Mecanismos de Oferta e Demanda nos Mercados

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28/01/2015
I.Introdução
Economia
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Os 10 Princípios da Economia
Análise Positiva x Análise Normativa
Objeto da Ciência Econômica: a lei da Escassez
Microeconomia e Macroeconomia
Problemas econômicos básicos
O Fluxo Circular da Renda
Curva de Possibilidades de Produção
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
Em Economia, tradeoff é uma expressão que define uma
situação de escolha conflitante, isto é, quando uma
ação econômica que visa à resolução de determinado
problema acarreta, inevitavelmente, outro.
Para conseguirmos algo que queremos, geralmente
precisamos abrir mão de outra coisa de que gostamos: a
tomada de decisões exige escolher um objetivo em
detrimento de outro.
1
28/01/2015
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
Portanto, quando as pessoas estão agrupadas em
sociedade, deparam-se com tipos diferentes de
tradeoffs.
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
EFICIÊNCIA
(máximo possível a partir dos
recursos disponíveis)
vs.
EQUIDADE
(distribuição justa)
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
Exemplo 1:
Como alocar o tempo entre 2 e 3:45 da tarde:
estudar economia ou tirar uma soneca?
Exemplo 2 :
Como alocar o tempo durante o verão? Cigarra:
cantando; formiga: estocando comida para o
inverno
2
28/01/2015
1. Os 10 princípios da Economia
1. As pessoas enfrentam tradeoffs
Exemplo 3:
Eficiência versus equidade: redistribuir renda
(repartir o bolo em pedaços mais iguais) pode
reduzir a eficiência (o tamanho do bolo): a
recompensa por trabalhar duro se reduz, as
pessoas se esforçam menos e produzem menos
bens.
1. Os 10 princípios da Economia
2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você
desiste para obtê-la
Como as pessoas enfrentam tradeoffs, a tomada de
decisões exige comparar os custos e benefícios de
possibilidade alternativas de ação. Em muitos casos,
contudo, o custo de uma ação não é tão claro quanto
pode parecer à primeira vista.
O custo de oportunidade de um item é aquilo de que você
abre mão para o obter. Ao tomarem qualquer decisão,
os tomadores de decisões precisam estar cientes dos
custos de oportunidade que acompanham cada ação
possível.
1. Os 10 princípios da Economia
2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você
desiste para obtê-la
Exemplo:
Entrar na universidade.
Benefícios: melhores oportunidades de emprego
no futuro;
Custos: salário que se deixa de ganhar em um
possível emprego no presente.
3
28/01/2015
1. Os 10 princípios da Economia
3. As pessoas racionais pensam na margem
Os economistas usam o termo mudanças marginais para
descrever pequenos ajustes incrementais a um plano de
ação existente. Lembre-se de que “margem” pressupõe
a existência de extremos, portanto, mudanças
marginais são ajustes ao redor dos “extremos” daquilo
que você está fazendo.
Um tomador de decisões racional executa uma ação se, e
somente se, o benefício marginal da ação ultrapassa o
custo marginal.
1. Os 10 princípios da Economia
3. As pessoas racionais pensam na margem
Exemplo 1:
Fazer um curso de especialização de um ano
("margem"), após a sua formatura.
1. Os 10 princípios da Economia
3. As pessoas racionais pensam na margem
Exemplo 2:
Standby passenger.
 Um vôo em um avião de 200 assentos custa para uma
empresa aérea US$ 100,000. O custo médio de cada
passageiro é 100,000/200 = US$ 500. Pode-se pensar que a
empresa nunca venderá um bilhete de passagem por menos
de 500. Mas numa situação em que o avião está para decolar
com alguns assentos vazios, a empresa pode vender um
bilhete para o passageiro que se encontra esperando no
saguão do aeroporto querendo pagar, digamos, $ 300.
Embora o custo médio de um passageiro seja 500, o
custo marginal seria apenas mais um almoço servido. A
empresa pode aumentar seus lucros pensando na margem.
4
28/01/2015
1. Os 10 princípios da Economia
4. As pessoas reagem a incentivos
Como as pessoas tomam decisões por meio da
comparação entre custos e benefícios, seu
comportamento pode mudar quando os custos ou
benefícios mudam. Em outras palavras, as pessoas
reagem a incentivos.
Os formuladores de políticas públicas nunca devem se
esquecer dos incentivos, já que muitas políticas alteram
os custos e benefícios para as pessoas e, portanto,
alteram seu comportamento.
1. Os 10 princípios da Economia
4. As pessoas reagem a incentivos
Exemplo 1:
Quando o preço da maçã sobe, as pessoas
decidem comer mais peras, porque o custo de
comprar uma maçã é mais alto: plantadores de
maçã contratam mais trabalhadores para colher
mais maçãs, já que o benefício de vender uma
maçã é também mais alto.
1. Os 10 princípios da Economia
4. As pessoas reagem a incentivos
Exemplo 2:
Cintos de segurança.
 A intenção da política é obrigar o uso do cinto de segurança para
reduzir o número de acidentes de trânsito: a probabilidade de
sobreviver a um acidente aumenta para os motoristas: estes então
alteram o seu comportamento com relação a velocidade e atenção
no trânsito: dirigir devagar e com mais atenção tem custo em
termos de tempo e esforço: o uso do cinto torna acidentes menos
custosos para os motoristas porque isso reduz a probabilidade de
morte: o benefício de se dirigir devagar e com mais atenção se
reduz.
 Como resultado, o número de acidentes aumenta, apesar de as
mortes de motoristas em cada acidente se reduzirem: para os
pedestres, as mortes aumentam com o aumento do número de
acidentes. Moral: sem se considerar os incentivos, o efeito de uma
política pode não ser o pretendido.
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28/01/2015
1. Os 10 princípios da Economia
5. O comércio pode ser bom para todos
O comércio permite que as famílias e os países e
especializem naquilo que sabem fazer de
melhor e desfrutem de uma maior variedade de
bens e serviços.
1. Os 10 princípios da Economia
5. O comércio pode ser bom para todos
Exemplo:
Uma pessoa não estaria em melhor situação se
estivesse isolada das outras: isolado, alguém teria
que produzir toda a comida que come, fazer
todas as suas roupas, construir sua própria casa,...
claramente uma pessoa ganha ao transacionar
com outras.
Com a troca, cada pessoa se especializa na atividade
em que é melhor, e isso é válido também para
países.
1. Os 10 princípios da Economia
5. O comércio pode ser bom para todos
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28/01/2015
1. Os 10 princípios da Economia
6. Os mercados são geralmente uma boa maneira
de organizar a atividade econômica
Como vimos, a especialização em uma determinada função
e o comércio são formas eficientes que precisam ser
organizadas.
Tal organização (alocação) é feita nos mercados, um
conjunto de compradores e vendedores dispostos a
ofertar e demandar determinado produto ou serviço.
1. Os 10 princípios da Economia
6. Os mercados são geralmente uma boa maneira
de organizar a atividade econômica
Já que indivíduos e firmas se guiam pelos preços, ao
decidir o que comprar e vender eles (sem que se
percebam) levam em conta os benefícios e custos
sociais de suas ações.
1. Os 10 princípios da Economia
7. Às vezes os governos podem melhorar os
resultados dos mercados
Quando os mercados são ineficientes, os
governos podem interferir tentando fazer
desaparecer externalidades e assimetria de
informações.
FALHA DE MERCADO
(alocação ineficiente do mercado)
EXTERNALIDADES
(impactos em terceiros da ação de um agente)
PODER DE MERCADO
(capacidade de influenciar indevidamente os preços do mercado)
7
28/01/2015
1. Os 10 princípios da Economia
7. Às vezes os governos podem melhorar os
resultados dos mercados
Diante de externalidade e poder de mercado, os
mercados podem falhar: o governo pode
organizar melhor a economia, i.e. aumentar a
eficiência e promover a equidade.
1. Os 10 princípios da Economia
7. Às vezes os governos podem melhorar os
resultados dos mercados
O desmatamento produz uma externaidade
negativa.
1. Os 10 princípios da Economia
7. Às vezes os governos podem melhorar os
resultados dos mercados
Exemplo:
O mercado distribui renda a cada pessoa de
acordo com sua capacidade de produzir bens
que outras estão querendo obter: isso pode não
gerar equidade: o governo, via o imposto de
renda e o sistema de bem-estar, pode procurar
distribuir a renda mais equitativamente.
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28/01/2015
1. Os 10 princípios da Economia
8. O padrão de vida de um país depende de sua
capacidade de produzir bens e serviços
A capacidade de produzir bens e serviços em uma
economia (Produto Interno Bruto – PIB) está
diretamente relacionada com o padrão de vida
da população a qual se submete a
riqueza/produto formado (produtividade).
1. Os 10 princípios da Economia
8. O padrão de vida de um país depende de sua
capacidade de produzir bens e serviços
Exemplo 1:
A desaceleração do crescimento da renda americana
não seria explicada pela concorrência com o Japão
e outros países: a culpa seria da desaceleração do
crescimento da produtividade nos Estados Unidos.
1. Os 10 princípios da Economia
8. O padrão de vida de um país depende de sua
capacidade de produzir bens e serviços
Exemplo 2:
A educação produz uma externalidade positiva.
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28/01/2015
1. Os 10 princípios da Economia
8. O padrão de vida de um país depende de sua
capacidade de produzir bens e serviços
Exemplo 3:
Déficit orçamentário do governo (i.e. o excesso de
gastos do governo sobre suas receitas) pode
reduzir o padrão de vida porque pode reduzir a
produtividade. Para financiar seu déficit, o
governo toma emprestado no mercado
financeiro: isso reduz a quantidade de
empréstimos disponíveis para pessoas e firmas:
cai o investimento em capital humano (educação)
e físico (máquinas): menos investimento hoje leva
a baixa produtividade no futuro.
1. Os 10 princípios da Economia
9. Os preços sobem quando o governo emite
moeda demais
Se o governo, através da autoridade monetária,
decidir emitir moeda de maneira excessiva,
pode ocasionar em aumento do nível geral dos
preços, ou seja, inflação.
1. Os 10 princípios da Economia
9. Os preços sobem quando o governo emite
moeda demais
Exemplo 1:
Alemanha do começo dos anos 1920: preços triplicando
a cada mês estavam associados ao fato de a
quantidade de moeda estar triplicando a cada mês.
Exemplo 2:
Estados Unidos: nos anos 1970, a alta inflação esteve
associada com o rápido crescimento da quantidade
de moeda; nos anos 1990, a baixa inflação esteve
ligada ao lento crescimento da quantidade de moeda.
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1. Os 10 princípios da Economia
10. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto
prazo entre inflação e desemprego
Através da Curva de Phillips podemos montar uma
relação inversa entre o nível geral de preços
(inflação) e a taxa de desemprego.
1. Os 10 princípios da Economia
10. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto
prazo entre inflação e desemprego
Exemplo:
Se o governo reduzir a quantidade de dinheiro as
pessoas ficam com menos para gastar: como os
preços não se reduzem de imediato, as firmas
vendem menos: as firmas desempregam
trabalhadores temporariamente (desemprego):
no curto prazo há desemprego e alguns preços
ainda estão altos mas, no longo prazo, os
preços caem o desemprego se reduz.
3. Análise Positiva x Análise
Normativa
Para ajudar a esclarecer os dois papéis que os economistas
desempenham, começaremos examinando o uso da
linguagem. Como cientistas e conselheiros políticos têm
objetivos diferentes, usam a linguagem de maneiras
diferentes.
Declarações positivas são aquelas que tentam descrever o
mundo como ele é.
Declarações normativas são aquelas que tentam
prescrever o mundo como deveria ser.
Exemplo:
• Analise positiva - Polly: O salário mínimo causa
desemprego.
• Analise normativa - Norma: O governo deveria aumentar o
salário mínimo.
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4. A Lei da Escassez
Em Economia tudo se resume a uma restrição quase que física: a lei da
escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos
recursos escassos disponíveis a cada sociedade.
Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os
desejos humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não
importaria que uma quantidade excessiva de certo bem fosse de
fato produzida.
Portanto, a Economia é o estudo da escassez dos bens e dos recursos,
dada as necessidades ilimitadas da sociedade.
5. Microeconomia e Macroeconomia
Microeconomia é o estudo de como a famílias e
empresas tomam decisões e de como
interagem nos mercados.
Macroeconomia é o estudo dos fenômenos da
economia como um todo, incluindo inflação,
desemprego e crescimento econômico.
6. Problemas econômicos básicos
Nas bases de qualquer comunidade se encontra sempre a
seguinte tríade de problemas econômicos básicos:
O QUE produzir? – Isto significa quais os produtos deverão
ser produzidos e em que quantidade deverão ser
colocados à disposição dos consumidores.
COMO produzir? – Isto é, por quem serão produzidos os
bens e serviços, com que recursos e de que maneira ou
processo técnico.
PARA QUEM produzir? – Ou seja, para quem se destinará a
produção, fatalmente para os que têm renda
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6. Problemas econômicos básicos
É muito fácil entender que: QUAIS, QUANTO, COMO e
PARA QUEM produzir não seriam problemas se os
recursos utilizáveis fossem ilimitados.
Todavia, na realidade existem ilimitadas necessidades e
limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação.
Baseada nessas restrições, a Economia deve optar
dentre os bens a serem produzidos e os processos
técnicos capazes de transformar os recursos escassos
em produção.
6. Problemas econômicos básicos
Necessidades humanas
ilimitadas
X
Recursos produtivos
escassos
Escassez
O que e quanto
Como
Para quem
(produzir)
Escolha
7. Fluxo Circular de Renda
O Fluxo Circular de Renda é uma forma
esquemática de apresentarmos as interrelações entre os agentes econômicos que
compõem nossa sociedade, juntamente com a
organização e propriedade dos fatores de
produção.
Os agentes econômicos são:
•Unidades Familiares
•Empresas
•Governo
•Resto do Mundo
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7. Fluxo Circular de Renda
•Unidades Familiares:
•Indivíduos empregados;
•Aposentados e pensionistas;
•Todos que recebem renda.
•Empresas:
•Unidades que compõem o aparelho de
produção;
•Produtoras de bens e serviços;
•Reúnem, organizam e remuneram os fatores
de produção.
7. Fluxo Circular de Renda
•Governo:
•Centro de produção de serviços coletivos;
•Agente coletivo que contrata trabalho das
unidades familiares e parcela da produção
da empresas para proporcionar serviços
úteis à sociedade;
•Governo federal, estadual e municipal.
•Resto do Mundo
•Unidades familiares, empresas e governo de
outros países.
7. Fluxo Circular de Renda
Os fatores de produção são:
1) Recursos naturais ou Terra: elementos da
natureza suscetíveis de serem incorporados às
atividades econômicas.
2) Mão-de-obra ou Trabalho: conjunto da
população em idade ativa disponível na
sociedade.
3) Capital: conjunto de edifícios, máquinas,
equipamentos e instalações que a sociedade
dispõe para efetuar a produção
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7. Fluxo Circular de Renda
7. Fluxo Circular de Renda
8. A Curva de Possibilidades de
Produção - CPP
A CPP é um gráfico que mostra as várias combinações de
produto que a economia pode produzir potencialmente,
dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis.
É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dado
os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas
de produção da sociedade, supondo os recursos
plenamente empregados.
Representa o tradeoff enfrentado pela sociedade, de que
nada é de graça, ou seja, obtemos alguma coisa abrindo
mão de outra.
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8. A Curva de Possibilidades de
Produção
Fronteira de Possibilidades de
Produção
800
750
Qtd. Prod. Y
700
700
600
600
500
450
400
300
250
200
100
0
0
0
100
200
300
Qtd. Produzida de X
8. A Curva de Possibilidades de
Produção
Neste ponto o custo de
oportunidade é zero, pois
não é necessário sacrifício
de recursos produtivos para
aumentar a produção de um
bem, ou mesmo, dois bens.
Fronteira de
Possibilidades de
Produção
750
Qtd. Prod. Y
Ponto A – Capacidade Ociosa
(Ineficiência)
D
B
450
C
250
A
150 200 250
Qtd. Produzida de X
8. A Curva de Possibilidades de
Produção
Ponto D
Nível impossível de
produção. Posição
inalcançável no
período imediato.
Fronteira de
Possibilidades de
Produção
750
Qtd. Prod. Y
Pontos B,C
Não há como produzir
mais, sem reduzir a
produção do outro.
- Combinações de produto (Nível de produto Eficiente /
Pleno Emprego)
D
B
450
C
250
A
150 200 250
Qtd. Produzida de X
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8. A Curva de Possibilidades de
Produção
8. A Curva de Possibilidades de
Produção
• Na Curva (pontos I, J, K) : níveis altamente eficientes,
significa que todos os recursos produtivos estão sendo
utilizados.
• Dentro da Curva (ponto G) : subemprego de fatores
(capacidade ociosa), pois a sociedade poderia
aumentar sua produção de alimentos sem reduzir a
produção de automóveis, ou vice-versa.
• Fora da Curva (ponto L) : está fora da fronteira. Para
atingir este ponto a Curva tem que se deslocar à direita
(níveis mais elevados de produção).
8. A Curva de Possibilidades de
Produção
Finalidade:
Demonstrar o conceito de escassez.
Indica:
Combinações máximas possíveis de produção
de dois bens que podem ser obtidas
quando a economia utiliza todos os seus
recursos de diferentes maneiras.
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8. A Curva de Possibilidades de
Produção
Custo de Oportunidade:
Mede o valor das oportunidades perdidas em
decorrência da escolha de uma alternativa de
produção em lugar de uma outra também
possível.
8. A Curva de Possibilidades de
Produção
Lei dos custos de oportunidade crescentes
Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de
produção de uma economia e estando o sistema a operar a
níveis de pleno emprego, a obtenção de quantidades
adicionais de determinada classe de produto implica
necessariamente a redução das quantidades de outra classe.
Em resposta a constantes reduções impostas à classe que
estará sendo sacrificada, serão
obtidas
quantidades
adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja
produção estará sendo aumentada, devido à relativa e
progressiva inflexibilidade dos recursos de produção
disponíveis e em uso.
8. A Curva de Possibilidades de
Produção
Três conceitos:
Fronteira de Possibilidades de Produção
Qtd. Prod. Y
1. Atividade
econômica de
curto prazo
2. Crescimento
econômico
3. Desenvolvimento
econômico
750
700
600
450
250
50 100 150
200
250
Qtd. Produzida de X
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II.História do Pensamento
Econômico (um resumo)
Economia
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1.
Mercantilismo
2. Fisiocracia
3. Escola Clássica
4. Atualidade
Um resumo
Mercantilismo
•Volume de metais visto como principal fonte de poder;
•Fomentar o comércio exterior.
Fisiocracia (François Quesnay)
•A terra e a natureza representam o fator econômico produtivo;
•A ordem natural ou governo da natureza conduzem a vida econômica;
•Só a terra tinha a capacidade de multiplicar a riqueza.
Escola Clássica (Adam Smith e David Ricardo)
•Mão invisível;
•Laissez faire;
•A verdadeira fonte de riqueza é o trabalho;
•A produtividade decorre da divisão do trabalho;
•Produtividade estimulada pela ampliação dos mercados.
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Um resumo
Atualidade (John Keynes)
•Intervenção econômica do Estado;
•Qualidade de moeda disponível no mercado;
•Preferência pela liquidez ou velocidade de troca da
moeda em relação a sua garantia ou lastro (riqueza
econômica existente);
•Incitamento ao investimento;
•Propensão ao consumo.
III.Estruturas de Mercado
Economia
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1.
Introdução
2. Mercado em Concorrência Perfeita
3. Monopólio
4. Oligopólio
5. Concorrência Monopolística
6. Estruturas do Mercado de Fatores
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1. Conceitos Iniciais
As várias formas ou estruturas de mercado dependem
fundamentalmente de 3 características:
a) número de empresas que compõem esse mercado;
b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos
idênticos ou diferenciados);
c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas
empresas nesse mercado.
1. Concorrência Pura ou Perfeita
Características básicas:
Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e
compradores (como “átomos”), de forma que um agente
isolado não tem condições de afetar o preço de mercado.
Assim, o preço de mercado é um dado fixado para empresas
e consumidores (são price-takers, isto é, tomadores de
preços pelo mercado)
Produtos Homogêneos: todas as firmas oferecem um
produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de
embalagem, qualidade nesse mercado.
1. Concorrência Pura ou Perfeita
Características básicas:
Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de
empresas no mercado.
Racionalidade : os empresários sempre maximizam lucro e
os consumidores maximizam satisfação ou utilidade
derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem
racionalmente.
Transparência do mercado: consumidores e vendedores
têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é,
conhecem os preços, qualidade, os custos , as receitas e os
lucros dos concorrentes;
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1. Concorrência Pura ou Perfeita
Características básicas:
Obs.: Uma característica do mercado em concorrência
perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou
extraordinários (onde as receitas supram os custos), mas
apenas os chamados lucros normais, que representam a
remuneração implícita do empresário (seu custo de
oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital
em outra atividade.
Compradores e vendedores em mercados competitivos são
denominados tomadores de preço, ou seja, devem aceitar o
preço determinado pelo mercado.
2. Monopólio
Características básicas:
- uma única empresa produtora do bem ou serviço;
- não há produtos substitutos próximos;
- existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
2. Monopólio
Características básicas:
As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas:
Monopólio puro ou natural = devido à alta escala de
produção requerida, exigindo um elevado montante de
investimento. A empresa monopolística já está estabelecida
em grandes dimensões e tem condições de operar com
baixos custos. Torna-se muito difícil alguma empresa
conseguir oferecer a um preço equivalente à firma
monopolista;
Patentes = direito único de produzir o bem. Concessão
conferida pelo Estado, que garante ao seu titular a
propriedade de explorar comercialmente a sua criação
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2. Monopólio
Monopólio puro ou natural
Uma única empresa consegue ofertar um bem ou
serviço a um mercado inteiro a um custo menor do
que ocorreria se existissem duas ou mais empresas
no mercado.
2. Monopólio
Características básicas:
Controle de matérias-primas chaves = Exemplo : o controle
das minas de bauxita pelas empresas produtoras de
alumínio.
Monopólio estatal ou institucional, protegido pela
legislação, normalmente em setores estratégicos ou de
infra-estrutura.
Exemplo: empresas fornecedoras de energia elétrica.
Obs.: Diferentemente da concorrência perfeita, como
existem barreiras à entrada de novas empresas, os lucros
extraordinários devem persistir também a longo prazo em
mercados monopolizados.
3. Oligopólio
Definido de duas formas:
- pequeno nº de empresas no setor. Ex. Indústria
automobilística.
- ou um pequeno nº de empresas domina um setor
com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica.
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3. Oligopólio
Características básicas:
Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o
poder de fixar os preços de venda em seus termos,
defrontando-se normalmente com demandas relativamente
inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de
reação a alterações de preços.
No oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para
a entrada de novas empresas no setor.
3. Oligopólio
Características básicas:
Tipos de oligopólio:
com produto homogêneo (alumínio, cimento);
com produto diferenciado (automóveis).
Obs.: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem,
pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão.
3. Oligopólio
Características básicas:
Formas de atuação das empresas:
• concorrem entre si, via guerra de preços ou de
promoções (forma de atuação pouco freqüente);
• formam cartéis (conluios, trustes).
Cartel é uma organização (formal ou informal) de
produtores dentro de um setor, que determina a política
para todas as empresas do cartel. O cartel fixa preços e a
repartição (cota) do mercado entre as empresas.
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3. Oligopólio
Características básicas:
Obs.: Os formuladores de políticas usam as leis antitruste
para inibir oligopólios de se comportarem de forma
indesejável e reduzir a competição.
4. Concorrência Monopolística
Características básicas:
• muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço;
• cada empresa produz um produto diferenciado, mas com
substitutos próximos;
• cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado
que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem
opções de escolha, de acordo com sua preferência.
Obs.: Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a
longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT),
como em concorrência perfeita, ou seja, os lucros extraordinários
a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando
a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão
lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes.
Síntese
Características
nº de
Empresas
Produto
Controle
de Preços
Concorrência
Perfeita
Muito grande
Homogêneo
Rigidez
Monopólio
Só há uma
empresa
Não há substitutos próximos
Empresa
com poder
Oligopólio
Pequeno
Pode ser homogêneo ou
diferenciado
Poder c/
interdependência
Há barreiras p/ as
novas
Grande
Diferenciado
Pouca margem de
manobra
Sem
barreiras
Concorrência
Monopolística
Ingresso
Sem
barreiras
Há barreiras p/ as
novas
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5. Estrutura do Mercado de Fatores de
Produção
Concorrência Perfeita = existe uma oferta abundante do fator
de produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna
o preço desse fator constante.
Monopsônio = Há somente um comprador para muitos
vendedores dos serviços dos insumos.
Oligopsônio = Existem poucos compradores que dominam o
mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios.
Monopólio bilateral = Ocorre quando um monopsonista, na
compra do fator de produção, defronta-se com um
monopolista na venda desse fator.
IV.Mecanismos de Oferta e
Demanda nos Mercados
Economia
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1.
2.
Conceitos Iniciais
A Demanda em um Mercado
1.
2.
3.
3.
A Oferta em um Mercado
1.
2.
4.
Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Deslocamentos da Curva de Oferta
Equilíbrio em um Mercado
1.
2.
3.
5.
Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Deslocamentos da Curva de Demanda
A Teoria do Consumidor
Oferta e Demanda Reunidas
Mudanças no Equilíbrio
Estudo de Caso
Exercícios
26
28/01/2015
1. Conceitos Iniciais
Oferta e Demanda são as forças que fazem a
Economia funcionar.
A Teoria da Oferta e da Demanda considera como
compradores e vendedores se comportam e
como interagem uns com os outros no
mercado.
1. Conceitos Iniciais
Mas, o que é mercado???
Mercado é um grupo de compradores e
vendedores de um particular bem ou serviço.
Compradores determinam a demanda e
vendedores determinam a oferta.
1. Conceitos Iniciais
Os mercados assumem diferentes formas, às vezes
altamente organizados. Porém, são mais
freqüentemente “menos organizados”.
Trataremos de tais discussões sobre os diversos tipos de
mercados mais a frente.
Só nos interessa, por enquanto, entender que lidaremos
com as forças de oferta e demanda em mercados
perfeitamente competitivos, um mercado em que, além
de oferecer bens e serviços homogêneos, há tantos
compradores e vendedores que cada um deles tem
impacto insignificante sobre o preço de mercado.
27
28/01/2015
1. Conceitos Iniciais
Quando começarmos a analisar os mercados
através de curvas de oferta e demanda
admitiremos a hipótese
CETERIS PARIBUS
Ou seja,
todos os demais fatores estarão sendo mantidos
constantes.
2. A Demanda em um Mercado
Para os Economistas, demanda representa o desejo de
comprar bens ou serviços.
Muitas vezes usa-se também a palavra procura como
sinônimo de demanda.
Recordando: Em um mercado, quem determina a demanda???
A quantidade que o consumidor planeja comprar de cada
mercadoria depende de sua capacidade de compra e
esta capacidade é condicionada pela renda que o
consumidor tem e pelos preços de mercado.
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
A quantidade demandada de um bem é a quantidade
desse bem que os compradores desejam e podem
comprar.
Como veremos, são muitas as características que
determinam a quantidade demandada de qualquer
bem, mas, ao se analisar como funcionam os mercados,
há um determinante que representa um papel central: o
preço do bem.
28
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Vejamos como funciona essa relação:
Imagine você...se estivesse desejoso de consumir balas, com
uma dada renda, quantas compraria se o preço fosse R$ 0,10?
E agora? Quantas compraria se o preço subisse para R$ 0,25?
Seu desejo e vontade de comprar balas representa sua demanda
pelas mesmas! A quantidade que você transaciona no
mercado (que você deseja e pode comprar) representa sua
quantidade demandada por balas!
O que você descobriu?
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
LEI DA DEMANDA
A QUANTIDADE DEMANDADA DE UM BEM VARIA
INVERSAMENTE COM O PREÇO DO MESMO.
Ou seja, um aumento de preço (com tudo o mais
mantido constante – ceteris paribus), ocasiona uma
diminuição da quantidade demandada, enquanto
uma diminuição no preço (com tudo o mais
permanecendo constante - ceteris paribus), ocasiona
um aumento da quantidade demandada.
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Preço
Quantidade
Demandada
R$ 0,10
20
R$ 0,25
15
R$ 0,50
10
R$ 1,00
7
R$ 1,25
3
R$ 1,50
0
ESCALA DE DEMANDA
29
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Preço
Quantidade
Demandada
R$ 0,10
20
R$ 0,25
15
R$ 0,50
10
R$ 1,00
7
R$ 1,25
3
R$ 1,50
0
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
Preço
Quantidade
Demandada
R$ 0,10
20
R$ 0,25
15
R$ 0,50
10
R$ 1,00
7
R$ 1,25
3
R$ 1,50
0
2. A Demanda em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda
A lei da demanda define uma correlação negativa entre preços e
quantidades, ou seja, se o preço sobe a quantidade demanda
diminui e vice-versa.
Entretanto há situações atípicas, que denominamos excessões à
lei da demanda, pois preços e quantidades estabelecem uma
correlação positiva. São elas:
1.
Para níveis de renda muito baixa, ceteris paribus, a demanda
por alguns produtos essenciais aumenta com o aumento dos
preços. São os chamados bens de Giffen.
2. Para níveis de renda muito alta, ceteris paribus, a demanda
por alguns produtos superfluos ou ostentatórios, aumenta
com o aumento dos preços. São os chamados bens de
Veblen.
30
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
A curva de demanda do mercado por um determinado
bem ou serviço depende de algumas variáveis.
 O que acontece com a demanda por margarina se o
consumidor passar a gostar mais de manteiga?
 O que acontece com a demanda por carros se mais
consumidores estão dispostos a dirigir?
 O que acontece com a demanda por sapatos hoje se
você espera que tais preços aumentem futuramente?
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Portanto, a curva de demanda é função de algumas
variáveis que a deslocam:
a) Renda
b) Preço dos bens complementares
c) Preço dos bens substitutos
d) Gostos
e) Expectativas
f) Número de compradores
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
a) Renda
Uma renda menor significa que você tem menos
renda para seus gastos totais, de modo que precisará
gastar menos com alguns bens.
•
Se a demanda por um bem diminui quando a
renda cai, o bem é chamado de bem normal.
•
Se a demanda por um bem aumenta quando a
renda cai, o bem é chamado de bem inferior.
31
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Exemplos de bens inferiores:
Salsicha e mortadela.
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
b) Preços dos bens complementares
Se os bens X e Y são complementares, o aumento
do preço de X leva a uma redução na demanda por Y (e
vice-versa).
Exemplo: Se o preço do sorvete aumentar, você
provavelmente comprará menos sorvete e, muito
provavelmente, comprará menos cobertura de chocolate,
pois ambos os bens são consumidos juntos.
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
c) Preços dos bens substitutos
Se os bens X e Y são substitutos, o aumento do
preço de X leva a um aumento na demanda por Y (e viceversa).
Exemplo: Se o preço da manteiga aumentar, você
provavelmente comprará menos manteiga e, como são
bens substitutos, passará a comprar mais margarina.
32
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
d) Gostos
O mais óbvio determinante de sua demanda (assim
como da determinação da demanda de todo o mercado)
são seus gostos.
Exemplo: Se você gostar mais de computadores do que de
celulares, sua demanda por computadores será maior que
sua demanda por celulares
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
e) Expectativas
Suas expectativas com relação ao preço de um
determinado bem ou serviço futuramente também
determinam sua demanda atual pelo bem ou serviço.
Exemplo: Se você espera que o preço dos calçados se
eleve daqui a uma semana, você comprará mais calçados
hoje.
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
f) Número de compradores
A demanda total do mercado depende da
quantidade de consumidores que participam do mercado.
Exemplo: Se o mercado de camisetas tiver um aumento no
número de compradores, a demanda pelo bem em
questão aumentará.
33
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Observe como as curvas de demanda se deslocam:
D’1
D’’1
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Variável
Uma Mudança Nesta
Variável...
Representa um movimento ao longo
da curva de demanda
Renda
Desloca a curva de demanda
Preços dos bens
relacionados
Desloca a curva de demanda
Gostos
Desloca a curva de demanda
Expectativas
Desloca a curva de demanda
Número de
compradores
Desloca a curva de demanda
Lei
Perfil
Preço
2. A Demanda em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Demanda
Síntese
FATORES QUE INFLUENCIAM
Preço do bem (Px)
Renda do consumidor (Y)
Hábitos e gostos do consumidor (H)
Preço de outros bens (Pz)
Etc
FUNCÃO GERAL DA DEMANDA
Qdx = f (Px, Pz,Y, H, etc)
34
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Analisemos agora, de uma forma mais técnica, qual o
motivo relacionado com a declividade para a direita da
curva de demanda.
Trataremos da utilidade marginal.
Para começar, vamos distinguir entre a utilidade total
obtida do consumo de certa quantidade de um bem e a
satisfação proporcionada pelo último item consumido.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
A utilidade marginal (UMg) mede, pois, a satisfação
adicional obtida pelo consumo de uma unidade adicional
de determinado bem.
Ou seja, é a variação da utilidade total pela variação da
quantidade do bem que é consumida:
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Portanto, o consumidor levará em conta sua utilidade
marginal para maximizar sua satisfação em consumir certa
quantidade de bens.
Nos deparamos, agora, com o princípio da utilidade
marginal decrescente: à medida que se consome mais de
determinada mercadoria, quantidades adicionais que
forem consumidas vão gerar cada vez menos utilidade.
35
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
A inclinação cada vez mais acentuada da curva de utilidade total
reflete a propriedade da utilidade marginal decrescente.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
A maximização da utilidade ocorrerá somente
quando o consumidor tiver satisfeito o princípio
da igualdade marginal, isto é, tiver igualado a
utilidade marginal por dólar despendido em cada
uma das mercadorias.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Possibilidades de consumo
As escolhas de consumo de um indivíduo são limitadas
pela renda individual e pelos preços dos bens e serviços
que esse consumidor compra.
O indivíduo tem determinada renda para gastar e não tem
como influenciar o preço dos bens e serviços que compra.
A linha orçamentária de um consumidor descreve os
limites de suas escolhas de consumo.
36
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Preço relativo
Um preço relativo é o preço de um bem dividido pelo
preço de outro.
O preço de um filme é $ 6, e o preço do refrigerante é $ 3
por pacote de 6 unidades, de modo que o preço relativo
de um filme em termos do preço do refrigerante é $ 6 por
filme dividido por $ 3 por pacote, o que equivale a 2
pacotes por filme.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
37
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Renda real
A renda real de um indivíduo é a renda individual expressa
como uma quantidade de bens que ele pode comprar. Em
termos de refrigerantes, a renda real de Lisa é de 10
pacotes de 6 unidades. Essa quantidade é o número
máximo de pacotes que ela pode comprar e é igual à sua
renda monetária, $ 30, dividida pelo preço do refrigerante,
$ 3 por pacote de 6 unidades.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Preferências
Como Lisa divide seu orçamento disponível entre filmes e
refrigerantes? A resposta depende do que ela gosta e do
que não gosta – suas preferências.
O benefício ou a satisfação que uma pessoa obtém do
consumo de um bem ou serviço é chamado de utilidade.
Utilidade total
A utilidade total é o benefício total que alguém obtém do
consumo de bens e serviços. A utilidade total depende do
nível de consumo – maior consumo em geral resulta em
maior utilidade total.
38
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Utilidade total de Lisa obtida do consumo de filmes e refrigerantes
Filmes
Qtd/mês
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Utotal
0
50
88
121
150
175
196
214
229
241
250
256
259
261
262
Refrigerantes
Qtd/mês
Utotal
0
0
1
75
2
117
3
153
4
181
5
206
6
225
7
243
8
260
9
276
10
291
11
305
12
318
13
330
14
341
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Utilidade marginal
A utilidade marginal é a variação da utilidade total
resultante do aumento de uma unidade na quantidade de
um bem consumido.
A utilidade marginal diminui à medida que o consumo
aumenta.
Chamamos de princípio da utilidade marginal
decrescente a redução da utilidade marginal que ocorre à
medida que a quantidade consumida do bem aumenta.
39
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
A principal hipótese da teoria da utilidade marginal é que o indivíduo
escolhe a possibilidade de consumo que maximize sua utilidade total.
A escolha maximizadora de utilidade
As linhas da Tabela a seguir mostram as combinações possíveis de
filmes e refrigerantes ao longo da linha orçamentária de Lisa.
O equilíbrio do consumidor é uma situação na qual um consumidor
alocou toda a sua renda disponível de um modo que, considerando-se
os preços dos bens e serviços, maximize sua utilidade total.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Combinações maximizadoras de utilidade de Lisa
Filmes
Qtd/mês Utotal
A
B
C
D
E
F
0
1
2
3
4
5
0
50
88
121
150
175
Refrigerantes
Utotal obtida
de F e R
Utotal Qtd/mês
291
310
313
302
267
175
291
260
225
181
117
0
10
8
6
4
2
0
40
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
A igualdade da utilidade marginal por unidade
monetária
A utilidade total de um consumidor é maximizada por meio
da seguinte regra:
Gastar toda a renda disponível e igualar a utilidade
marginal por unidade monetária para todos os bens.
A utilidade marginal por unidade monetária é a utilidade
marginal de um bem dividida por seu preço.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Regra:
 utilidade marginal que se obtém ao assistir a 1 filme por mês UMgF
 preço de 1 filme PF .
 consumo de refrigerantes PS .
 utilidade marginal por unidade monetária de 1 filme por mês
UMgF/PF .
 utilidade marginal por unidade monetária que se obtém do
consumo de refrigerantes UMgF/PF.
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Duas utilidades marginais por unidade monetária são iguais
quando:
UMgF/PF = UMR/PR
A Tabela a seguir e a Figura no próximo slide mostram a
igualdade das utilidades marginais por unidade monetária.
41
28/01/2015
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
Igualdade das utilidades marginais por unidade monetária
Filmes
Refrigerantes
($ 6 cada)
($ 3 por pacote de seis)
A
B
C
D
E
F
Qtd/mês
Umg
0
1
2
3
4
5
0
50
38
33
29
25
Umg/$ Qtd/mês
8,33
6,33
5,50
4,83
4,17
10
8
6
4
2
0
Umg
Umg/$
15
17
19
28
42
0
5,00
5,67
6,33
9,33
14,00
0,00
2. A Demanda em um Mercado
3. A Teoria do Consumidor
3. A Oferta em um Mercado
Enquanto os consumidores determinam a
demanda de um mercado, os
produtores/vendedores determinam a oferta de
bens e serviços no mesmo.
A quantidade ofertada de qualquer bem ou
serviço é a quantidade que os vendedores querem
e podem vender.
42
28/01/2015
3. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Como veremos, são muitas as características que
determinam a quantidade ofertada de qualquer
bem, mas, novamente, o preço do bem
representa um papel fundamental em nossa
análise.
Vejamos como isso funciona...
3. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Se você fosse um vendedor de sapatos e
percebesse que o preço do bem no mercado
aumentou.
O que você faria: aumentaria a quantidade de
sapatos ofertada ou diminuiria tal quantidade???
Como você é um maximizador de lucros,
provavelmente aumentará a quantidade
ofertada de sapatos.
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
LEI DA OFERTA
A QUANTIDADE OFERTADA DE UM BEM VARIA
DIRETAMENTE COM O PREÇO DO MESMO.
Ou seja, um aumento de preço (com tudo o mais mantido
constante – ceteris paribus), ocasiona um aumento da
quantidade ofertada, enquanto uma diminuição no preço
(com tudo o mais permanecendo constante - ceteris paribus),
ocasiona uma diminuição da quantidade ofertada.
43
28/01/2015
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Preço
Quantidade
Ofertada
R$ 0,10
0
R$ 0,25
3
R$ 1,50
R$ 0,50
7
R$ 1,25
R$ 1,00
10
R$ 1,25
15
R$ 1,50
20
Curva de Oferta por sapatos
Preços
R$ 1,00
R$ 0,75
R$ 0,50
R$ 0,25
R$ 0
5
10
15
Quantidades Demandadas
20
ESCALA DE OFERTA
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Preço
Quantidade
Ofertada
R$ 0,10
0
R$ 0,25
3
R$ 1,50
R$ 0,50
7
R$ 1,25
R$ 1,00
10
R$ 1,25
15
R$ 1,50
20
Curva de Oferta por sapatos
Preços
R$ 1,00
R$ 0,75
R$ 0,50
R$ 0,25
R$ 0
5
10
15
20
Quantidades Demandadas
2. A Oferta em um Mercado
1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada
Preço
Quantidade
Ofertada
R$ 0,10
0
Curva de Oferta por sapatos
R$ 1,50
R$ 0,25
3
R$ 0,50
7
R$ 1,00
10
R$ 1,25
15
R$ 0,50
R$ 1,50
20
R$ 0,25
R$ 1,25
Preços
R$ 1,00
R$ 0,75
R$ 0
5
10
15
Quantidades Demandadas
20
44
28/01/2015
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
A curva de oferta do mercado por um determinado bem
ou serviço depende de algumas variáveis.
 O que acontece com a oferta de sorvete se o preço do
leite está baixo?
 O que acontece com a oferta de carros hoje se as
montadoras esperam que o preço dos veículos aumente
no futuro?
 O que acontece com a oferta de livros se mais escritores
estão trabalhando?
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
Portanto, a curva de oferta é função de algumas variáveis
que a deslocam:
a)
b)
c)
d)
Preço dos insumos
Tecnologia
Expectativas
Número de vendedores
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
a) Preço dos insumos
Quando o preço dos insumos aumenta, torna-se
menos lucrativo para a empresa produzir um bem ou
serviço, de modo que a oferta diminui. Logo, se o preço
dos insumos diminui, então a empresa estará mais disposta
a ofertar tal bem, auferindo lucros maiores. Ou seja, o
preço dos insumos está relacionado negativamente com a
oferta de um bem.
Exemplo: Imagine que você produza sorvetes. Se o preço
do leite e do açúcar subirem substancialmente, você
ofertará menos sorvetes para não incorrer em prejuízos.
45
28/01/2015
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
b) Tecnologia
A tecnologia utilizada para transformar insumos em
produtos é outro determinante da oferta. A invenção de
máquinas que reduzem a quantidade de trabalho
necessária, além de reduzir os custos das empresas,
aumentam a oferta do bem em questão.
Exemplo: Se novas máquinas mais eficientes para a
produção de carros forem inventadas, então as empresas
poderão diminuir seus custos demitindo pessoal e ofertar
mais carros ao mercado.
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
c) Expectativas
A oferta de um bem hoje, pode refletir a
expectativa dos vendedores amanhã. Se uma empresa
espera que o preço de seus produtos aumentem no futuro,
ela estocará parte de sua produção atual e ofertará menos
hoje.
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
d) Número de vendedores
Assim como aconteceu com a demanda, quanto
maior o número de vendedores de determinado bem ou
serviço no mercado, maior será a oferta daquele bem e
vice-versa.
Exemplo: Se um setor do mercado, digamos o mercado de
cadeiras, está sendo lucrativo, mais empresas podem estar
tentadas a entrar no mesmo e, então, a oferta de cadeiras
no mercado aumentará.
46
28/01/2015
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
Variável
Uma Mudança Nesta Variável...
Preço
Representa um movimento ao longo da curva
de oferta
Preço dos insumos
Desloca a curva de oferta
Tecnologia
Desloca a curva de oferta
Expectativas
Desloca a curva de oferta
Número de
vendedores
Desloca a curva de oferta
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
Variável
Uma Mudança Nesta
Variável...
Representa um movimento ao longo
da curva de oferta
Preço dos
insumos
Desloca a curva de oferta
Tecnologia
Desloca a curva de oferta
Expectativas
Desloca a curva de oferta
Número de
vendedores
Desloca a curva de oferta
Lei
Perfil
Preço
3. A Oferta em um Mercado
2. Deslocamento da Curva de Oferta
Síntese
FATORES QUE INFLUENCIAM
Preço do bem X (Px)
Preço dos insumos utilizados na produção (Pi)
Tecnologia (T)
Preço de outros bens (Pz)
Etc
FUNCÃO GERAL DA OFERTA
Qox = f (Px, Pi, T, Pz, etc)
47
28/01/2015
4. Equilíbrio em um Mercado
Estudamos as curvas de demanda e de oferta
isoladamente.
Porém, os mercados são compostos de vendedores
(ofertantes) e compradores (demandantes) de bens e
serviços.
Portanto, devemos reunir as curvas de oferta e demanda e
encontrar o ponto de equilíbrio.
Consideraremos que os mercados estudados se encontram
em concorrência perfeita.
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
A situação na qual o preço atinge um nível em que a
quantidade demanda e a quantidade ofertada são iguais é
denominado equilíbrio.
O preço de equilíbrio é aquele que iguala a quantidade
ofertada e a quantidade demandada.
A quantidade de equilíbrio é a quantidade ofertada e a
quantidade demandada ao preço de equilíbrio.
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
Preço de Equilíbrio
Observe o seguinte exemplo:
Quantidade de Equilíbrio
48
28/01/2015
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
Ao preço de equilíbrio, a quantidade dos bens que os
compradores desejam e podem comprar é exatamente
igual à quantidade que os vendedores desejam e podem
vender.
O preço de equilíbrio é por vezes chamado de preço de
ajustamento de mercado porque, a esse preço, o mercado
está satisfeito: os compradores compram tudo o que
desejavam comprar e os vendedores tudo o que
desejavam vender.
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
Portanto, um preço que não o de equilíbrio pode acarretar:
a) Excesso de oferta: uma situação em que a quantidade
ofertada é maior que a quantidade demandada.
b) Excesso de demanda: uma situação em que a
quantidade demandada é maior que a quantidade
ofertada.
4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
Excesso de oferta
Excesso de demanda
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4. Equilíbrio em um Mercado
1. Oferta e Demanda reunidas
Esses desequilíbrios não se verificam em uma economia
considerando um determinado período de tempo, pois as
atividades dos diversos compradores e vendedores
conduzem automaticamente o mercado em direção ao
preço de equilíbrio.
Chegamos à lei da oferta e da demanda: o preço de
qualquer bem se ajusta para trazer a quantidade ofertada
e a quantidade demandada desse bem para o equilíbrio.
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
Analisaremos a partir de agora o que chamamos estática
comparativa: variações nas curvas de oferta e demanda
que modificam o equilíbrio de um ponto de equilíbrio
inicial para um novo ponto de equilíbrio.
Seguiremos 3 etapas...
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
1) Analisar se o acontecimento desloca a curva de oferta
ou a curva de demanda (ou as duas);
2) Analisar em qual direção a curva se desloca,
3) Usar o diagrama de oferta e demanda para ver como o
deslocamento altera o preço e a quantidade de equilíbrio.
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4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
Exemplo 1: Suponhamos que o tempo fique muito quente
num determinado verão. Como isso afeta o mercado de
sorvete?
Deveremos descobrir qual curva se relaciona com o
acontecimento e verificar qual efeito sobre ela. Como está
mais quente, os consumidores “mudam” seus gostos
temporariamente, o que se reflete na curva de demanda.
Como consomem mais sorvete, a demanda aumenta,
deslocando-se para a direita. Usemos, então, o diagrama
para ver o que acontece com o ponto de equilíbrio.
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
E2
ODPQ
0 ++ +
E1
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
Exemplo 2: Suponhamos que, num outro verão, um
furacão destrua parte da safra de cana-de-açúcar e que
isso aumente o preço do açúcar. Como isso afeta o
mercado de sorvete?
O açúcar é um insumo para a produção de sorvete. Logo,
com a elevação dos custos de produção, os vendedores
reduzirão sua produção, o que afeta a curva de oferta,
deslocando-a para a esquerda, pois houve uma diminuição
da oferta de sorvetes no mercado.
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4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
ODPQ
- 0+ E2
E1
4. Equilíbrio em um Mercado
2. Mudança no Equilíbrio
Vide livro de Introdução à Economia, de N. Gregory
Mankiw, Capítulo 4 para mais informações, inclusive
quanto ao deslocamento simultâneo das curvas de oferta
e demanda.
4. Equilíbrio em um Mercado
3. Síntese
Variação na quantidade demandada
Deslocamento sobre a curva (∆ Px = ∆ Lei)
Variação na demanda
Deslocamento da curva (∆ Pz,Y, H, etc = ∆ Perfil)
Variação na quantidade ofertada
Deslocamento sobre a curva (∆ Px = ∆ Lei)
Variação na oferta
Deslocamento da curva (∆ Pi, T, Pz, etc = ∆ Perfil)
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4. Equilíbrio em um Mercado
3. Síntese
5. Exercícios
Exercício 1
Considere o mercado de minivans. Para cada um dos eventos abaixo,
indique se a oferta ou a demanda são afetadas e de que maneira:
a) As pessoas decidem ter mais filhos. ( R: AUMENTA)
b) Uma greve dos metalúrgicos aumenta o preço do aço. (R: DIMINUI)
c) Os engenheiros desenvolvem novas máquinas automatizadas para a
produção de minivans. (R: AUMENTA)
d) O preço dos utilitários esporte aumenta. (R: DIMINUI)
e) Uma queda no mercado de ações reduz o poder aquisitivo das
pessoas. (R: DIMINUI)
5. Exercícios
Exercício 2
Pesquisas de mercado revelaram as seguintes informações
sobre o mercado de barras de chocolate: a escala de
demanda pode ser representada pela equação QD = 1600 –
30P, onde QD é a quantidade demandada e P, o preço. A
escala de oferta pode ser representada pela equação QS =
1400 + 70P, onde QS é a quantidade ofertada. Calcule o
preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio no
mercado de barras de chocolate.
Resposta: P = 2 e QO = QS = 1540
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5. Exercícios
Exercício 3
Continue considerando a escala de demanda representada
pela equação QD = 1600 – 30P e a escala de oferta
representada pela equação QS = 1400 + 70P. Se o governo
tabelar um preço mínimo de R$ 5 por barra de chocolate,
haverá excesso de oferta ou de demanda? De quanto?
Resposta: Excesso de oferta de 300
V.Elasticidades
Economia
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1.
2.
Conceitos Iniciais
Elasticidade da Demanda
1.
2.
3.
4.
3.
Elasticidade da Oferta
1.
2.
4.
Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
Cálculo da Elasticidade-preço
Receita Total e Elasticidade-preço
Outras Elasticidades da Demanda
Elasticidade-preço da oferta e seus determinantes
Cálculo da Elasticidade-preço
Exercícios
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1. Conceitos Iniciais
O preço do bem se ajusta para conduzir a quantidade
ofertada e a quantidade demandada do bem ao
equilíbrio. Para aplicarmos essa análise básica,
precisamos, antes, desenvolver mais uma ferramenta:
o conceito de elasticidade.
A elasticidade, uma medida da resposta dos compradores
e vendedores às mudanças das condições do mercado,
nos permite analisar a oferta e a demanda com maior
precisão.
2. Elasticidade da Demanda
Quando introduzimos o conceito de demanda no capítulo
passado nossa discussão foi qualitativa, não
quantitativa, ou seja, discutimos a direção em que a
quantidade demandada se move, mas não a dimensão
do movimento.
Para medirem o quanto os consumidores reagem a
mudanças dessas variáveis, os economistas usam o
conceito de elasticidade.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
A lei da demanda afirma que uma queda no preço de um
bem aumenta a quantidade demandada dele.
A elasticidade-preço da demanda mede o quanto a
quantidade demandada reage a uma mudança no
preço.
A demanda por um bem é chamada de elástica se a
quantidade demandada responde substancialmente a
mudanças no preço. Diz-se que a demanda por um
bem é inelástica se a quantidade demandada responde
pouco a mudanças no preço.
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2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
A elasticidade-preço da demanda de qualquer bem mede o
quanto os consumidores estão dispostos a deixar de
adquirir do bem à medida que seu preço aumenta.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
Podemos apresentar algumas regras gerais sobre o que
determina a elasticidade-preço da demanda:
a) Disponibilidade de substitutos próximos: bens com
substitutos próximos tendem a ter demanda mais
elástica porque é mais fácil para os consumidores
trocá-los por outros.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
Exemplo de substitutos próximos/perfeitos:
Manteiga e margarina; um real em moedas de 50 ou 25
centavos (moeda é um substituto).
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2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
b) Bens necessários e bens supérfluos: os bens necessários
tendem a ter demanda inelástica, enquanto que a
demanda por bens supérfluos (ou bens de luxo) tende a
ser elástica.
Exemplo de bens necessários:consultas médicas
Exemplo de bens de luxo: obras de arte, carros esportivos.
c) Definição do mercado: as elasticidades da demanda em
qualquer mercado depende de como traçamos os limites
deste. Mercados definidos de forma restrita tendem a ter
demanda mais elástica do que mercados definidos de
forma ampla, uma vez que é mais fácil encontrar
substitutos para bens definidos de maneira restrita.
2. Elasticidade da Demanda
1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes
d) Horizonte de tempo: os bens tendem a apresentar
demanda mais elástica em horizontes de tempo mais
longos (as pessoas reagirão à variação dos preços).
*um aumento do preço da gasolina reduz mais a quantidade
demandada em três anos do que em três meses.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
Os economistas calculam a elasticidade-preço da demanda
como a variação percentual da quantidade demandada
dividida pela variação percentual do preço:
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2. Elasticidade da Demanda
2. Cálculo da Elasticidade-Preço
a) Perfeitamente Inelástica: A quantidade demandada não
responde a variações no preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Cálculo da Elasticidade-Preço
Exemplo de Demanda Perfeitamente Inelástica:
O preço da insulina para o consumidor diabético.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
b)Demanda Inelástica: A quantidade demandada não
responde fortemente a variações no preço.
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2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
Exemplo de uma Demanda Inelástica:
Sal de cozinha: um aumento no preço desse produto vai
acarretar uma diminuição no consumo, porém em menor
índice, pois como não existe um substituto para ele, e por
ser essencial, o consumidor não tem como fugir deste
aumento.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
c) Elasticidade Unitária: A quantidade demandada varia na
mesma porcentagem do preço.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
d) Demanda Elástica: A quantidade demandada responde
fortemente a variações no preço.
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2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
Exemplo:
Aumento no preço da carne de boi leva o consumidor a
consumir mais frango.
2. Elasticidade da Demanda
2. Calculo da Elasticidade-Preço
e) Perfeitamente Elástica: A quantidade demandada varia
infinitamente com qualquer variação no preço.
2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
A receita total é a quantia paga pelos compradores e
recebida pelos vendedores de um bem, calculada
como o preço do bem multiplicado pela quantidade
vendida.
RT= P x Q
A receita total varia de acordo com a elasticidade-preço da
curva de demanda.
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2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
Se a demanda for inelástica (ou seja, se a variação do
preço for maior que a variação da quantidade) um
aumento no preço causará uma diminuição pequena
no quantidade demandada e, portanto, um aumento
na receita total.
Se a demanda for elástica (ou seja, se a variação da
quantidade for maior que a variação do preço) um
aumento no preço causará uma diminuição grande no
quantidade demandada e, portanto, uma queda na
receita total.
2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
Ilustram uma regra geral:
Quando a demanda é inelástica, o preço e a receita
total movem-se na mesma direção.
b) Quando a demanda é elástica o preço e a receita total
movem-se em direções opostas.
c) S a demanda tem elasticidade unitária a receita total
permanece constante quando o preço varia.
a)
2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
a)
Quando a demanda é inelástica, o preço e a receita
total movem-se na mesma direção.
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2. Elasticidade da Demanda
3. Receita Total e Elasticidade-preço
b)
Quando a demanda é elástica o preço e a receita total
movem-se em direções opostas.
2. Elasticidade da Demanda
4. Elasticidade-Renda
Elasticidade-Renda da Demanda: medida do quanto a
quantidade demandada de um bem responde a uma
variação na renda dos consumidores, calculada assim:
2. Elasticidade da Demanda
4. Elasticidade-Renda
Bens com elasticidades-renda positivas são conhecidos
por bens normais, ou seja, a quantidade demandada
aumenta com o aumento da renda.
Bens com elasticidades-renda negativas são conhecidos
por bens inferiores, ou seja, a quantidade demandada
diminui com o aumento da renda.
Exemplo: passagens de ônibus.
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2. Elasticidade da Demanda
5. Elasticidade-Preço Cruzada
Elasticidade preço-cruzada da demanda: mede o quanto a
quantidade demandada de um bem varia à medida
que o preço de um outro bem varia. É calculada como:
2. Elasticidade da Demanda
4. Outras Elasticidades da Demanda
O fato de a elasticidade preço cruzada ser um número
positivo ou negativo depende de os dois bens em
questão serem substitutos ou complementares.
Bens substitutos: EPc > 0
Bens complementares: EPc < 0
3. Elasticidade da Oferta
1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes
A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade
ofertada responde a mudanças no preço. A oferta de um
bem é chamada de elástica se a quantidade ofertada
responde substancialmente a mudanças no preço. A
oferta é chamada de inelástica se a quantidade ofertada
responde pouco a mudanças no preço.
A elasticidade preço da oferta depende da flexibilidade que os
vendedores têm de mudar a quantidade do bem que
produzem e do horizonte de tempo.
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3. Elasticidade da Oferta
1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes
Por exemplo, qual é a elasticidade-preço dos terrenos de
frente para o mar?
Muito inelástica, pois é quase impossível aumentar a oferta
desse bem.
E qual a elasticidade-preço de livros, carros e bens
manufaturados?
São elásticos, pois há muita disponibilidade desses bens.
3. Elasticidade da Oferta
1. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes
Calcularemos a elasticidade-preço da oferta pela variação
percentual da quantidade ofertada pela variação
percentual do preço do bem.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
As curvas de oferta apresentam os mesmo tipos de
elasticidade das curvas de demanda, ou seja:
a) Perfeitamente inelástica
b) Inelástica
c) Unitária
d) Elástica
e) Perfeitamente elástica
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3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
a) Perfeitamente Inelástica: A quantidade ofertada não
responde a variações no preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
b) Oferta Inelástica: A quantidade ofertada não responde
fortemente a variações no preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
c) Elasticidade Unitária: A quantidade ofertada varia na
mesma porcentagem do preço.
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3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
d) Oferta Elástica: A quantidade ofertada responde
fortemente a variações no preço.
3. Elasticidade da Oferta
2. Cálculo da Elasticidade-preço
e) Perfeitamente Elástica: A quantidade ofertada varia
infinitamente com qualquer variação no preço.
4. Exercícios
1.
Suponha que os viajantes a negócios e os turistas tenham
as seguintes demandas por passagens aéreas de Nova
York para Boston:
Quantidade
Preço
a)
b)
Quantidade demandada
(viajantes a negócios)
demandada
(turistas)
R$ 150,00
2100
1000
R$ 200,00
2000
800
R$ 250,00
1900
600
R$ 300,00
1800
400
À medida que o preço aumenta de R$ 200,00 para R$
250,00, qual é a elasticidade-preço da demanda para (i) os
viajantes a negócios e (ii) os turistas? (Use o método do
ponto médio em seus cálculos)
Por que a elasticidade dos turistas seria diferente da dos
viajantes a negócios?
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4. Exercícios
2. Os medicamentos têm demanda inelástica e os
computadores têm demanda elástica. Suponhamos
que um avanço tecnológico dobre a oferta dos
produtos (ou seja, a quantidade ofertada a cada
preço será o dobro da original).
O que acontecerá com o preço de equilíbrio e a
quantidade de equilíbrio em cada mercado?
b) Que produto sofrerá uma grande variação no preço?
c) Que produto sofrerá uma grande variação na
quantidade?
d) O que acontecerá com a despesa total dos
consumidores com cada produto?
a)
4. Exercícios
3. Para uma elasticidade-preço igual a -2, preveja se o
faturamento total de um produto aumenta ou
diminui quando ocorre um aumento de 10% em seu
preço. Lembre que o faturamento é dado pela
multiplicação da quantidade pelo preço. Faça o
mesmo exercício para uma elasticidade-preço igual a 0,5 e depois, para -1.
4. Exercícios
4. Para cada um dos bens abaixo, qual você espera que
tenha demanda mais elástica e por quê?
a) Livros didáticos obrigatórios ou romances.
b) Aquecimento central a óleo nos próximos seis meses ou
aquecimento central a óleo nos próximos cinco anos.
c) Guaraná ou água.
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VI.Excedentes do Consumidor
e do Produtor
Economia
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1.
Conceitos Iniciais
2. O Excedente do Consumidor
3. O Excedente do Produtor
4. Eficiência de Mercado
1. Conceitos Iniciais
Anteriormente, vimos como, nas economias de mercado,
as forças de oferta e demanda determinam o preço e a
quantidade vendida dos bens e serviços.
Descrevemos a maneira como a sociedade aloca os
recursos escassos sem abordar diretamente a questão
de que se essa alocação é desejável.
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1. Conceitos Iniciais
“Nossa análise foi positiva (aquilo que é) e não normativa
(aquilo que deveria ser)”
Estudaremos, portanto, a chamada economia do bemestar, o estudo de como a alocação de recursos afeta o
bem-estar econômico.
2. O Excedente do Consumidor
Iniciemos, então, nosso estudo do bem-estar com os
benefícios que os compradores recebem por sua
participação no mercado.
Observemos o exemplo:
Imagine que você é fã de Bob Marley e que está
interessado em comprar o primeiro álbum dele.
Digamos que você esteja disposto a pagar R$100,00
pelo mesmo, porém, a pessoa que está pretendendo
vendê-lo, quer R$ 80,00 pelo álbum.
Que benefício você obtém da compra do álbum?
2. O Excedente do Consumidor
Medimos o excedente do consumidor pela diferença entre
a quantia que o comprador está disposto a pagar (a
quantia máxima que um comprador pagará por um bem; o
valor que o comprador atribui ao bem) menos a quantia
que ele realmente paga.
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2. O Excedente do Consumidor
Usaremos a curva de demanda para media os excedentes
de todos os consumidores de um mercado.
Já sabemos que a curva de demanda reflete o quanto os
consumidores estão dispostos a pagar por uma
determinada quantidade de bens e serviços.
2. O Excedente do Consumidor
Observe o exemplo:
2. O Excedente do Consumidor
Como o preço afeta o excedente do consumidor???
Se o preço cair, o excedente do consumidor aumentará ou
diminuirá? E se o preço subir?
Vejamos no gráfico a seguir:
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2. O Excedente do Consumidor
Valor
para o consumidor
1
Observe
o exemplo:
Valor para o consumidor 2
Valor para o consumidor 3
3. O Excedente do Produtor
Medimos o excedente do produtor pela diferença entre o
montante que um vendedor recebe e o seu custo de
produção.
Mede o quanto o produtor se beneficia por participar do
mercado.
Imagine que um pintor tenha um custo de produção de R$
300,00 pelo seu serviço. Se lhe é pago o valor de R$ 500,00
seu excedente é de R$ 200,00.
3. O Excedente do Produtor
Usaremos a curva de oferta para medir os excedentes de
todos os produtores de um mercado.
Já sabemos que a curva de oferta reflete o quanto os
produtores estão dispostos a receber por uma
determinada quantidade de bens e serviços.
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3. O Excedente do Produtor
Da mesma forma que fizemos a análise do
excedente do consumidor, podemos fazer agora a
análise do excedente do produtor.
Observe o exemplo:
3. O Excedente do Produtor
4. Eficiência de Mercado
O excedente do consumidor e o excedente do produtor
são as ferramentas básicas dos economistas para estudar o
bem-estar dos compradores e vendedores.
Uma “medida possível de bem-estar” é a soma dos
excedentes do consumidor e dos excedentes do produtor,
que chamamos de excedente total.
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4. Eficiência de Mercado
Para entender melhor essa medida do bem-estar
econômico, lembre-se de como medimos os excedentes
do consumidor e do produtor.
Definimos excedente do consumidor como:
Excedente do consumidor = Valor para compradores –
Quantia paga pelos compradores
De maneira similar, medimos o excedente do produtor
como:
Excedente do produtor = Quantia recebida pelos
vendedores – Custo para vendedores
4. Eficiência de Mercado
Quando somamos os excedentes do consumidor e do
produtor, temos:
Excedente total = Valor para os compradores – Quantia
paga pelos compradores + Quantia recebida pelos
vendedores – Custo para vendedores
A quantia paga pelos compradores é igual à quantia
recebida pelos vendedores; com isso, podemos escrever o
excedente total como:
Excedente total = Valor para os compradores – Custo para
vendedores
4. Eficiência de Mercado
O excedente total de um mercado é o valor total atribuído
pelos compradores dos bens, medido por sua disposição
para pagar, menos o custo total dos vendedores que
fornecem esses bens.
Se uma alocação de recursos é eficiente, dizemos que ela
maximiza o excedente total recebido por todos os
membros da sociedade. Se uma alocação não é eficiente,
então parte dos ganhos do comércio entre compradores e
vendedores não está sendo obtida.
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4. Eficiência de Mercado
A eficiência máxima do mercado é atingida quando oferta e demanda
se igualam. Nesse ponto, o valor para compradores é igual ao custo
para vendedores, o que maximizará o excedente total.
4. Eficiência de Mercado: impostos
IMPOSTO:
Conduz a uma barreira entre o preço pago pelos
compradores e os preços recebidos pelos
vendedores;
Aumenta o preço que os compradores pagam e
diminui o preço que os vendedores recebem;
Reduz a quantidade comprada e vendida.
4. Eficiência de Mercado: impostos
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4. Eficiência de Mercado: impostos
4. Eficiência de Mercado: impostos
Efeito sobre o bem estar social
4. Eficiência de Mercado: impostos
Efeito sobre o bem estar social
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4. Eficiência de Mercado: impostos
Peso Morto
4. Eficiência de Mercado: impostos
Peso Morto e Elasticidades
4. Eficiência de Mercado: impostos
Peso Morto e Elasticidades
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4. Eficiência de Mercado: impostos
Peso Morto e Elasticidades
4. Eficiência de Mercado: impostos
Peso Morto e Elasticidades
4. Eficiência de Mercado: impostos
Peso Morto e Arrecadação
Tributária
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4. Eficiência de Mercado: impostos
Peso Morto e Arrecadação
Tributária
4. Eficiência de Mercado: impostos
Peso Morto e Arrecadação
Tributária
78
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