verbo — parte 1 - Irium Educação

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PORTUGUÊS - 1o ANO
MÓDULO 56
VERBO — PARTE 1
Fixação
1) Há no poema, uma locução verbal – quis mudar – e duas formas verbais – mudei e mudo.
a) Em que tempo e modo verbal elas se encontram?
b) Além de pertencer à classe dos verbos, a que outra classe gramatical a palavra mudo pode
pertencer?
c) O texto foi escrito no período da ditadura militar no Brasil. Explique, considerando o contexto,
o aspecto lúdico de mudar/ mudei/ mudo.
F
2
Fixação
2)
Será
Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender
Eu posso estar sozinho
Mas eu sei muito bem aonde estou
Você pode até duvidar
Acho que isso não é amor.
Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?
Nos perderemos entre monstros
Da nossa própria criação
Serão noites inteiras
Talvez por medo da escuridão
Ficaremos acordados
Imaginando alguma solução
P’ra que esse nosso egoísmo
Não destrua nosso coração.
Brigar p’ra quê
Se é sem querer
Quem é que vai
Nos proteger?
Será que vamos ter
Que responder
Pelos erros a mais
Eu e você?
(Dado Villa-Lobos, Renato Russo, Marcelo Bonfá)
a) Em Ficaremos acordados um verbo indica
uma ação futura. Retire do texto uma locução
verbal com a mesma ideia.
b) Dê o sentido do pronome isso na frase
Acho que isso não é amor e explique por que
foi empregado o presente do indicativo.
Fixação
F
3) Empregue o particípio adequado:
a) Ele tinha ______________ (aceitado/ aceito) o cargo.
b) O diretor havia ______________ o funcionário da sala após a discussão. (expulso/ expulsado)
c) A matéria fora ______________ no computador. (salvada/ salva)
d) Os trabalhadores estavam ______________ do imposto de renda. (isentados/ isentos)
4
d
Fixação
Aves de rapina
Há muitos anos que os caminhos se arrastavam
Subindo para as montanhas.
Percorriam as florestas perseguindo a distância,
Lentos e longos deslizavam nas planícies.
Passaram chuvas, passaram ventos,
Passaram sombras aladas…
Um dia os aviões surgiram e libertaram a distância,
Os aviões desceram e levaram os caminhos.
(CARDOZO, Joaquim. Poesias completas. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1971)
4) (UFRJ) Na primeira estrofe fala-se do passado como o tempo dos acontecimentos que
deslizavam lentos e longos.
O emprego do pretérito imperfeito e o uso do gerúndio reforçam essa ideia. Explique por quê.
Fixação
F
5) (FUVEST) “Ao trazer a discussão para o campo jurídico, o antigo magistrado tentou ameni-6
zar o que dissera; a rigor, no entanto, suscitou dúvidas cruéis: que quer dizer “por sua própriaf
força”? Será a força física do posseiro ou essa mais aquela que a ela se soma pelo empregoa
de armas?”
b
Observando no texto as formas verbais sublinhadas é correto concluir que:
p
a) tentou denota evento contemporâneo de dissera;
c
d
b) dissera situa o evento em ponto do tempo anterior a tentou;
d
c) será indica evento imediatamente posterior a tentou;
m
d) soma situa o evento referido no mesmo ponto do tempo indicado em será;
e) disseram descreve o quadro em que ocorrem os eventos denotados pelas demais formas. e
Fixação
6) (UFF) Assinale a alternativa em que ocorre a mesma correlação de formas verbais que na
frase: “Quando realizarmos o nosso acordo, então seremos usados na harmonia da civilização.”
a) “Ninguém que seja verdadeiramente (...) deixará de ser racional.”
b) “(...) esse despaisamento é mais ou menos fatal, não há dúvida num país primitivo e de
pequena tradição como o nosso.”
c) “O dia em que nós formos inteiramente brasileiros e só brasileiros a humanidade estará rica
de mais uma raça (...)”.
d) “As raças são acordes musicais. Um é elegante, discreto, cético. Outro é lírico, sentimental,
místico e desordenado.
e) “Pois é preciso desprimitivar o país (...).”
Fixação
F
Os principais problemas da agricultura brasileira referem-se muito mais à diversidade
dos impactos causados pelo caráter truncado da modernização do que à persistência de
segmentos que dela teriam ficado imunes. Se hoje existissem milhões de estabelecimentos
agrícolas marginalizados, isso se deve muito mais à natureza do próprio processo de
modernização, do que à sua suposta falta de abrangência.
(Folha de S.Paulo)
7) (FUVEST) No trecho “à persistência de segmentos que dela teriam ficado imunes.”, a expressão teriam ficado exprime:
a) o desejo de que esse fato não tenha ocorrido;
b) a certeza de que a imunidade à modernização é própria de estabelecimentos agrícolas
marginalizados;
c) há hipótese de que esse fato tenha ocorrido;
d) a certeza de que esse fato realmente não ocorreu;
e) a possibilidade de a imunidade à modernização ser decorrente a persistência de certos
segmentos.
Fixação
Na contramão do vento que move as
comemorações dos 500 anos, uma programação
alternativa está deixando de lado a caravela para
se embrenhar no Brasil de antes de Cabral.
E está dando ao índio lugar de destaque na
festa. As atividades incluem encontros com
integrantes de tribos variadas, debates e
uma exposição com trabalhos do fotógrafo
Sebastião Salgado e textos do poeta Thiago
de Mello. Desde o início da semana, no foyer
do Centro Cultural Banco do Brasil, crianças
de diferentes idades vêm aprendendo história
e deixando preconceitos de lado com a ajuda
de Thini-á — um índio de 29 anos, da tribo
fulniô, de Pernambuco,que abandonou a aldeia
ainda menino após uma invasão de terra em
que perdeu vários parentes.Do massacre
nasceu o desejo de falar aos pequenos homens
brancos — os “filhos da elite”, como dizia — e
impedir conflitos futuros. Há três anos Thini-á
percorre escolas do Rio (...). Fala das tribos
e da memória de seus ancestrais, apresenta
danças e ritos, mostra arcos, flechas e seduz
o público com a fala mansa e um ótimo humor.
Agora, como centro dos 500 Anos de Resistência
das Populações Indígenas no Brasil,organizado
pela Cineduc: Cinema e Educação, ele fala para
mais crianças e adultos.”As comemorações dos
500 anos, de certa forma, até expõem a cultura
indígena, mas de maneira muito romântica. Essa
atividade pretende desmistificar isso e deixar
uma semente para que o contato com a cultura
indígena continue e se torne corriqueiro”, diz
Ricardo Paes, coordenador do projeto.(...)
(SÁ, Fátima.Veja, 22/03/2000.)
8) O subtítulo do texto — Histórias de um Brasil
com mais de 500 anos — é construído de modo
a anunciar o caráter alternativo e mesmo crítico
do evento que será comentado.
O emprego da palavra ou expressão com essa
finalidade está corretamente justificado em:
a) “Histórias”, no plural, revela que um discurso
oficial, nem sempre verdadeiro, predomina na
sociedade.
b) “um”, referindo-se ao nome “Brasil”, demonstra
que a indefinida identidade social do país é formada pelo encontro de três raças.
c) “mais de”, antecedendo a expressão “500
anos”, contesta a prioridade dada à chegada do
colonizador para a constituição do Brasil.
d) “500 anos”, expressão ligada ao nome “Brasil”,
indica a necessidade de uma reflexão mais cuidadosa acerca de alguns dos marcos históricos
do país.
Fixação
F
9) O presente do indicativo é um tempo verbal que pode ser empregado com valores diversos.1
Dos trechos transcritos, aquele em que o emprego do presente do indicativo está corretamentes
explicado é:
l
a) “...do vento que move as comemorações dos 500 anos...” — atualiza passado histórico; a
b) “Fala das tribos e da memória de seus ancestrais...” — demonstra ação habitual;
b
c) “Essa atividade pretende desmistificar isso...” — marca futuro próximo;
c
d) “... diz Ricardo Paes, coordenador do projeto.” — expressa ação simultânea.
Fixação
10) (UNIFICADO) Assinale a forma verbal que pode substituir sem alteração fundamental de
sentido a que aparece grifada em: “Seu pai, o segundo Venceslau, capitão-mor da vila, possuía
larga fortuna em gados, terras, ouro, escravos... fora um rico e um mandão.”
a) Tinha sido.
d) Terá sido.
b) Tem sido.
e) Tendo sido.
c) Teria sido.
Proposto
1) Copie os verbos dos textos abaixo. Em seguida, dê o número, a pessoa, o tempo e o modo.
a) Arqueólogos encontraram aparelhos protéticos egípcios datados de 3064 a.C. e etruscos de
2000 a.C. Os etruscos, aliás, já faziam pequenas próteses semelhantes às atuais e muitas delas
estão expostas em museus italianos: para substituir dentes perdidos, eles usavam dentes de
animais ou humanos (em geral, de escravos), que eram unidos a dentes sadios com fios de ouro.
(Revista Globo Ciência)
b) Os maiores fragmentos têm diâmetro entre 50 m e cinco quilômetros. Com base nisso,
cientistas deduziram que o cometa antes da fragmentação teria cerca de 10 km de diâmetro.
Dispersos, esses fragmentos se movem em uma mesma órbita e atualmente estima-se que
sua extensão total seja de 3,5 milhões de km. O fragmento mais brilhante tem cerca de 10%
da massa total; os outros 20, o restante da massa. Aparentemente, essas partes do cometa
são os remanescentes da formação do Sistema Solar há 4,5 bilhões de anos.
(Revista Globo Ciência)
Proposto
2) Leia o poema
Verbo Crackar
Eu empobreço de repente
Tu enriqueces por minha causa
Ele azula para o sertão
Nós entramos em concordata
.
Vós protestais por preferência
Eles escafedem a massa
%
Sê pirata
Sede trouxas
Abrindo o pala
Pessoal sarado.
Oxalá que eu tivesse sabido que esse
verbo era irregular.
(In Jorge Schwartz. Oswald de Andrade. São Paulo, Abril
Educação, 1980. Coleção Literatura Comentada.)
Agora responda:
a) Através de uma linguagem irônica, o poeta
modernista Oswald de Andrade criticou a
realidade brasileira, na sua época. O que
ele diz sobre a sua situação e a dos outros,
ao flexionar as pessoas verbais com verbos
diferentes?
b) Explique o sentido do último verso do texto.
c) Retire do texto os versos cujo verbo está no
imperativo afirmativo, e flexione os verbos nas
demais pessoas.
d) Classifique o tempo composto e o modo em
que está o verbo do último verso.
Proposto
3) (UFF) A opção em que o verbo tem sentido equivalente ao da forma verbal destacada no
verso “Havia alegria e rumor” é:
a) Meu avô estava lá.
b) Onde estará daqui a pouco?
c) Na festa de São João tinha fogueira.
d) A voz ficava distante.
e) O ruído do bonde é inquietante.
Proposto
o4) (UFF) Assinale a opção em que as formas verbais destacadas não apresentam, respectivamente, as características mencionadas entre parênteses:
a) Contestou que lhe coubesse
(expressão de certeza / expressão de dúvida)
b) Um dos jurados, certamente o que votara pela negativa, proferiu algumas palavras.
(tempo anterior ao outro também passado / tempo passado)
c) O processo foi examinado, os quesitos lidos.
(voz passiva / voz ativa)
d) Não estou debatendo. Suje-se gordo!
(continuidade no presente / exortação, estímulo)
e) O primeiro réu que condenei era um moço limpo.
(ação / estado)
Proposto
5) (UERJ) Os aliados não querem romper o namoro com FHC – querem é namorar mais.
(Veja, 18/8/1999)
A comparação entre as palavras sublinhadas acima demonstra que o significado geral de
“expressar ação” não é suficiente para identificar o verbo como classe gramatical, já que namoro consta do dicionário como “ato de namorar”.
Para diferenciar o verbo do substantivo, por exemplo, seria necessário considerar, além do
sentido de ação, a seguinte característica que só os verbos possuem:
a) terminação em r;
b) flexão de tempo, modo e pessoa;
c) presença indispensável à frase;
d) anteposição a um substantivo.
Proposto
6) Assinale a alternativa correta quanto à correlação dos tempos verbais, de acordo com a
norma culta:
a) Se todos estiverem de acordo, eles deixariam a reunião para a semana seguinte.
b) Logo que você perceber o clima de tensão, não teria agido daquela maneira.
oc) Seria melhor que elas examinassem os documentos com o cuidado necessário.
d) Quero que você dirige a atenção aos mais necessitados.
e) Caso me desencontrasse com ela, deixarei os livros com sua secretária.
Proposto
7) Assinale a frase que expressa a afirmativa verdadeira sobre os verbos do seguinte texto:
Sabíamos ser alegres, mas não tanto que ofendêssemos os tristes; e em nossa tristeza havia
suavidade, porque éramos pacientes e compreensivos. Acreditávamos nos valores do espírito;
e neles fundávamos a nossa grandeza e o nosso respeito. Mesmo quando não tínhamos muito,
sabíamos compartilhar o que tivéssemos.
a) Todos os verbos estão em formas nominais.
b) Todos os verbos estão em tempos do pretérito do indicativo.
c) Há verbos em tempo do pretérito e do presente do indicativo.
d) Há verbos em tempo do pretérito e do presente do subjuntivo.
e) Há verbos em formas nominais e formas flexionadas do tempo pretérito.
Proposto
8) No dia seguinte, antes de me recitar nada, explicou-me o capitão que só por motivos graves
aabraçara a profissão marítima...
(Machado de Assis)
, Na frase acima, a justificativa do emprego do verbo destacado é:
a) substituir o futuro do pretérito do indicativo e do pretérito do subjuntivo, como traço estilístico
de linguagem solene;
b) utilizar como recurso de repetição ou prolongação de um fato até o momento em que se fala;
c) transportar o narrador para uma época passada a fim de descrever o que então era presente;
d) dar a fatos passados o sabor de novidade das coisas atuais em uma narração;
e) denotar uma ideia anterior a outra já passada.
Proposto
9) Qual o valor do futuro do pretérito na frase seguinte:
Quando chegamos ao colégio em 1916, a cidade teria apenas cinquenta mil habitantes?
a) fato futuro, anterior a outro fato futuro;
b) fato futuro, relacionado com o passado;
c) suposição, relativamente a um momento futuro;
d) suposição, relativamente a um momento passado;
e) configuração de um fato já passado.
Proposto
10) O futuro do pretérito foi usado para exprimir um ato futuro dependente de condição em:
a) Prometeu que não repetiria aquilo.
b) Ele não estaria sendo enganado?
c) Quando muito, teria seus trinta anos.
d) Sua caneta teria pertencido ao presidente.
e) Perderia menos tempo cuidando de sua vida.
Proposto
11) (UERJ)
Ler e crescer
Com a inacreditável capacidade humana de ter ideias,
sonhar, imaginar, observar, descobrir, constatar, enfim, refletir
sobre o mundo e com isso ir crescendo, a produção textual vem
se ampliando ao longo da história. As conquistas tecnológicas
e a democratização da educação trazem a esse acervo uma
multiplicação exponencial, que começa a afligir homens e
mulheres de várias formas. Com a angústia do excesso. A
inquietação com os limites da leitura. A sensação de hoje
ser impossível abarcar a totalidade do conhecimento e da
experiência (ingênuo sonho de outras épocas). A preocupação
com a abundância da produção e a impossibilidade de seu
consumo total por meio de um indivíduo. O medo da perda. A
aflição de se querer hierarquizar ou organizar esse material.
Enfim, constatamos que a leitura cresceu, e cresceu demais.
Ao mesmo tempo, ainda falta muito para quanto queremos
e necessitamos que ela cresça. Precisa crescer muito mais.
Assim, multiplicamos campanhas de leitura e projetos de fomento
do livro. Mas sabemos que, com todo o crescimento, jamais
a leitura conseguirá acompanhar a expansão incontrolável
e necessariamente caótica da produção dos textos, que se
multiplicam ainda mais, numa infinidade de meios novos. Mudase então o foco dos estudiosos, abandona-se o exame dos textos
e da literatura, criam-se os especialistas em leitura, multiplicamse as reflexões sobre livros e leitura, numa tentativa de ao
menos entendermos o que se passa, já que é um mecanismo
que recusa qualquer forma de domínio e nos fugiu ao controle
completamente.
Falar em domínio e controle a propósito da inquietação que
assalta quem pensa nessas questões equivale a lembrar um
aspecto indissociável da cultura escrita, e nem sempre trazido
com clareza à consciência: o poder.
Ler e escrever é sempre deter alguma forma de poder. Mesmo
que nem sempre ele se exerça sob a forma do poder de mandar
nos outros ou de fazer melhor e ganhar mais dinheiro (por ter mais
informação e conhecer mais), ou sob a forma de guardar como
um tesouro a semente do futuro ou a palavra sagrada como nos
mosteiros medievais ou em confrarias religiosas, seitas secretas,
confrarias de todo tipo. De qualquer forma, é uma caixinha
dentro da outra: o poder de compreender o texto suficientemente
para perceber que nele há várias outras possibilidades de
compreensão sempre significou poder – o tremendo poder de
crescer e expandir os limites individuais do humano.
Constatar que dominar a leitura é se apropriar de alguma
forma de poder está na base de duas atitudes antagônicas dos
tempos modernos. Uma, autoritária, tenta impedir que a leitura
se espalhe por todos, para que não se tenha de compartilhar
o poder. Outra, democrática, defende a expansão da leitura
para que todos tenham acesso a essa parcela de poder.
Do jeito que a alfabetização está conseguindo aumentar o
número de leitores, paralelamente à expansão da produção
editorial que está oferecendo material escrito em quantidades
jamais imaginadas antes, e ainda com o advento de meios
tecnológicos que eliminam as barreiras entre produção e
consumo do material escrito, tudo levaria a crer que essa questão
está sendo resolvida. Será? Na verdade, creio que ela se abre
sobre outras questões. Que tipo de alfabetização é esse, a que
tipo de leitura tem levado, com que tipo de utilidade social?
(Ana Maria Machado; www.dubitoergosum.xpg.com.br)
(...) “tudo levaria a crer que essa questão está sendo
resolvida. Será?”
O emprego da forma verbal “levaria” e a forma interrogativa que
se segue – “Será?” – sugerem um procedimento argumentativo,
empregado no texto.
Esse procedimento está explicitado em:
a) a exposição de um problema que será detalhado
b) a incerteza diante de fatos que serão comprovados
c) a divergência em relação a uma ideia que será contestada
d) o questionamento sobre um tema que se mostrará limitado
Proposto
12) (UERJ)
Múltiplo sorriso
Pendurou a última bola na árvore de Natal e deu alguns passos atrás. Estava bonita.
Era um pinheiro artificial, mas parecia de verdade. Só bolas vermelhas. Nunca deixava de
armar sua árvore, embora as amigas dissessem que era bobagem fazer isso quando se
mora sozinha. Olhou com mais vagar. Na luz do fim da tarde, notou que sua imagem se
espelhava nas bolas. Em todas elas, lá estava seu rosto, um pouco distorcido, é verdade –
mas sorrindo. “Estão vendo?”, diria às amigas, se estivessem por perto.
“Eu não estou só.”
(SEIXA, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta Negra, 2010)
“Estão vendo?”, diria às amigas, se estivessem por perto.
O trecho acima revela o choque entre o mundo imaginário da personagem e a realidade de
sua solidão. Esse choque entre imaginação e realidade é enfatizado pela utilização do seguinte
recurso de linguagem:
ea) o uso das aspas duplas
b) o emprego dos modos verbais
c) a presença da forma interrogativa
d) a referência à proximidade espacial
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