Origens pontuais da poluição As pressões em torno do rio O Tejo tem beneficiado de muitas melhorias, mas ainda há problemas a resolver. Um retrato das zonas mais críticas, dos dados mais relevantes e dos principais focos de poluição que ainda ameaçam a qualidade da água do mais importante estuário do país Carência Química de Oxigénio Indicador de poluição orgânica 80% 11% 77% 9% 20% Fósforo total Indicador de nutrientes 4% Rio Sorraia 2% Rio Trancão 1% Pecuária Industrial 80% 88% 12% Célia Rodrigues, Marisa Soares, José Alves e Ricardo Garcia Carência Bioquímica de Oxigénio Indicador de poluição orgânica biodegradável 82% 8% Lodos contaminados O Barreiro e a Cala do Norte são as zonas com maior concentração de metais pesados Fontes mais importantes de água doce Urbana Poluição - + Cádmio 8% 4% 7% Rio Tejo Azoto total Indicador de nutrientes 94% 12% Sólidos Suspensos Totais Focos de poluição Lisboa Urbana Industrial Pecuária O estuário É o maior da Europa ocidental, com 320 km2 e até 14 km de largura Chumbo VILA FRANCA DE XIRA Trancão Póvoa de Sta. Iria Apesar das melhorias, o Trancão ainda é classificado como muito poluído, devido a parâmetros que permanecem no vermelho, como os fosfatos Área: 320 km2 Volume: 1900 milhões m3 Muge Um terço dos esgotos de Vila Franca de Xira são descarregados no Tejo sem tratamento População total 2.000.000 hab. Rio Sorraia Nível de fosfatos mg/litro Arsénio 20 15 10 LISBOA Comprimento 80 km Rio Sorraia 5 0 09-1999 Cala do Norte 11-2008 Bugio Rio Trancão Parque das Nações Mar da Palha Monitorização revela que nível de perturbação sobre os organismos tem vindo a reduzir desde a Expo-98 Largura mínima 2,3 km Alcântara Cerca de dois terços da poluição difusa, essencialmente da agricultura, chegam ao estuário através do Sorraia LOURES Ponte Vasco da Gama Esgotos de 120 mil lisboetas deixaram de ser lançados para o Tejo em Janeiro. Análises realizadas para o PÚBLICO na Ribeira das Naus revelam, porém, que a água ainda está poluída acima do limite aceitável para banhos CASCAIS Ribeira da Laje Cerca de 800.000 metros cúbicos de sedimentos são dragados em zonas portuárias. A maior parte tem apenas vestígios de contaminação e é depositada no próprio estuário Caudal da maré Maré máxima 2,5m/s Velocidade da água MONTIJO Ponte 25 Abril com o oceano 600 milhões de m3 duas vezes por dia ALMADA Movimento dos sedimentos Profundidade máxima (canal de saída) 46 m 1,0 m/s BARREIRO Sacavém Fontes: ARH do Tejo; Simtejo; Instituto do Mar; Instituto de Investigação das Pescas e do Mar; Administração do Porto de Lisboa; Instituto da Água 14 km 557 821 MOITA 283 Alcochete 657 672 embarcações Cobre 3 Zinco 457 438 368 aquaculturas 391 2 Arsénio salinas Largura máxima 978 Níquel Chumbo Barreiro SEIXAL 619 Actividade pesqueira 0,1 – 1,0 milhão de toneladas ressuspendidos e depositados a cada duas semanas (o mesmo que um ano de descargas de sedimentos provenientes do rio) Altura média (Mar da Palha) 7m 984 Crómio 3,5 m Velocidade da água Origem humana Em toneladas 3 Maré máxima 2,7 m Total ALCOCHETE 20.000 m /s Rio Jamor Troca de água Farol do Bugio Cerca de 70 por cento dos metais pesados nos sedimentos tiveram origem em actividades humanas, sobretudo indústrias Pescadores queixam-se das descargas recorrentes de explorações pecuárias Caudal do Tejo 400 m3/s LISBOA Dragagens Ponte Vasco da Gama 4300 toneladas de metais Alcochete OEIRAS Ponte 25 Abril BENAVENTE Tempo de residência da água 19 dias Almada Terreiro do Paço População na orla 280.000 hab. 348 13 Cádmio 12