Alguns medicamentos contra hipertensão podem elevar risco de

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Alguns medicamentos contra hipertensão podem elevar risco de câncer de mama:
bloqueadores dos canis de cálcio
Site: Bem Estar............... Alerta 06/08/2013 | 11h34
Pesquisadores identificaram que consumo a longo prazo de remédios
bloqueadores dos canais de cálcio está relacionado ao problema.
Mulheres depois da menopausa que ingeriram alguns medicamentos contra a
hipertensão durante dez anos ou mais tiveram um risco mais de duas vezes maior de
desenvolver câncer de mama, afirmaram cientistas americanos.
As mulheres que tomavam remédios bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) para
combater a pressão alta apresentaram de 2,4 a 2,6 vezes mais riscos de desenvolver
câncer de mama do que as mulheres que não tomavam este tipo de medicação,
destacou o estudo publicado na revista Journal of the American Medical Association
(JAMA). Segundo os especialistas, as descobertas podem ter implicações importantes
para a saúde pública.
"Embora alguns estudos tenham sugerido uma relação positiva entre a ingestão de BCC e o
risco de câncer de mama, este é o primeiro estudo a observar que o consumo a longo prazo
destes bloqueadores em particular está associado ao risco de câncer de mama", destacou o
estudo.
Os BBC, também conhecidos como antagonistas do cálcio, foram o nono tipo de medicamento
mais receitado nos Estados Unidos em 2009, com mais de 90 milhões de receitas, segundo a
JAMA. Os exemplos incluem amlodipina, diltiazem, felodipina, isradipina, nicardipina,
nifedipina, nisodipina e verapamil. Esses medicamentos evitam que o cálcio se acumule nos
músculos do coração e das artérias, e podem dilatar os vasos sanguíneos e reduzir a frequência
cardíaca.
"Outros medicamentos anti-hipertensivos — diuréticos, betabloqueadores e antagonistas dos
receptores de angiotensina II (ARA-II) — não se associaram a um risco maior de câncer de
mama", destacou o estudo do JAMA.
Os cientistas examinaram o risco de câncer de mama em uma população de mulheres de 55 a
74 anos no estado de Washington. No total, 880 desenvolveram câncer de mama ductal
invasivo, 1.027 câncer de mama lobular invasivo e 856 não tiveram câncer e participaram do
grupo de controle.
Os estudiosos descobriram que a ingestão de BCC durante 10 anos ou mais se associava com
probabilidades 2,4 vezes maiores de se desenvolver câncer de mama ductal e 2,6 vezes
maiores de desenvolver câncer de mama lobular.
"Se o aumento de duas a três vezes maior do risco encontrado neste estudo se confirma, a
ingestão de BCC a longo prazo seria um dos principais fatores de risco modificáveis para o
câncer de mama", escreveu a epidemiologista chefe do Centro de Epidemiologia Slone da
Universidade de Boston, Patricia Coogan, em um editorial na JAMA Patricia Coogan.
O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer entre mulheres em todo o mundo. Segundo
o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, uma em cada oito mulheres nascidas hoje
terá câncer de mama durante a vida.
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