farinha de casco – chifre e sangue como fonte de nitrogênio

Propaganda
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL
FARINHA DE CASCO – CHIFRE E SANGUE COMO
FONTE DE NITROGÊNIO PARA O CAPIM
MOMBAÇAi
LUIZ ALBERTO KUYUMJIAN
Gurupi
Janeiro/2014
LUIZ ALBERTO KUYUMJIAN
Farinha de casco – chifre e sangue como fonte de
nitrogênio para o capim Mombaça
Dissertação apresentada à banca constituída pelo
Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, da
Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi,
em 17 de Janeiro de 2014, como requisito para obtenção
do título de Mestre em Produção Vegetal.
Gurupi
Janeiro/2014
Farinha de casco – chifre e sangue como fonte de Nitrogênio
para o capim Mombaça
Trabalho realizado junto ao programa de Mestrado em Produção Vegetal
da Universidade Federal do Tocantins, sob a orientação do Prof. DSc.
Rubens Ribeiro da Silva.
Aprovada em 17 de janeiro de 2014.
BANCA
____________________________________________
Prof. DSc. Rubens Ribeiro da Silva
Professor da Universidade Federal do Tocantins - Gurupi
(Orientador)
_____________________________________________
Prof. DSc. Antônio Clementino dos Santos
Professor da Universidade Federal do Tocantins - Araguaína
(Avaliador)
_____________________________________________
Prof. DSc. Aurélio Vaz de Melo
Professor da Universidade Federal do Tocantins - Gurupi
(Avaliador)
_____________________________________________
Prof. DSc. Rodrigo de Castro Tavares
Professor da Universidade Federal do Tocantins - Gurupi
(Avaliador)
A minha esposa Lina, meu amor e grande incentivadora.
A minha filha Débora, meu legado de quem, muito me orgulho.
Ao meu neto Enzo, minha alegria.
DEDICO ESTA CONQUISTA!
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal do Tocantins, pela oportunidade de realização deste curso.
À Coordenação do Curso de Pós-graduação em Produção Vegetal e todo o corpo
docente pelos conhecimentos transmitidos e exemplo profissional.
Ao meu orientador, professor doutor Rubens Ribeiro da Silva, muito obrigado pela
confiança, amizade, orientação, dedicação e por todos os esforços para ajudar-me no
desenvolvimento da pesquisa e na realização deste trabalho.
Ao professor DSc. Aurélio Vaz de Melo, pela paciência, disponibilidade e
inestimável colaboração na realização deste trabalho.
A todos os professores e funcionários da UFT Gurupi, pelas contribuições diretas e
indiretas como a acolhida e amizade construída ao longo da trajetória do mestrado.
Aos membros da banca pelos comentários, sugestões e conhecimentos que
aprimoram este trabalho.
Aos meus amigos e colegas de pós-graduação: pela amizade, apoio e incentivos.
Ao amigo e colega de pós-graduação João Vidal de Negreiros Neto pela
colaboração em todas as fases da pesquisa.
Aos alunos de graduação: Jeferson, Guilherme e Paulo pela amizade e colaboração
durante todo o período de mestrado.
A equipe do Laboratório de solos - LABSOLO DA UFT, coordenado pelo Prof.
DSc. Rubens Ribeiro da Silva, pelo apoio indispensável para a realização deste trabalho.
E a todos que de alguma forma contribuíram nesta tarefa.
Muito obrigado!
“A busca por soluções na área de resíduos reflete a demanda
da sociedade que pressiona por mudanças motivadas pelos
elevados custos socioeconômicos e ambientais” (Ministério
do Meio Ambiente).
LISTA DE SIGLAS
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
ANDA - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DIFUSÃO DE ADUBOS.
CFSEMG - COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS
GERAIS.
COOPERFRIGU – COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE CARNE E DERIVADOS
DE GURUPI.
DAE – DIAS APÓS A EMERGÊNCIA.
EMBRAPA – EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA.
ER - EFICIÊNCIA DA ADUBAÇÃO NITROGENADA.
FCC - FARINHA DE CASCO E CHIFRE.
FS - FARINHA DE SANGUE.
MMA - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE.
PNRS - PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS.
RAF - RAZÃO DA ÁREA FOLIAR.
TAL - TAXA ASSIMILATÓRIA LÍQUIDA.
TCA - TAXA DE CRESCIMENTO ABSOLUTO.
TCR - TAXA DE CRESCIMENTO RELATIVO.
TF - TAXA FOTOSSINTÉTICA.
UFT - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Resultado de análise de solo ...............................................................................20
Tabela 2 - Caracterização química e física de resíduos orgânicos e ureia (Gurupi-TO, 2014)
.............................................................................................................................................. 22
Tabela 3 - Massa seca da parte aérea do capim Mombaça em função de diferentes doses de
N (Gurupi – TO, 2014) ......................................................................................................... 25
Tabela 4- Massa verde da parte aérea do capim Mombaça, em função de diferentes doses de
N (Gurupi – TO, 2014) ......................................................................................................... 26
Tabela 5- Números de perfilhos por plantas do capim Mombaça, em função de crescentes
doses de N via diferentes fertilizantes (Gurupi – TO 2014) ................................................. 27
Tabela 6 - Clorofila a de folhas do capim Mombaça, em função de diferentes doses de N
(Gurupi – TO 2014) .............................................................................................................. 28
Tabela 7- Clorofila b de folhas do capim Mombaça, em função de diferentes doses de N
(Gurupi – TO 2014) .............................................................................................................. 28
Tabela 8 - Clorofila total de folhas do capim Mombaça, em função de diferentes doses de N
(Gurupi – TO 2014) .............................................................................................................. 29
Tabela 9 - Teor de N de folhas do capim Mombaça, em função de diferentes doses de N
(Gurupi – TO 2014) .............................................................................................................. 30
Tabela 10 - Teor de proteína bruta nas folhas do capim Mombaça, em função de diferentes
doses de N (Gurupi – TO 2014) ........................................................................................... 31
Tabela 11– Índice de eficiência agronômica das fontes orgânicas e ureia no capim
Mombaça em função de doses crescentes de N (Gurupi – TO 2014) .................................. 31
Tabela 12- Caracterização química e física de resíduos orgânicos e ureia (Gurupi-TO, 2014)
.............................................................................................................................................. 45
Tabela 13–Área foliar do capim Mombaça, em função de diferentes doses de N. Gurupi –
TO, 2014 ............................................................................................................................... 47
Tabela 14– Razão da área foliar do capim Mombaça, em função de diferentes doses de N.
Gurupi – TO, 2014 ............................................................................................................... 48
Tabela 15– Taxa assimilatória líquida do capim Mombaça, Gurupi – TO, 2014 ............... 49
Tabela 16– Taxa de Crescimento Relativo do capim Mombaça, Gurupi – TO, 2014 ......... 50
Tabela 17–Taxa de Crescimento Absoluto do capim Mombaça, Gurupi – TO, 2014 ......... 51
Tabela 18 – Taxa Fotossintética do capim Mombaça, Gurupi – TO, 2014 .......................... 51
SUMÁRIO
RESUMO GERAL ........................................................................................................... x
GENERAL ABSTRACT................................................................................................. xi
INTRODUÇÃO GERAL ............................................................................................... 12
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 14
CAPÍTULO 1 ................................................................................................................. 15
FARINHA DE CASCO – CHIFRE E SANGUE COMO FONTES ALTERNATIVAS DE
NITROGÊNIO PARA ADUBAÇÃO DE COBERTURA EM CAPIM MOMBAÇA .. 15
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 18
MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 20
RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 25
Massa seca da parte aérea ................................................................................... 25
Massa verde da parte aérea ................................................................................. 26
Número de perfilhos ........................................................................................... 27
Clorofila .............................................................................................................. 27
Teor de Nitrogênio ............................................................................................. 29
Teor de proteína bruta ........................................................................................ 30
Índice de Eficiência Agronômica (IEA) ............................................................. 31
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 34
CAPÍTULO 2 ................................................................................................................. 37
RESPOSTAS FISIOLÓGICAS DO CAPIM MOMBAÇA EM FUNÇÃO DO USO DE
FARINHA DE CASCO – CHIFRE E SANGUE COMO FONTE NITROGENADA. . 37
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 40
MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 43
RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 47
Área foliar (AF) .................................................................................................. 47
Razão da área foliar (RAF)................................................................................. 48
Taxa assimilatória líquida (TAL) ....................................................................... 49
Taxa de crescimento relativo (TCR) .................................................................. 50
Taxa de crescimento absoluto (TCA) ................................................................. 50
Taxa fotossintética (TF) ..................................................................................... 51
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 54
RESUMO GERAL
O trabalho teve como objetivo avaliar o potencial do uso de farinha de casco – chifre e
sangue como fonte de nitrogênio na adubação do capim Mombaça, bem como avaliar a
resposta fisiológica do capim-Mombaça em função do uso de farinha de casco – chifre e
sangue como fonte nitrogenada. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, com a
forrageira capim Mombaça (Panicum maximum), e o delineamento experimental foi em
blocos inteiramente casualizados, com quatro repetições. Os treze tratamentos foram
realizados em esquema fatorial 4 X 3 +1, sendo três fontes de nitrogênio, duas delas
alternativas: farinha de casco e chifre (FCC), farinha de sangue (FS) e uma mineral (Ureia).
O tratamento adicional foi constituído da ausência de adubação nitrogenada e o segundo
fator foi composto por cinco doses de nitrogênio (50, 100, 150, e 200 mg dm-3). Foram
avaliados os indicadores: altura de planta, massa seca e massa verde da parte aérea, teores
de nitrogênio, proteína, clorofila, e perfilhamento. Como indicadores do potencial de
liberação de nitrogênio pelas fontes alternativas foram realizadas determinações na planta
como: razão de área foliar (RAF). Taxa assimilatória líquida (TAL), taxa de crescimento
relativo (TCR), taxa de crescimento absoluto (TCA) e taxa fotossintética (TF A fonte FS
promove maior produção de MSPA, até a dose de 150 mg dm3 de N, quando foi superado
pela ureia e pelo FCC. Todas as fontes alternativas de nitrogênio apresentam produção
superior à testemunha nas quatro doses de N. As melhores doses de N para produção de
capim Mombaça com a utilização das fontes FS, FCC e Ureia são 150: 200 mg dm3
respectivamente. A melhor fonte foi a Ureia, seguida do FS e FCC. O capim mombaça
ainda responde à doses superiores a 200 mg dm3 de nitrogênio aplicadas parceladas em três
épocas por meio das fontes FCC, FS e Ureia nos principais indicadores fisiológicos. A
fonte nitrogenada Ureia, seguida da FS e FCC proporcionam maior produção do capim
mombaça em relação a ausência de adubação. Em doses menores 200 kg ha-1 de nitrogênio,
as fontes orgânicas FS e FCC apresentam tendência de melhores eficiências que a Ureia.
Palavras-chave: mineralização, resíduos agroindustriais, adubação orgânica, taxa assimilatória,
taxa de crescimento.
x
GENERAL ABSTRACT
The study aimed to assess the potential of using flour Hulk - horn and blood as a source of
nitrogen fertilization on the grass Mombasa, as well as evaluating the physiological
response of Mombasa grass due to the use of flour Hull - horn and blood as a nitrogen
source. The experiment was conducted in a greenhouse with the forage grass Mombasa
(Panicum maximum), and the experimental design was a completely randomized block
design with four replications. The thirteen treatments were performed in a factorial 4 x 3
+1, three sources of nitrogen, two of these alternatives: hoof and horn meal (FCC), blood
meal (FS) and a mineral (urea). Plant height, dry weight and fresh weight of: Additional
treatment consisted of the absence of nitrogen and the second factor was composed of five
nitrogen rates (50, 100, 150, and 200 mg dm-3) indicators were evaluated shoots, nitrogen
contents , protein , chlorophyll, and tillering. As indicators of the potential for release of
nitrogen by alternative sources determinations were performed in the plant as leaf area ratio
(LAR). Net assimilation rate (NAR), relative growth rate (RGR), absolute growth rate
(AGR) and Photosynthetic Rate (TF). The source FS promotes greater production of
MSPA, up to150 mg N dm-3, when it was surpassed by the urea and the FCC. All
alternative sources of nitrogen present higher than the control production at four levels of
N. The optimum doses of N for grass production Mombasa with the use of FS, FCC and
urea sources are 150, 200 mg dm-1 respectively. The best source was urea, followed by SM
and FCC. The Mombasa grass still responds to doses higher than 200 mg dm-3 of nitrogen
applied in three application periods through the FCC, FS and urea sources in key
physiological indicators. Urea Nitrogen source, then the FCC FS and provide higher
production from Mombasa grass in relation to the absence of fertilization. In smaller doses
200 mg dm-3 of nitrogen, organic sources and FS FCC present trend of improved
efficiencies that Urea.
Key words: mineralization, organic residues, organic manure, assimilation rate, growth
rate.
xi
INTRODUÇÃO GERAL
Estima-se que no Brasil sejam produzidas cerca de 1.703.773.970 t ano-1, de dejetos
gerados pela pecuária. Considerando apenas os dejetos gerados pelas criações de aves,
suínos e bovinos de leite (predominantemente confinadas ou semi-confinadas), estima-se
uma produção total de 365.315.261 ton ano-1 de dejetos no Brasil. Associadas às criações,
têm-se as indústrias primárias (abatedouros, laticínios e graxarias), que geram resíduos
sólidos e líquidos (MMA, 2012).
Como este tipo de resíduo, sempre foi considerado lixo, não há dados mais
específicos sobre cada tipo e respectivas fontes, mas o certo é que todos eles são poluentes
e, quando acumulados, podem tornar-se altamente inatrativos, mal-cheirosos e fonte de
doenças (MMA, 2012). Visando regulamentar a destinação destes e outros resíduos, após
20 anos de trâmite legislativo, a lei 12.305 de 2 de agosto de 2010 instituiu a Política
Nacional de Resíduos Sólidos. No Inciso VI do artigo 15, a lei dispõe que o (PNRS) Plano
Nacional de Resíduos Sólidos conterá os programas, projetos e ações para o atendimento
das metas previstas.
Por outro lado, dados da ANDA – Associação Nacional de Difusão de Adubos
(2013) mostram elevação de 10,7% no consumo de fertilizantes nitrogenados, passando de
541 mil toneladas no primeiro bimestre de 2011 para 599 mil em 2012. No mesmo período,
as importações totais de fertilizantes sofreram queda de 26,8%. No entanto a eficiência com
que o nitrogênio é aproveitado, considerando as formas como são apresentadas no mercado,
ainda é muito baixa.
A baixa eficiência da adubação nitrogenada tem provocado uma grande
preocupação na busca de insumos nitrogenados mais baratos, e principalmente que ofereça
maior eficiência no aproveitamento desse nutriente pelas plantas. Sabe-se que a quantidade
de N mineralizado é função do conteúdo e da taxa de mineralização das formas orgânicas
nitrogenadas presentes nos resíduos orgânicos, o que sugere uma relação direta entre o Nmineralizado e a absorção de N pelas plantas (CAMARGO et al., 1997; BELO et al., 2012;
CARNEIRO et al., 2013).
O uso de resíduos orgânicos vem crescendo mundialmente, e se bem conduzida, é
alternativa ecologicamente correta e economicamente viável (SEGATTO et al., 2012).
12
Mesmo que lentamente, o desenvolvimento da consciência ecológica em diferentes
camadas e setores da sociedade mundial envolvendo, também, o setor da educação, a
exemplo das Instituições de Ensino Superior (TAUCHEN & BRANDLI, 2006).
Muitos trabalhos acadêmicos, sobre o aproveitamento de resíduos orgânicos como
fonte potencial de liberação de nutrientes para as plantas, têm sido desenvolvidos. Laber
(2003) investigou e concluiu que a farinha de casco e chifres é muito eficaz para aumentar a
velocidade de liberação do nitrogênio para absorção por hortaliças. Welch et al. (1991)
também citam a farinha de casco e chifre como composto de um tratamento experimental
visando elevar o nível de N da mistura. Já Cavallaro Júnior et al. (2009) avaliaram a
produtividade de rúcula e tomate em função do uso de fontes orgânicas e minerais.
Entretanto, pouco se conhece sobre a influência de fontes orgânicas na adubação
nitrogenada versus esses aspectos fisiológicos e produtivos do capim Mombaça. Também
são escassos na literatura estudos focando índices fisiológicos de Panicum Maximum Jacq.
cv. Mombaça em função de adubação nitrogenada.
A busca de eficiência na adubação nitrogenada através do uso de fontes orgânicas
foi desenvolvida durante o ano de 2013, no âmbito do programa de pós-graduação em
Produção Vegetal, ofertado pela Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi. O
objetivo geral foi avaliar o potencial do uso de resíduos orgânicos: farinha de casco e chifre
bovinos (FCC) e farinha de sangue bovino (FS), como fonte alternativa de nitrogênio na
adubação de cobertura do capim Mombaça, bem como avaliar a resposta fisiológica da
forrageira, em função do uso de resíduos orgânicos como fonte nitrogenada.
13
BIBLIOGRAFIA
Associação Nacional de Difusão de Adubos - ANDA. Principais Indicadores do Setor de
Fertilizantes.
Disponível
em:
<http://www.anda.org.br/index.php
mpg=03.00.00;ver=por> Acesso em 01 de dezembro de 2013.
Belo, E. S.; Terra, F. D.; Rotta, L. R.; Vilela, L. A.; Paulino, H. B.; Sousa, E. D.; Vilela, L.
A. F.; Carneiro M. A. C. Decomposição de diferentes resíduos orgânicos e efeito na
atividade microbiana em um latossolo vermelho de cerrado. Gl. Sci Technol., Rio
Verde, v. 05, n. 03, set/dez., p. 107–116, 2012.
Brasil. Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível
em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm Acesso
em 08 de jan de 2014.
Camargo, F. A. O.; Gianello C.; Vidor C. Potencial de mineralização do nitrogênio em
solos do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 21, p. 575-579,
1997.
Carneiro, W. J.; Silva C. A.; Muniz J. A.; Savia T. V. Mineralização de nitrogênio em
latossolos adubados com resíduos orgânicos. Revista Brasileira de Ciência do Solo,
37, p.715-725, 2013.
Cavallaro Júnior, M. L.; Trani, P. E.; Passos, F. A.; Kuhn Neto, J.; Tivelli, S. W.
Produtividade de rúcula e tomate em função da adubação N e P orgânica e mineral.
Bragantia. 68.2, p. 347-356, 2009.
Laber, H. N-Freisetzung aus organischen Handelsdünger – Übersicht ung eigene
Versuchsergebnisse im ökologischen Gemüsebau. Tagungsband zum Statusseminar
Ressortforschung für den ökologischen Landbau – Aktivitaten aus Bund und
Lander, marz 2003. Disponível em: <http://orgprints.org/00002041/>. Acesso em 7
dez 2013.
Ministério do Meio Ambiente - M.M.A. Resíduos Sólidos. Disponível em <http://ww
w.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos> acesso em 08 de jan de 2014.
______ . Plano Nacional de Resíduos Sólidos: versão pós Audiências e Consulta Pública
para
Conselhos
Nacionais,
2012.
Disponível
em
http://www.mma.gov.br/port/conama/reuniao/dir1529/PNRS_consultaspublicas.pdf.
Acesso em 09 de Jan de 2014.
Segatto, M. P.; Andreazza, R.; Bortolon, L.; Santos, V. P.; Gianello, C.; Camargo, F. A. O.
Decomposição de resíduos industriais no solo. Ciência e Natureza, UFSM, 34(1), p.
49-62, 2012.
Tauchen J.; Brandli L.; A Gestão Ambiental em Instituições de Ensino Superior:
Modelo para implantação em Campus Universitário. 2006.
Welch, R. W.; Leggett, J. M. E.; Lloyd, J. D.; Variation in kernel. (1 3), (1 4)-β-D-glucan
content of oat cultivars and wild Avena species and its relationship to other
characteristics. J. Cereal Sci. 13, p. 173-178, 1991.
14
CAPÍTULO 1
FARINHA DE CASCO – CHIFRE E SANGUE COMO FONTES
ALTERNATIVAS DE NITROGÊNIO PARA ADUBAÇÃO DE
COBERTURA EM CAPIM MOMBAÇA
15
Farinha de casco – chifre e sangue como fontes alternativas de nitrogênio
para adubação de cobertura em capim mombaça.
Resumo:
O alto custo dos fertilizantes nitrogenados e sua baixa eficiência tem estimulado a
busca por fontes alternativas. Nesse sentido os resíduos agroindustriais, que são atualmente
considerados como um problema ambiental, podem se tornar matéria prima na produção de
fertilizantes. O trabalho teve como objetivo avaliar o potencial do uso de farinha de casco – chifre e
sangue como fontes alternativas de nitrogênio na adubação de cobertura do capim Mombaça. O
experimento foi conduzido sob casa de vegetação, e o delineamento experimental foi em DIC, com
quatro repetições. Os treze tratamentos foram obtidos em esquema fatorial 4 X 3 +1. O primeiro
fator foi composto por quatro doses de nitrogênio (50, 100, 150, e 200 mg dm-3) e o segundo fator
composto por três fontes de nitrogênio, sendo os resíduos Farinha de Casco e Chifre Bovino (FCC),
Farinha de Sangue Bovino (FS) e Ureia. O tratamento adicional foi constituído da ausência de
adubação nitrogenada. Foram avaliados os indicadores: altura de planta, massa seca e massa verde
da parte aérea, teores de nitrogênio, proteína, clorofila, e perfilhamento. A fonte FS promove maior
produção de MSPA, até a dose de 150 mg dm-3 de N, quando foi superado pela ureia e pela FCC.
Todas as fontes alternativas de nitrogênio apresentam produção superior à testemunha nas quatro
doses de N. As melhores doses de N para produção de capim Mombaça com a utilização das fontes
FS, FCC e Ureia são 150; 200 mg dm-3 respectivamente. A melhor fonte foi a Ureia, seguida do FS
e FCC.
Palavras chave: mineralização, resíduos agroindustriais, adubação orgânica.
16
Flour Hull - horn and blood as alternative sources of nitrogen topdressing
for grass in Mombasa.
Abstrat: The high cost of nitrogen fertilizer and its low efficiency has stimulated the search for
alternative sources. In this sense the agroindustrial residues that are currently considered as an
environmental problem can become raw material in fertilizer production. The study aimed to assess
the potential of using flour Hulk - horn and blood as alternative sources of nitrogen topdressing on
the grass Mombasa. The experiment was conducted under greenhouse conditions, and the
experimental design was completely randomized with four replications. The thirteen treatments
were in a factorial 4 x 3 +1. The first factor consisted of four levels of nitrogen (50, 100, 150, and
200 mg dm-3) and the second factor composed of three nitrogen sources, and the flour and beef
Hoof Horn (FCC) waste, Flour bovine blood (FS) and Urea. Additional treatment consisted of the
absence of nitrogen. Indicators plant height, dry weight and fresh weight of shoots, nitrogen
contents, protein, chlorophyll, and tillering were measured. The source FS promotes greater
production of MSPA, up to 150 mg N dm-3, when it was surpassed by the urea and the FCC. All
alternative sources of nitrogen present higher than the control production at four levels of N. The
optimum doses of N for grass production Mombasa with the use of FS, FCC and urea sources are
150, 200 mg dm-3 respectively. The best source was urea, followed by SM and FCC
Keyword:
mineralization, agro-industrial residues, organic fertilization
17
INTRODUÇÃO
Os fertilizantes nitrogenados usados no Brasil são, na sua maioria (70%),
importados. Além disso, por serem derivados do petróleo, apresentam altos custos (ANDA,
2013). Este cenário tende a se agravar, pois segundo dados da ANDA (2013) a produção
nacional no período de janeiro a outubro deste ano teve uma queda de 2,7%, enquanto o
consumo aumentou 5,26% em 2013.
Dentre as fontes de fertilizantes nitrogenados a ureia é mais utilizada tanto na
adubação de base como em cobertura. No cultivo de gramíneas forrageiras sob sistema
intensivo de manejo são sugeridas recomendações médias de até 150 kg ha -1, o que
corresponde a 333 kg ha-1 de Ureia (CFSEMG, 1999). Contudo, vários trabalhos mostram
respostas positivas na produtividade e qualidade de forragem com recomendações de até
700 kg de N ha-1. Entretanto, os elevados custos dessas fontes minerais comerciais limitam
as recomendações.
A eficiência de utilização das fontes de N mais empregadas no Brasil é baixa, ao
redor de 50%, dependendo da espécie cultivada (CRUSCIOL et al., 2012). Essa situação
tem provocado grande preocupação na busca por insumos nitrogenados mais baratos, e
principalmente que ofereça maior eficiência no aproveitamento desse nutriente pelas
plantas. Uma opção para amenizar esse problema pode ser a utilização de resíduos
agroindustriais como fonte de fertilizante nitrogenado, o que além de diminuir os custos de
produção contribuiria também para a preservação do meio ambiente evitando descarte
desses resíduos na natureza. Segundo Barreto et al. (2010), a quantidade de N inorgânico
liberado a partir da mineralização da matéria orgânica no solo é essencial para o
desenvolvimento de práticas que aumentam a eficiência no uso de N.
No Brasil há grande disponibilidade de resíduos de origem orgânica em frigoríficos
bovinos, e seu descarte constitui grande problema ambiental, principalmente em
abatedouros municipais. Uma possibilidade viável de utilização desses resíduos pode ser na
agricultura. O uso de resíduos em solos agrícolas vem crescendo mundialmente, e se bem
conduzido, é alternativa ecologicamente correta e economicamente viável (SEGATTO et
al., 2011). A denominação resíduo, geralmente é sinônimo de lixo, entretanto se manejados
adequadamente, os resíduos sólidos adquirem valor comercial e podem ser utilizados em
forma de novas matérias-primas ou novos insumos (MMA, 2013).
18
Sobre o uso de resíduos orgânicos como fonte potencial de liberação de nutrientes,
sabe se que, o potencial de disponibilidade de N às plantas está diretamente ligado ao
processo de mineralização do N-orgânico. Portanto a quantidade de N mineralizado é
função do conteúdo e da taxa de mineralização das formas orgânicas nitrogenadas presentes
nos resíduos, sugerindo uma relação direta entre o N-mineralizado e a absorção de N pelas
plantas (CAMARGO et al., 1997; BELO et al., 2012; CARNEIRO et al., 2013).
O uso de farinha de casco e chifre (FCC) e farinha de sangue (FS) como fonte de
fertilizante nitrogenado têm sido escasso e pouca importância tem sido atribuída. Timbury
et al. (1966) tratam as farinhas derivadas dos frigoríficos animais (casco e chifre, sangue)
apenas como fontes de Salmonelae. Contudo, Welch et al. (1991) citam a FCC como
composto de um tratamento experimental adicionada com a finalidade de elevar o nível de
N da mistura. Laber (2003), avaliando diversos adubos orgânicos de origem vegetal e
animal para hortaliças observaram ser a farinha de casco e chifres um dos mais eficazes
quanto à velocidade de liberação do nitrogênio para absorção pelas plantas. Cavallaro
Júnior et al. (2009) avaliaram a produtividade de rúcula e tomate em função do uso de
fontes orgânicas e minerais. As maiores produtividades de rúcula foram obtidas com a
aplicação de FCC, alcançando maiores valores por ocasião da pré-semeadura. A produção e
massa média dos frutos de tomate foi maior quando a fonte de N foi a FCC.
A estreita relação C/N das farinhas de casco e chifres e de sangue pode potencializar
rápida mineralização da matéria orgânica e por consequência liberar seus nutrientes. Assim,
o objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial do uso de resíduos orgânicos como
fonte alternativa de nitrogênio na adubação de cobertura do Panicum maximum Jacq. cv.
Mombaça.
19
MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi realizado em casa de vegetação, no Campus Universitário de Gurupi,
da Universidade Federal de Tocantins (UFT), localizada na latitude 11º 43‟ 45” S e
longitude 49º 04‟ 07” W e altitude de 280 m, no município de Gurupi. A classificação
climática, segundo Köppen (1928, 1931) é do tipo B1wA‟a‟ úmido com moderada
deficiência hídrica. A temperatura média anual varia de 22 a 32ºC, com umidade relativa
média do ar em torno de 76%, precipitação anual média de 1.400 mm. O período para
realização do trabalho foi de junho a setembro de 2013.
O experimento foi implantado em vaso com capacidade de 5,0 dm3, que foram
preenchidos com 4,0 dm3. O solo utilizado para o preenchimento dos vasos foi um
Latossolo Vermelho Amarelo distrófico (EMBRAPA, 2013). A amostragem do solo foi
realizada em área sob pastagem degradada, localizada na Fazenda Experimental da
Universidade Federal do Tocantins - Campus de Gurupi.
Após o processo de amostragem o solo foi preparado com terra fina seca ao ar. Na
sequência, realizou se o quarteamento do solo até a redução para o volume de 5 dm3.
Assim, com a sub amostra obtida pelo quarteamento foi realizada as caracterizações
químicas e físicas (EMBRAPA, 2013).
Essa analise apresentou os seguintes resultados:
Tabela 1 – Caracterização química e física de um Latossolo Vermelho Amarelo distrófico.
Gurupi-TO, 2014
Ca+Mg Ca Mg
Al
H+Al
K
CTC(T) SB
CTC(t) K
P(Mel)
V
M.O.
pH
(H2O)
....................................................cmolc dm-3 .............................................. mg dm-3
2,63
Areia
63,1
1,99 0,64
0,0
2,87
Silte
7,39
0,06
5,55
2,68
2,68
21,524,35
........%........
48,28 1,87
5,99
Argila
29,55
Resultados foram obtidos por espectrometria de emissão em plasma; Ca e Mg por
espectrofotometria de absorção atômica e, K e Na por espectrometria de emissão em
chama.
20
Após a caracterização do solo seguiu se a correção da acidez e da fertilidade do solo
conforme a demanda da cultura, e recomendação para a correção da acidez foi realizada por
meio do método da neutralização do alumínio e elevação dos teores de cálcio e magnésio
(CFSEMG, 1999).
O solo permaneceu em incubação por um período de 30 dias em umidade
correspondente a 70% do espaço poroso (FREIRE, 2006).
Como adubação de correção do solo, aplicou se 150 mg dm-3 de K, 50 mg dm-3 de
enxofre elementar e 230 mg dm-3 de P. Quanto aos micronutrientes foi aplicado 0,81 mg
dm-3 de B, 1,33 mg dm-3 de Cu, 1,56 mg dm-3 de Fe, 3,66 mg dm-3 de Mn, 0,15 mg dm-3 de
Mo e 4,0 mg dm-3 de Zn. Essa adubação foi incorporada na superfície solo de cada vaso.
O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualizados com quatro
repetições. Os treze tratamentos foram obtidos em um arranjo fatorial 4 x 3 + 1, em que os
fatores serão quatro doses (50, 100 e 150 e 200 mg dm-3 de N) e três fontes de nitrogênio
sendo: ureia, FS e FCC, mais a testemunha sem adubação nitrogenada.
Para a realização do trabalho foram selecionados os resíduos farinha de casco e
chifre (FCC) e farinha de sangue (FS) em um frigorífico (COOPERFRIGU) no município
de Gurupi -TO. A obtenção dos resíduos foi realizada com o abate de 600 animais. Os
resíduos foram secos à sombra e quarteados até 5 kg, para cada tipo de resíduo. Os resíduos
foram coletados nas esteiras de condução das farinhas para o ensacamento, sendo coletadas
quantidades de 4 kg em intervalos de 60 minutos, durante um período de 8 horas de
produção, obtendo um total de 32 kg que foi quarteado até 5 kg.
Para a caracterização química os resíduos foram quarteados até amostras de 0,25 kg
para cada resíduo. Essas, foram secas em estufa com circulação forçada de ar a 60 oC
durante 72 horas, moídas e passadas em peneira com abertura de malha de 1,0 mm (ABNT
no 35; PORTARIA nº. 1/83 - SEFIS). Os teores de N total foram determinados pelo método
Kjeldahl (BREMNER & MULVANEY, 1982).
A determinação do Ca2+ e Mg2+ dos resíduos foi realizada por meio da extração em
KCl 1N segundo (EMBRAPA, 1997), e leitura realizada por espectrofotometria de
absorção atômica. A determinação do P e K+ foi realizada por meio da extração em
Mehlich (EMBRAPA, 1997). As leituras foram realizadas com o uso do espectrofotômetro
e fotômetro de chama para determinação da concentração do P e K+ respectivamente. O
teor de S foi determinado por análise elementar.
21
Os teores de micronutrientes (Fe, Cu, Zn, Mn) dos resíduos foram determinados
pelo método de extração em Mehlich (EMBRAPA, 1997), e leitura por espectrometria de
absorção atômica, conforme resultados contidos no tabela 2, a seguir.
Tabela 2 - Caracterização química e física de resíduos orgânicos e ureia (Gurupi-TO, 2014)
Nutrientes
N (g kg-1)
P (g kg-1)
K (g kg-1)
Ca (g kg-1)
Mg (g kg-1)
S (g kg-1)
Zn (mg kg-1)
Mn (mg kg-1)
Fe (mg kg-1)
Cu (mg kg-1)
FCC
124,5
2,62
35,00
2,6
0,6
2,39
115
23
731
12
FS
139
2,49
6,64
8,7
0,2
20
930
20
Ureia
450
-
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
A cultura trabalhada foi a forrageira Panicum maximum Jacq. cv. Mombaça. As
sementes utilizadas apresentaram as seguintes características: pureza de 62%, germinação
de 82% e valor cultural de 50%. O plantio da forrageira foi realizado em cada vaso a 1 cm
de profundidade, sendo utilizado recipiente de fundo circular, com diâmetro de tamanho tal
que posicionasse 5 cm distante da borda do vaso, para marcar no solo a linha da semeadura.
Nessa área circular demarcada foi realizada a semeadura, na proporção de 2,0 g de
sementes vaso-1.
Após a semeadura, os vasos foram irrigados diariamente, com água destilada, até
atingir a capacidade de campo, apresentando como indicador o início do gotejamento pelos
furos no fundo do vaso. Dez dias após a emergência das plantas foi realizado desbaste, a
fim de deixar sete plantas vigorosas e bem distribuídas na área superficial do vaso. Aos 60
DAE foi realizado o primeiro corte e aplicação de 1/3 das doses programadas,
procedimento repetido por mais duas vezes para adubação e três vezes para o corte, aos 90,
120 e 150 dias. As doses de N das fontes orgânicas foram aplicadas em cada vaso e
incorporadas superficialmente no solo. As doses de Ureia foram dissolvidas em água antes
da aplicação em cada vaso. O último corte foi apenas para avaliação, portanto sem a
posterior adubação. Todos os dados trabalhados foram médias dos quatro cortes.
22
Para avaliação do potencial do uso de resíduos orgânicos, farinha se sangue e
farinha de casco e chifre bovinos, como fonte alternativa de nitrogênio na adubação de
cobertura da forrageira, foram considerados: área foliar, nº de perfilhos, massa seca da parte
aérea, massa verde da parte aérea, proteína bruta, teor de N e clorofila total, a e b.
A Área Foliar (AF) foi calculada a partir da medição da altura x largura da folha em
cm, para três folhas por vaso. A média desses dados foi base de calculo através da formula
AF=C x L x 0,905 de acordo com Benincasa (2003).
Onde:
 C= média do comprimento
 L= média da largura
A massa verde (MVPA) foi colhida a 30 cm de altura a partir do nível do solo no
vaso. Imediatamente após o corte foi feira a pesagem em gramas e o material foi
acondicionado em sacos de papel. A massa seca (MSPA) foi obtida através da secagem
desse material em estufa ventilada a 60º C por 72 horas de acordo com (ABNT no 35;
Portaria nº 1/83 - SEFIS). A determinação do teor de N e de proteína bruta (PB) foi feito
através de destilação do N de acordo com o método de Kjeldahl (BREMNER &
MULVANEY, 1982).
O número de perfilhos foi obtido através de contagem simples.
O índice de eficiência agronômica (IEA), de acordo com (BARNES &
KAMPRATH, 1975) citado por Kliemann & Lima (2001), foi calculado pela formula:
Onde:
Pi : produção nas doses
P0 : produção na ausência de nitrogênio
Di : Dose
D0: Dose zero
23
Os resultados obtidos foram submetidos às análises de variância e realização dos
testes de médias (Tukey) e regressão utilizando-se o programa Sigma Plot 11. Os modelos
de regressão foram escolhidos baseados na significância dos coeficientes da equação de
regressão e no coeficiente de determinação, utilizando-se o teste t e adotando-se 1 e 5% de
probabilidade.
24
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Massa seca da parte aérea
As plantas de capim Mombaça apresentaram resposta linear para o acúmulo de
massa seca da parte aérea (MSPA) em função do aumento nas doses de nitrogênio, quando
usadas a fontes farinha de casco e chifre (FCC) e Ureia (Tabela 3). Já para a fonte FS a
resposta foi quadrática. O coeficiente de determinação foi significativo (p≤0,01) para a
curva de tendência da Ureia. O mesmo foi observado para o coeficiente de regressão β1.
Contudo, as curvas de tendência apresentaram diferentes valores de β, onde a fonte FCC
proporcionou o maior acúmulo de massa seca da parte aérea por unidade de N aplicado,
sendo 19,24%
maior que a fonte Ureia e 43,79% maior que a FCC. As fontes de
nitrogênio, tanto as orgânicas como a química, tiveram desempenho semelhantes. Contudo
o melhor desempenho ocorreu na dose 50 mg dm-3 para a fonte FCC, e na dose 200 mg dm3
para a ureia.
Tabela 3 - Massa seca da parte aérea do capim Mombaça em função de diferentes doses de
N (Gurupi – TO, 2014)
Fonte
de N
0
50
FCC
141,50b
351,25a
FS
Ureia
MSPA
100
mg dm-3
150
200
Equações
2943,50b
4180,00b
4404,50b
ŷ= 5,3000+0,0702x
r²=0,7255
141,50b 206,00b
3874,75b
4739,75b
3102,75b
ŷ =2,9792+0,1630x0,0005x² r²=0,8366
141,50b 298,75ab
4183,25b
4777,75b
5869,25a
ŷ= 4,2806+0,1026**x
r²= 0,9244**
As adubações com ureia, nas condições edafoclimáticas do experimento,
apresentaram ainda mais ineficiência desse fertilizante, visto que, de acordo com Martha
Júnior et al. (2009) em condições adversas de altas temperaturas, pH e umidade altos, a
ineficiência da adubação com Ureia é ainda maior. Essas condições adversas foram
presentes no ambiente onde foram avaliados os experimentos.
Outra diferença entre as fontes de nitrogênio é que os orgânicos, como o FCC,
proporcionaram a liberação de outros nutrientes que são essenciais ao desenvolvimento das
plantas de capim (Tabela 1). De acordo com Cavallaro Junior et al (2009), a farinha de
25
casco e chifre apresenta teores médios de 0,60% de P, 4,24% de K, 0,26% de Ca, 0,06% de
Mg, 2,39% de S, 23 mg kg-1 de Mn, o que reforça a eficiência e qualidade da fonte FCC.
Massa verde da parte aérea
As plantas de capim Mombaça apresentaram respostas lineares para o acúmulo de
massa verde da parte aérea (MVPA) em função das doses de nitrogênio, independentemente
da fonte usada (Tabela 4).
O coeficiente de determinação foi significativo (p≤0,01) para a curva de tendência
da Ureia. O mesmo não foi observado em relação aos coeficientes de regressão (β1).
Contudo, as curvas de tendência apresentaram diferentes valores de β1, onde a fonte ureia
proporcionou o maior acúmulo de massa verde da parte aérea por unidade de N entre as
fontes usadas, sendo 1,39% maior que a fonte FCC e 11,66% maior que a fonte FS. A ureia
teve o melhor desempenho nas doses 100, 150 e 200 mg dm-3, e foi igualada com a fonte
FS nas doses 100 e 150 mg dm-3.
Tabela 4- Massa verde da parte aérea do capim Mombaça, em função de diferentes doses
de N (Gurupi – TO, 2014)
Fonte
de N
0
50
MVPA
100
mg dm-3
150
200
Equações
FCC
9654,75b
14157,75b
13847,25b
17741,75b
18166,25b
ŷ =10,5921
+0,0412x r²= 0,8894
FS
9654,75b
10908,50b
15459,75ab
19740,00ab
16285,00b
ŷ = 9,4894+0,0467x
r²= 0,6993
25745,25a
ŷ=10,7420+0,0798**
x r²=0,9779**
Ureia
9654,75b
15454,25b
19583,25a
23196,75ab
Castagnara et al. (2011), avaliando o efeito de doses de nitrogênio nas forrageiras
capim Mombaça, Tanzânia, Brachiaria sp e Mulato também encontraram comportamentos
lineares para o acúmulo de massa verde da parte aérea (MVPA) até a dose de 160 kg ha-1,
resultado este bastante semelhante ao constatado nesse trabalho, assim como por Chagas et
al. (2011).
26
Número de perfilhos
Os resultados apresentados na Tabela 5 mostram respostas lineares para o aumento
do número de perfilhos (NP) do capim mombaça em função do aumento na dose de
nitrogênio, independentemente da fonte usada.
O coeficiente de determinação foi significativo (p≤0,01) para a fonte Ureia e FCC,
e (p≤0,05) para a fonte FS. O mesmo comportamento foi observado para os coeficientes de
regressão (β1). Contudo, as curvas de tendência apresentaram diferentes valores de β1, onde
a fonte FCC proporcionou o maior número de perfilhos por unidade de N entre as fontes
nitrogendas, sendo 0,55% maior que a Ureia e 12% maior que a fonte FS.
Tabela 5- Números de perfilhos por plantas do capim Mombaça, em função de crescentes
doses de N via diferentes fertilizantes (Gurupi – TO 2014)
Fonte de N
0
50
FCC
19,75b
23,25ab
NP
100
24,75b
150
200
Equações
29,25b
29,75b
ŷ = 20,2000+0,0506** x
r²=0,9493**
FS
19,75b
19,75b
23,00b
30,75b
32,00b
ŷ = 17,7750+0,0718* x
r²=0,8907*
Ureia
19,75b
26,00b
35,75a
41,00a
46,00a
ŷ = 20,0875+0,1346** x
r²=0,9859**
Esta resposta no aumento do número de perfilhos em função do N aplicado é devido
ao importante papel desse nutriente no desenvolvimento da planta, consequentemente, no
número de perfilhos e na produção de massa seca porque faz parte das proteínas e ácidos
nucléicos, os quais participam ativamente da síntese de compostos orgânicos, que formam a
estrutura do vegetal (Malavolta, 2006).
Eichler et al. (2008) também observaram incrementos no perfilhamento da Panicum
maximum cv. Mombaça à medida que aumentaram a dose de nitrogênio até 400 kg ha-1. A
ureia teve melhor desempenho nas doses 100, 150 e 200 mg dm-3, sendo igualada pela fonte
FCC na dose 50 mg dm-3.
Clorofila
27
As plantas de capim Mombaça apresentaram respostas lineares para o aumento da
clorofila em função do acréscimo nas doses nitrogênio, independentemente das fontes
nitrogenadas avaliadas (Tabelas 6, 7 e 8). Na clorofila a o coeficiente de determinação foi
significativo (p≤0,05) apenas para a fonte UFT Fértil3. Contudo as curvas de tendência
apresentaram diferentes valores de β1, sendo significativo (p≤0,05) apenas para a fonte FS.
A fonte FS proporcionou a maior acumulo de clorofila a por unidade de N aplicado entre
as fontes nitrogenadas avaliadas, sendo a maior diferença (2,54%) observada entre as fontes
FS e ureia. Entretanto, pela avaliação do teste de Tukey (p≤0,05), o desempenho das três
fontes nitrogenadas avaliadas foram iguais para a clorofila a e clorofila total. O mesmo
ocorreu para a clorofila b, porém a ureia apresentou melhor resultado na dos 200 mg dm-3.
Tabela 6 - Clorofila a de folhas do capim Mombaça, em função de diferentes doses de N
(Gurupi – TO 2014)
Fontes
de N
0
50
CLa
100
mg dm -3
150
200
Equações
FCC
20279,00b
21108,50b
21677,00b
22983,25b
23954,25b
ŷ= 21,0144+0,0084
x r²=0,6900
FS
20279,00b
21483,50b
21712,50b
23735,25b
23779,25b
ŷ=21,1617+0,0132*
x r²=0,8050*
Ureia
20279,00b
21698,00b
20316,75b
23462,50b
25352,00b
ŷ = 20,6235+0,0195
x r²=0,6948
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
Tabela 7- Clorofila b de folhas do capim Mombaça, em função de diferentes doses de N
(Gurupi – TO 2014)
Fonte de
N
0
50
CLb
100
mg dm -3
150
200
Equações
FCC
3550,00b
3772,75b
3925,00b
4137,50b
4204,25b
Ŷ=3,5833+0,0033*
x r²=0,9765**
FS
3550,00b
3745,75b
3868,75b
4464,75b
4073,00b
ŷ 3,5875+0,0035*
x r²=0,6384
5002,00a
ŷ=3,3713+0,0066*
x r²=0,7841*
Ureia
3550,00b
3783,25b
3591,75b
4299,75b
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
28
Tabela 8 - Clorofila total de folhas do capim Mombaça, em função de diferentes doses de
N (Gurupi – TO 2014)
50
CLt
100
mg dm -3
150
200
Equações
FCC
23829,25b
24881,25b
25602,00b
27121,00b
281583,50b
ŷ=4,1785+0,0119
x r²=0,6085
FS
23829,25b
25229,25b
25581,25b
28200,00b
278521,00b
ŷ=23,8492+0,022
0* x r²=0,8498*
Ureia
23829,25b
25481,25b
23908,00b
27762,50b
303541,50b
ŷ=3,2108+0,0290
x r²=0,7285
Fontes
de N
0
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
Lavres Jr. et al. (2010) verificaram que a deficiência de nitrogênio afeta
negativamente a biossíntese de clorofila, além do teor de N nas plantas. Mazza et al. (2009)
constataram uma relação direta entre teores de N na planta em função do aumento nas doses
do nutriente no solo.
Teor de Nitrogênio
As plantas de capim Mombaça apresentaram resposta linear para o teor de
nitrogênio nas plantas (CTF) em função do acréscimo de nitrogênio, independentemente da
fonte orgânica ou química (Tabela 9). Os coeficientes de determinação foram significativos
(p≤0,05) nas curvas de tendência das fontes FS e Ureia. O mesmo foi observado em ambos
os coeficientes de regressão (β1) com significância p≤0,05 . Contudo, as curvas de
tendência apresentaram diferentes valores de β1, onde a fonte FCC proporcionou a maior
teor de N por unidade de N entre as fontes nitrogenadas, sendo 15,31% maior que a fonte
FS e 14,33% maior que a ureia. Entretanto pelo teste de Tukey (p≤0,05), as fontes FCC e
ureia se equivalem na dose 50 mg dm-3, FS e ureia na dose 150 mg dm-3, contudo na dose
200 mg dm-3 o desempenho da ureia foi melhor.
29
Tabela 9 - Teor de N de folhas do capim Mombaça, em função de diferentes doses de N
(Gurupi – TO 2014)
50
TN
100
mg dm -3
150
200
1228,50b
1523,25a
1432,75b
1471,25b
1484,25c
ŷ = 1,3208 + 0,0019x
r²= 0,7147
1228,50b
1341,75b
1430,00b
1714,00a
1730,00b
ŷ= 1,1185 +0,0046*x
r²= 0,9011*
2001,50a
ŷ =1,1315+0,0044*x
r²= 0,9038*
Fontes
de N
0
FCC
FS
Ureia
1228,50b
1417,25ab
1443,50b 1594,75ab
Equações
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
Manarin & Monteiro (2003) trabalhando com Mombaça também constataram
aumento linear nos teores de N na planta em função do aumento nas doses de N da
adubação nitrogenada.
Teor de proteína bruta
As plantas de capim Mombaça apresentaram comportamentos lineares para o
aumento do teor de proteína bruta nas plantas (CTF) em função do aumento nas doses da
adubação nitrogenada, independentemente das fontes avaliadas (Tabela 10). Os coeficientes
de determinação não foram significativos em nenhuma fonte avaliada. O mesmo foi
observado em ambos os coeficientes de regressão (β1). Contudo, as curvas de tendência
apresentaram diferentes valores de β1, onde a fonte orgânica FS proporcionou maior
acumulo de proteína bruta por unidade de N sendo 3,82% em relação a Ureia e 57,72% em
relação a FCC. Contudo pelo teste de Tukey (p≤0,05), as fontes FCC e ureia apresentaram
desempenho iguais na dose 50 mg dm-3, na dose 150 mg dm-3 as melhores fontes foram FS
e ureia. Contudo na dose 200 mg dm-3 a melhor fonte foi a ureia.
30
Tabela 10 - Teor de proteína bruta nas folhas do capim Mombaça, em função de diferentes
doses de N (Gurupi – TO 2014)
50
PB
100
mg dm -3
150
200
7678,75b
9520,25a
8805,00b
9196,00b
9277,75c
ŷ=8,2550+0,0116x
r²= 0,7147
7678,75b
8386,00b
8937,75b
10712,00a 10812,25b
ŷ=6,9905+0,0288x
r²= 0,9011
9967,25ab
ŷ= ,0720+0,0277x
r²= 0,9038
Fontes
de N
0
FCC
FS
7678,75b 8858,00ab
Ureia
9021,50b
12508,50a
Equações
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
Mesquita & Neres (2008), trabalhando com adubação nitrogenada em Mombaça,
também constataram aumentos no teor de proteína bruta em função de doses crescentes de
N até 400 kg ha-1.
Índice de Eficiência Agronômica (IEA)
As três fontes de nitrogênio apresentaram resposta linear em função de doses
crescentes de N. (Tabela 11) O coeficiente de determinação não foi significativo para a
fonte FCC, entretanto a fonte FS a significância foi p≤0,01, e a ureia o coeficiente de
determinação foi p≤0,05. Em relação ao coeficiente de regressão β, a fonte FS apresentou
significância (p≤0,01), e para a ureia foi
p≤0,05. Contudo, as curvas de tendência
apresentaram diferentes valores de β1. As maiores eficiências foram na dose de 100 mg dm3
para as fontes FS e ureia.
Tabela 11– Índice de eficiência agronômica das fontes orgânicas e ureia no capim
Mombaça em função de doses crescentes de N (Gurupi – TO 2014)
Fonte de N
IEA
50
IEA
IEA
100
150
mg dm -3
IEA
200
FCC
4,19b
1,48b
1,84b
1,49b
FS
5,45b
3,74ab
2,75b
1,28b
Ureia
7,18
3,98
2,25
1,28
Equações
ŷ = 4,2067-0,0155x r²=0,6013
ŷ = 6,6854-0,0270**x r²=
0,9910**
ŷ = 8,4713-0,0381*x r²=0,9285*
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
31
Freitas et al (2005), trabalhando com diferentes doses de nitrogênio em Panicum
maximum Jacq. cv. Mombaça, concluíram que as melhores eficiências de utilização do
nitrogênio foram obtidas com doses mais baixas. Lugão et al (2003) trabalhando com
Mombaça também constatou a diminuição da eficiência em função do aumento nas doses
de nitrogênio. Resultados semelhantes ao apresentado nesse trabalho.
Fertilizantes orgânicos como as fontes FCC e FS, quando comparados a fertilizantes
minerais como a ureia, apresentam taxa de mineralização mais lenta, contudo, implicam um
efeito mais prolongado de disponibilidade constante dos nutrientes para a planta,
favorecendo seu desenvolvimento ao longo de diversos ciclos (Silva et al., 2013).
32
CONCLUSÃO
A fonte FS promove maior produção de MSPA, até a dose de 150 mg dm3 de N, quando foi
superado pela ureia e pelo FCC.
Todas as fontes alternativas de nitrogênio apresentam produção superior à testemunha nas
quatro doses de N.
As melhores doses de N para produção de capim Mombaça com a utilização das fontes FS,
FCC e Ureia são 150; 200 mg dm3 respectivamente.
A melhor fonte foi a Ureia, seguida do FS e FCC.
33
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT N. 35. Disponível em <
http://www.agrolink.com.br/fertilizantes/arquivos/instrucoes_normativas/in_35_2006
_anexo%5B1%5D.pdf> acesso em 20 de novembro de 2013.
Associação Nacional de Difusão de Adubos - ANDA. Principais Indicadores do Setor de
Fertilizantes.
Disponível
em:
<http://www.anda.org.br/index.php?mpg
=03.00.00&ver=por> acesso em 10 de dezembro de 2013.
Barreto, P. A. B.; Rodrigues, E. F. G.; Rodrigues, A. C. G.; Barros, N. F.; Alves, B. J. R.;
Fonseca, S. Mineralização de nitrogênio e carbono em solos sob plantações de
eucalipto, em uma sequência de idades. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 34,
2010, p. 735-745.
Belo, E. S.; Terra, F. D.; Rotta, L. R.; Vilela, L. A.; Paulino, H. B.; Sousa, E. D.; Vilela, L.
A. F.; Carneiro M. A. C. Decomposição de diferentes resíduos orgânicos e efeito na
atividade microbiana em um latossolo vermelho de cerrado. Gl. Sci Technol., Rio
Verde, v. 05, n. 03, set/dez. 2012. p. 107–116.
Benincasa, M. M. P. Análise de Crescimento de Plantas: Noções Básicas. 2 ed.
Jaboticabal: FUNEP. 42p. 2003.
Bremner, J.M., Mulvaney, C.S. Methods of soil analysis, part 2 chemical and
microbiological properties,1982, p. 595-624.
Camargo, F. A. O.; Gianello C.; Vidor C. Potencial de mineralização do nitrogênio em
solos do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 21, 1997, p.
575-579.
Carneiro, W. J.; Silva C. A.; Muniz J. A.; Savia T. V. Mineralização de nitrogênio em
latossolos adubados com resíduos orgânicos. Revista Brasileira de Ciência do Solo,
37, 2013, p.715-725.
Castagnara, D. D.; Zoz, T. ; Krutzmann A.; Uhlein, A.; Mesquita, E. E.; Neres, M. A.;
Oliveira, P. S. R. Produção de forragem, características estruturais e eficiência de
utilização do nitrogênio em forrageiras tropicais sob adubação nitrogenada. Semina:
Ciências Agrárias, Londrina, v. 32, n. 4, out./dez. 2011, p. 1637-1648.
Cavallaro Júnior, M. L.; Trani, P. E.; Passos, F. A.; Kuhn Neto, J.; Tivelli, S. W.
Produtividade de rúcula e tomate em função da adubação N e P orgânica e mineral.
Bragantia. 68.2, 2009, p. 347-356.
Chagas, E. A.; Smarsi, R. C.; Oliveira, G.; Reis, L. L.; Pio, R.; Mendonca, V. ; Chagas, P.
C.; Curi, P. N. Efeito da adubação nitrogenada na produção de mudas de lichia.
Revista Ceres, v. 58, 2011, p. 129-131.
Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais. Recomendações para o uso
de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - 5ª Aproximação. Viçosa:
CFSEMG,1999. p. 332- 341.
Crusciol, E. M. C. A. C., Oliveira, P.; Sipos, T. B. Fontes e doses de nitrogênio para
mamoneira de porte baixo no sistema plantio direto. Ciência Rural, v.42, n.10, out,
2012.
34
Eichler, V.: Seraphin E. S.: Portes, T. A.: Rosa, B.: Araújo, L. A. A.: Santos, G. Produção
de massa seca, número de perfilhos e área foliar do capim-mombaça cultivado em
diferentes níveis de nitrogênio e fósforo. Ciência Animal Brasileira, v. 9, n. 3, p.
617-626, jul./set. 2008
Embrapa, Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos
de análise de solo. 2. ed. rev. atual. Rio de Janeiro, 1997.
Embrapa, Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de Janeiro: Embrapa
Solos, 2013.
Freire, O. Solos das regiões tropicais. Botucatu: Fundação de Estudos e Pesquisas
Agrícolas e Florestais, 2006. 268p.
Freitas, K. R.; Rosa B.; Ruggiero, J. A.; Nascimento, J. L.; Heinemam, A. B.; Ferreira, P.
H.; Macedo, R. Avaliação do capim mombaça (Panicum maximum Jacq.) submetido
a diferentes doses de nitrogênio. Acta Scientiarum. Agronomy, Maringá, v. 27, no.
1, p. 83-89, Jan./March, 2005.
Kliemann, H. J. & Lima, D. V. Eficiência agronômica de fosfatos naturais e sua influência
no fósforo disponível em dois solos de cerrado. Pesquisa Agropecuária Tropical,
31(2): 111-119, 2001.
Köppen, W. ; Geiger, R. Klimate der Erde. Gotha: Verlag Justus Perthes. 1928.
Köppen, W. Climatologia. México: Fundo de Cultura Econômica, 1931.
Laber, H. N-Freisetzung aus organischen Handelsdünger – Übersicht ung eigene
Versuchsergebnisse im ökologischen Gemüsebau. Tagungsband zum Statusseminar
Ressortforschung für den ökologischen Landbau – Aktivitaten aus Bund und
Lander, marz 2003. Disponível em: <http://orgprints.org/00002041/>. Acesso em 7
dez 2013.
Lugão, S. M. B.; Rodrigues, L. R. F. A.; Abrahão, J. J. S.; Malheiros, E. B.; Morais, A.
Acúmulo de forragem e eficiência de utilização do Nitrogênio em pastagens de
Panicum maximum Jacq. (Acesso BRA-006998) adubadas com Nitrogênio. Acta
Scientiarum. Animal Sciences Maringa, v. 25, no. 2, p. 371-379, 2003.
Malavolta, E. Manual de nutrição de plantas. São Paulo: Agronômica Ceres, 2006,.p.
126.
Martha Júnior, G. B.; Corsi, M; Trivelin, P. C.; Vilela L. Recuperação de N-Ureia no
sistema solo-planta de pastagem de capim-Tanzânia. Revista Brasileira de Ciência
do Solo, 33, 2009, p. 95-101.
Mazza, L. M.; Pôggere, G. C.; Ferraro, F. P.; Ribeiro, C. B.; Cherobim, V. F.; Motta, A.
C.V.; Moraes, A. Adubação nitrogenada na produtividade e composição química do
capim mombaça no primeiro planalto paranaense. Scientia Agraria, Curitiba, v.10,
n.4, p.257-265, Jul/Ago. 2009.
Mesquita, E. E. & Neres, M. A. Morfogênese e composição bromatológica de cultivares de
Panicum maximum em função da adubação nitrogenada. Revista Brasileira de
Saúde e Produção Animal, v.9, n.2, p. 201-209, abr/jun, 2008.
35
Ministério do Meio Ambiente - M.M.A. Resíduos Sólidos . Disponível em <http://ww
w.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos> acesso em 08 de jan de 2014.
Secretaria de Defesa Agropecuária. Portaria nº 01, de 04 de março de 1983. Aprova
normas sobre especificações, garantias, tolerâncias e procedimentos para coleta de
amostras de produtos e modelos oficiais a serem usados pela inspeção e fiscalização
de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes. Disponível
em < http://www.agrolink.com.br/fertilizantes/arquivos/portarias/port_sefis_1_83%
5B1%5D.pdf>. Acesso em 20 de novembro de 2013.
Segatto, M. P.; Andreazza, R.; Bortolon, L.; Santos, V. P.; Gianello, C.; Camargo, F. A. O.
Decomposição de resíduos industriais no solo. Ciência e Natureza, UFSM, 34(1),
2012, p. 49-62.
Silva, L. V. B. D.; Lima, V. L. A.; Silva, V. N. B.; Sofiatti, V.; Pereira, T. L. P. Torta de
mamona residual e irrigação com efluente sobre crescimento e produção de
algodoeiro herbáceo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.
17, n. 12, p. 1264-1270, 2013.
Timbury, M. C; William C. F.; Stevenson J. Garden fertilisers as a source of
salmonellae. The Lancet, 288.7470, 1966, p. 955-956.
Welch, R. W.; Leggett, J. M. E Lloyd, J. D. Variation in kernel. (1 3), (1 4)-β-D-glucan
content of oat cultivars and wild Avena species and its relationship to other
characteristics. J. Cereal Sci. 13, 1991, p. 173-178.
36
CAPÍTULO 2
RESPOSTAS FISIOLÓGICAS DO CAPIM MOMBAÇA EM FUNÇÃO DO
USO DE FARINHA DE CASCO – CHIFRE E SANGUE COMO FONTE
NITROGENADA.
37
Respostas fisiológicas do capim mombaça em função do uso de farinha de
casco – chifre e sangue como fonte nitrogenada.
Resumo: O trabalho teve como objetivo avaliar a resposta fisiológica do capim-Mombaça
em função do uso de farinha de casco – chifre e sangue como fonte nitrogenada. As
parcelas experimentais foram compostas por vasos com capacidade de 5 dm3 de solo. O
solo foi previamente corrigido e adubado com macro e micronutrientes, excetuando-se a
adubação nitrogenada. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, com a
forrageira capim Mombaça (Panicum maximum), e o delineamento experimental foi em
blocos inteiramente casualizados, com quatro repetições. Os treze tratamentos foram
realizados em esquema fatorial 4 X 3 +1, sendo três fontes de nitrogênio, duas delas
alternativas: farinha de casco e chifre (FCC), farinha de sangue (FS) e uma mineral (Ureia).
O segundo fator foi composto por cinco doses de nitrogênio (50, 100, 150, e 200 mg dm-3).
Como indicadores do potencial de liberação de nitrogênio pelas fontes alternativas foram
realizadas determinações na planta como: Razão de Área foliar (RAF). Taxa assimilatória
líquida (TAL), taxa de crescimento relativo (TCR), taxa de crescimento absoluto (TCA) e
taxa fotossintética (TF). O capim mombaça ainda responde à doses superiores a 200 mg
dm-3 de nitrogênio aplicadas parceladas em três épocas por meio das fontes FCC, FS e
Ureia nos principais indicadores fisiológicos. A fonte nitrogenada Ureia, seguida da FS e
FCC proporcionam maior produção do capim mombaça em relação a ausência de
adubação.Em doses menores 100 mg dm3 de nitrogênio, as fontes orgânicas FS e FCC
apresentam tendência de melhores eficiências que a Ureia.
Palavras chave: Taxa assimilatória, fertilizante orgânico, taxa de crescimento
38
Physiological responses from Mombasa grass due to the use of flour Hull horn and blood as nitrogen source.
Abstrat: The study aimed to assess the physiological response of Mombaçagrass due to
the use of flour Hull - horn and blood as nitrogen source. The experimental plots were
composed of vessels with capacity of 5 dm3 of soil. The soil was previously limed and
fertilized with macro and micronutrients, except for nitrogen fertilization. The experiment
was conducted in a greenhouse with the forage grass Mombasa (Panicum maximum), and
the experimental design was a completely randomized block design with four replications.
The thirteen treatments were performed in a factorial 4 X 3 +1, three sources of nitrogen,
two of them alternate: hoof and horn meal (FCC), blood meal (FS) and a mineral (urea).
The second factor was composed of five nitrogen rates (50, 100, 150, and 200 mg dm-3). As
indicators of the potential for release of nitrogen by alternative sources determinations were
performed in the plant as leaf area ratio (LAR). Net assimilation rate (NAR), relative
growth rate (RGR), absolute growth rate (AGR) and photosynthetic rate (TF). The
Mombasa grass still responds to doses higher than 100 mg dm3 of nitrogen applied in three
application periods through the FCC, FS and urea sources in key physiological indicators.
Urea Nitrogen source, then the FCC FS and provide higher production from Mombasa
grass in relation to the absence of fertilization. In smaller doses 100 mg dm3 of nitrogen,
organic sources and FS FCC present trend of improved efficiencies that Urea.
Keywords: Assimilation rate, organic fertilizer, growth rate
39
INTRODUÇÃO
A eficiência de utilização das fontes de N mais empregadas no Brasil é baixa, ao
redor de 50%, dependendo da espécie cultivada, essa situação tem provocado uma grande
preocupação na busca por insumos nitrogenados mais baratos, e principalmente que ofereça
maior eficiência no aproveitamento desse nutriente pelas plantas (Crusciol et al., 2012).
Uma opção para amenizar esse problema é a utilização de resíduos industriais como
fonte de fertilizantes, pois esta alternativa permite amparar tanto o aspecto econômico
quanto o ambiental, uma vez que, além de conceder uma destinação aos resíduos, também
proporciona um elevado aporte de nutrientes às plantas e redução dos custos com adubação
mineral (Silva et al., 2013). Esta prática vem crescendo mundialmente, e se bem conduzida,
é alternativa ecologicamente correta e economicamente viável (Segatto et al., 2012).
Sobre o uso de resíduos orgânicos, sabe se que, no solo promovem a melhoria de
características como agregação, teor de umidade, densidade do solo, assim como aumento
do C orgânico, ciclagem de nutrientes especialmente do N, e aumenta ainda a atividade
microbiana e enzimática do solo (Belo et al., 2012).
O uso de Farinha de Casco e Chifre (FCC) como fonte fertilizante nitrogenada tem
sido pouco estudado, pois pouca importância lhe tem sido atribuída. Welch et al (1991),
apenas citam a FCC como composto de um tratamento experimental adicionada com a
finalidade de elevar o nível de N da mistura. Timbury et al (1966) tratam as farinhas
derivadas dos frigoríficos animais (chifre e casco, sangue e osso) apenas como fontes de
Salmonelae, ou seja agente transmissor. Pode se notar que os poucos estudos com a farinha
de casco e chifre foram feitos num passado relativamente distante.
Cavallaro Júnior et al. (2009), mais recentemente, avaliaram a produtividade de
rúcula e tomate aplicando adubação mineral e orgânica nitrogenada e fosfatada, entre as
quais está a FCC. As maiores produções de rúcula foram obtidas com a aplicação de FCC,
alcançando maiores valores por ocasião da pré-semeadura.
São escassos na literatura estudos focando índices fisiológicos de Panicun Maximus
Jacq. cv. Mombaça em função de adubação nitrogenada. O que se encontra está quase
sempre em função da idade da planta. A produtividade da pastagem decorre de sua
capacidade de reconstituição de nova área foliar, após condições de corte ou de pastejo.
40
Esta capacidade está intimamente ligada às condições ambientais, como temperatura,
luminosidade, umidade e fertilidade do solo, bem como às características genéticas da
planta forrageira, ao manejo da pastagem e à idade fisiológica da planta. Incrementos na
área foliar são importantes, pois possibilitam um aumento no potencial fotossintético,
aliado a uma maior produtividade por parte da cultura e à eficiência do uso da luz (Ryan et
al., 2010). Segundo Santos Junior et al. (2004) condições ambientais, associadas ao estado
nutricional das plantas e à idade de crescimento, são determinantes no processo de
formação e manutenção dos tecidos vegetais e, consequentemente, da formação da área
foliar.
Vários índices fisiológicos são deduzidos e utilizados, na tentativa de explicar e
compreender as diferenças de comportamento das comunidades vegetais. Dentre os mais
utilizados encontram-se: índice e razão de área foliar, taxa de crescimento relativo e
absoluto, taxa assimilatória líquida e taxa fotossintética (Pereira & Machado, 1987).
Com relação à taxa fotossintética, segundo Dartora et al. (2013), a análise de
crescimento está baseada no fato de que 90%, em geral, da matéria seca acumulada pelas
plantas resultam da atividade fotossintética, esta passa a ser o componente fisiológico de
maior importância no estudo da produtividade e crescimento das plantas (Dartora et al.,
2013). As variações de fatores ambientais, especialmente luz e temperatura, são as maiores
responsáveis por mudanças nos valores dos atributos de crescimento.
A RAF representa a área foliar em uso pela planta para produzir um grama de
matéria seca. Pereira et al. (2012) observaram aumento da RAF do capim-tifton 85
(Cynodon) com o aumento das doses de nitrogênio.
A taxa assimilatória líquida é função da dimensão foliar, distribuição das folhas no
dossel, ângulo foliar, translocação e participação de assimilados (Aumonde et al., 2011).
Segundo Andrade et al. (2005), a TAL nada mais é que a diferença entre a massa
seca da parte aérea (MSPA) resultante da fotossíntese e a MSPA consumida pela
respiração. Entretanto de acordo com Bernardes (1987), TAL é função também da
dimensão da área foliar, duração do período vegetativo, arquitetura da copa, translocação e
partição de assimilados.
A influência dessas fontes de adubação sob o desenvolvimento e produtividade das
plantas forrageiras é de suma importância para o estabelecimento de uma pastagem com
41
qualidade nutricional. A análise quantitativa do crescimento é o primeiro passo na análise
da produção vegetal e requer informações que podem ser obtidas sem necessidade de
equipamentos sofisticados (Dartora et al., 2013).
Pouco se conhece sobre a influência de fontes orgânicas na adubação nitrogenada
versus esses aspectos fisiológicos e produtivos do capim Panicun Maximus cv. Mombaça.
Diante disto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a resposta fisiológica do
Panicun Maximus cv. Mombaça em função da utilização dos resíduos orgânicos, farinha de
casco e chifre (FCC), e farinha de sangue (FS) como potencial fonte de nitrogênio para
adubação de cobertura.
42
MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi realizado em casa de vegetação, no Campus Universitário de Gurupi,
da Universidade Federal de Tocantins (UFT), localizada na latitude 11º 43‟ 45” S e
longitude 49º 04‟ 07” W e altitude de 280 m, no município de Gurupi. A classificação
climática, segundo Köppen (1928, 1931) é do tipo B1wA‟a‟ úmido com moderada
deficiência hídrica. A temperatura média anual varia de 22 a 32 ºC, com umidade relativa
média do ar em torno de 76%, precipitação anual média de 1.400 mm. O período para
realização do trabalho foi de junho a setembro de 2013.
O experimento foi implantado em vaso com capacidade de 5,0 dm3, que foram
preenchidos com 4,0 dm3. O solo utilizado para o preenchimento dos vasos foi um
Latossolo Vermelho Amarelo distrófico (Embrapa, 2013). A amostragem do solo foi
realizada em uma área sob pastagem degradada localizada na Fazenda Experimental da
Universidade Federal do Tocantins - Campus de Gurupi.
Após o processo de amostragem o solo foi preparado com terra fina seca ao ar. Na
sequência, realizou se o quarteamento do solo até a redução para o volume de 5 dm-3.
Assim, com a sub amostra obtida pelo quarteamento foi realizada as caracterizações
químicas e físicas (Embrapa, 1997).
Após a caracterização do solo seguiu se a correção da acidez e da fertilidade do solo
conforme a demanda da cultura, e recomendação para a correção da acidez foi realizada por
meio do método da neutralização do alumínio e elevação dos teores de cálcio e magnésio
(CFSEMG, 1999).
O solo permaneceu em incubação por um período de 30 dias em umidade
correspondente a 70% do espaço poroso (FREIRE, 2006).
A análise do solo em laboratório apresentou os resultados apresentados na Tabela 1,
obtidos por espectrometria de emissão em plasma. Ca e Mg por espectrofotometria de
absorção atômica e, K e Na por espectrometria de emissão em chama.
Como adubação de correção, aplicou se 150 mg dm-3 de K, 50 mg dm-3 de enxofre
elementar e 230 mg dm-3 de P. Quanto aos micronutrientes foi aplicado 0,81 mg dm-3 de B,
1,33 mg dm-3 de Cu, 1,56 mg dm-3 de Fe, 3,66 mg dm-3 de Mn, 0,15 mg dm-3 de Mo e 4,0
mg dm-3 de Zn. Essa adubação foi incorporada na superfície do solo de cada vaso.
O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualizados com quatro
repetições. Os 13 tratamentos foram obtidos em um arranjo fatorial 4 x 3 + 1, em que os
43
fatores serão quatro doses (50, 100 e 150 e 200 mg dm-3 de N) e 3 fontes de nitrogênio ou
seja, Ureia, FS e FCC, mais a testemunha sem adubação nitrogenada.
Para a realização do trabalho foram selecionados os resíduos farinha de casco e
chifre (FCC) e farinha de sangue (FS) em um frigorífico (COOPERFRIGU) no município
de Gurupi -TO. A obtenção dos resíduos foi realizada com o abate de 600 animais. Os
resíduos foram secos à sombra e quarteados até 5 kg, para cada tipo de resíduo. Os resíduos
foram coletados nas esteiras de condução das farinhas para o ensacamento, sendo coletadas
quantidades de 4 kg em intervalos de 60 minutos, durante um período de 8 horas de
produção, obtendo um total de 32 kg que foi quarteado até 5 kg.
Para a caracterização química os resíduos foram novamente subdivididos por
quarteamento. Na sequência, as amostras foram selecionadas quatro amostras de 0,25 kg de
cada resíduo. Essas, foram secas em estufa com circulação forçada de ar a 60 oC durante 72
horas, moídas e passadas em peneira com abertura de malha de 1,0 mm (ABNT no 35;
PORTARIA nº. 1/83 - SEFIS). Os teores de N total foram determinados pelo método
Kjeldahl (Bremner & Mulvaney, 1982).
A determinação do Ca2+ e Mg2+ foi realizada por meio da extração em KCl 1N
segundo Embrapa (1997), e leitura realizada por espectrofotometria de absorção atômica.
A determinação do P e K+ foi realizada por meio da extração em Mehlich (Embrapa, 1997).
As leituras foram realizadas com o uso do espectrofotômetro e fotômetro de chama para
determinação da concentração do P e K+ respectivamente. O teor de S foi determinado por
análise elementar.
Os teores de micronutrientes (Fe, Cu, Zn, Mn) foram determinados pelo método de
extração em Mehlich (Embrapa, 1997), e leitura por espectrometria de absorção atômica,
conforme resultados contidos na tabela 12.
A cultura trabalhada foi a forrageira Panicum maximum Jacq. cv. Mombaça. As
sementes utilizadas apresentaram as seguintes características: pureza de 62%, germinação
de 82% e valor cultural de 50%. O plantio da forrageira foi realizado em cada vaso a 1 cm
de profundidade, sendo utilizado um recipiente de fundo circular, com diâmetro de tamanho
tal que posicionasse 5 cm distante da borda do vaso, para marcar no solo a linha da
semeadura. Nessa área circular demarcada foi realizada a semeadura, na proporção de 2,0 g
de sementes vaso-1.
44
Tabela 12- Caracterização química e física de resíduos orgânicos e ureia (Gurupi-TO,
2014)
Nutrientes
N (g kg-1)
P (g kg-1)
K (g kg-1)
Ca (g kg-1)
Mg (g kg-1)
S (g kg-1)
Zn (mg kg-1)
Mn (mg kg-1)
Fe (mg kg-1)
FCC
124,5
2,62
35,00
2,6
0,6
2,39
115
23
731
FS
139
2,49
6,64
8,7
0,2
20
930
Cu (mg kg-1)
12
20
Ureia
450
-
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
Após a semeadura, os vasos foram irrigados diariamente, com água destilada, até
atingir a capacidade de campo, apresentando como indicador o início do gotejamento pelos
furos no fundo do vaso. Dez dias após a emergência das plantas foi realizado desbaste, a
fim de deixar sete plantas vigorosas e bem distribuídas na área superficial do vaso. Aos 60
DAE foi realizado o primeiro corte e aplicação de 1/3 das doses programadas,
procedimento repetido por mais duas vezes para adubação e três vezes para o corte, aos 90,
120 e 150 dias. As doses de N das fontes orgânicas foram aplicadas em cada vaso e
incorporadas superficialmente no solo. As doses de Ureia foram dissolvidas em água antes
da aplicação em cada vaso. O último corte foi apenas para avaliação, portanto sem a
posterior adubação. Todos os dados trabalhados foram médias dos quatro cortes.
Os parâmetros biométricos e fisiológicos foram calculados através de fórmulas de
acordo com Perez & Fanti (1999).
a) Razão da área foliar - RAF (cm² g-1):
RAF= AF/MST
onde:
AF= Área foliar
MST= Massa seca total
b) Taxa assimilatória líquida - TAL (g cm-2):
TAL= PST(n) – PST(n-1) x Ln AF(n) – Ln AF(n-1)
T (n) – T (n-1)
AF (n) – AF (n-1)
onde:
45
n= nº de coletas
PST= peso seco total
Ln= log neperiano
T= tempo em dias
AF= área foliar (cm²)
c) Taxa de crescimento relativo – TCR (g dia-1):
TCR= TAL x RAF (n) + RAF (n-1)
2
onde:
n= nº de coletas
TAL= Taxa assimilatória líquida
RAF= Razão da área foliar
d) Taxa de crescimento absoluto – TCA (g dia-1):
TCA= (P2 – P1)/(T2 – T1)
onde:
P1 e P2= peso da matéria seca
T1 e T2= períodos sucessivos das coletas
e) Taxa fotossintética (TF g cm-2 dias-1):
TF= TAL x k/h
onde:
K= 1,65
h= 12 horas
K é fator de conversão de quantidade de matéria seca em quantidade de gás
carbônico absorvido, e h é horas de fotoperíodo considerado, conforme Paulilo et. al.
(1993).
Os resultados obtidos foram submetidos às análises de variância e realização dos testes de
médias (Tukey) e regressão utilizando-se o programa Sigma Plot 10. Os modelos de regressão
foram escolhidos baseados na significância dos coeficientes da equação de regressão e no
coeficiente de determinação, utilizando-se o teste t e adotando-se 1 e 5% de probabilidade.
46
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Área foliar (AF)
As plantas de capim Mombaça apresentaram resposta quadrática para o aumento da
área foliar (AF) em função das doses crescentes de nitrogênio, para as fontes FCC e FS.
Contudo em relação à Ureia a resposta foi linear (Tabela 13). O coeficiente de
determinação foi significativo (p≤0,01) para a fonte FCC. O coeficiente de regressão β1 e β2
foi significativo para a fonte FCC com p≤0,05. A fonte FS foi 78,21% superior por unidade
de N aplicado em relação a Ureia. Quando comparada com a fonte FCC, o FS é 27,83%
superior por unidade de N aplicado. A fonte FCC foi superior à ureia na dose 100 mg dm-3.
A fonte FS foi superior a ureia na dose 150 mg dm-3.
Tabela 13–Área foliar do capim Mombaça, em função de diferentes doses de N (Gurupi –
TO, 2014)
Fonte
de N
FCC
0
67774,75b
50
83354,75b
AF
100
mg dm-3
92848,75a
150
200
93921,25ab 95256,50b
FS
67774,75b
77611,50b 89491,50ab 103742,75a 83949,00b
Ureia
67774,75b
90675,75b
66485,75b
86375,75b
Equações
ŷ=57,5869+0,4422
**x-0,0015*x² r²=
0,9894**
ŷ=54,8919+0,6127
x-0,0023x²
r²=0,9200
ŷ=65,1038+0,1344
92452,75b x
r²= 0,4408
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
São escassas as informações na literatura no que diz respeito ao uso e influência de
fontes alternativas de adubação nitrogenada com os resíduos bovinos: farinha de chifre e
unha e farinha de sangue, sobre o capim Mombaça. Porém, estudos relatam os efeitos
benéficos de adubos orgânicos em diversas outras culturas. Guareschi et al. (2013)
avaliando o efeito da adubação orgânica com esterco bovino e cama de frango na produção
de biomassa de milho (Zea mays) em Latossolo do Cerrado, verificou que a melhor
produtividade ocorreu com a dose de 150 kg ha-1.
47
Resíduos orgânicos como as fontes FCC e FS, quando comparados a fertilizantes
minerais como a ureia, apresentam taxa de mineralização mais lenta, contudo, implicam um
efeito mais prolongado de suprimento constante dos nutrientes para a planta, favorecendo
seu desenvolvimento ao longo de diversos ciclos (Silva et al., 2013).
Incrementos na área foliar são importantes, pois possibilitam um aumento no
potencial fotossintético, aliado a uma maior produtividade por parte da cultura e à
eficiência do uso da luz (Ryan et al., 2010). Além disso, de acordo com Andrade Neto et al.
(2013), o crescimento acentuado da área foliar pode ser um indício da capacidade de
enraizamento da planta, pois os promotores de crescimento, entre eles a auxina, são
produzidos nos tecidos foliares em expansão.
Razão da área foliar (RAF)
Em relação a RAF as plantas de capim Panicum maximum Jacq. cv. Mombaça
apresentaram resposta linear decrescente para as três fontes (FCC, FS e Ureia) de acordo
com a tabela 14 . O coeficiente de determinação foi significativo (p≤0,05) apenas para o
FCC. Em relação ao coeficiente de regressão β1, pode ser observado significância p≤0,05
apenas para a fonte FCC. De acordo com o teste de Tukey (p≤0,05) as fontes avaliadas se
equivalem em todas as doses avaliadas.
Tabela 14– Razão da área foliar do capim Mombaça, em função de diferentes doses de N
(Gurupi – TO, 2014)
Fonte
de N
FCC
0
26202,25b
50
12329,75b
RAF
100
mg dm-3
26679,25b
Equações
150
41689,50b
200
86251,00a
FS
23003,50b
16441,75b
38211,25b
68376,25b
82881,7ab5
Ureia
24924,25b
20971,50b
28302,00b
41195,50b
46007,75b
ŷ=7,65020,1315* x
r²=0,8301*
ŷ=84,18110,1387 x
r²=0,4365
ŷ=84,52750,2354 x
r²=0,7377
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
48
A RAF representa a área foliar em uso pela planta para produzir um grama de
matéria seca. O declínio dos valores da RAF se dá em decorrência da idade das plantas e/ou
maior elaboração de compostos pela planta. Segundo Andrade et al. (2005), a redução na
RAF representa maior alocação de assimilados para o desenvolvimento de colmos, raízes e
partes reprodutivas, em detrimento da produção de folhas durante a fase de crescimento.
Decréscimos na RAF com o aumento das doses de adubação nitrogenada também
foram relatadas por Rodrigues et al. (2008) ao estudarem os índices de crescimento do
capim Brachiaria brizantha cv. Xaraés cultivado com doses crescentes de N. por outro
lado, Pereira et al. (2012) observaram aumento da RAF do capim-tifton 85 (Cynodon) com
o aumento das doses de nitrogênio. Estes resultados controversos em relação a diferentes
tipos de forrageiras mostram a complexa dinâmica da liberação do N das diversas fontes de
adubação para o solo e sua absorção por parte das plantas, reforçando a importância do
presente estudo.
Taxa assimilatória líquida (TAL)
A taxa assimilatória líquida foi igual para as três fontes nitrogenadas avaliadas,
segundo teste de Tukey (p≤0,05), e superiores à testemunha (Tabela 15).
Tabela 15– Taxa assimilatória líquida do capim Mombaça, (Gurupi – TO, 2014)
Fonte de N
FCC
FS
Ureia
Testemunha
1
491,00 a
435,75a
590,25a
116,75b
TAL
2
1607,00a
1393,00a
1799,75a
625,75b
3
8,00a
7,25ab
9,00a
4,00b
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
A taxa assimilatória líquida é função da dimensão foliar, distribuição das folhas no
dossel, ângulo foliar, translocação e participação de assimilados (Aumonde et al., 2011).
Provavelmente, com base na afirmação, os resultados crescentes obtidos para a taxa
assimilatória líquida desse trabalho sejam em função do aumento na área foliar com doses
crescentes de nitrogênio. Resposta corroborada por Cândido et al. (2005), a taxa
assimilatória líquida representa a eficiência do aparelho fotossintético, pois reflete o
acréscimo em massa por unidade de área foliar por dia. O nitrogênio exerce papel
49
importante na taxa assimilatoria líquida, pois é componente da molécula de clorofila,
pigmento essencial à fotossíntese. A TAL representa a diferença entre a produção de
matéria seca resultante da fotossíntese e a consumida pela respiração (Andrade et al.,
2005).
Taxa de crescimento relativo (TCR)
O resultado do teste de Tukey (p≤0,05) na avaliação das três fontes nitrogenadas
(Tabela 16), indicou que a taxa de crescimento relativo nas fontes foi igual, sugerindo
desempenho semelhante para FCC, FS e ureia.
Tabela 16– Taxa de Crescimento Relativo do capim Mombaça, (Gurupi – TO, 2014)
Fonte de N
FCC
FS
Ureia
Testemunha
1
6299,00a
6681,00a
6903,75a
4596,00b
TCR
2
9854,25a
10453,75a
11472,50a
5931,75b
3
398,75ab
333,00ab
313,00b
500,25a
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
A taxa de crescimento relativo (TCR) da planta é uma variável bastante utilizada
para a avaliação do crescimento vegetal e é dependente da quantidade de material
previamente acumulado (Andrade et al., 2013). A taxa de crescimento relativo variam com
o aumento de doses de nitrogênio e com a idade da planta. Santos Junior et al. (2004),
trabalhando com capim-marandu, concluiram que a taxa de crescimento relativo foi
influenciada pela idade das plantas e pelas concentrações de nitrogênio no substrato.
Concluiram ainda, que as doses de nitrogênio foram mais efetivas que as idades de
crescimento em promover ajustes fisiológicos na planta, resultando em respostas mais
rápidas da taxa de crescimento relativo.
Taxa de crescimento absoluto (TCA)
As três fontes nitrogenadas apresentaram desempenhos iguais avaliadas, e
superiores à testemunha (Tabela 17).
50
Tabela 17–Taxa de Crescimento Absoluto do capim Mombaça, (Gurupi – TO, 2014)
Fonte de N
FCC
FS
Ureia
Testemunha
1
92,50a
81,50 a
110,75a
23,50b
TCA
2
300,00a
258,50 a
333,50 a
123,25b
3
418,50 a
363,00 a
475,00 a
153,25 b
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
Santos Junior et al. (2004) trabalhando com doses de N em capim Marandu,
concluiram que o crescimento da farrageira foi influenciado pelas concentrações de N no
substrato até a dose de 378 mg L-1, e que a taxa de crescimento absoluto continuaria
aumentando em função do aumento nas doses de nitrogênio.
Taxa fotossintética (TF)
A avaliação da taxa fotossintética do capim Mombaça pelo teste de Tukey
(p≤0,05), mostra que o desempenho das três fontes nitrogenadas são iguais (Tabela 18).
Tabela 18 – Taxa Fotossintética do capim Mombaça, (Gurupi – TO, 2014)
Fonte de N
FCC
FS
Ureia
Testemunha
1
67,50 a
59,75 a
80,75 a
16,00 b
TCA
2
221,00 a
191,75 a
247,50 a
86,25 b
3
1,00 b
1,00 b
1,25 b
0,75 b
FCC: Farinha de casco e chifre; FS: Farinha de sangue.
O entendimento dos fatores que influenciam as respostas fisiológicas das plantas de
capim Mombaça, podem ajudar no planejamento e melhor desenvolvimento de pastagens
em função de diferentes tipos de adubação nitrogenada. Além disso, a obtenção de dados
sobre a capacidade fotossintética das plantas é uma importante ferramenta para modelos de
plantio baseados em processos que necessitam de informações fisiológicas para a predição
do fertilizante mais adequado.
51
Independetemente da fonte de adubação nitrogenada utilizada, foi observado
incrementos na taxa fotossintética em função das doses crescentes de N. O nitrogênio
infuencia positivamente a eficiência fotossintética da folha por estimular a síntese de
rubisco, uma enzima chave nas reações bioquímicas de assimilação do carbono (Chapin et
al., 1987).
Benincasa (2003) relata que o crescimento das plantas é avaliado por meio de
variações, em tamanho, de algum aspecto da planta, geralmente morfológico, isso evidencia
que a análise de crescimento está baseada no fato de que 90%, em geral, da matéria seca
acumulada pelas plantas resultam da atividade fotossintética, esta passa a ser o componente
fisiológico de maior importância no estudo da produtividade e crescimento das plantas
(Dartora et al., 2013).
52
CONCLUSÃO
O capim mombaça ainda responde à doses superiores a
200 mg dm-3 de nitrogênio
aplicadas parceladas em três épocas por meio das fontes FCC, FS e Ureia nos principais
indicadores fisiológicos.
A fonte nitrogenada Ureia, seguida da FS e FCC proporcionam maior produção do capim
mombaça em relação a ausência de adubação.
Em doses menores 100 mg dm3 de nitrogênio, as fontes orgânicas FS e FCC apresentam
tendência de melhores eficiências que a Ureia.
53
REFERÊNCIAS
Andrade Neto, V. R.; Santos, V. A. H. F.; Garcia, M. N.; Rodrigues, R. A.; Franciskievicz,
D. Santos, J. P. Índice de área foliar em mudas clonais de Eucalyptus sp. Scientific
Electronic Archives, v. 2, p. 6-9, 2013.
Andrade, A. C.; Fonseca, D. M.; Lopes, R. S.; Nascimento Júnior, D.; Cecon, P. R.;
Queiroz, D. S.; Pereira, D. H.; Reis, S. T. Análise de crescimento do capim-elefante
„napier‟ adubado e irrigado. Ciência Agrotec., Lavras, v. 29, n. 2, p.415-423,
mar./abr., 2005.
Andrade, E. M. G.; Sousa, J. R. M.; Soares, L. A. A.; Furtado, G. F.; Silva, A. S.
Crescimento de feijão caupi „BRS Pajeú‟ irrigado om água salina e adubação
nitrogenada. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 8,
n. 3, p. 188-194, 2013.
Associação Nacional de Difusão de Adubos - ANDA. Principais Indicadores do Setor de
Fertilizantes.
Disponível
em:
<http://www.anda.org.br/index.php?
mpg=03.00.00;ver=por> Acesso em 01 de dezembro de 2013.
Aumonde, T. Z.; Lopes, N. F.; Moraes, D. M.; Peil, R. M. N.; Pedó, T. Análise de
crescimento do híbrido de mini melancia Smile enxertada e não enxertada.
Interciência, v. 36, n. 9, p. 677-681, 2011.
Belo, E. S.; Terra, F. D.; Rotta, L. R.; Vilela, L. A.; Paulino, H. B.; Sousa, E. D.; Vilela, L.
A. F.; Carneiro, M. A. C. Decomposição de diferentes resíduos orgânicos e efeito na
atividade microbiana em um latossolo vermelho de cerrado. Gl. Sci Technol. Rio
Verde, v. 05, n. 03, p. 107–116, set/dez. 2012.
Benincasa, M. M. P. Análise de Crescimento de Plantas: Noções Básicas. 2 ed.
Jaboticabal: FUNEP. 42p. 2003.
Bernardes, L. M. C.; Soares, M. T. S. Fotossíntese no dossel das plantas cultivadas. Vol.
3. Rio de Janeiro: Prefeitura Da CI de Cultura Depar, 1987.
Bremner, J. M., Mulvaney, C. S. Methods of soil analysis, part 2 chemical and
microbiological properties,1982, p. 595-624.
Cavallaro Júnior, M. L.; Trani, P. E.; Passos, F. A.; Kuhn Neto, J.; Tivelli, S. W.
Produtividade de rúcula e tomate em função da adubação N e P orgânica e mineral.
Bragantia. 68.2, 2009, p. 347-356.
Chapin, F.S. Iii, Bloom, A.J., Field, C.B. & Waring, R.H. Plant response to multiple
environmental factors. Bioscience, 37, 49–57, 1987.
Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais - CFSEMG. Recomendações
para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - 5ª Aproximação.
Viçosa: CFSEMG,1999. p. 332- 341.
Crusciol, E. M. C. A. C.; Oliveira, P.; Sipos, T. B. Fontes e doses de nitrogênio para
mamoneira de porte baixo no sistema plantio direto. Ciência Rural, v.42, n.10, out,
2012.
Dartora, J. ; Guimarães, V. F.; Echer, M. M.; Pauletti, D. R.; Marini, D. Análise de
crescimento e produtividade do pak choi cultivado sob diferentes doses de nitrogênio.
Revista Ceres, v. 60, n.4, p.498-504, 2013.
54
Embrapa, Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de Janeiro: Embrapa
Solos, 2013.
Embrapa. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos
de análise de solo. 2. ed. rev. atual. Rio de Janeiro, 1997.
Freire, O. Solos das regiões tropicais. Botucatu: Fundação de Estudos e Pesquisas
Agrícolas e Florestais, 2006. 268p.
Guareschi, R. F.; Silva, A.; Silva Junior, H. R.; Perin, A.; Gazolla, P. R. Adubação orgânica
na produção de biomassa de milho em Latossolo de Cerrado. Global Science and
Technology. v. 06, n. 2, p. 66-73, 2013.
Köppen, W. Climatologia. México: Fundo de Cultura Econômica, 1931.
Köppen, W.; Geiger, R. Klimate der Erde. Gotha: Verlag Justus Perthes. 1928.
Paulilo, M. T. S.; Felippe, G. M.; Dale, J. E. Crescimento inicial de qualea grandiflora.
Revista Brasileira de Botânica. v. 16, n 1, p. 37- 46, 1993.
Pereira, A. R.; Machado, E. C. Análise quantitativa do crescimento de comunidades
vegetais. Campinas, Instituto Agronômico. 33p. 1987.
Pereira, O. G.; Rovetta, R.; Ribeiro, K. G.; Santos, M. E. R.; Fonseca, D. M.; Cecon, P. R.
Crescimento do capim-tifton 85 sob doses de nitrogênio e alturas de corte. Revista
Brasileira de Zootecnia, v. 41, n.1, p. 30-35, 2012.
Perez, S. C. J. G.; Fanti, S. C. Crescimento e resistência à seca de leucena em solo de
cerrado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.34, n.6, p.933-944, jun.
1999.
Rodrigues, R. C.; Mourão, G. B.; Brennecke, K.; Luz, P. H. C.; Herling, V. R. Produção de
massa seca, relação folha/colmo e alguns índices de crescimento do Brachiaria
brizantha cv. Xaraés cultivado com a combinação de doses de nitrogênio e potássio.
Revista Brasileira de Zootecnia, v. 37, n. 3, p.394-400, 2008.
Ryan, M. G; Stape, J. L.; Binkley, D.; Fonseca, S.; Loos, R. A.; Takahashi, E. N.; Silva,
C. R.; Silva, S. R.; Hakamada, R. E.; Ferreira, J. M.; Lima, A. M. N.; Gava, J. L.;
Leite, F. P.; Andrade, H. B.; Alves, J. M.; Silva, G. G. C. Factors controlling
Eucalyptus productivity: how water availability and stand structure alter production
and carbon allocation. Forest Ecology and Management, v.259, n.9, p.1695-1703,
2010.
Santos Junior, J. D. G.; Monteiro, F. A.; Lavres Junior J. Análise de crescimento do capimmarandu submetido a doses de nitrogênio. Revista Brasileira de Zootecnia, v.33,
n.6, p.1985-1991, (Supl. 2), 2004.
Segatto, M. P.; Andreazza, R.; Bortolon, L.; Santos, V. P.; Gianello, C.; Camargo, F. A. O.
Decomposição de resíduos industriais no solo. Ciência e Natureza, UFSM, 34(1) p.
49-62, 2012.
Silva, L. V. B. D.; Lima, V. L. A.; Silva, V. N. B.; Sofiatti, V.; Pereira, T. L. P. Torta de
mamona residual e irrigação com efluente sobre crescimento e produção de
algodoeiro herbáceo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.
17, n. 12, p. 1264-1270, 2013.
Timbury, M. C, William C Forsyth, W. C.; Stevenson, J. S.. Garden fertilisers as a source
of salmonellae. The Lancet , 288.7470, p. 955-956, 1966.
55
Welch, R. W.; Leggett, J. M. E.; Lloyd, J. D. Variation in kernel. (1 3), (1 4)-β-D-glucan
content of oat cultivars and wild Avena species and its relationship to other
characteristics. J. Cereal Sci. 13, 1991, p. 173-178.
i
Para citar este trabalho:
KUYUMJIAN, L. A. Farinha de casco – chifre e sangue como fonte de nitrogênio para o
capim mombaça. Dissertação de Mestrado em Produção Vegetal. Gurupi, TO: UFT,
2014. 56p.
56
Download