a enfermagem e a segurança medicamentosa em

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Trabalho 973 - 1/3
A ENFERMAGEM E A SEGURANÇA MEDICAMENTOSA EM
PACIENTES
COM
ACIDENTE
VASCULAR
CEREBRAL
ACOMPANHADOS EM UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO
DOMICILIAR.
Neto, Belchior Gomes Barreto1
Henrique, Danielle de Mendonça2
Silva, Lolita Dopico3
Paixão, Carina Teixeira4
Lisboa , Caroline de Deus 5
Camerini, Flavia Giron 6
Introdução:Este estudo abordou a segurança na terapia medicamentosa,
recomendada no tratamento dos fatores de risco para o acidente vascular
cerebral (AVC). A segurança na terapia medicamentosa (STM) é entendida como
o processo de manejo de medicamento (armazenamento, dispensação, uso,
preparo e administração), sem erros pelo usuário ou profissional de saúde 1. A
STM garante o uso racional de medicamentos, que é entendido como quando o
paciente recebe medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em
doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e
ao menor custo para si e para a comunidade1. Um Atlas de Doenças Cardíacas e
Cerebrovasculares2, publicado em 2005 pela Organização Mundial de Saúde, em
parceria com centros americanos de saúde e com o apoio da Federação Mundial
do Coração, aponta o AVC como responsável por 10% dos óbitos em todo mundo.
O interesse em pesquisar esta temática, deveu-se ao fato de que o impacto dos
fatores de risco na ocorrência de um novo AVC pode ser reduzido com tratamento
medicamentoso correto3. A questão norteadora deste estudo foi: Como os
pacientes que sofreram AVC fazem uso da terapia medicamentosa? Neste
contexto, traçou-se como objetivo geral caracterizar como os pacientes
portadores de AVC e atendidos pelo serviço de atendimento domiciliar (SAD)
utilizam as medicações para o controle dos fatores de risco desta doença. E como
objetivos específicos: caracterizar os pacientes do estudo quanto à idade, sexo,
episódios e tipo de AVC, mensurando se há associação entre idade e episódios
de AVC, Identificar, e classificar o perfil da terapia medicamentosa utilizada por
pacientes portadores de AVC, e avaliar como os pacientes usam os
medicamentos,
em
relação
à
associação
com
as
1.Enfermeiro, Mestrando FENF UERJ
2.Enfermeira, MestreUERJ
3.Professora Adjunta Permanente do programa de Pós-graduação FENF UERJ
4.Enfermeira, Mestre FENF UERJ
5. Enfermeira, Mestrando FENF UERJ
6. Enfermeira, Mestrando FENF UERJ
refeições
e
outros
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Trabalho 973 - 2/3
medicamentos. Esta proposta de trabalho justificou-se por reconhecer o
enfermeiro como detentor de conhecimentos acerca da terapia medicamentosa,
devendo atuar como educador, a fim de aumentar a eficácia da mesma.
Metodologia:
Tratou-se
de
um
estudo
transversal
de
prevalência
e
contemporâneo envolvendo 30 pacientes atendidos pelo SAD do Hospital de
Jacarepaguá, dispostos a participar da pesquisa. Resultados: Foi evidenciado
uma amostra composta por pessoas idosas, a maioria mulheres (60%), com
predomínio de AVC isquêmico (91,1%), com 1,5 episódios de AVC por paciente.
Não se constatou a associação entre o aumento da idade com o número de
episódios de AVC. A média de medicamentos utilizados por pacientes foi 3,3. No
tratamento da hipertensão arterial, a maior frequência foi a classe do inibidor da
enzima conversora de angiotensina (IECA), sendo mais comum o uso do
captropil. Entre os diuréticos o habitual foi a hidroclorotiazida. O tratamento da
fibrilação atrial foi realizado, predominantemente, pelo ácido acetil salicílico (AAS).
Para o tratamento dos pacientes diabéticos, destacou-se a metformina. A
sinvastatina foi usada somente por oito pacientes. Dentre os medicamentos o
maior índice de erro foi com o captropil (72,5%), furosemida (83,3%), atenol
(100%), espironolactona (100%), glibenclamida (100%), Insulina NPH (66,7%),
sinvastatina (87,5%). A causa maior do uso errado deveu-se a interação
medicamento com refeição (76,5%). Análise: O enfermeiro precisa orientar para
que o captropil seja usado uma hora antes das refeições, esclarecendo ao
paciente o possível surgimento de uma tosse seca. A furosemida pode provocar
desidratação e hipopotassemia,devendo o paciente ser orientado à ingestão de
alimentos ricos em potássio4. A glibenclamida deve ser tomada no café da manhã,
alertando-se para uma provável hipoglicemia. Quanto à sinvastatina, esta deve
ser consumida em dose única, à noite5.
Palavras-chave: AVC, medicamentos, Fatores de risco.
Referências:
1.Enfermeiro, Mestrando FENF UERJ
2.Enfermeira, MestreUERJ
3.Professora Adjunta Permanente do programa de Pós-graduação FENF UERJ
4.Enfermeira, Mestre FENF UERJ
5. Enfermeira, Mestrando FENF UERJ
6. Enfermeira, Mestrando FENF UERJ
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Trabalho 973 - 3/3
1. Brasil. Ministério da Saúde Avaliação da Assistência Farmacêutica no Brasil /
Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial da Saúde ; 2005
Ministério da Saúde – Brasília: Organização Pan-Americana de saúde.
2. World Health Organization. Avoiding heart attacks and strokes: don’t be a victim
- protect yourself. Geneva:2005, Organização Mundial da Saúde.
3. Manual STEPS de Acidentes Vascular Cerebrais da OMS: enfoque passo a
passo para a vigilância de acidentes vascular cerebrais. Geneva: 2006.
4. Clayton BD, Stock YN. Farmacologia na prática de enfermagem. 13ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier; 2006.
5. Micromedex.Drug interation.Disponível em:
http://www.thomsonhc.com/hcs/librarian/ND_T/HCS/ND_CPR/Interactions/ND_PR
/Interactions/CS/8E3308/DUPLICATIONSHIELDSYNC/14008E/ND_PG/PRIH/ND_
B/HCS/ND_P/Interactions/PFPUI/zJ16h3o2YC7Sio/PFActionId/hcs.Interactions.Fi
ndDrugInteractions.
1.Enfermeiro, Mestrando FENF UERJ
2.Enfermeira, MestreUERJ
3.Professora Adjunta Permanente do programa de Pós-graduação FENF UERJ
4.Enfermeira, Mestre FENF UERJ
5. Enfermeira, Mestrando FENF UERJ
6. Enfermeira, Mestrando FENF UERJ
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