Nomes: Andressa F. de Moura, Lucineia Hoffmann, Sabrina Hencke

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Nomes: Andressa F. de Moura, Lucineia Hoffmann, Sabrina Hencke, Suzana Dapper
GÔNODAS – OVÁRIO/TESTÍCULO
As gônadas são as glândulas sexuais dos seres humanos. São representadas pelos ovários nas mulheres e pelos
testículos nos homens.
TESTÍCULOS - Os testículos são responsáveis pela espermatogênese e síntese de hormônios sexuais. Estes processos
asseguram a fertilidade e o desenvolvimento e manutenção das características sexuais masculinas. A função testicular é
regulada pelo sistema nervoso central (SNC) através do GnRH hipotalâmico e gonadotrofinas hipofisárias. Este sistema
está organizado a partir dos testículos, do pênis e das glândulas acessórias.
Organização estrutural e funcional: O testículo é um órgão par (direito e esquerdo), situado numa bolsa
músculocutânea, denominada escroto, a qual está localizada na região anterior do períneo, logo por trás do pênis. Cada
testículo tem forma ovóide, com o grande eixo quase vertical, e ligeiramente achatado no sentido láteromedial, do que
decorre apresentar duas faces, duas bordas e duas extremidades. Os testículos são constituídos de novelos de tubos
finíssimos, em cujas paredes os espermatozoides são formados a partir de células germinativas indiferenciadas. Os
túbulos, conhecidos como seminíferos, convergem para uma rede de ductos que, por sua vez, conduz os espermatozoides
a um tubo único e fortemente enovelado, o epidídimo, responsável pela etapa final de maturação do gameta
masculino.Androgênios são hormônios capazes de promover e manter características secundárias masculinas. O
androgênio mais abundante na circulação é a testosterona, sendo que a principal fonte da testosterona é o testículo, que na
sua síntese tem como molécula precursora o colesterol.
Efeitos da Testosterona: Os hormônios adrogênicos são fundamentais para diferenciação sexual, o amadurecimento
sexual e a fertilidade masculina, sendo que a testosterona determina as características físicas e comportamentais como o
fortalecimento da estrutura óssea; engrossamento da voz na puberdade; aumento da massa muscular; formação e
manutenção de pelos (barba, por exemplo); maturação dos órgãos sexuais, ativação de áreas do cérebro responsáveis pelo
desejo sexual. A ativação do receptor adrogênico promove a transcrição de determinados genes e inibe a expressão de
outros. Isso ocorre em uma grande variedade de tipos celulares e tecidos, o que resulta numa ampla gama de efeitos
fisiológicos. Esses efeitos são evidentes durante uma diferenciação sexual no feto masculino (sendo denominados
caracteres sexuais primários) e a partir da puberdade (sendo denominados caracteres sexuais secundários). Algumas
dessas transformações são definitivas, mesmo que cesse a produção de testosterona, enquanto outros podem ser revertidas
por uma eventual castração ou insuficiência gonadal no homem adulto. Alguns são exercidos diretamente pela ligação da
testosterona em DHT enquanto outros envolveram a conversão de testosterona em DHT ou estradiol, que atuam,
respectivamente, sobre os receptores androgênico e estrogênico.
Retroalimentação: A espermatogênese durará de forma ininterrupta o resto da vida e os níveis de testosterona no sangue
são regulados pelo funcionamento do complexo hipotálamo-hipófise, num mecanismo de feedback negativo
(retroalimentação negativa). Os hormônios gonadotrópicos, segregados pela hipófise, regulam o funcionamento testicular,
nível da espermatogênese e da produção de testosterona. O hipotálamo, por sua vez produz as designados hormônios de
libertação (RH ou GnRH), que atuam na hipófise estimulando a produção da FSH e LH.
Este
mecanismo
de
feedback negativo é induzido quando a testosterona atinge valores de concentração elevados no sangue, reduzindo ou
inibindo a liberação de GnRH pelo hipotálamo, que por sua vez fará diminuir a produção, na hipófise, de LH e FSH. A
redução dos níveis destas hormônios no sangue faz diminuir a secreção de testosterona, o que leva a um novo aumento de
produção de GnRH.
Nas células de Sertoli é produzida a inibina, que participa no controlo da produção hormonal do
complexo hipotálamo-hipófise. Níveis elevados deste hormônio inibem o funcionamento do hipotálamo, diminuindo a
produção de GnRH e, consequentemente, a produção das hormônios FSH e LH, reduzindo os níveis de testosterona no
sangue. Os níveis hormonais no sangue são mantidos relativamente constantes através dos mecanismos de feedback
permitindo um funcionamento equilibrado do sistema reprodutor masculino.
Transporte da Testosterona: Após a secreção pelos testículos, aproximadamente 97% da testosterona liga-se
fracamente à albumina plasmática e fortemente a betaglobulina (proteína presente no sangue) e assim circula no sangue
de 30 minutos a várias horas, então a testosterona liga-se aos tecidos ou é secretada pela bile ou pela urina.
Dosagens no sangue: A dosagem de testosterona normal para um adulto é de 4 à 9 ng/ml.
Disfunção: A disfunção das gônadas é um problema no funcionamento das gônadas, os ovários nas mulheres e os
testículos nos homens. Quando existe uma disfunção das gônadas pode ocorrer uma diminuição ou aumento na produção
desses hormônios, que provocam várias alterações corporais. No testículo podem ocorrer alterações da puberdade na fase
da infância, e na fase adulta pode ocorrer desânimo, redução na libido e ocasionalmente infertilidade e impotência. Obs:
Baixa estatura e outras manifestações dependendo do tipo de hormônio cuja produção esteja afetada.
OVÁRIOS - São as gônadas femininas, órgãos pares que produzem os gametas femininos e hormônios que
determinam os ciclos menstruais e os caracteres sexuais secundários.
Organização estrutural e funcional: Mede de 2,5 a 4 cm de comprimento e pesa cerca de 7 gramas. Localizados perto
da fixação do ligamento largo e fixado ao mesmo pelo mesovário, além de se fixar na parede lateral da pelve pelos
ligamentos suspensores dos ovários e ao útero pelo ligamento útero-ovárico. Na menina são órgãos de superfície lisa. No
menacme (período fértil) apresentam sua superfície irregular e podem exibir a presença de folículos ou córpos lúteos.
Após a menopausa costumam diminuir de tamanho. A produção dos hormônios ocorre devido a estímulos emitidos pelo
hipotálamo (região do cérebro com função reguladora de processos metabólicos), liberando fatores hormonais
gonadotróficos, com ação na hipófise (glândula do sistema nervoso) que libera FSH (hormônio folículo estimulante) e LH
(hormônio luteinizante), atuando sobre as gônadas.
Efeitos do estrogênio e da progesterona: A progesterona e o estrogênio, por exemplo, são produzidos nos ovários. Já o
FSH, o LH e o GnRh são produzidos em duas regiões do cérebro, sendo estes dois primeiros na hipófise (glândula do
sistema nervoso) e o último no hipotálamo (região do cérebro com função reguladora de processos metabólicos). Estes
hormônios são responsáveis por coordenar cada ação no aparelho reprodutor durante o período menstrual. De acordo com
a fase do ciclo, muda a influência de cada hormônio.
Como Os Hormônios Funcionam: Hormônio liberador de gonadotropina (GnRh): Tudo começa no hipotálamo, que
produz o hormônio liberador da gonadotropina (GnRh). O GnRh atua sobre a hipófise e ali ativa a produção de outros
hormônios: o folículo-estimulante e o luteinizante¹. Hormônio folículo-estimulante (FSH): Através da corrente sanguínea,
o FSH chega nos ovários, onde estimula o amadurecimento dos óvulos. O FSH também é responsável pela produção de
estrogênio. Estrogênio: O estrogênio, assim como o FSH, também estimula o amadurecimento dos óvulos. Este ainda
“engrossa” a parede interna do útero, o endométrio. No colo do útero, encontra-se um muco opaco e espesso, que impede
a entrada dos espermatozoides. Pouco antes da ovulação, o estrogênio faz com que esta secreção fique mais fina e menos
viscosa, para que os espermatozoides consigam passar pelo colo do útero e “nadar” até as tubas uterinas. Hormônio
luteinizante (LH): Regula a secreção de progesterona e controla o amadurecimento dos folículos, a ovulação – determina
quando o óvulo mais maduro deve romper o folículo e sair do ovário – e a iniciação do corpo lúteo. Progesterona: Dentro
do ovário, o folículo de onde o óvulo saiu se transforma no corpo lúteo. O corpo lúteo funciona como uma estrutura
endócrina temporária que produz o hormônio progesterona². A ação da progesterona faz com que o muco que reveste o
colo do útero volte a ficar impenetrável. Ela também estimula o crescimento do endométrio, que vai ficando mais espesso
e mais esponjoso. Outra função da progesterona é preparar os seios para a lactação, sendo responsável pelo inchaço
desses².
Retroalimentação: O sistema reprodutor feminino funciona pelo sincronismo de dois ciclos: o ciclo ovárico e o ciclo
uterino (ou ciclo menstrual). Ao contrário da espermatogênese, a oogênese e fenômenos associados ocorrem em ciclos
periódicos de cerca de 28 dias, desde a puberdade à menopausa. O ciclo ovárico da a evolução de um folículo, ocorre em
duas fases distintas separadas pela ovulação, a fase folicular e a fase luteínica, influenciado pelas hormônios FSH e LH.
Na fase folicular, alguns folículos primordiais (cerca de 15-20) desenvolvem-se, mas normalmente apenas um atinge a
maturação enquanto os restantes degeneram. Após a ovulação, a fase luteínica inicia-se com a formação do corpo lúteo,
que regride na ausência de fecundação. O ciclo uterino (ou menstrual), como o próprio nome o indica, está relacionado
com modificações ao nível do endométrio no útero. Induzidas pelos hormônios, ha modificações do endométrio,
subdividem-se em três fases: fase menstrual, fase proliferativa e fase secretora. Caso não ocorra fecundação no ciclo
anterior, na fase menstrual, o corpo lúteo atrofia, inibindo a produção de progesterona e estrogénio, o que provocará a
desagregação da maior parte da camada funcional do endométrio, com ocorrência de hemorragias. Estas hemorragias em
conjunto com os restos da mucosa, designados por menstruação, formam um fluxo que perdura cerca de 5 dias. Na fase
proliferativa, entre o 5º e o 14º dias ocorre uma proliferação das células do endométrio. A mucosa regenera e vascularizase até atingir cerca de 6 mm de espessura. Esta fase ocorre em simultâneo com a fase folicular do ciclo ovárico. Após a
ovulação, e terminada a fase proliferativa segue-se a fase secretora que ocorre em simultâneo com a fase luteínica do ciclo
ovárico. Nesta fase o endométrio, altamente vascularizado, atinge a sua máxima espessura (cerca de 8 mm) e desenvolve
glândulas que segregam um muco rico em glicogênio. A regulação hormonal dos dois ciclos ocorre de forma a que o
crescimento do folículo e a ovulação estejam sincronizados com a preparação do endométrio para uma potencial
implantação de um embrião em caso de fecundação do óvulo, utilizando de mecanismos de feedback negativo e positivo,
que envolvem hormônios hipotalâmica os (RH ou GnRH), hipofisários (LH e FSH) e ováricas (estrogénios e
progesterona). Podemos dividir o ciclo sexual em 3 fases para simplificar a sua compreensão: fase pré-ovulatória, fase
ovulatória e fase pós-ovulatória. Fase pré-ovulatória: em cada ciclo sexual que se inicia, o hipotálamo segrega a hormônio
GnRH, que vai induzir a produção, na hipófise, de pequenas quantidades das hormonas LH e FSH. As células dos
folículos primordiais imaturos com receptores ativos para a FSH, mas não para a LH, são estimulados e crescem
libertando estrogénio. O aumento dos níveis de estrogênio no sangue inibe a libertação de GnRH (ao nível do
hipotálamo), que, por sua vez, inibe a produção das hormônios hipofisários, por um mecanismo de feedback negativo. A
maturação dos folículos em desenvolvimento, acelerada pela FSH durante a fase folicular, provoca um grande aumento na
quantidade de estrogênio devido ao aumento das células foliculares. O efeito do estrogênio depende da sua concentração:
em pequena quantidade inibe a secreção de gonadotropinas (LH e FSH) – feedback negativo, em grandes quantidades,
pelo contrário, estimula a sua secreção, via ação hipotalâmica com produção de GnRH – feedback positivo.
Fase
ovulatória: os folículos possuem, agora, receptores para a hormônio LH. O pico de concentração de LH, causado pela
elevada concentração de estrogênio, promove a ovulação e a libertação do oócito II como consequência do rompimento
do folículo ovárico. Fase pós-ovulatória: as células foliculares que restam no ovário pós-ovulação, na presença da LH,
transformam-se no corpo lúteo (ou amarelo). O corpo lúteo, durante a fase luteínica do ciclo ovárico, segrega estrogênio e
progesterona, que exercem um feedback negativo no complexo hipotálamo-hipófise, inibindo a produção de GnRH, FSH
e LH. Na ausência de fecundação, o corpo lúteo acaba por se desintegrar, ficando uma pequena cicatriz na parede do
ovário. O atrofio do corpo lúteo provoca uma repentina redução dos níveis dos hormônios ováricos, que anula o efeito
inibidor sobre o complexo hipotálamo-hipófise. Esta queda repentina dos níveis hormonais causa a desagregação do
endométrio – fase menstrual. Anulada a inibição a hipófise reinicia a segregação de FSH em quantidade suficiente para
estimular o crescimento de novos folículos no ovário, dando início à fase folicular de um novo ciclo ovárico. O colo do
útero possui glândulas secretoras de muco cervical, substância alcalina que protege a entrada do útero contra corpos
estranhos. No início da foliculogênese (evolução dos folículos), o muco cervical é espesso e dificilmente penetrável pelos
espermatozóides. Na fase final, com o aumento da concentração de estrogênios o muco cervical fica mais fluído,
facilitando a passagem dos espermatozóides e da fecundação. Quando o funcionamento cíclico dos ovários e do útero
pára por esgotamento dos folículos ováricos (menopausa), pára também a produção dos hormônios ováricos (progesterona
e estrogénio).
Transporte do estrogênio e da progesterona: Tanto o estrogênio quanto a progesterona são transportados no sangue
ligados a albumina plasmática e a globulinas de ação especificas. Essa ligação é fraca o bastante para que sejam
rapidamente liberadas nos tecidos, aproximadamente 30 minutos. São excretadas cerca de 10% na bile e o restante na
urina.
Dosagens no sangue: Resultados normais de progesterona e estrogenio podem variar conforme o período menstrual. No
sexo feminino, os valores são:
Estrogênio:
- fase folicular 80 – 480 picogramas/ml / - pico ovulatório 300 – 600
- fase luteínica 200 – 400
/ - pós-menopausa 20 – 80
Uma alteração nessa fase luteínica pode ser diagnóstico de infertilidade
Progesterona:
- fase folicular média 0,5 (0,3 – 1,0) ng/ml /
- fase luteínica média 7,0 (5,0 – 15,0) ng/m
Disfunção: As disfunções nos ovários vão se manifestar de acordo com a idade em que ocorrem. Na fase da infância pode
ocorrer atraso ou avanço da puberdade, e na fase adulta irregularidade menstrual ou infertilidade.
Podemos
citar
ainda como disfunção hormonal em mulheres a síndrome dos ovários policísticos, que são uma causa comum de
infertilidade e irregularidades menstruais. Outra condição que representa a falência dos ovários é o climatério é a fase da
vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos
hormônios sexual produzidos, mais conhecido como menopausa (ultima menstruação) que apesar de ser uma regressão de
funcionamento "natural" dos ovários, pode ocasionar sintomas problemáticos como: ondas de calor, insônia, atrofia de
pele e mucosas, alterações de humor.
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