial e comercial na
economia dos países
3.7 - Impacto da actividade industrial sobre o meio ambiente.
3.8-Protecção e conservação dos recursos naturais
(desenvolvimento sustentável).
16
Unidade 4:
TURISMO
Unidade 5:
TRANSPORTES
E
CUMUNICAÇÕES
4. 1.Turismo – Conceito
4.2. Tipos de turismo
. Cultural, recreativo, literário, religioso, ambiental.
4.3. Classificação do turismo
Em função de: volume de turistas; direcção do fluxo turístico e
amplitude das viagens
4.4. Principais centros turísticos do mundo
4.5. Importância do turismo
4.6. Impacto do turismo
5.1Transporte e Comunicações – Conceito
5.2– Evolução dos transportes e comunicações
5.3- Factores de desenvolvimento
. Factores físico – naturais
. Factores sócio – económicos humanos
5.4-Tipos de transporte e suas particularidades e impacto
. Transportes terrestres
. Transportes aquáticos
. Transportes aéreos
. Gasodutos e oleodutos
5.5- Principais direcções dos transportes no mundo
5.6. Sistemas de Comunicação
5.7. Evolução dos meios de comunicação
5.7.1. Meios e processos de comunicações
5.7.2. Principais vias de comunicações
5.8. Importância do transporte e comunicações
5.9. Transportes e comunicações e o ambiente
17
Unidade 6:
URBANISMO
6.1– Cidade – Conceito
6.2 – Critérios de definição de cidade
. Critério numérico
. Critério demográfico
. Critério funcional
6.3– Breve evolução histórica das cidades
6.4. Taxa de Urbanização
6.5. Funções das Cidades
. Política, administrativa, Comercial, industrial, cultural,
turística, religiosa, múltipla
6.6– Estrutura urbana
. Modelos de estrutura urbana
6.7– A extensão física da área urbana e sua organização
6.8– Localização das principais actividades urbanas e tendências
de evolução.
6.9– A cidade, pólo organizador do espaço
. Relação campo – cidade
6.10- Planeamento urbano e sua importância
6.11 -Principais problemas das cidades e suas consequências.
18
6.Plano temático
PLANO TEMÁTICO DETALHADO
Unidade
Temática
Objectivos Específicos
O aluno deve:
-Reconhecer a importância do estudo da
Geografia da População;
UNIDADE: 1
População
-Caracterizar os factores que influenciam
a distribuição espacial da população;
-Analisar as principais variáveis
demográficas;
-Interpretar os principais indicadores
demográficos;
Conteúdos
1.1– População – Conceito
.Importância do estudo da
população
1.2 – Distribuição espacial da
população
1.2.1-Factores da distribuição
1.2.1.2-Factores físico-naturais e sócioeconómicos
1.2.2- Principais focos populacionais
1.3 – Crescimento populacional
1.3.1- Variáveis demográficas
1.3.1.1. Fecundidade e taxa de
fecundidade
1.3.1.2.Natalidade e taxa de natalidade
1.3.1.3. Mortalidade e taxa de
mortalidade
1.3.1.4. Crescimento Natural e taxa de
crescimento natural
-Comparar a evolução da população tendo
em conta o nível de desenvolvimento
sócio-económico;
1.3.1.5- Movimentos populacionais
-Migrações
. Tipos de migração
. Causas das migrações
. Consequências das migrações
19
Competências Básicas
O aluno:
Carga
Horária
30
Explica a importância do estudo da
população;
Relaciona as variáveis demográficas com
o crescimento da população
-Analisar a migração como fenómeno
demográfico;
. Saldo migratório
1.3.1.6. Crescimento efectivo e taxa de
crescimento efectivo
Analisa as causas e consequências das
migrações;
-Explicar as causas das migrações;
-Desenvolve o espírito de tolerância e
cooperação e habilidade de viver com os
outros.
-Comparar taxas de crescimento efectivo
de diferentes países do mundo;
-Explicar as consequências das
migrações.
20
UNIDADE
TEMATICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve:
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS BÁSICAS
O aluno:
1.4 - Teorias Demográficas
-Analisar as teorias demográficas;
UNIDADE: 1
POPULAÇÃO
-Comparar a evolução da população
mundial por grupos de países
desenvolvidos e menos desenvolvidos;
-Explicar a estrutura da população
(sexual, sectorial e profissional).
-Identificar os problemas demográficos
actuais;
-Propôr formas de desenvolvimento
sustentável.
1.5 – Evolução da População
1.5.1-Países desenvolvidos
1.5.2-Países em vias de
desenvolvimento
1.6 - Estrutura da população
1.6.1 -Estrutura etária e sexual da
população
1.6.2 – Estrutura sectorial da população
1.7 - Principais problemas
demográficos relacionados com:
1.7.1- Alimentação
1.7.2- Saúde e higiene
1.7.3- Habitação
1.7.4.Educação
1.7.5-Emprego
1.7.6 -Causas e consequências
1.7.7– População e ambiente
1.8 – Importância da relação
população-Economia e populaçãoambiente.
-Realiza actividades que concorrem
para a melhoria da qualidade de vida
e bem-estar da população.
-Calcula taxas demográficas;
-Constrói pirâmides etárias;
-Relaciona as estruturas demográficas
com o desenvolvimento sócioeconómico dos países.
-Explica os principais problemas
demográficos
-Relaciona o crescimento
populacional e o equilíbrio ambiental.
-Analisar a pressão da população sobre
o Ambiente;
21
CARGA
HORÁRIA
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
UNIDADE: 1 - POPULAÇÃO
Nesta unidade é importante que o professor promova uma discussão sobre a importância de dados sobre a população apresentando
exemplos concretos de vários países, desenvolvidos e menos desenvolvidos.
Na abordagem do tema Teorias demográficas, o aluno poderá fazer a comparação das teorias e tirar as conclusões relativas ao
aparecimento destas teorias e a mais exemplificativa para a explicação do crescimento da população.
Um dos pressupostos para a compreensão do crescimento ou evolução populacional é a análise das variáveis demográficas
(fecundidade, natalidade mortalidade e os movimentos migratórios) e os factores que as influenciam. Assim, é importante explicar
como é que estas variáveis demográficas têm influenciado no crescimento da população. É necessário fazer a distinção entre o
crescimento natural e o crescimento efectivo.
Ao abordar a evolução da população mundial é importante que o professor procure ajudar o aluno a ilustrar este fenómeno através de
gráficos ou dados estatísticos mais actualizados. Deve-se começar por uma análise da evolução no conjunto dos países do mundo e,
em seguida, uma análise tendo em conta o nível diferenciado dos países (países desenvolvidos e países em desenvolvimento). Por fim,
explicar as tendências da actualidade, problemas decorrentes e medidas a tomar.
O professor pode partir do exemplo do próprio movimento pendular que o aluno realiza, para identificar outros e definir o conceito de
migração.
Partindo da própria turma pode procurar saber a idade dos membros do agregado familiar dos alunos, quantos homens, mulheres e
esboçar uma possível pirâmide etária.
Através de exemplos das profissões dos pais e encarregados de educação, os alunos com ajuda do professor poderão identificar os
sectores de actividade da população.
Sendo Moçambique um país propenso a desastres naturais como ciclones, cheias, sismos, e outros, é importante falar da necessidade
de reduzir riscos que possam afectar a população.
22
Aspectos relacionados com o género, devem ser tomados em conta. Por exemplo, na estrutura sectorial, mostrar aos alunos que não
existem actividades só para homens e outras só para mulheres, o que contribuirá para a diminuição dos complexos de inferioridade das
raparigas e de superioridade dos rapazes.
Igualmente os temas relacionados com DTS’s e HIV/SIDA devem ser discutidos profundamente, mostrando que este mal é
responsável pelas elevadas taxas de mortalidade nos nossos dias; indicar os métodos de prevenção e a importância.
Abordando a problemática da gravidez precoce, o professor deve debater com os alunos as consequências da mesma (interrupção dos
estudos, futuro sombrio, entre outras) e das medidas preventivas contribuindo para desenvolver nos alunos atitudes positivas e
responsáveis.
Indicadores de desempenho
•
Explica a evolução da população;
•
Identifica os factores que influenciam a distribuição espacial da população;
•
Relaciona as variáveis demográficas com o crescimento populacional;
•
Analisa as consequências das migrações tanto para o local de saída como para o local de chegada;
•
Interpreta as teorias demográficas;
•
Explica os principais problemas demográficos;
23
UNIDADE
TEMATICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve :
- Relacionar a agricultura com a pecuária;
UNIDADE: 2
AGRICULTURA
E PECUÁRIA
-Explicar as diversas fases da evolução da
agricultura e pecuária;
-Explicar os factores que influenciam a
organização do espaço agrário;
- Caracterizar a agricultura-pecuária dos
diferentes grupos de países.
CONTEÚDOS
2.1– Agricultura – Conceito
2.2. Relação entre a agricultura e
a pecuária
2.3. Evolução da agricultura e
pecuária
2.4. Análise do espaço agrário
2.4.1- Elementos do espaço
agrário
2.4.2– Factores de organização
do espaço agrário
. Factores físico-naturais
. Factores sócio-económicos ou
humanos
24
COMPETÊNCIAS BÁSICAS
O aluno:
-Compara a agricultura e pecuária dos
diferentes grupos de países;
-Explica o papel da agricultura e
pecuária no combate à pobreza e
rumo ao desenvolvimento;
-Reconhece a importância da prática
da actividade agro-pecuária na
economia dos países;
CARGA
HORÁRIA
30
UNIDADE
TEMATICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve:
-Identificar os sistemas agrários;
UNIDADE: 2
AGRICULTURA E
PECUÁRIA
-Identificar os países de maior
produção agrícola e pecuária à escala
mundial;
-Explicar a importância da actividade
agro-pecuária;
-Caracterizar os diferentes sistemas
agrários;
-Diferenciar os tipos de pecuária;
-Identificar os principais problemas
ambientais decorrentes da actividade
agro-pecuária e propor soluções para
os mesmos.
CONTEÚDOS
2.5-Sistemas agrários e níveis
de desenvolvimento
2.5.1-Agricultura Tradicional
das regiões tropicais:
. Origem e localização
. Características gerais
2.5.1.1-Agricultura Itinerante
2.5.1.2 -Agricultura Sedentária
de sequeiro
2.5.1.3 -Agricultura da Ásia das
Monções e Oásis
2.5.2-Agricultura Moderna
. Origem e localização
. Características gerais
. Importância
2.6. Actividade pecuária
2.6.1-Factores de
desenvolvimento e sua
localização
. Factores naturais
. Factores sócio-económicos
2.6.2-Tipos de pecuária
. Pecuária intensiva
. Pecuária extensiva
2.7-Distribuição mundial dos
principais produtos agropecuários;
25
COMPETÊNCIAS BÁSICAS
O aluno:
- Propõe e divulga na comunidade
soluções para os problemas
ambientais decorrentes da
actividade agro-pecuária;
-Participa em campanhas de
combate às queimadas
descontroladas.
-Valoriza a actividade agropecuária;
- Explica os problemas ambientais
decorrentes da actividade agropecuária e propõe medidas para
solução;
CARGA
HORÁRIA
-Explicar a importância da actividade
agrícola;
-Identificar os principais problemas
ambientais decorrente da actividade
agro-pecuária.
2.8- Importância da produção -Explica o papel da agricultura e
agro-pecuária na economia dos pecuária no combate à pobreza e
rumo ao desenvolvimento
países;
2.9- Problemas ambientais
derivados das actividades
agro-pecuários e suas
consequências.
-Desenvolve hábitos de
conservação ambiental.
SUGESTÕES METODOLÓGICA
UNIDADE: 2 - AGRICULTURA E PECUÁRIA
Neste capítulo é abordadas as bases para o desenvolvimento da agricultura e pecuária e os contrastes existentes no mundo (países
desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento).
O professor deve valorizar os conhecimentos e experiências do aluno, deve ser flexível e criativo de forma a permitir uma correcta
ligação com a realidade, partindo das condições locais e assim desenvolver no aluno as suas capacidades investigativas e
interpretativas de modo a que se transforme num cidadão interveniente no combate a pobreza.
O aluno com base na sua experiência pode concluir, por exemplo, que no nosso país a maior parte da população encontra o seu
sustento na agricultura. As nossas cidades recebem produtos vindos do campo, a matéria-prima para o abastecimento das indústrias
provém da agricultura e pecuária e que nenhum país por mais desenvolvido que seja pode prescindir da agricultura. O professor
poderá também, através de trabalhos em grupo, mostrar que toda a actividade humana tem o seu impacto no ambiente, daí a
necessidade de uma organização racional dos espaços para a sua melhor utilização.
Dependendo da localização da escola, o professor poderá organizar uma visita de estudo. Para tal recomenda-se que o professor faça
primeiro o reconhecimento do lugar a ser visitado e auxilie os alunos a elaborar um guião de orientação que poderá ser composto de
26
objectivos, itinerário, questionários sobre os principais aspectos a serem observados. Finda a visita dever-se-á reunir os alunos para
efectuar a sistematização e avaliação da mesma.
Recomenda-se ao professor que em colaboração com os alunos, como forma de sistematização, elabore um quadro sobre as principais
características dos sistemas agrários já tratados, de forma a aplicar e consolidar os conhecimentos adquiridos.
Os alunos têm que reconhecer a integração entre a agricultura e a pecuária, identificar os problemas ambientais decorrentes da
actividade agro-pecuária e propor soluções para os mesmos.
Indicadores de desempenho
•
Interrelaciona agricultura e pecuária;
•
Explica a evolução da agricultura e pecuária;
•
Explica os factores que influenciam a organização do espaço agrário;
•
Analisa os diversos sistemas agrários;
•
Relaciona a pecuária com os factores do seu desenvolvimento;
•
Explica a importância da actividade agro-pecuária na economia dos países;
•
Identifica as consequências dos problemas ambientais provocados pela actividade agro-pecuária e propõe soluções para
os mesmos.
27
PLANO TEMÁTICO DETALHADO
UNIDADE
TEMATICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve:
-Relacionar a indústria com o comércio;
UNIDADE: 3
INDÚSTRIA
E
COMÉRCIO
-Explicar o processo de evolução da
indústria e do comércio no mundo;
- Explicar a importância da indústria e
do comércio para o desenvolvimento
dos países;
-Identificar os principais grupos de
produtos comerciais.
CONTEÚDOS
3. Indústria e do Comércio –
Conceitos
3.1. Relação entre a indústria e
comércio
3.1.1. Evolução da indústria e
comercio no mundo
3.1.2– A indústria e comercio
tradicional na Antiguidade
3.1.3. A indústria e comercio
tradicional na idade Média;
3.1.4. A indústria na Actualidade
3.1.5.Revolução Industrial –
Conceito
. Causas da revolução industrial
. Fases da revolução industrial
. Consequências da revolução
industrial
3.1.6. Comércio depois da
revolução industrial e na
actualidade
. Comércio internacional
. Comércio dos países menos
desenvolvidos
. Principais grupos de produtos
comerciais
. As grandes regiões comerciais do
mundo
3.2-Factores da localização da
indústria
28
COMPETÊNCIAS BÁSICAS
O aluno:
- Relaciona a indústria com o comércio;
-Aplica na vida prática conhecimento
sobre a produção industrial.
-Explica o papel e a importância da
indústria na economia dos países.
-Diferencia o comércio internacional
dos países desenvolvidos e menos
desenvolvidos;
CARGA
HORÁRIA
30
-Localizar as grandes regiões
comerciais do mundo;
. Factores físico-naturais
. Factores sócio-económicos
3.3-Classificação da indústria
. Critérios de classificação
. Afinidade tecnológicos
. Indústria de ponta
- Analisar a influência dos factores
físico-naturais e sócio-económicos na
localização da indústria;
-Discutir os critérios de classificação
das indústrias;
29
-Analisa os factores da localização e
classificação da indústria.
PLANO TEMÁTICO DETALHADO
UNIDADE
TEMATICA
UNIDADE: 3
INDÚSTRIA
E
COMERCIO
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve :
- Caracterizar as principais paisagens
industriais;
- Relacionar o desenvolvimento
industrial com o uso sustentável dos
recursos naturais;
- Relacionar o desenvolvimento
industrial com a utilização racional
dos recursos naturais;
- Explicar o impacto da actividade
indústria e comercial sobre o
ambiente.
CONTEÚDOS
COMPETÊNCIAS BÁSICAS
O aluno:
3.4. Natureza das matérias-primas
utilizadas
. Destino dos bens produzidos
3.5 – Paisagens industriais
3.5.1. Regiões negras
3.5.2. Paisagens industriais urbanas
3.5.3. Indústrias portuárias
3.5.4. Complexos industriais
3.5.5. Indústrias dispersas
3.6. Importância da actividade
industrial na economia dos países
3.7. Impacto da actividade industrial
sobre o meio ambiente.
3.8. Protecção e conservação dos
recursos naturais (desenvolvimento
sustentável).
30
- Relaciona as diversas paisagens
industriais;
-Assume a necessidade do uso
racional dos recursos naturais.
-Desenvolve hábitos de
conservação ambiental.
CARGA
HORÁRIA
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
UNIDADE: 3- INDÚSTRIA E COMÉRCIO
A actividade industrial reveste-se de grande importância pelo seu carácter inovador sempre crescente. A indústria processa os produtos
primários que constituem elementos essenciais para a sobrevivência humana.
A partir da realidade industrial moçambicana, ou da região onde a escola está inserida, o professor poderá mostrar ao aluno a
importância da indústria, promovendo visitas de estudo a algumas unidades fabris.
Na abordagem desta unidade o professor deve, para além de outros aspectos, demonstrar a evolução da indústria, o seu peso na
economia dos países, bem como as repercussões ambientais decorrentes do seu desenvolvimento. Propomos ao professor a apoiar-se
em tabelas, gráficos ou diagramas sobre os volumes de produção industrial a nível dos continentes.
Com a orientação do professor o aluno poderá desenvolver actividades práticas com vista a criação de hábitos de protecção e
conservação dos recursos naturais (potenciais matérias-primas) do meio circundante. Por exemplo, nas cidades, a recolha de material
usado (papel, garrafas, plásticos, latas entre outros), plantio de árvores e limpeza do recinto escolar.
A escola pode desenvolver actividades de sensibilização da comunidade para a necessidade do uso racional de recursos tais como:
bambu, caniço, pau-preto, umbila, entre outros.
No fim, o professor pode programar uma visita de estudo a uma unidade fabril, mais próxima para concretização do que foi abordado
nas aulas. Também poderá orientar os alunos na realização de trabalhos de investigação, por exemplo, sobre o impacto ambiental da
actividade industrial, seguindo-se a apresentação e debate na turma.
31
Ao abordar o tema sobre os principais produtos industriais, o professor poderá procurar incentivar no aluno o orgulho pelo consumo
dos produtos nacionais e a sua importância para o desenvolvimento económico do país.
Na abordagem do tema comércio, pode-se programar palestras com a colaboração de profissionais do comércio externo e interno, as
alfândegas ou empresários para darem a sua experiência no ramo.
Dada a estreita relação entre transportes e comunicações e o comércio, os alunos podem visitar instituições como: portos, armazéns
dos cominhos de ferro, armazéns dos aeroportos e sectores de actividades cuja produção destina-se ao comércio.
Sugere-se que se realize trabalhos de investigação baseada na bibliografia recomendada, pesquisa na internet, o uso de atlas
geográfico, cabendo o professor seleccionar o assunto a ser investigado.
Indicadores de desempenho
•
•
•
•
•
•
•
Reconhece a importância da indústria e do comércio no desenvolvimento dos países;
Analisa os factores da localização da indústria;
Analisa os critérios de classificação das indústrias
Valoriza a actividade comercial e industrial para o desenvolvimento dos países;
Analisa o impacto da indústria sobre o ambiente;
Relaciona o desenvolvimento industrial com o uso dos recursos naturais;
Avalia o impacto da actividade industrial sobre o meio ambiente;
32
PLANO TEMÁTICO DETALHADO
UNIDADE
TEMATICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno:
UNIDADE: 4
- Identificar tipos de turismo;
TURISMO
- Localizar principais centros
turísticos;
-Classificar o turismo;
- Identificar factores de
desenvolvimento do turismo
- Saber conviver com pessoas de
diferentes raça, culturas e etnias;
CONTEÚDOS
4.1.Turismo – Conceito
4.2 – Tipos de turismo:
. Cultural;
. Desportivo;
. Recreativo;
. Literário;
. Religioso;
. Ambiental.
4.3. Classificação do turismo
-Em função de:
. Volume de turistas;
. Direcção do fluxo turístico
e amplitude das viagens
4.4. Principais centros turísticos
do mundo
4.5. Importância do turismo
- Avaliar o impacto do turismo
4.6. Impacto do turismo
33
COMPETÊNCIAS BÁSICAS
O aluno:
Identifica os tipos de turismo
- Explica a importância da protecção e
conservação do ambiente;
- Explica os impactos positivos e
negativos do turismo;
-Assume a importância do turismo para o
desenvolvimento e intercâmbio entre
povos;
- Respeita, raças e crenças.
CARGA
HORÁRIA
4
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
UNIDADE: 4- TURISMO
Na abordagem deste tema, pode-se programar actividade com a colaboração de profissionais do ramo turístico, a fim de se recolher
dados e informações sobre a funcionalidade da actividade turística.
A actividade turística tem uma estreita relação com o comércio, os transportes e comunicações. Deste modo, os alunos poderiam
visitar instituições como: portos, os caminhos-de-ferro e a terminal de cargas, aeroporto, incluindo os seus armazéns para entenderem
a dinâmica das suas actividades.
É importante observar os aspectos ambientais, para a necessidade da preservação dos recursos turísticos existentes em cada espaço
geográfico concreto onde é praticado o turismo.
Nesta unidade, o professor poderá dar trabalhos de investigação baseados na bibliografia recomendada, informação da internet e o uso
do atlas geográfico, cabendo ao professor seleccionar os assuntos a serem investigados. Os alunos podem propor possibilidades para o
desenvolvimento do turismo na sua comunidade e no país em geral.
Indicadores de desempenho
•
•
•
•
•
•
•
Reconhece a importância do turismo;
Identifica os tipos do turismo;
Avalia os factores de localização do turismo;
Identifica os factores de desenvolvimento do turismo;
Explica o impacto do turismo;
Explica a importância da conservação do ambiente;
Contribui para a conservação dos espaços turísticos.
34
PLANO TEMÁTICO DETALHADO
UNIDADE
TEMATICA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve:
- Explicar a evolução dos transportes e
sua importância;
UNIDADE: 5
TRANSPORTES
E
COMUNICAÇÕES
- Comparar as vantagens e
desvantagens de tipos de transportes;
-Caracterizar os diversos tipos de
transporte;
-Evidenciar o papel dos transportes e
comunicações na economia dos países;
CONTEÚDOS
5.1. Transporte e Comunicações – Conceito
5.2– Evolução dos transportes e comunicações
5.3- Factores de desenvolvimento
. Factores físico-naturais
. Factores sócio-económicos
5.4-Tipos de transporte e suas particularidades
. Transportes terrestres
. Transportes aquáticos
. Transportes aéreos
. Gasodutos e oleodutos
5.5- Principais direcções dos transportes no mundo
5.6– Sistemas de Comunicação
5.7. Evolução de comunicação e sua evolução
5.7.1. Processos de comunicações
5.7.2. Principais vias de comunicações
5.8. Importância do transporte e comunicações
5.9 -Transportes e comunicações e ambiente
-Avaliar o impacto dos transportes e
comunicações no ambiente;
COMPETÊNCIAS
BÁSICAS
O aluno:
13
-Analisa a evolução dos
transportes e
comunicações;
- Destaca o papel dos
transportes e
comunicações na
economia dos países;
-Explica a importância
dos transportes na
economia dos Países;
-Contribui com acções
concretas para redução
do impacto negativo dos
transportes e
comunicações no
ambiente.
35
CARGA
HORÁRIA
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
UNIDADE: 5 - TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES
O estudo dos Transportes e Comunicações permite que o aluno compreenda a evolução dos transportes, vantagens comparativas dos
diferentes tipos de transportes e dos meios de comunicação, importância e as particularidades que estes meios representam no
crescimento e desenvolvimento das economias dos países ou regiões. O professor pode demonstrar a importância dos meios de
transporte e comunicações, tomando como base a experiência do próprio aluno.
Recomenda-se a elaboração e o uso de mapas para a localização das principais redes e rotas de transportes, análise de gráficos ou
tabelas sobre o tráfego de mercadorias e de passageiros em diferentes momentos da evolução dos transportes, sobre a relação custo e
eficácia de cada tipo de transporte entre outros.
Sugere-se a marcação de trabalhos de pesquisa em grupos sobre a influência directa ou indirecta dos transportes e comunicações no
dia a dia.
Aconselha-se que antes do início do trabalho, se enumerem os meios de transportes que predominam no seio dos alunos, assim como,
o uso racional dos recursos condicionantes a preservação do meio ambiente local.
O professor poderá orientar o aluno para o levantamento dos problemas decorrentes do uso dos transportes e possíveis soluções, para
posterior discussão a partir das suas experiências.
Nesta unidade o professor deve orientar o processo de ensino-aprendizagem de modo que o aluno adquira conhecimentos sobre os
conceitos relativos aos transportes e comunicações, os principais fluxos mundiais e o impacto no ambiente.
36
Indicadores de desempenho
•
Explica a evolução dos transportes;
•
Analisa as particularidades regionais dos transportes;
•
Reconhece as vantagens e desvantagens de cada tipo de transportes;
•
Destaca o papel dos transportes e comunicações na economia dos países;
•
Explica a importância da existência de uma rede de transportes e comunicações;
•
Propõe soluções para os problemas ambientais causados pelos transportes e comunicações.
37
PLANO TEMÁTICO DETALHADO
UNIDADE
TEMATICA
UNIDADE: 6
URBANISMO
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O aluno deve ser capaz de:
- Analisar os critérios de classificação
das cidades;
-Caracterizar a evolução da população
urbana;
-Distinguir os tipos de cidades e
concentrações urbanas;
-Explicar a classificação das cidades e
suas funções;
-Identificar modelos de estrutura
urbana;
CONTEÚDOS
6.1– Cidade – Conceito;
6.2 – Critérios de definição de cidade
. Critério numérico
. Critério demográfico
. Critério funcional
6.3– Breve evolução histórica das
cidades;
6.4 -Taxa de Urbanização
6.5 – Classificação das cidades
Funções das Cidades
. Função comercial
. Função industrial
. Função Administrativa
. Função cultural
. Função turística
. Função religiosa
. Funções múltiplas
6.6– Estrutura Urbana
. Modelos de estrutura urbana
6.7– A extensão física da área urbana e
sua organização;
6.8– Localização das principais
actividades urbanas e tendências de
evolução.
6.9– A cidade, pólo organizador do
espaço;
. Relação campo – cidade
6.10. Planeamento urbano e sua
Importância;
- Discutir a relação campo-cidade;
6.11. Principais problemas das cidades
e suas consequências.
38
COMPETÊNCIAS BÁSICAS
O aluno:
CARGA
HORÁRIA
20
-Explica os critérios de definição de
cidade
-Debate principais problemas das
cidades e propõe soluções para os
mesmos.
- Analisa a relação de
interdependência entre a cidade e o
campo;
-Desenvolve actividades para a
melhoria da qualidade de vida nas
cidades: conservação de água potável,
depositar lixo no lugar próprio, etc.
-Explicar a importância do planeamento
urbano;
- Debater os principais problemas das
cidades.
- Analisa a relação de
interdependência entre a cidade e o
campo;
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
UNIDADE: 6- URBANISMO
Nesta unidade são referidos os factores que influenciaram o desenvolvimento dos povoamentos dispersos, assim como a dinâmica
actual de desenvolvimento das cidades no mundo e os problemas daí resultantes.
O aluno poderá realizar trabalhos de investigação, por exemplo, sobre os critérios de definição de cidade, os principais problemas das
cidades, tendência do crescimento das cidades nos países desenvolvidos e nos países menos desenvolvimento.
Sugere-se que, ao apresentar a distribuição geográfica das regiões urbanas o professor desperte no aluno o interesse pelo uso do mapa.
Se a escola estiver localizada num centro urbano, o professor poderá criar um espaço para debate dos problemas concretos que
enfermam as cidades. O aluno poderá também apresentar estratégias de solução. Caso esta esteja localizada numa zona rural, o
professor poderá utilizar textos de apoio, exemplo de saída do campo para a cidade provocando debate sobre a saída da mão-de-obra
do campo e os problemas que surgem nos dois lugares, tanto o de saída e de chegada (relacionado com conteúdo migrações).
Poder-se-á orientar o aluno para a elaboração de pequenos planos de acção para a resolução de problemas relacionados com a
conservação e preservação do ambiente, podendo os planos estar direccionados para o plantio de árvores, manutenção dos jardins,
jornadas de limpeza, entre outros, criando condições para que os mesmos sejam implementados.
39
O aluno poderá realizar um trabalho sobre: as relações de interdependência entre as cidades e o campo, identificando as áreas de
influência do centro urbano. Será importante discutir as inter-relações urbanas e a necessidade do aluno assumir um comportamento
que se enquadre na vida das cidades.
O aluno pode fazer trabalho de investigação sobre as conveniências e inconveniências de aglomerações urbanas.
A referência aos monumentos existentes nas cidades, vilas e outros lugares históricos deve merecer uma abordagem como forma de
criar no aluno o espírito de valorização do património cultural. Estas actividades podem ser realizadas em coordenação com as
entidades locais.
Indicadores de desempenho
•
Caracteriza a evolução da população urbana;
•
Estabelece a relação de interdependência entre o campo e a cidade;
•
Explica a classificação das cidades e suas funções;
•
Reconhece a importância do planeamento urbana;
•
Identifica os principais problemas das cidades e propõe soluções para os mesmos;
•
Realiza actividades que visam melhorar as condições de vida da sua comunidade.
40
7. Avaliação
A avaliação é uma função didáctica, necessária, contínua e sistemática que se realiza ao
longo de todo o processo de ensino e aprendizagem. Através desta, pode-se acompanhar o
desenvolvimento das competências pelos alunos.
A aprendizagem de Geografia passa pelas actividades e exercícios que permitam ao aluno
desenvolver competências para a vida, ou seja, adquirir conhecimentos, capacidades e
desenvolver habilidades e atitudes positivas.
A avaliação tem que assumir um carácter formativo, acompanhando a evolução do aluno
ao longo das aprendizagens. Para o efeito o professor não deve cingir-se apenas aos
testes, mas sim deve diversificar as formas de avaliação, considerando por exemplo:
•
Participação do aluno na aula;
•
Realização e correcção do TPC;
•
Colocação de dúvidas;
•
Exposição de ideias (clareza, sequência lógica, tom de voz, dicção,
construção frásica e outros aspectos).
•
Elaboração de portfólios;
•
Organização, elaboração e conservação dos materiais didácticos;
•
Visitas de estudo; recolha de amostras;
•
Elaboração de relatórios;
•
Participação em debates e palestras;
•
Participação em trabalhos de projectos comuns com disciplinas que se
relacionam com a Geografia, como por exemplo: Português, História,
Biologia, Química, Física e outras. Este trabalho tem que ser corrigido pelos
professores das disciplinas intervenientes;
•
Participação em actividades co-curriculares e outras.
Tendo em conta que se pretende uma formação integral do aluno a avaliação deverá
assim ser mais abrangente, considerando as competências básicas preconizadas em cada
unidade temática e no ciclo no seu todo.
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8. Bibliografia básica
II Ciclo
ANDRADE, M.C. Geografia Económica. 8. ed. São Paulo, Atlas Editora, 1985.
ANTUNES, J. Geografia 10º-11º anos. (Área D) Vol II. 7. ed. , Lisboa, Plátano Editora,
1990.
_____. Geografia 11º ano. Novo Programa. Lisboa, Plátano Editora, 1995.
_____. Geografia, 11º ano. 4. ed. Lisboa, Plátano Editora, 2003.
ARAÚJO, Manuel. Geografia dos povoamentos: assentamentos humanos rurais e
urbanos. Maputo, Imprensa Universitária, 1997
ARAÚJO, Manuel e RAIMUNDO, Inês. A evolução do pensamento geográfico: um
percurso na história do conhecimento da terra e das correntes e escolas geográficas.
Maputo, Imprensa Universitária, 2002.
CLOZIER, René. História da Geografia. Lisboa, Publicações Europa-América, 1988
COELHO, Marcos de Amorim. Geografia geral, o espaço natural e socio-económico. S.
Paulo, Editora Moderna, 1992.
COSTA, A., et. al. Introdução à Geografia Humana 12˚ ano Tema B. Porto, Porto
Editora, 1993.
CUNHA, M.A. Geografia Geral. Rio de Janeiro, Francisco Alves Editora, 1982
KNAPIC, Dragomir. Geografia. Curso complementar do Ensino Secundário, 1º ano.
Lisboa, Editora Aster, s/d.
_____. Geografia 11º ano. Área D. Lisboa, Platano Editora, s/d
LEITE, I. Geografia. 12˚ano de Escolaridade. Lisboa, Ediçoes ASA, 1989.
42
Ministério da Educação (MINED). Atlas Geográfico. Vol I. 2. ed. rev. e actual. Maputo
MINED, 1986.
_____. Atlas Geográfico Universal. 2. ed. Maputo, MINED, 1997.
NAKATA, Hirome e COELHO, Marcos Amorim. Geografia Geral: série sinopse.
Geografia Física, Geografia Humana e Geografia Económica. S. Paulo, Editora
Moderna, 1978.
NANJOLO, Luís e ABDUL, Ismael. A terra: processos e fenómenos. Geografia da 11ª
classe. Maputo, Diname, 2003.
OLIVA, Jaime e GIANSANTI, Roberto. Temas da Geografia Mundial. S. Paulo, Editora
Atual, 1995.
OMBE, Zacarias, MANDALA, Sabil e MALAUENE, Apolinário. Geografia dos solos:
Dicionário dos principais conceitos. Maputo, Universidade Pedagógica, 2007.
PEREIRA, Diamantino, SANTOS Douglas e CARVALHO, Marcos de. Geografia Ciência do espaço. 4. ed. rev. e actual,1999.
SILVA, Amparo Dias e GRAMAXO, Fernanda et. al. Terra, Universo de Vida. Porto,
Porto Editora, 1995.
SILVA, L.U. et. al. Geografia 10º e 11º anos. Área D. Lisboa, Texto editora, 1986.
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