B.1.5 – Engenharia Elétrica Modelagem do Sistema Cardiovascular Humano (SCVH) e Simulação do circuito em Matlab 4 Débora de A. Ferreira¹*, Ewerton C. L. de Oliveira², José G. S. Azevedo Junior³, Thiago H. F. Nascimento , Wesley 5, 6 B. Tavares Orlando F. Silva ; 1. Estudante de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Pará - UFPA; *[email protected] 2. Professor e Doutor do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Pará – UFPA Palavras Chave: Sistema Cardiovascular, circuito elétrico, simulação. Introdução O processo de modelagem do Sistema Cardiovascular Humano (SCVH) e simulação vêm sendo uma das grandes possibilidades de estudo e desenvolvimento de novos dispositivos que auxiliem no funcionamento de tal sistema. A análise de circuitos elétricos que representem o fluxo sanguíneo no SCVH permite a construção de dispositivos mais eficazes em melhorar a condição de vida de pacientes que necessitam usar aparelhos que controlam os batimentos cardíacos. A representação de um sistema biológico através de um sistema elétrico é feita a partir de analogias entre as variáveis. A principal variável considerada foi fluxo sanguíneo, que por definição é a quantidade de sangue que passa por um percurso em um determinado tempo, da mesma forma que a corrente elétrica é a quantidade de cargas que de deslocam em um intervalo de tempo. Logo, o fluxo sanguíneo será representado pela corrente elétrica do circuito. Do mesmo modo, a elasticidade, capacidade de armazenamento de sangue nos vasos sanguíneos, será modelada em circuitos elétricos através dos capacitores, dispositivos armazenadores de energia. A viscosidade do sangue, resistência ao fluxo sanguíneo, será a resistência do circuito à passagem de corrente. As válvulas, que controlam a passagem do sangue, serão representadas por diodos, componentes eletrônicos que conduzem, ou não, a corrente dependendo da polarização. Os indutores modelam os pontos de inercia no SCVH, ou seja, pontos em que não há variação instantânea do fluxo, assim como no indutor não há variação instantânea da corrente. Resultados e Discussão O sistema escolhido para análise foi um sistema de 5ª ordem, de modo que as principais necessidades fossem atendidas sem que o sistema fosse de alta complexidade. No software MATLAB/SIMULINK foi possível a montagem do circuito, através do diagrama de blocos, e a obtenção dos gráficos que permitissem a análise do sistema de 5ªordem. Figura 2. Diagrama do simulink para simulação do modelo de 5ª ordem. Figura 3. Curva da pressão Aórtica do modelo. Figura 4. Curva do volume Sanguíneo do VE. Nas figuras 3 e 4 podem-se ver as formas de onda da hemodinâmica de um paciente adulto saudável, com uma frequência cardíaca de 72 bpm, com uma relação pressão-volume no final da sístole igual a 2 mmHg.s/mL, com uma relação pressão-volume no final da diástole igual a 0,06 mmHg.s/mL e resistência vascular sistêmica igual a 1 mmHg.s/mL. Os valores para as pressões sistólica e diastólica foram aproximadamente 128 e 85 mmHg, respectivamente. Em pacientes saudáveis, o ventrículo normal contém, no processo diastólico, uma variação de 80-150 ml de sangue. Levando-se o valor de 100 ml como referência, aproximadamente 60 ml são ejetados a cada pulsar do coração. Nas simulações realizadas, foi verificado um volume sanguíneo do ventrículo esquerdo em torno de 60-140 ml, figura 4. Em comparação com dados fornecidos de pacientes normais, esses valores encontrados nas simulações são condizentes e aceitáveis. Conclusões Figura 1. Modelo de 5ª ordem do sistema cardiovascular. Cada componente do circuito representa uma variável no sistema biológico e a corrente que alimentará o circuito corresponderá ao fluxo sanguíneo de um paciente saldável. Assim como os demais parâmetros utilizados são de um indivíduo que não possui problemas cardíacos. O principal item de destaque é C(t), que corresponde à elasticidade no Ventrículo Esquerdo (VE). As demais capacitâncias são constantes, porém C(t) terá uma variação com o tempo, pois a elasticidade do VE dependerá do período em que o coração está operando, ou na sístole (contração) ou na diástole (relaxamento). Depois de feitas as comparações com os dados das referências, percebeu-se uma boa precisão que permite que esse modelo e essas simulações sejam uma base para pesquisas e analises de novos dispositivos para pacientes com insuficiência cardíaca. Agradecimentos [1] CORDEIRO, Tiago. Desenvolvimento e Validação de um Modelo em Espaço de Estados para Estudos de Simulação e de Controle do Sistema Cardiovascular na Presença de um Dispositivo Auxiliar do Tipo Coração Artificial. Dissertação Msc., ITEC - UFPA; 2010 [2]MIRANDA, Rodrigo. Proposta de controle de velocidade do dispositivo auxiliar do ventrículo esquerdo do sistema cardiovascular humano. Trabalho de conclusão de curso, ITEC-UFPA; 2013 67ª Reunião Anual da SBPC