A ESCUTA CONSCIENTE COMO FACILITADORA

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 A ESCUTA CONSCIENTE COMO FACILITADORA PARA A EDUCAÇÃO MUSICAL CUNHA, Maria Carolina Silva1; BASTOS, Juliana Carla2 Introdução A escolha do tema “A escuta consciente como facilitadora para a Educação Musical”, surgiu com o interesse de aliar métodos e práticas que colaborem para a construção de um olhar mais amplo e coerente sobre o Ensino da Música. Essa discussão será desenvolvida embasada em abordagens da Etnomusicologia, Educação Musical, estudos da Paisagem Sonora e Ecologia, tangenciando, quando necessário, outras áreas e subáreas que englobam os referidos temas. O objetivo deste trabalho é apresentar relações entre autores de forma interdisciplinar com o intuito de pensar, de forma inicial, sobre a discussão que utiliza conceitos de uma ecologia sonora (SCHAFER, 2009) na Educação Musical. Inicialmente, estava prevista a observação do curso de Ecologia Sonora que é ofertado dentro do PROPS ­ Projeto de Extensão em Paisagem Sonora (DMA/CCE ­ UFPI) para obtenção de dados, mas devido a questões referentes ao Comitê de Ética, decidimos, eu e minha orientadora, por fazer o artigo na forma de revisão bibliográfica seguida de reflexão interáreas, definindo, como passos metodológicos: ​
pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, organização parcial de dados, entrega do relatório parcial, organização final de dados, análise de dados, escrita e entrega do relatório final. Assim, apresento a seguir o aporte teórico utilizado, a discussão científica e a apresentação dos resultados. Revisão de Literatura O estudo da música se mostra, cada vez mais, como uma discussão que assume âmbitos não só artísticos, mas científicos e, antes de tudo, humanos, seja pela importância que ela assume hoje no Brasil com a promulgação da lei 11.769/2008, ou pela ampla discussão acerca do que define a função do músico (CAMPBELL, 2004; FONTERRADA, 2004; PENNA, 2007). Além disso, há que se considerar, também, o âmbito humano que perpassa questões socioculturais 1
Bolsista PIBIC/CNPq Orientadora PIBIC/CNPq. 2
(MERRIAN, 1964) e ambientais (SCHAFER, 1991, 2001, 2009; BASTOS, 2013). Por isso, autores dialogam neste trabalho de forma interdisciplinar. Pretende­se, com isso, oferecer ao leitor mais uma visão sobre o imbricado desenvolvimento que uma bagagem musical traz à vida da pessoa, influenciando­a de forma fundamental e contextualizada. A Educação Musical, como subárea de estudo que investiga relações de ensino e aprendizagem da música, tem feito investidas profundas no diálogo interáreas, pois o educando, em seu processo de musicalização, passa por aprendizados amplos, que extrapolam o estudo do seu instrumento ou a prática musical em conjunto (CAMPBELL, 2004; FONTERRADA, 2004). Como subárea afim, a Etnomusicologia pode auxiliar nessa discussão por estudar o ser humano que produz música e todas as suas inerências. O olhar etnomusicológico enxerga além do palco, vendo também a plateia. Percebe mais do que os acordes, ouvindo também a história de vida que levou aquelas pessoas a fazerem música de determinadas maneiras. Investiga a manifestação musical considerando som, contexto e comportamento (MERRIAN, 1964). Neste ponto, temos que tal manifestação ­ sonora ­ acontece no ambiente. O som é ar em movimento. Levando a discussão para um âmbito ecológico3 , encontramos no trabalho do educador musical e compositor canadense Raymond Murray Schafer uma abordagem pioneira: tratar os sons, inclusive os musicais, como aspecto ambiental. Schafer propõe o termo “paisagem sonora” para se referir a todos os sons que o ouvido alcança em determinado momento (1991). Suas publicações foram esclarecedoras em questões conceituais que abordam a música das esferas, os mitos gregos (2001) e o desdobramento que é possível fazer desses estudos em exercícios para músicos e não músicos ­ para todos que ouvem (2009)! A discussão do canadense encontra a ecológica quando tangencia, por exemplo, aspectos de poluição sonora. Considerando que poluição é a degradação de quaisquer aspectos ambientais (DELITTI, 1995), poluir sonoramente também deve ser considerado um problema ambiental. A intenção é, com base nesses autores, promover um diálogo que trate do som e da maneira como ele pode ser / é tratado em aulas de música, e de como o professor de música pode ser uma peça­chave nesse contexto (PENNA, 2007), de acordo com as publicações sobre o tema. A relação transdisciplinar entre a Etnomusicologia e a Educação Musical: um caminho facilitador para a consciência do som Pensar em sustentabilidade ambiental hoje faz com que lembremos de vários contextos de discussão sobre o tema. Existem várias organizações que tratam da qualidade da água, do solo, da preservação da fauna e da flora, tudo com um objetivo mais amplo de proporcionar ao 3
“Ecologia” é o estudo da casa dos seres vivos (DELITTI, 1995). ser humano qualidade de vida. Neste relatório, procuramos elucidar a questão sonora do meio ambiente a partir das leituras feitas por mim durante o período em que figurei como bolsista de IC e das discussões que acompanhei junto aos grupos PROPS ­ Projetos de Pesquisa e de Extensão em Paisagem Sonora ­ alocados dentro da Licenciatura em Música da UFPI. Os grupos, embasados pelos estudos de Murray Schafer (1991, 2001, 2009), veem o estudo da Paisagem sonora como uma maneira de proporcionar bem­estar, saúde e conscientização à sociedade, trazendo informação e despertando­a no que se refere ao uso e convívio com os sons e seus efeitos evidentes ou ocultos para o meio social e ao indivíduo em particular. Foi detectado que os sons que produzimos, ou aqueles que são produzidos e chegam até nós, são agentes diretamente influenciadores no comportamento humano, bem como em seu meio social, necessitando assim de um olhar etnomusicológico sobre o tema, que nos conduz a também visualizar o indivíduo como resultado de uma fonte cultural, ao qual se insere todos os elementos sonoros que nos cercam. Entendo que o estudo da Paisagem sonora constitui um elemento de alta relevância e necessidade para a construção de uma qualidade de vida inerente ao homem e à sociedade em geral. Ao levantar uma reflexão sobre o tema e através das leituras realizadas, já posso recordar e vislumbrar circunstâncias em que uma paisagem sonora inconscientemente manifestou sensações, tensões e efeitos importantes aos que nela estavam. Estudar sons constitui­se necessário meio a um processo de globalização intenso e contínuo, que em si traz uma produção sonora cada vez mais complexa e turbulenta. Através de uma conscientização adequada sobre o tema, nos tornamos capacitados para administrar melhor aquilo que ouvimos, fazendo das nossas próprias paisagens sonoras algo benéfico e livre de danos e transtornos, conforme já foi mencionado por Bastos (2013, p. 1): “Devemos ser agentes da paisagem sonora, e não objetos dela, considerando o processo de percepção sonoro­musical como algo possível a qualquer pessoa”. ​
É válido considerar que este assunto não é só referente a alguns indivíduos ou grupos especiais, afinal, os malefícios trazidos pelo escutar não educado, pode ser considerado uma preocupação geral, tendo em vista os prejuízos fisiológicos e psicológicos decorrentes de uma paisagem sonora agressiva e mal administrada, que se permitidos e bem recebidos podem tomar proporções maiores e mais graves. Assim, outro trabalho que têm embasado minha discussão é: “Não basta tocar? Discutindo a formação do educador musical” (PENNA, 2007) esse texto é utilizado utilizado aqui para discutir a formação ampla do educador musical para além da performance. De maneira geral, os textos lidos trouxeram unificadamente a reflexão sobre a importância que um Educador Musical tem de precisar compreender seus educandos a partir de uma visão consciente sobre Paisagem sonora e cultural (CAMPBELL, 2004; FONTERRADA, 2004). A partir das publicações feitas durante a iniciação científica, é coerente presumir, por exemplo, que um aluno em processo de aprendizagem é diretamente influenciado pelo meio em que convive, junto aos seus respectivos hábitos, tradições e concepções, sendo que este mesmo ambiente social é construído por uma sonoridade própria, capaz de despertar e mover comportamentos e reações que recaem diretamente não só sobre o seu estilo de vida como ao seu aprendizado. Utilizar a escuta consciente para compreender esse processo sonoro­educacional, é entender que por trás de uma cultura ativa, também deve haver um ouvido pensante que entenda o processo de sonorização ambiental como um fator determinante a uma definição de grupo, por exemplo. Afinal, a música ou os sons como um todo, oferece ao indivíduo a possibilidade de um agrupamento definido por sua capacidade de identificar­se sonoramente com outrem, o que insere a esse estudo a etnomusicologia, com sua maneira de perceber que por trás de um ser humano, ou mesmo de um ouvir consciente ou não, sempre há um conjunto de valores, costumes e visões norteadoras (MERRIAN, 1964). A partir da compreensão e ligação desses fatores, presume­se ser possível então, trazer ao educador novas concepções, que o dariam ferramentas metodológicas e educacionais mais expansivas tornando­o mais capacitado para o ensino musical e principalmente levando­o a uma compreensão humana e social do seu público­alvo. Também vale ressaltar o quanto esse conhecimento seria benéfico a si mesmo, visto que um educador também é enquanto homem ou profissional um ser produtor e receptor de sons, que está sensível e vulnerável a uma paisagem sonora, possibilitando assim um conhecimento gerador não só de novas definições e amplificações, como também um difusor de saúde e qualidade de vida própria e pública. Este mesmo assunto chama ao fato de que ouvir conscientemente não só traz ao indivíduo a capacidade de compreender e escutar com mais sensibilidade, como também nos habilita a perceber a música como um instrumento de comunicação com os outros, levando em conta seu grande poder de expressão corporal e mental. Através de um estudo etnomusicológico e sonoro é possível também compreender a sociedade em sua conjuntura, percebendo então que estes não são objetos de estudo estáticos, mas que ambos se compreendem, transformam e correspondem com o decorrer do tempo e das variações sociais e globais. Um ambiente certamente não vai abrigar o mesmo padrão sonoro por muito tempo, pois este irá acompanhar cada pequena transformação direta ou indireta que houver. Unificar e enfatizar esses conhecimentos também requer de um profissional, uma sensibilidade e autoconscientização sobre o real sentido e objetivo do que é ser um Educador Musical, levando­se em conta o debate levantando em torno da construção de Licenciaturas e sua aplicação verídica no campo educacional da Música. Sobre este assunto discorre Penna (2007, p. 53): Para tanto, a formação do professor não se esgota apenas no domínio da linguagem musical, sendo indispensável uma perspectiva pedagógica que o prepare para compreender a especificidade de cada contexto educativo e lhe dê recursos para a sua atuação docente e para a construção de alternativas metodológicas. É válido mencionar, que a polêmica em torno da formação do Educador, ganhou várias vertentes de pensamentos e ideias, dentre as quais se destaca o que chamaria de falso conceito e que estipula como um melhor profissional aquele que tem maior domínio de técnicas instrumentais na Música. Ao lidar com esse tipo de concepções, começamos a compreender as deficiências encontradas na formação Musical de indivíduos que foram educados sem qualquer tipo de embasamento pedagógico e educacional aplicável, ressaltando que sem menosprezar os conhecimentos musicais da prática, para lidar com um único indivíduo em formação e levar a Música até ele como objeto educador e socializador, é necessário levar em conta suas particularidades e uma série de conhecimentos que só podemos gerar em nós, através de uma formação contextualizada e profunda sobre o assunto. Outras relações interáreas Educação Musical e Ecologia O que Penna (2007) afirma quando diz ser necessário ao músico mais do que “apenas tocar” é uma indicação de preocupação sustentável frente às manifestações musicais que coexistem em nossa sociedade. Sustentável porque qualquer relação que tenha como mote a conscientização de seus atores em quaisquer âmbitos ­ social, cultural, conceitual, filosófico, artístico, etc ­ pode, de maneira mais efetiva, transfigurar­se em uma ponte válida de saberes que implementará qualidade de vida aos envolvidos. O professor de música, especificamente o da rede básica de ensino, pode ter essa premissa como uma facilitadora de seu trabalho. Se, por exemplo, ao trabalhar repertórios pedidos e/ou trazidos pelos estudantes, há em suas mãos uma rica oportunidade de fazê­los problematizar o que estão ouvindo para, a partir de suas escolhas, e não mais a partir de uma imposição da indústria cultural, constituir seu banco de dados musical. Essa preocupação em teia caracteriza um estudo ecológico, hoje bastante válido frente à crise ambiental que se apresenta e que, acometendo a qualidade do som, influencia o trabalho do docente em música. A crise ambiental, que se faz notar no descompasso entre produção e distribuição de alimentos e crescimento das populações humanas, na redução da produtividade terrestre e aquática em decorrência da poluição e mudanças climáticas locais e globais, entre muitos outros, é originada por fatores sociais, culturais, econômicos, políticos e históricos. Suas raízes estão, certamente, na crescente exploração de recursos pelo homem, na sua ignorância a respeito dos processos, que são afetados por essa exploração, e na sua fé inabalável a respeito da capacidade de sua tecnologia para a solução de tais problemas. Na verdade, a tecnologia humana resultou em problemas muito maiores, capazes de quebrar processos básicos da biosfera, e nesse contexto, a Ecologia é vista até como “a ciência da sobrevivência”4 (DELITTI, 1995, p. 164). Considerando o aspecto sonoro­ambiental que nos interessa ­ o som ­ vemos essa crise que Delitti descreve. O som, como aspecto invisível, mas existente, se desenvolve em nossa ​
COLLIER, B. D.; COX, G. W.; JOHNSON, A. W.; MILLER, R. C. ​
Dynamic Ecology​
. New Jersey: Prentice Hall, 1975. 4
sociedade de forma incontrolável. Muito hoje se fala sobre poluição de rios e destinação correta do lixo, por exemplo, e isso gera muitos encontros, congressos e demais contextos que não deixam o assunto no esquecimento. Sobre ambiente sonoro saudável, contudo, a discussão ainda é rasa, sobretudo no Brasil, e esbarra numa legislação falha, que vai da ocorrência à punição sem considerar medidas de conscientização que assegurem qualidade de vida aos envolvidos. Nesse ínterim, o professor que tem o som como ferramenta de trabalho pode se propor a assumir em sua sala de aula uma discussão que extrapole os limites do som dito “musical”, abarcando também os “ruidosos” (SCHAFER, 1991, 2009). O livro “Educação sonora: 100 exercícios de escuta e criação de sons” (SCHAFER, 2009) é uma das publicações mais significativas hoje no Brasil sobre o tema. Traz, de forma sucinta e bastante coesa a junção entre Educação Musical e Ecologia, demonstrando que pessoas conscientizadas sonoramente podem ser melhores músicos sim, mas, antes de tudo, podem ser pessoas mais comprometidas com a qualidade de vida do próximo​
. Etnomusicologia e Ecologia Da mesma forma, ao compreender a etnomusicologia como uma ciência que estuda a música a partir de um contexto cultural, é necessário estabelecer sua relação junto à ecologia, deixando de olhar para a música ou quaisquer outros tipo de sons, sejam eles de origem natural, humana, industrial ou tecnológica, como um simples elemento ambiental ou social e reconhecendo­os como influenciadores diretos na formação do ser e portanto de sua cultura coexistente. Porém, a ecologia não coloca a sociedade apenas como mera receptora de um meio, mas também a posiciona como agente ativa e cultivadora de seu próprio ambiente, fato que pode ser comprovado com o uso da música pela sociedade como meio de expressar suas crenças, aptidões, valores e conhecimentos. Essa interação entre os seres e ambientes sonoros é dada a partir de uma construção individual, visto que cada ser escuta e compreende os sons à sua volta de maneira pessoal, porém dentro de uma relação ecológica essa compreensão íntima mistura­se a outras que resultam em uma produção musical e cultural vasta e complexa. Mesmo diante de agrupamentos, demonstra­se desafiador estudar música através de um homem, tal qual uma sociedade qualquer, tendo em vista um sistema em constante processo de transformação. Da mesma forma como um ecossistema funciona, transitando entre mecanismos de vivência e sobrevivência inerentes às suas comunidades (DELITTI, 1995), dentro do sistema de cultura musical também existem processos intensos e constantes de variação e reforma, influenciados por fatores que vão desde o ambiente natural em que vive um povo, até as reformas políticas, históricas e sociais que o movem (MERRIAN, 1964; SCHAFER, 2001). Conclusão Cada discussão esboçada aqui de forma ainda bastante inicial merece aprofundamento para elucidar maiores contribuições a cada uma das áreas e subáreas e à ciência em geral. Por ora, após o diálogo que procurou­se estabelecer entre os autores citados, concluo que: ● Este trabalho é de suma importância para a compreensão da vigente necessidade de ampliação no estudo da formação do educando musical, assim como do educador em si, visto que esse processo de construção se dá em um grau de complexidade que exige a busca de conhecimentos que se desmembram e interconectam­se de formas até então pouco ou nada exploradas quando consideramos o diálogo interáreas; ●
Considero o assunto em questão extremamente relevante para o meio docente, eis que este proporciona ao seu público­alvo uma forma relevante de expandir o desenvolvimento de seu trabalho, olhando­o por ângulos inéditos, no entanto, sólidos e praticamente aplicáveis; ● Apesar de ter passado por uma fundamentação teórica para a realização deste trabalho e acreditar nele como passo necessário para a ótica científica, o amadurecimento do tema em leituras e conversar com minha orientadora me fazem perceber que, às vezes, a delimitação entre áreas tem um efeito contrário, acabando por limitar a discussão em vez de auxiliá­la. Como estamos falando de seres humanos, a abordagem mais apropriada é ampla e complexa no sentido de dar voz à totalidade do ser, não cabendo neste ou naquele campo do conhecimento. Referências Bibliográficas BASTOS, Juliana Carla. Projeto de Pesquisa “Contribuições do estudo da paisagem sonora do meio­ambiente sob as óticas da etnomusicologia e da educação musical: mapeamento sonoro de contextos teresinenses”. Aprovado pela Coordenadoria Geral de Pesquisa da UFPI em abril de 2013. CAMPBELL, Patricia Shehan. Teaching music globally: experiencing music, expressing culture. Nova York: Oxford University Press, 2004 (Global Music Series). DELITTI, Wellington. O papel da ecologia na análise ambiental: ecologia e análise ambiental. In: TAUK­TORNISIELO, Maria; GOBBI, Nivar; FOWLER, Harold Gordon. ​
Análise ambiental: ​
uma visão multidisciplinar. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Editora da UNESP, 1995. pp. 163­165. FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. Música e meio ambiente: a ecologia sonora. São Paulo: Irmãos Vitale, 2004. MERRIAN, Alan. The anthropology of music. Evanston: Northwestern University Press, 1964. PENNA, Maura. Não basta tocar? Discutindo a formação do educador musical. ​
Revista da ABEM​
, Porto Alegre, V.16, 49­56, mar. 2007. SCHAFER, R. Murray. O ouvido pensante. Tradução de Marisa Trench Fonterrada, Magda R. Gomes da Silva, Maria Lúcia Pascoal. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1991. __________. A afinação do mundo. Tradução de Marisa Trench Fonterrada. São Paulo: Editora UNESP, 2001. __________. Educação sonora: 100 exercícios de escuta e criação de sons. Traducção de Marisa Trench de Oliveira Fonterrada. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2009. 
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