Bioinformática. Uma introdução com a linguagem Python

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azevedolab.net
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© 2016 Dr. Walter F. de Azevedo Jr.
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Trabalho 1
www.python.org
Implemente os seguintes códigos:
1) Área acessível ao solvente de proteínas (versão 1). Programa: asa1.py
2) Área acessível ao solvente de proteínas (versão 2). Programa: asa2.py
3) Energia livre de Gibbs para o sistema proteína-ligante. Programa: freeEnergy.py
Data da entrega: Até dia 26/07/2016.
Favor enviar para o e-mail: [email protected]
2
Programa: asa1.py
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Área acessível ao solvente de proteínas (versão 1)
Programa: asa1.py
Resumo
O programa asa1.py usa uma equação empírica para o cálculo aproximado da
área acessível ao solvente de uma proteína. A entrada é a massa molecular da
proteína em Daltons, variável (molWeight). A saída é área acessível ao solvente
em Å2, variável area. O cálculo é uma aproximação válida para proteínas
monoméricas, publicada em: LESK Arthur M. Introduction to Protein
Architecture. Oxford: Oxford University Press, 2001. página 27. A equação em
Python para o cálculo da ASA é a seguinte: area= 11.1*(molWeight)**(2/3).
3
Programa: asa1.py
www.python.org
Diversos programas gráficos permitem a visualização molecular, como a representada
abaixo para o aminoácido alanina. A representação da figura é chamada CPK,
referente aos nomes dos cientistas que a propuseram (Corey, Pauling e Koltun)
(COREY e PAULING, 1953; KOLTUN, 1965). A figura abaixo foi gerada com o
programa
VMD
(visual
molecular
dynamics,
disponível
em:
http://www.ks.uiuc.edu/Development/Download/download.cgi?PackageName=VMD
)(HUMPHREY et al, 1996). As esferas em ciano representam os átomos de carbono,
em branco os átomos de hidrogênio, vermelho para oxigênio e azul para o nitrogênio.
Os bastões são ligações covalentes entre os átomos.
VMD é o acrônimo para visual molecular dynamics.
4
Programa: asa1.py
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Abaixo temos a representação de van der Waals do aminoácido alanina, onde os
átomos são desenhados como esferas com o raio de van der Waals. Esta
representação mostra a superfície de van der Waals, definida pela área contínua das
superfícies esféricas. A tabela abaixo mostra os raios de van der Waals dos principais
átomos encontrados em moléculas biológicas.
Átomo
H
C
N
O
P
S
Raio de van der Waals (Å)
1,20
1,85
1,54
1,40
1,90
1,85
Na
figura
as
esferas
representam átomos, onde o
raio de cada esfera é o raio de
van der Waals. O código de
cores é o mesmo usado para
representação CPK.
5
Programa: asa1.py
www.python.org
A superfície molecular é a superfície de van der Waals suavizada nas reentrâncias,
pois consideramos uma molécula de água esférica rolando sobre a superfície de van
der Waals. Esta molécula de água é chamada sonda. Quando aplicada à uma proteína
permite a visualização de cavidades na superfície proteica.
Superfície molecular
Simplificação da representação
da molécula de água, como uma
esfera de raio de 1,4 Å.
A superfície molecular do
aminoácido alanina. O código
de cores é o mesmo usado
para representação CPK.
6
Programa: asa1.py
www.python.org
As proteínas em solução permitem a interação de moléculas de água com sua
estrutura. A área acessível ao solvente (ASA, para accessible surface area) é um
parâmetro geométrico usado para analisar a interação de ligantes e água com a
superfície da proteína. O conceito de tal parâmetro é relativamente simples. Imagine
uma molécula de água deslizando sobre a superfície da proteína, uma molécula
esférica com um raio 1,4 Å é usada na representação, como mostrado abaixo. Esta
forma esférica para a molécula de água não é realista, mas é uma boa aproximação
para nossos propósitos. A superfície acessível ao solvente é traçada pelo
movimento do centro da esfera do solvente, indicada pela linha tracejada.
Superfície acessível ao solvente
Molécula de água
Simplificação da representação
da molécula de água, como uma
esfera de raio de 1,4 Å.
Cada
átomo
está
representado por uma esfera,
onde o raio é o de van der
Waals.
ASA é o acrônimo em inglês para accessible surface area.
Superfície molecular
7
Programa: asa1.py
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Há uma equação simples (LESK, 2001), que relaciona a massa molecular em Daltons
(MM) de uma proteína monomérica, com sua área acessível ao solvente (ASA), esta
equação é uma aproximação, mas pode ser usada para termos uma ideia preliminar
da ASA. O resultado sai em angstroms ao quadrado (Å2).
ASA = 11,1 (MM)2/3
Superfície acessível ao solvente
Molécula de água
Simplificação da representação
da molécula de água, como uma
esfera de raio de 1,4 Å.
Cada
átomo
está
representado por uma esfera,
onde o raio é o de van der
Waals.
Superfície molecular
Referência para a equação da área acessível ao solvente: LESK A. M. Introduction to Protein
Architecture. Oxford University Press, Oxford UK, 2001, página 27.
8
Programa: asa1.py
www.python.org
Vamos preparar o pseudocódigo para o cálculo da área acessível ao solvente de uma
proteína, para a qual sabemos a massa molecular (MM). O algoritmo é bem simples,
temos como variável independente o MM (molWeight) e a saída é a área acessível ao
solvente (area). A equação fica da seguinte forma:
area = 11,1 (molWeight)2/3
O pseudocódigo está no quadro abaixo. O cálculo só é efetuado se a massa molecular
for maior que zero, caso contrário é mostrada uma mensagem de erro.
Início
Leia (molWeight)
Se (molWeight > 0)
area = 11.1*(molWeight)**(2/3)
Escreva "Area: ",area
Senão
Escreva "\nErro! A massa deve ser > 0!"
Fim
9
Programa: asa1.py
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Teste o seu programa para os valores de massas moleculares indicados abaixo. Na
tabela temos as massas moleculares em Daltons e a área acessível ao solvente em
Å2. Os números estão em notação inglesa, ou seja, com ponto decimal.
Proteína
Fonte
Massa molecular (Daltons)*
ASA (Å2)
Mioglobina
Physeter catodon
17868.60
7586.649088941961
CDK2
Homo sapiens
34331.25
11725.086527666364
Protease
(monômetro)
HIV-1
11125.23
5531.747024763476
Chiquimato quinase
Mycobacterium
tuberculosis
19309.07
7989.088217383464
A informação sobre as massas moleculares (MW) das proteínas foi obtida da base de
dados Protein Data Bank (PDB)(http://www.rcsb.org/pdb/home/home.do ).
10
Programa: asa1.py
www.python.org
Referências relacionadas ao programa asa1.py
-COREY, RB; PAULING L. Molecular models of amino acids, peptides and proteins.
Review of Scientific Instruments, Nova York, v. 24, n.8, p.621-627, 1953.
-HUMPHREY W; DALKE A; SCHULTEN K. VMD - Visual Molecular Dynamics. Journal
of Molecular Graphics, Amsterdã, v.14, p.33-38, 1996.
-KOLTUN WL. Precision space-filling atomic models. Biopolymers, Hoboken, v.3, n.6,
p.665-79, 1965.
-LESK, Arthur. M. Introduction to Protein Architecture. Oxford: Oxford University
Press, 2001. 347 p.
-Proteopedia.
Disponível
http://www.proteopedia.org/wiki/index.php/CPK#cite_note-0
março de 2016.
em:
<
>. Acesso em 25 de
11
Programa: asa2.py
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Área acessível ao solvente de proteínas (versão 2)
Programa: asa2.py
Resumo
O programa asa2.py calcula a área acessível ao solvente de uma proteína de
forma similar ao programa asa1.py. A modificação ocorre na entrada, que agora
é o número de resíduos de aminoácidos. A massa molecular da proteína é
calculada multiplicando-se o número de resíduos por 118,89 Daltons, que é a
massa molecular média de cada aminoácido. A saída é área acessível ao
solvente em Å2. O cálculo é uma aproximação válida para proteína
monoméricas, publicada em: LESK Arthur. M. Introduction to Protein
Architecture. Oxford: Oxford University Press, 2001. página 27. A equação em
Python para o cálculo da ASA é a seguinte: area= 11.1*(molWeight)**(2/3).
12
Programa: asa2.py
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O programa anterior (asa1.py) calcula a
área acessível ao solvente de proteínas, a
partir do conhecimento da massa
molecular. Podemos modificar o programa
asa1.py para que o novo programa
(asa2.py) considere o número de resíduos
de
aminoácidos
como
entrada.
Normalmente usamos a unidade Dalton
(Da) para medir a massa molecular de
aminoácidos e moléculas biológicas em
geral. Um Dalton equivale à massa de
1/12 do átomo de carbono 12. Para
proteínas usamos o kiloDalton (kDa), 1
kDa = 103 Da. Na figura ao lado, temos o
aminoácido alanina, que apresenta uma
massa molecular de 89,09 Da, e uma
proteína
chamada
lisozima,
que
apresenta uma massa molecular de
14331,20 Da. Usaremos o símbolo MM
para representarmos a massa molecular.
Alanina (MM= 89,09 Da)
Lisozima de ovo de galinha (MM = 14331,20 Da ou
14,331 kDa). Código PDB: 6LYZ.
13
As figuras não estão na mesma escala.
Programa: asa2.py
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Considerando-se a massa molecular de
cada resíduo de aminoácido, temos uma
massa molecular média de 118,89 Da.
Este valor médio é útil na estimativa da
massa
molecular
aproximada
de
proteínas e peptídeos, a partir do
conhecimento do número de resíduos de
aminoácidos presentes na molécula. A
equação abaixo indica a massa molecular
aproximada (MM),
MM = 118,89 . Naa
onde Naa é o número de resíduos de
aminoácidos presentes na molécula.
No exemplo ao lado temos a CDK2 (cyclindependente kinase)(quinase dependente
de ciclina 2), com massa molecular de
34331,25 Da e 298 resíduos de
aminoácidos.
CDK2 humana (MW = 34331,25 Da )
Código PDB: 2A4L.
A massa molecular calculada pela equação, é de MM =
35429,22 Da, aproximadamente 3,2 % maior que a
massa molecular precisa da proteína. A equação é útil
14
para aproximações.
Programa: asa2.py
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A nova versão do programa, usa como entrada o número de resíduos de aminoácidos
da proteína (vale para peptídeos também). Vamos preparar o pseudocódigo para o
cálculo da área acessível ao solvente de uma proteína, para a qual sabemos número
de resíduos de aminoácidos (numRes). Temos como variável independente o numRes
e a saída é a área acessível ao solvente (area). Assim temos que incluir uma linha
adicional de código para calcular a massa molecular (molWeight), como na equação
indicada abaixo:
molWeight = 118.89*numRes
A equação para a área acessível ao solvente é a mesma: area = 11.1 (molWeight)2/3
O pseudocódigo está no quadro abaixo. O cálculo só é efetuado se o número de
resíduos for maior que zero, caso contrário é mostrada uma mensagem de erro.
Início
Leia (numRes)
Se (numRes> 0)
molWeight = 118.89*numRes
area = 11.1*(molWeight)**(2/3)
Escreva "Area: ",area
Senão
Escreva "\nErro! A num. de res. deve ser > 0!"
Fim
15
Programa: asa2.py
www.python.org
Teste o seu programa para os valores de número de resíduos de aminoácidos
mostrados abaixo. Na tabela temos o número de resíduos de aminoácidos para cada
proteína e a área acessível ao solvente em Å2. Os números estão em notação inglesa,
ou seja, com ponto decimal.
Proteína
Fonte
Número de resíduos de aa*
ASA (Å2)
Mioglobina
Physeter catodon
153
7677.399687811302
CDK2
Homo sapiens
298
11973.76433504305
Protease
HIV-1
99
5743.500456050333
176
8428.720293276137
Chiquimato quinase Mycobacterium
tuberculosis
A informação sobre os números de resíduos de aminoácidos das proteínas foi obtida
da base de dados Protein Data Bank (PDB)(http://www.rcsb.org/pdb/home/home.do
16 ).
Programa: asa2.py
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Referências relacionadas ao programa asa2.py
-COREY, RB; PAULING L. Molecular models of amino acids, peptides and proteins.
Review of Scientific Instruments, Nova York, v. 24, n.8, p.621-627, 1953.
-HUMPHREY W; DALKE A; SCHULTEN K. VMD - Visual Molecular Dynamics. Journal
of Molecular Graphics, Amsterdã, v.14, p.33-38, 1996.
-KOLTUN WL. Precision space-filling atomic models. Biopolymers, Hoboken, v.3, n.6,
p.665-79, 1965.
-LESK Arthur. M. Introduction to Protein Architecture. Oxford: Oxford University
Press, 2001. 347 p.
-VOET Donald; VOET Judith G.; PRATT Charlotte W. Fundamentos de Bioquímica.
Porto Alegre: Artmed Editora SA, 2000. 931 p.
17
Programa: freeEnergy.py
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Energia livre de Gibbs para o sistema proteínaligante
Programa: freeEnergy.py
Resumo
Programa para calcular a energia livre de Gibbs de ligação. O foco é no uso para
o estudo da interação proteína-ligante. Os dados de entrada são a temperatura
em Celsius (tempCelsius) e a constante de dissociação (Kd) em molar, chamada
de variável dissConst. A saída é a energia livre de Gibbs em J/mol (deltaG). A
equação da energia livre de Gibbs usa a constante dos gases. O valor foi obtido
da base de dados NIST, e vale gasConst= 8.314 4621 J mol-1 K-1 , disponível
em: < http://physics.nist.gov/cuu/Constants/index.html >. Acesso em 16 de
março de 2015. A energia livre de Gibbs (deltaG) é dada pela seguinte equação:
deltaG= gasConst*tempKelvin*math.log(dissConst) .
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Programa: freeEnergy.py
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Consideremos um sistema biológico
formado por uma proteína (P) e um
ligante (L) em solução, sendo que o
ligante é uma pequena molécula que
apresenta afinidade pela proteína, por
exemplo, o fármaco indinavir que inibe a
protease do HIV-1, o agente causador da
AIDS. Tal sistema possibilita a formação
de um complexo binário proteína-ligante
(PL), com constante de reação indicada
por k1 e constante reversa de reação dada
por k-1, ambos descritos na equação
reversível abaixo,
k1
P+L
k-1
PL
A reação pode ser caracterizada pela
constante de equilíbrio (Keq). Na prática
são usadas as constantes de dissociação
(Kd) e inibição (Ki).
Formação do complexo proteína (P) com ligante (L),
complexo proteína-ligante (PL).
A estrutura em destaque é o complexo protease do HIV-1
(P) e o fármaco indinavir (L), usado no tratamento contra a
AIDS.
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Programa: freeEnergy.py
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As interações entre o inibidor de CDK2
(Cyclin-Dependent Kinase) (roscovitine
mostrado ao lado) e a proteína alvo
(CDK2) são não covalentes. Tais contatos
intermoleculares
apresentam
uma
interação energética favorável, o que leva
o equilíbrio da reação química para o lado
da formação do complexo binário (PL).
k1
P+L
PL
k-1
A análise da energia da interação
proteína-ligante, indica a formação de um
composto de transição, onde a energia do
sistema é elevada e o composto formado
instável. Tal estado é chamado estado de
transição, e a reação caminha para uma
menor energia, com a formação do
complexo binário PL, mostrada no
próximo slide.
Estrutura molecular do inibidor de CDK2 roscovitine. A
figura foi gerada com o programa VMD e a opção CPK. As
coordenadas foram extraídas do arquivo PDB: 2a4l.
20
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+
Proteína + Ligante
Estado de transição
Complexo proteína-ligante
Ea = Energia de ativação para associação
Ed = Energia de ativação para dissociação
Ea
Energia
E = Variação total da energia
Ed
E
Coordenada da interação
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Podemos representar a formação do complexo proteína-ligante (PL), a partir dos
componentes proteína (P) e ligante (L), como esquematizado abaixo. Temos a
proteína (P) e o ligante (L) em solução, no caso do ligante apresentar afinidade pela
proteína, o equilíbrio da reação será favorável à formação do complexo proteínaligante (PL).
P
+
L
k1
k-1
PL
22
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No caso do complexo binário proteínaligante (PL) apresentar uma energia
menor que as moléculas livres (proteína e
ligante sem interação), a formação do
complexo proteína-ligante ocorrerá de
forma espontânea, ou seja, sem a
necessidade de fornecimento de energia
para que ocorra a formação. Uma forma
de estudar a formação do complexo
binário, é a partir da avaliação da variação
de energia livre de Gibbs (G), definida
pela seguinte equação,
G = H -TS
onde H é a entalpia do sistema proteínaligante, T é a temperatura e S é a
variação da entropia do sistema.
PL
P
L
Na figura acima temos a formação espontânea de um
complexo binário proteína-ligante, pois este apresenta
energia menor que das moléculas livres (proteína
23 e
ligante sem interação)
Programa: freeEnergy.py
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O termo H indica a entalpia do sistema,
que representa as forças moleculares
envolvidas nas interações proteínaligante. O termo S é a variação da
entropia do sistema, que pode ser
entendida como a quantidade de energia
que não pode ser convertida em trabalho.
Na equação anterior, o produto da
temperatura absoluta (T) pela variação da
entropia (S), indica que um aumento da
entropia favorece a formação do
complexo binário.
Se G < 0
PL
P
Um valor negativo de G indica formação
espontânea do complexo.
G = H -TS
L
Se G > 0
Com G > 0 a reação não é favorável à formação do
complexo, como na figura inferior. Com G < 0 temos
uma reação favorável à formação do complexo, como
24 na
figura superior.
Programa: freeEnergy.py
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Quando o sistema proteína-ligante está
em equilíbrio, a formação do complexo
binário e a dissociação ocorrem, assim a
constante de equilíbrio (Keq) da reação é
dada por,
K eq
k1

PL


k 1 P L 
onde os termos [P], [L], [PL] indicam as
concentrações molares da proteína,
ligante e complexo proteína-ligante,
respectivamente. A partir da análise
dimensional da constante de equilíbrio,
vemos claramente que sua unidade é M-1.
Estrutura do complexo entre a proteína quinase
dependente de ciclina 2 (Cyclin-Dependent Kinase 2,
CDK2) e o inibidor roscovitine.
25
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A variação da energia livre de Gibbs da
interação intermolecular entre proteína e
ligante é dada pela seguinte equação,
[PL]
G  G  RT ln(
)
[P][ L]
o
onde Go é a variação da energia livre de
Gibbs padrão, ou seja, a variação em G
que acompanha a formação do complexo
no
estado
padrão
de
equilíbrio
(temperatura de 25oC, pressão de 100
kPa).
Estrutura cristalográfica da protease do HIV-1 em
complexo com inibidor.
26
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No equilíbrio termodinâmico temos G = 0 (estado estacionário), assim a equação fica
da seguinte forma,
[PL]
0  G  RT ln(
)
[P][L]
[PL]
o
G  RT ln(
)
[P][L]
o
O termo Go é chamado variação na energia livre de Gibbs da ligação (Gbinding),
assim temos,
G binding  RT ln(
[PL]
)
[P][L]
27
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De uma forma geral, podemos expressar a afinidade proteína-ligante pela variação da
energia livre de Gibbs (Gbinding), quanto menor a energia, maior a afinidade do ligante
pela proteína. Tal grandeza física depende das concentrações do complexo proteínaligante [PL], das concentrações da proteína [P] e do ligante [L], bem como da
temperatura. O “R” (R=1,99 cal/mol.K = 8,3144621 J/mol.K)( na equação indica a
constante dos gases).
[PL]
)
[P][ L]
1
 RT ln(
)  RT ln( K d )
Kd
G binding  RT ln(
G binding
G binding  RT ln( K d )
A constante de dissociação (Kd) é dada por:
[ P ][ L]
Kd 
[ PL]
Podemos calcular a energia livre de uma interação proteína-ligante, a partir da
constante de dissociação determinada experimentalmente.
Fonte da informação sobre as constantes físicas: http://physics.nist.gov/cuu/Constants/index.html
Acesso em 16 de março de 2015.
28
Programa: freeEnergy.py
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Vamos
considerar
o
estudo
do
desenvolvimento de fármacos contra o
HIV. Vimos que um alvo para o desenho
de fármacos contra HIV é a protease do
HIV-1. Os dados sobre a constante de
dissociação (Kd) de 4 inibidores da
protease 1 estão indicados na tabela
abaixo, todos tomados na temperatura de
25º C. As estruturas são mostradas ao
lado. A partir dessa informação,
calcularemos a variação na energia livre
de Gibbs da ligação (Gbinding).
Inibidor
Kd (nM)
Indinavir
1,07
Saquinavir
0,31
Ritonavir
0,6
Nelfinavir
0,0122
Gbinding (kJ/mol)
Estruturas de alguns inibidores da protease do HIV.-1
A) Indinavir. B) Saquinavir. C) Ritonavir. D) Nelfinavir.
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Estudo do indinavir. As constantes de dissociação foram determinadas a uma
temperatura de 25º C, para converter para Kelvin é só somar 273,15, assim temos T=
298,15 K.




G binding  R.T. ln(K d )  8,3144621 . 298,15 . ln 1,07.10 -9  2478,9569 . ln 1,07.10 -9 
G binding  2478,9569 . (-20,6556)  - 51204,342 J/mol
G binding  - 51,2 kJ/mol
Inibidor
Kd (nM)
Gbinding (kJ/mol)
Indinavir
1,07
-51,2
Saquinavir
0,31
Ritonavir
0,6
Nelfinavir
0,0122
Estrutura molecular do fármaco indinavir. A
figura foi gerada com o programa VMD e a
opção CPK. As coordenadas foram extraídas
do arquivo PDB: 1hsg.
30
Programa: freeEnergy.py
www.python.org
Repetindo o cálculo para os outros inibidores, chegamos à tabela abaixo. A partir da
análise desta tabela vemos que o inibidor que apresenta menor energia livre de Gibbs
de ligação é o nelfinavir, cujo a estrutura do complexo proteína-ligante está mostrada
abaixo.
Inibidor
Kd (nM)
Gbinding (kJ/mol)
Indinavir
1,07
-51,2
Saquinavir
0,31
-54,3
Ritonavir
0,6
-52,6
Nelfinavir
0,0122
-62,3
31
Programa: freeEnergy.py
www.python.org
Para implementar a equação para energia livre de Gibbs, usamos como entrada a
temperatura em graus Celsius (tempCelsius) e a constante de dissociação (dissConst)
em molar. Temos que inicialmente converter a temperatura em Celsius para Kelvin,
como segue:
tempKelvin = 273.15 + tempCelsius
A equação para a energia livre de Gibbs (deltaG) fica da seguinte forma:
deltaG= gasConst*tempKelvin*math.log(dissConst)
O resultado será em J/mol.
O
valor
da
constante
molar
dos
gases
foi
obtido
http://physics.nist.gov/cuu/index.html (Acesso em 16 de março de 2015).
de
32
Programa: freeEnergy.py
www.python.org
O pseudocódigo está no quadro abaixo. Escreva o seu código fonte e teste para os 4
valores de constante de dissociação indicados nos slides anteriores. Lembre-se que a
constante de dissociação está em nanomolar, ou seja, para entrar os dados temos que
usar notação científica, por exemplo: 1,07 nM = 1.07e-9. Usaremos o método
math.log(x) para o logaritmo natural. Só efetuamos o cálculo da energia livre de Gibbs,
se a constante de dissociação for maior que zero e a temperatura em Celsius for maior
que -273.15, caso contrário mostramos uma mensagem de erro.
Início
Chama módulo math
Definição da constante: gasConst= 8.3144621
Leia (tempCelsius, dissConst)
Se dissConst>0
and tempCelsius >= -273.15
tempKelvin = 273.15 + tempCelsius
deltaG= gasConst*tempKelvin*math.log(dissConst)
Escreva "Energia = ",deltaG
Senão
Escreva "Erro! t>0 e Kd>0"
Fim
33
Programa: freeEnergy.py
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Referências relacionadas ao programa freeEnergy.py
-FERSHT, Alan. Structure and Mechanism in Protein Science. A Guide to Enzyme
Catalysis and Protein Folding. Nova York: W. H. Freeman and Company, 1999. 631
p.
-VOET, Donald; VOET, Judith G; PRATT, Charlotte W. Fundamentos de Bioquímica.
Porto Alegre: Artmed Editora SA, 2000. 931 p.
-TINOCO, Ignacio Jr.; SAUER, Kenneth.; WANG, James C. Physical Chemistry.
Principles and Applications in Biological Sciences. 3a Ed. Nova Jersey: Prentice
Hall, Inc., 1995. 761 p.
-VAN HOLDE, Kensal Edward; JOHNSON, W. Curtis; HO P. Shing. Principles of
Physical Biochemistry. Nova Jersey: Prentice Hall, Inc., 1998. 657 p.
34
Strings em Python
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A linguagem de programação Python tem um arsenal de métodos para manipulação
de strings. O conceito de string é simples, uma string é um conjunto de caracteres,
que pode conter números, letras e símbolos especiais. Toda leitura de informação
via teclado, com a função input(), considera que o que está sendo digitado é uma
string. Como vimos, para que o programa considere a informação digitada, como um
número inteiro, temos que usar a função int(), antes da função input(), que converte a
string para inteiro, como indicado abaixo.
my_var = int(input(“Type an integer =>"))
Vimos, também, que podemos usar uma entrada de dados de ponto flutuante, a partir
da função float(), que converte de string, ou de inteiro, para float, como indicado
abaixo.
my_var = float(input(“Type a float =>"))
35
Strings em Python
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Quando não indicamos as funções float() ou int(), antes da função input(), o
interpretador Python assume que a informação sendo digitada é uma string, como
indicado no trecho de código a seguir.
my_var = input(“Type a string =>")
Variáveis em Python fazem referencias às posições na memória, onde estão
armazenados dados, como no exemplo das strings, indicadas abaixo.
my_var1 = “Here we have a string"
my_var2 = “Here we have a new string with 1 e 2"
my_var3 = "11235813213455"
Usamos aspas duplas para indicar a string em Python, podemos usar, também,
aspas simples, a única exigência é que, uma vez iniciado com um tipo de aspa,
esta deve está no final, como no exemplo abaixo.
my_var = input(‘Type a string =>')
36
Strings em Python
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As variáveis, para as quais foram atribuídas strings, podem ser mostradas na tela
com a função print(), como no exemplo a seguir.
my_var = “A new string"
print(my_var)
Podemos usar a função print() para mostrar resultados compostos na tela, onde
strings, inteiros, floats e sequências de escape aparecem numa única linha, o código
a seguir, showStrings1.py, ilustra a situação.
my_var1 = "My string"
my_var2 = 112358
my_var3 = 3.14159
print("String: ",my_var1,", Integer: ",my_var2,", Float: ",my_var3,"\n\n")
Ao executarmos o código showStrings1.py, temos o seguinte resultado.
String:
My string , Integer:
112358 , Float:
3.14159
37
Strings em Python
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Vamos olhar alguns detalhes importantes do código showStrings1.py. A primeira linha
traz a atribuição do conteúdo da memória “My string” à variável my_var1. Usamos
aspas duplas, poderíamos ter usado aspas simples, o resultado seria o mesmo (veja
Exercício de programação 1). A segunda linha traz a variável my_var2, veja que
não usamos aspas, o interpretador Python considera a variável my_var2 como inteira,
sem necessidade que explicitemos com a função int(). Para a variável my_var3,
temos situação similar, só que agora a presença do ponto decimal indica que o dado
é do tipo float. A função print() traz conteúdo entre aspas, as variáveis e a sequência
de escape \n. Veja que separamos por vírgulas os conteúdos a serem mostrados na
tela. Se omitirmos a vírgula, que separa, por exemplo, o primeiro conteúdo entre
aspas e a variável my_var1, teremos um erro de execução do programa, também
chamado de erro de sintaxe.
my_var1 = "My string"
my_var2 = 112358
my_var3 = 3.14159
print("String: ",my_var1,", Integer: ",my_var2,", Float: ",my_var3,"\n\n")
Veja, ainda, que as vírgulas inseridas entre aspas são caracteres de uma string, por
isso são mostradas na tela.
38
Strings em Python
www.python.org
Exercício de programação 1. Modifique o código fonte do programa
showStrings1.py, use aspas simples para a variável my_var1. Salve o novo programa
com o nome showStrings2.py. Rode o programa. Houve diferenças nos resultados?
Explique.
Exercício de programação 2. Modifique o código fonte do programa
showStrings1.py, crie um nova variável, a variável my_var4, que recebe o resultado
da divisão da variável my_var2 pela my_var3 (my_var4 = my_var2/my_var3).
Insira a variável my_var4 na função print(), mas antes coloque uma informação que o
resultado mostrado é a divisão (sem acento, por exemplo, Division). Salve o novo
programa com o nome showStrings3.py. Rode o programa. Nota: Não use acentos
nas strings. Abaixo temos o resultado esperado
String:
My string , Integer:
112358 , Float:
3.14159 Division:
35764.69240098167
Exercício de programação 3. Modifique o código fonte do programa
showStrings3.py, e coloque aspas simples nos conteúdos atribuídos às variáveis
my_var2 e my_var3. Mantenha a variável my_var4 inalterada. Salve o novo programa
com o nome showStrings4.py. Rode o programa. O que aconteceu? Explique.
39
Strings em Python
www.python.org
Vimos o uso de funções internas em Python (Python’s built-in functions) para
manipulação de strings, como as funções print(), input(), float() e int(). Temos,
também, duas funções adicionais para strings, são elas as funções len() e str(). A
função len() retorna o tamanho de uma string que é dada como argumento, ou seja, o
número de caracteres da string. A função str() converte o argumento para string, por
exemplo, de inteiro para string. Vejamos um exemplo simples onde as duas funções
aparecem. O código showStrings5.py converte um inteiro para string e, depois,
mostra o número de caracteres da string.
myInt = int(input("Type an integer => ")) #
myString = str(myInt)
#
countChar = len(myString)
#
print("Number of characters of ",myString,"
Reads an integer and assigns it to the variable myInt
Converts to string
Counts characters in myString
is ",countChar) # Shows results
Ao executarmos o código acima, temos o resultado mostrado abaixo.
Type an integer => 12345
Number of characters of 12345
is
5
40
Strings em Python
www.python.org
Como vimos, há diversos tipos de valores que podem ser usados como argumentos
das funções internas da linguagem Python. Contudo, a maioria das funções, aplica-se
a um tipo específico de dados, por exemplo, às strings. Tais recursos da linguagem
Python, específicos para um tipo de dado, são chamados de métodos. A
chamada de um método em Python, ocorre de forma similar às funções, exceto que o
primeiro argumento aparece antes do nome do método, seguido por um ponto (.).
Esta forma de chamar um método, é denominada de notação dot. Vejamos o
método .count(), que retorna o número de vezes que uma dada string, fornecida
como argumento, aparece na string, myString.
myString.count(“I”)
Argumento do método
Método aplicado à string do lado esquerdo
Ponto indicador da notação “dot”
String sobre a qual será aplicado o método
41
Strings em Python
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O programa, showStrings6.py, conta o número de vezes que o caractere “I” aparece
na string atribuída à variável myString.
myString = input("Type a string => ")
# Reads a string and assigns it to variable myString
# .count("I") method to count the number of times its argument appears in the string
countI = myString.count("I")
print("I appears ",countI, "time(s)") # Shows results
Ao executarmos o código, temos o resultado abaixo.
Type a string => BIOINFORMATICS
I appears 3 time(s)
Veja que o código é sensível ao tipo de letras, maiúsculas ou minúsculas, dizemos
ser “case sensitive”.
42
Concatenação de trechos de DNA
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Com a explosão de informações sobre
sequência de genomas completos, as
bases de dados passaram a armazenar
tal informação como strings de bases
nitrogenadas, como a mostrada abaixo,
onde temos 18 bases. Usando-se o
código de uma letra das bases
nitrogenadas, para representar a estrutura
primária do DNA, temos uma forma
condensada de armazenar tal informação.
CGATATCGAATTCCGGAT
Adenina = A
Guanina = G
Citosina = C
Timina = T
Representação artística do genoma humano, com uma
molécula de DNA o homem vitruviano. Disponível em: <
http://www.sciencephoto.com/media/408761/enlarge >. .
Acesso em: 25 de março de 2016.
43
Concatenação de trechos de DNA
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Um dos métodos rotineiros em Bioinformática, é a manipulação de fragmentos de
DNA. Vamos considerar um programa em Python (concaDNASeq1.py) para
concatenar (juntar) dois fragmentos de DNA. Apresentaremos o código fonte pronto e
discutiremos os principais aspectos de cada linha do programa.
# Program to concatenate DNA Sequences
seq1 = "CGATATCGAATTCCGGAT"
seq2 = "AAAAAAAAAATTTTTTCG"
print("DNA sequences")
print("Sequence 1: ",seq1)
print("Sequence 2: ",seq2)
# + operator to concatenate strings
seq3 = seq1+seq2
print("\nConcatenated sequences (method 1): ",seq3)
# .join() method to concatenate strings
seq3 = ''.join([seq1,seq2])
print("\nConcatenated sequences (method 2): ",seq3)
44
Concatenação de trechos de DNA
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Antes de começarmos a descrição linha por linha do programa, gostaria de destacar
alguns aspectos. Veja no código que temos linhas de comentários, iniciadas por #, em
diversas partes, além do início do código. Como já destacado, tal inserção visa
documentar o programa, o que facilita seu entendimento para posteriores
modificações.
# Program to concatenate DNA Sequences
seq1 = "CGATATCGAATTCCGGAT"
seq2 = "AAAAAAAAAATTTTTTCG"
print("DNA sequences")
print("Sequence 1: ",seq1)
print("Sequence 2: ",seq2)
# + operator to concatenate strings
seq3 = seq1+seq2
print("\nConcatenated sequences (method 1): ",seq3)
# .join() method to concatenate strings
seq3 = ''.join([seq1,seq2])
print("\nConcatenated sequences (method 2): ",seq3)
45
Concatenação de trechos de DNA
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O código abaixo está com indicação dos números de linhas, para facilitar a explicação.
Quando formos digitar o programa, não inserimos os números das linhas. A linha
1 apresenta comentários. As linhas 2 e 3 trazem as variáveis (seq1 e seq2), que serão
usadas para strings, ou seja, letras, números, símbolos etc.
1# Program to concatenate DNA Sequences
2seq1 = "CGATATCGAATTCCGGAT"
3seq2 = "AAAAAAAAAATTTTTTCG"
4
5print("DNA sequences")
6print("Sequence 1: ",seq1)
7print("Sequence 2: ",seq2)
8
9# + operator to concatenate strings
10seq3 = seq1+seq2
11print("\nConcatenated sequences (method 1): ",seq3)
12
13# .join() method to concatenate strings
14seq3 = ''.join([seq1,seq2])
15print("\nConcatenated sequences (method 2): ",seq3)
46
Concatenação de trechos de DNA
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As aspas duplas “” indicam que o conteúdo entre aspas é uma string a ser atribuída a
uma variável. A string é uma sequência de DNA. A linha 4 está em branco, tais
inserções são usadas para facilitar a leitura do programa por humanos, não são
consideradas pelo interpretador Python.
1# Program to concatenate DNA Sequences
2seq1 = "CGATATCGAATTCCGGAT"
3seq2 = "AAAAAAAAAATTTTTTCG"
4
5print("DNA sequences")
6print("Sequence 1: ",seq1)
7print("Sequence 2: ",seq2)
8
9# + operator to concatenate strings
10seq3 = seq1+seq2
11print("\nConcatenated sequences (method 1): ",seq3)
12
13# .join() method to concatenate strings
14seq3 = ''.join([seq1,seq2])
15print("\nConcatenated sequences (method 2): ",seq3)
47
Concatenação de trechos de DNA
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As linhas 5, 6 e 7 indicam mensagens a serem mostradas na tela, inclusive as
sequências de DNA. Podemos usar aspas simples ‘ ‘ para indicar a string a ser
mostrada na tela, não há diferença entre o uso das aspas simples e das duplas em
Python, como destacamos anteriormente.
1# Program to concatenate DNA Sequences
2seq1 = "CGATATCGAATTCCGGAT"
3seq2 = "AAAAAAAAAATTTTTTCG"
4
5print("DNA sequences")
6print("Sequence 1: ",seq1)
7print("Sequence 2: ",seq2)
8
9# + operator to concatenate strings
10seq3 = seq1+seq2
11print("\nConcatenated sequences (method 1): ",seq3)
12
13# .join() method to concatenate strings
14seq3 = ''.join([seq1,seq2])
15print("\nConcatenated sequences (method 2): ",seq3)
48
Concatenação de trechos de DNA
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A linha 8 está em branco. A linha 9 é um comentário. A linha 10 concatena as duas
strings, a partir do operador “+”, que atua colando as duas sequências atribuídas às
variáveis seq1 e seq2. O resultado da concatenação é atribuído à nova variável, seq3.
A linha 11 mostra o resultado na tela. A linha 12 está em branco.
1# Program to concatenate DNA Sequences
2seq1 = "CGATATCGAATTCCGGAT"
3seq2 = "AAAAAAAAAATTTTTTCG"
4
5print("DNA sequences")
6print("Sequence 1: ",seq1)
7print("Sequence 2: ",seq2)
8
9# + operator to concatenate strings
10seq3 = seq1+seq2
11print("\nConcatenated sequences (method 1): ",seq3)
12
13# .join() method to concatenate strings
14seq3 = ''.join([seq1,seq2])
15print("\nConcatenated sequences (method 2): ",seq3)
49
Concatenação de trechos de DNA
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A linha 13 é comentário. A linha 14 traz o método join, que concatena os conteúdos
atribuídos às variáveis seq1 e seq2, o resultado é atribuído à variável seq3. As aspas
simples, antes do método join, indicam que as strings não apresentarão espaços, ou
qualquer outro símbolo entre elas. A linha 15 mostra o resultado na tela.
1# Program to concatenate DNA Sequences
2seq1 = "CGATATCGAATTCCGGAT"
3seq2 = "AAAAAAAAAATTTTTTCG"
4
5print("DNA sequences")
6print("Sequence 1: ",seq1)
7print("Sequence 2: ",seq2)
8
9# + operator to concatenate strings
10seq3 = seq1+seq2
11print("\nConcatenated sequences (method 1): ",seq3)
12
13# .join() method to concatenate strings
14seq3 = ''.join([seq1,seq2])
15print("\nConcatenated sequences (method 2): ",seq3)
50
Concatenação de trechos de DNA
www.python.org
Vamos ao resultado do programa. Chamamos o programa de concaDNASeq1.py.
Vemos que os resultados da concatenação são exatamente idênticos para os 2
métodos.
DNA sequences
Sequence 1: CGATATCGAATTCCGGAT
Sequence 2: AAAAAAAAAATTTTTTCG
Concatenated sequences (method 1):
CGATATCGAATTCCGGATAAAAAAAAAATTTTTTCG
Concatenated sequences (method 2):
CGATATCGAATTCCGGATAAAAAAAAAATTTTTTCG
51
Concatenação de trechos de DNA
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Se tivéssemos colocado um caractere qualquer entre as aspas, antes do método join,
este seria inserido entre as duas sequências. Como no pequeno trecho de código
mostrado abaixo. Veja a nova linha 14.
14seq3 = ‘-'.join([seq1,seq2])
52
Concatenação de trechos de DNA
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Exercício de programação 4. Modifique as duas sequências de DNA e rode o
programa.
Exercício de programação 5. Modifique o programa concaDNASeq1.py. Insira
diferentes símbolos entre as aspas simples da linha 14 e rode o programa para
verificar o resultado.
53
Complemento reverso do DNA
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Uma fita isolada de DNA é lida do terminal
Leitura da esquerda para direita
5’ para o terminal 3’. Ao formarem
fragmentos de DNA, o terminal 5’ de um
nucleotídeo, liga-se ao terminal 3’ do
3’
fragmento em formação. Quando duas 5’
fitas de DNA unem-se, para formar a CGATATCGAATTCCGGAT
hélice dupla de DNA, uma fita com
5’
sentido de leitura do 5’ para o 3’ liga-se 3’
por meio de ligações de hidrogênio entre GCTATAGCTTAAGGCCTA
os pares de bases, a outra fita no sentido
oposto, ou seja, do 3’ para o 5’, seguindo
a ordem CG e AT. As sequências ao lado
Leitura da direita para esquerda
ilustram tal complementaridade entre as
fitas. Visto que, os pares de bases sempre
combinam A com T e C com G e a
orientação das fitas é invertida, uma com
relação à outra, usamos o termo
complemento
reverso
(reverse
complement em inglês) para descrever a
relação de bases das duas fitas.
54
Complemento reverso do DNA
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Na figura abaixo, à esquerda, temos a estrutura 3D de um trecho da molécula de DNA.
A figura da direita é um zoom da parte superior da molécula, onde vemos o início da
fita esquerda com a posição 5’, que faz par com a fita à direita que emparelha com a
posição 3’.
O3’
O5’
55
Complemento reverso do DNA
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Abaixo temos a montagem da fita dupla do DNA, com uma fita servindo de molde para
a montagem do complemento reverso. Essa reação é catalisada pela enzima DNA
polimerase.
Figura disponível em: < http://www2.chemistry.msu.edu/faculty/reusch/virttxtjml/nucacids.htm >.
Acesso em: 25 de março de 2016.
56
Complemento reverso do DNA
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Vamos ilustrar a transformação da informação codificada numa fita de DNA, para sua
complementar (complementar reverso). Usaremos um pequeno trecho de DNA com 12
nucleotídeos. A informação está armazenada num arquivo no formato FASTA, usado
para guardar informações sobre a estrutura primária de ácidos nucleicos e proteínas.
>DNA:A|PDBID|CHAIN|SEQUENCE
CGCGAATTCGCG
Arquivo no formato FASTA com a sequência de nucleotídeos. A primeira linha inicia com
o símbolo > e traz a identificação do sequência. As bases começam na segunda linha.
Complemento reverso
>DNA:B|PDBID|CHAIN|SEQUENCE
CGCGAATTCGCG
Arquivo no formato FASTA com a sequência de nucleotídeos do complemento reverso,
o sentido de leitura é do terminal 5’ para o 3’, veja que a complementaridade dos pares
de bases ocorre da última base do arquivo original para a primeira base do arquivo do
complemento reverso e assim sucessivamente.
57
Complemento reverso do DNA
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Vamos considerar um programa em Python (reverseCompDNA1.py), que gera o
complemento reverso de um fragmento de DNA. Apresentamos o código fonte pronto
e discutiremos os principais aspectos. Acredito que podemos nos concentrar no que
há de novo no código abaixo.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence
seqIn = "ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG"
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply
#.replace method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequence
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
58
Complemento reverso do DNA
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Na primeira linha vermelha temos o print(), já visto em detalhes. A novidade é o uso
da sequência de escape “\t”, que tem a função de tabulação. Assim, o “\t” moverá o
cursor um “tab” antes de mostrar o próximo conteúdo na tela, que no caso é a string
atribuída à variável seqIn.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence
seqIn = "ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG"
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply
#.replace method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequence
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
59
Complemento reverso do DNA
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O método replace(“string 1”,”string 2”) troca a string 1 pela string 2, atribuindo o
resultado à variável à esquerda, que no caso é a variável dna. Veja que trocamos por
uma base com letra minúscula, tal truque evita que troquemos as bases que já foram
trocadas.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence
seqIn = "ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG"
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply
#.replace method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequence
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
60
Complemento reverso do DNA
www.python.org
Abaixo temos um detalhamento da aplicação do método replace(). O recurso de
trocarmos uma base de letra maiúscula, por uma de letra minúscula, evita que o “T”
que foi obtido de “A” volte para “A”. O Python diferencia maiúsculas de minúsculas
(case sensitive).
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
Base
Base
A
T
C
G
t
a
g
c
61
Complemento reverso do DNA
www.python.org
Para voltarmos a ter uma string com letras maiúsculas, usamos o método .upper(). Na
implementação abaixo, atribuímos a string com letras maiúsculas à variável DNA.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence
seqIn = "ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG"
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply
#.replace method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequence
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
62
Complemento reverso do DNA
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Agora convertemos a string atribuída à variável DNA em uma lista, como o método list.
Uma lista apresenta dados, strings ou números, com índices, ou seja, podemos
acessar cada elemento da lista chamando especificamente a posição da lista, no caso
abaixo a string é decomposta e cada letra agora é um elemento da lista.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence
seqIn = "ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG"
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply
#.replace method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequence
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
63
Complemento reverso do DNA
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Uma lista apresenta a informação de forma indexada, cada trecho da informação é
chamado elemento da lista. Por exemplo, podemos criar uma lista com os 10 primeiros
elementos da sequência de Fibonacci, como indicado abaixo.
my_list = [1,1,2,3,5,8,13,21,34,55]
Para nos referirmos diretamente a um elemento da lista, chamamos a ordem do
elemento, tendo em mente que em Python usamos o índice “0” para o primeiro
elemento. Assim, a lista my_list tem a seguinte distribuição.
my_list[0]
my_list
1
my_list[1] my_list[2] my_list[3]
1
2
3
my_list[4] my_list[5]
5
8
my_list[6] my_list[7] my_list[8] my_list[9]
13
21
34
55
64
Complemento reverso do DNA
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O trecho de código abaixo cria a lista my_list e imprime o elemento 7 da lista, ou seja,
o oitavo elemento da lista.
my_list = [1,1,2,3,5,8,13,21,34,55]
print(my_list[7])
O resultado das linhas de código acima, cria a lista, e imprime o elemento “7” da lista,
indicado no diagrama abaixo.
my_list[0]
my_list
1
my_list[1] my_list[2] my_list[3]
1
2
3
my_list[4] my_list[5]
5
8
my_list[6] my_list[7] my_list[8] my_list[9]
13
21
34
55
65
Complemento reverso do DNA
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A partir da lista podemos usar métodos para sua manipulação, como o método
reverse, que inverte a sequência dos elementos originais. Os métodos para
manipulação de listas, como o .reverse(), são chamados usando-se a notação dot (.),
onde o ponto (.) é colocado após a lista, o resultado é que a lista é invertida.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence
seqIn = "ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG"
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply
#.replace method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequence
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
66
Complemento reverso do DNA
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Podemos voltar a ter uma string, com o método join, que une os elementos da lista
numa string. Por último usamos o print() para mostrar os resultados.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence
seqIn = "ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG"
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply
#.replace method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequence
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
67
Complemento reverso do DNA
www.python.org
A variável seqOut tem a string obtida da conversão da lista DNAlist, mostramos o
resultado na tela chamando a função print().
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence
seqIn = "ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG"
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply
#.replace method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequence
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
68
Complemento reverso do DNA
www.python.org
Vimos no programa reverseCompDNA1.py, a implementação de como gerar o
complemento reverso de um fragmento de DNA. Se fossemos usar este programa
para a conversão de outra sequência de DNA, teríamos que editar o código fonte e
inserir a nova sequência. Vamos aperfeiçoar o programa reverseCompDNA1.py,
inserindo a possibilidade de lermos a sequência contida num arquivo externo. Antes
de mostrarmos o novo código, vamos ver o resultado de rodarmos o programa
reverseCompDNA1.py.
DNA sequence:
ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG
Reverse complement: CCCTGCGCGGCGAGCTAACGCCGCTTCCGCGAATTCGCGCAT
69
Complemento reverso do DNA
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A função para abertura de arquivos em Python é open(), vamos destacar abaixo, as
principais características da função open() para leitura de arquivos pré-existentes.
Usamos a linha de comando abaixo, para leitura do arquivo my_file, como segue:
my_info = open(my_file,’r’)
my_file é uma variável para a qual foi atribuída o nome do arquivo, a informação ‘r’, é
chamada de modo de acesso ao arquivo, no caso indica que será realizada uma
operação de leitura do conteúdo do arquivo my_file. A informação, contida no arquivo
de entrada, será referenciada à variável my_info. Resumindo, usaremos a variável
my_info para manipularmos o conteúdo lido do arquivo my_file. Por exemplo,
consideremos que a informação do nosso arquivo de entrada está contida numa linha
de texto, por exemplo a sequência de um DNA. Para lermos essa informação, usamos
o comando,
my_line = my_info.readline()
.readline() é um método que lerá uma linha da variável my_info e atribuirá à variável
my_line. O método .readline() é aplicado à variável my_info.
70
Complemento reverso do DNA
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Antes de irmos para um programa completo, vejamos um programa simples, que só lê
o conteúdo de um arquivo e mostra o resultado na tela, o programa
readFileAndShow1.py. A primeira linha em vermelho, indica a leitura do nome do
arquivo de entrada. Nesta versão, não estamos nos precavendo da possibilidade do
usuário digitar um nome de arquivo que não existe. Veremos, mais adiante no curso,
como prevenir tais situações. A segunda linha vermelha, traz a abertura do arquivo,
bem como a atribuição do conteúdo à variável my_info, como mostrado abaixo. A
opção ‘r’ é o modo de abertura, ou seja, indica que realizaremos a leitura do arquivo.
# Program to demonstrate open() function in Python
my_file = input("Enter file name = >")
# Opens input file
my_info = open(my_file,'r')
# Reads one line of the input file
my_line = my_info.readline()
# Closes file
my_info.close()
# Shows file content on screen
print(my_line)
71
Complemento reverso do DNA
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A terceira linha em vermelho traz a atribuição do conteúdo à variável my_line. Tal
passagem pode parecer desnecessária, mas veja que à variável my_info foi
referenciado o conteúdo do arquivo, mas para manipularmos o conteúdo, temos que
atribuí-lo a uma nova variável, no caso a my_line. O método usado é o .readline(), que
é aplicado à variável my_info. Uma vez que o conteúdo foi atribuído a uma variável,
podemos fechar o arquivo, com o método .close(), aplicado ao my_info. Por último,
mostramos o conteúdo atribuído à variável my_line na tela, com a função print().
Algumas linguagens, como Perl, chamam variáveis como my_info de filehandle.
# Program to demonstrate open() function in Python
my_file = input("Enter file name = >")
# Opens input file
my_info = open(my_file,'r')
# Reads one line of the input file
my_line = my_info.readline()
# Closes file
my_info.close()
# Shows file content on screen
print(my_line)
72
Complemento reverso do DNA
www.python.org
A partir do filehandle my_info, podemos
manipular o arquivo de entrada, contudo,
para acessar seu conteúdo de forma
específica, temos que atribuí-lo a uma
variável, como a my_line do programa. O
fluxograma ao lado ilustra os principais
conceitos na abertura e leitura de um
arquivo com Python. Inicialmente temos o
arquivo my_file, que será aberto com a
função
open()
e
seu
conteúdo
referenciado ao filehandle my_info. A linha
de comando para a tarefa, está indicada
abaixo:
my_info = open(my_file, ‘r’)
A seguir, a primeira linha do arquivo, via
filehandle é atribuída à variável my_line,
com a aplicação do método .readline(),
my_line = my_info.readline()
Podemos fechar o arquivo como
my_info.close().
Arquivo my_file
Abertura do arquivo
my_file, conteúdo
referenciado ao
filehandle my_info.
my_info = open(my_file,’r’)
Primeira linha é
atribuída à variável
my_line, com o
método .readline()
my_line = my_info.readline()
Arquivo de entrada
é fechado com o
método close()
my_info.close()
73
Complemento reverso do DNA
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Rodaremos o programa readFileAndShow1.py e usaremos o arquivo dnafile1.fasta
como entrada. O resultado está mostrado abaixo.
Enter file name => dnafile1.fasta
ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG
74
Complemento reverso do DNA
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A abertura de um arquivo em Python usa a função open(), que tem como argumento o
nome do arquivo a ser aberto, ou uma variável com o nome. Assim, antes de abrirmos
o arquivo, o programa tem que perguntar o nome do arquivo. Abaixo temos o código
reverseCompDNA2.py .
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence, using a sequence read from an input file
dnaFileIn = input("Enter DNA sequence file => ")
fh = open(dnaFileIn,'r')
# Opens input file
seqIn = fh.readline()
# Assigns file content to seqIn
fh.close()
# Closes file
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply .replace
# method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequences
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
75
Complemento reverso do DNA
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A primeira linha vermelha lê o nome do arquivo de entrada, que será atribuído à
variável dnaFileIn. Esta variável será o argumento da função open(). O open() cria um
filehandle, que é usado para fazer referência ao arquivo aberto.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence, using a sequence read from an input file
dnaFileIn = input("Enter DNA sequence file => ")
fh = open(dnaFileIn,'r')
# Opens input file
seqIn = fh.readline()
# Assigns file content to seqIn
fh.close()
# Closes file
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply .replace
# method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequences
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
76
Complemento reverso do DNA
www.python.org
No código abaixo, o filehandle é o fh, assim qualquer operação com o arquivo aberto,
deve ser realizada sobre o filehandle fh.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence, using a sequence read from an input file
dnaFileIn = input("Enter DNA sequence file => ")
fh = open(dnaFileIn,'r')
# Opens input file
seqIn = fh.readline()
# Assigns file content to seqIn
fh.close()
# Closes file
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply .replace
# method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequences
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
77
Complemento reverso do DNA
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O conteúdo arquivo é lido fazendo-se referência ao filehandle fh, usando-se o método
.readline(). O conteúdo do arquivo, no caso uma linha somente, é atribuído à variável
seqIn.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence, using a sequence read from an input file
dnaFileIn = input("Enter DNA sequence file => ")
fh = open(dnaFileIn,'r')
# Opens input file
seqIn = fh.readline()
# Assigns file content to seqIn
fh.close()
# Closes file
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply .replace
# method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequences
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
78
Complemento reverso do DNA
www.python.org
Depois fechamos o arquivo, com close(), a ser aplicado ao filehandle fh. O restante do
código é idêntico ao programa reverseCompDNA1.py, visto que já temos a sequência
de DNA na variável seqIn.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence, using a sequence read from an input file
dnaFileIn = input("Enter DNA sequence file => ")
fh = open(dnaFileIn,'r')
# Opens input file
seqIn = fh.readline()
# Assigns file content to seqIn
fh.close()
# Closes file
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply .replace
# method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
# Generates uppercase sequences
DNA = dna.upper()
# Changes to a list
DNAlist = list(DNA)
# Inverts list
DNAlist.reverse()
# Changes from a list to string
seqOut=''.join(DNAlist)
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
79
Complemento reverso do DNA
www.python.org
Vamos considerar o arquivo (dnafile1.fasta), com uma sequência de DNA mostrada
abaixo.
ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG
Ao rodarmos o programa reverseCompDNA2.py, temos o seguinte resultado.
Enter DNA sequence file => dnafile1.fasta
DNA sequence:
ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG
Reverse complement: CCCTGCGCGGCGAGCTAACGCCGCTTCCGCGAATTCGCGCAT
O complemento reverso da sequência foi gerado com sucesso.
80
Complemento reverso do DNA
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Vamos criar mais um aperfeiçoamento. Tal tarefa ilustra uma abordagem comum em
programação, criamos um protótipo e vamos aperfeiçoando. Vamos escrever o
complemento reverso num arquivo de saída. O código vai ficar mais extenso, de forma
que não caberá num slide. O novo programa chama-se reverseCompDNA3.py. Neste
programa lemos, também, o nome do arquivo de saída (primeira linha vermelha), que
será atribuído à variável dnaFileOut. O filehandle fw será usado para fazer referência
ao arquivo de saída, com o open(dnaFileOut,’w’) indicando que é um arquivo para
escrita. O ‘w’ é o parâmetro indicativo que será um arquivo para escrita.
# Program to generate reverse complement for a DNA sequence, using a sequence read from an input
# file.
# Reverse complement will be written in an output file
dnaFileIn = input("Enter DNA sequence file => ")
# Reads input file name
dnaFileOut = input("Enter output file => ")
# Reads output file name
fh = open(dnaFileIn,'r')
fw = open(dnaFileOut,'w')
seqIn = fh.readline()
fh.close()
#
#
#
#
Opens input file
Opens output file
Assigns file content to seqIn
Closes file
print("DNA sequence:\t\t",seqIn)
# Shows sequence on screen
# First we change each base, using the uppercase/lowercase as a trick, in order to not apply
# .replace method to the same base
dna = seqIn.replace("A","t")
dna = dna.replace("T","a")
81
dna = dna.replace("C","g")
dna = dna.replace("G","c")
Complemento reverso do DNA
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Destacando-se só as novidades do código, temos que escrever o complemento
reverso no arquivo de saída. Para isto usamos o filehandle fw e o método write(). Por
último fechamos o arquivo de saída com close().
DNA = dna.upper()
DNAlist = list(DNA)
DNAlist.reverse()
seqOut=''.join(DNAlist)
#
#
#
#
Generates uppercase sequences
Changes to a list
Inverts list
Changes from a list to string
print("\nReverse complement:\t",seqOut)
# Shows reverse complement sequence
fw.write(seqOut)
fw.close()
# writes sequence into output file
# Closes file
82
Complemento reverso do DNA
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Vamos considerar o arquivo (dnafile1.fasta), mostrado abaixo.
ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG
Ao rodarmos o programa reverseCompDNA3.py temos o seguinte resultado.
Enter DNA sequence file => dnafile1.fasta
Enter output file => test.fasta
DNA sequence:
ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG
Reverse complement: CCCTGCGCGGCGAGCTAACGCCGCTTCCGCGAATTCGCGCAT
O complemento reverso da sequência foi gerado com sucesso e escrito no arquivo
test.fasta.
83
Complemento reverso do DNA
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Além de mostrar na tela o resultado do complemento reverso, o programa armazena a
sequência de DNA no arquivo test.fasta, mostrado abaixo.
CCCTGCGCGGCGAGCTAACGCCGCTTCCGCGAATTCGCGCAT
Temos agora os comandos básicos para ler arquivos existentes e criarmos novos
arquivos. Os procedimentos de manipulação de arquivos serão usados no curso para
leitura de arquivos com dados biológicos, tais como sequência de nucleotídeos (DNA e
RNA) e sequência de aminoácidos (proteínas). Usaremos, também, para
manipulações de coordenadas atômicas de macromoléculas biológicas, contidos em
bases de dados, como o Protein Data Bank (http://rcsb.org/pdb ).
84
Método associados à manipulação de strings
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Há diversos métodos em Python para manipulação de strings, o código
methods4Strings1.py traz alguns deles aplicados à string “GATTACA”. Os próximos
slides destacam em vermelho o trecho de código discutido.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 1)
seqIn = "GATTACA"
# Initial sequence
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.lower() method to generate lowercase characters for string s
seqOut = seqIn.lower()
print("\nSequence in lowercase:\t\t",seqOut)
# s.upper() method to generate uppercase characters for string s
seqOut = seqOut.upper()
print("\nSequence in uppercase:\t\t",seqOut)
# len(s) method to show the length of the string s
countBases = len(seqOut)
# len(seqOut) is assigned to countBases
print("\nNumber of bases:\t\t",countBases)
# s.count("X") method to count substring "X" in string s, used to calculate percentage of CG
countC = seqOut.count("C") # Number of substrings "C" is assigned to countC
countG = seqOut.count("G") # Number of substrings "G" is assigned to countG
perCG = float(100*(countC+countG)/len(seqOut)) # Calculates percentage of C+G in the sequence
print("\nPorcentage of CG:\t\t",perCG)
# s.replace("X","Y") method to replace substring "X" for "Y" in the string s
seqOut = seqOut.replace("T","U")
print("\nSequence after replacing (t->U):",seqOut)
# s.find("X") method to return position of substring "X" in the string s
posA = seqOut.find("A")
print("\nPosition of substring A:\t",posA)
posUU = seqOut.find("UU")
print("\nPosition of substring UU:\t",posUU)
posU = seqOut.find("U")
# Returns the position of first "U" found in the string
print("\nPosition of first substring U:\t",posU)
85
Método associados à manipulação de strings
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O método s.lower() transforma a string s para letras minúsculas e o s.upper() para
letras maiúsculas. Ambos resultados são mostrados na tela com a função print().
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 1)
seqIn = "GATTACA"
# Initial sequence
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.lower() method to generate lowercase characters for string s
seqOut = seqIn.lower()
print("\nSequence in lowercase:\t\t",seqOut)
# s.upper() method to generate uppercase characters for string s
seqOut = seqOut.upper()
print("\nSequence in uppercase:\t\t",seqOut)
# len(s) method to show the length of the string s
countBases = len(seqOut)
# len(seqOut) is assigned to countBases
print("\nNumber of bases:\t\t",countBases)
# s.count("X") method to count substring "X" in string s, used to calculate percentage of CG
countC = seqOut.count("C") # Number of substrings "C" is assigned to countC
countG = seqOut.count("G") # Number of substrings "G" is assigned to countG
perCG = float(100*(countC+countG)/len(seqOut)) # Calculates percentage of C+G in the sequence
print("\nPorcentage of CG:\t\t",perCG)
# s.replace("X","Y") method to replace substring "X" for "Y" in the string s
seqOut = seqOut.replace("T","U")
print("\nSequence after replacing (t->U):",seqOut)
# s.find("X") method to return position of substring "X" in the string s
posA = seqOut.find("A")
print("\nPosition of substring A:\t",posA)
posUU = seqOut.find("UU")
print("\nPosition of substring UU:\t",posUU)
posU = seqOut.find("U")
# Returns the position of first "U" found in the string
print("\nPosition of first substring U:\t",posU)
86
Método associados à manipulação de strings
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O método len(s) mostra o número de caracteres na string s e o método s.count(“X”)
conta o número de vezes que a substring “X” aparece na string s.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 1)
seqIn = "GATTACA"
# Initial sequence
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.lower() method to generate lowercase characters for string s
seqOut = seqIn.lower()
print("\nSequence in lowercase:\t\t",seqOut)
# s.upper() method to generate uppercase characters for string s
seqOut = seqOut.upper()
print("\nSequence in uppercase:\t\t",seqOut)
# len(s) method to show the length of the string s
countBases = len(seqOut)
# len(seqOut) is assigned to countBases
print("\nNumber of bases:\t\t",countBases)
# s.count("X") method to count substring "X" in string s, used to calculate percentage of CG
countC = seqOut.count("C") # Number of substrings "C" is assigned to countC
countG = seqOut.count("G") # Number of substrings "G" is assigned to countG
perCG = float(100*(countC+countG)/len(seqOut)) # Calculates percentage of C+G in the sequence
print("\nPorcentage of CG:\t\t",perCG)
# s.replace("X","Y") method to replace substring "X" for "Y" in the string s
seqOut = seqOut.replace("T","U")
print("\nSequence after replacing (t->U):",seqOut)
# s.find("X") method to return position of substring "X" in the string s
posA = seqOut.find("A")
print("\nPosition of substring A:\t",posA)
posUU = seqOut.find("UU")
print("\nPosition of substring UU:\t",posUU)
posU = seqOut.find("U")
# Returns the position of first "U" found in the string
print("\nPosition of first substring U:\t",posU)
87
Método associados à manipulação de strings
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A partir do conteúdo atribuído às variáveis countC e countG, é calculada a
porcentagem de C + G na sequência.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 1)
seqIn = "GATTACA"
# Initial sequence
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.lower() method to generate lowercase characters for string s
seqOut = seqIn.lower()
print("\nSequence in lowercase:\t\t",seqOut)
# s.upper() method to generate uppercase characters for string s
seqOut = seqOut.upper()
print("\nSequence in uppercase:\t\t",seqOut)
# len(s) method to show the length of the string s
countBases = len(seqOut)
# len(seqOut) is assigned to countBases
print("\nNumber of bases:\t\t",countBases)
# s.count("X") method to count substring "X" in string s, used to calculate percentage of CG
countC = seqOut.count("C") # Number of substrings "C" is assigned to countC
countG = seqOut.count("G") # Number of substrings "G" is assigned to countG
perCG = float(100*(countC+countG)/len(seqOut)) # Calculates percentage of C+G in the sequence
print("\nPorcentage of CG:\t\t",perCG)
# s.replace("X","Y") method to replace substring "X" for "Y" in the string s
seqOut = seqOut.replace("T","U")
print("\nSequence after replacing (t->U):",seqOut)
# s.find("X") method to return position of substring "X" in the string s
posA = seqOut.find("A")
print("\nPosition of substring A:\t",posA)
posUU = seqOut.find("UU")
print("\nPosition of substring UU:\t",posUU)
posU = seqOut.find("U")
# Returns the position of first "U" found in the string
print("\nPosition of first substring U:\t",posU)
88
Método associados à manipulação de strings
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O método replace(“X”,”Y”) troca a substring “X” pela substring “Y”.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 1)
seqIn = "GATTACA"
# Initial sequence
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.lower() method to generate lowercase characters for string s
seqOut = seqIn.lower()
print("\nSequence in lowercase:\t\t",seqOut)
# s.upper() method to generate uppercase characters for string s
seqOut = seqOut.upper()
print("\nSequence in uppercase:\t\t",seqOut)
# len(s) method to show the length of the string s
countBases = len(seqOut)
# len(seqOut) is assigned to countBases
print("\nNumber of bases:\t\t",countBases)
# s.count("X") method to count substring "X" in string s, used to calculate percentage of CG
countC = seqOut.count("C") # Number of substrings "C" is assigned to countC
countG = seqOut.count("G") # Number of substrings "G" is assigned to countG
perCG = float(100*(countC+countG)/len(seqOut)) # Calculates percentage of C+G in the sequence
print("\nPorcentage of CG:\t\t",perCG)
# s.replace("X","Y") method to replace substring "X" for "Y" in the string s
seqOut = seqOut.replace("T","U")
print("\nSequence after replacing (t->U):",seqOut)
# s.find("X") method to return position of substring "X" in the string s
posA = seqOut.find("A")
print("\nPosition of substring A:\t",posA)
posUU = seqOut.find("UU")
print("\nPosition of substring UU:\t",posUU)
posU = seqOut.find("U")
# Returns the position of first "U" found in the string
print("\nPosition of first substring U:\t",posU)
89
Método associados à manipulação de strings
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O método s.find(“X”) retorna a posição da substring “X”. O primeiro caractere da string
tem posição zero “0”, o segundo caractere tem posição “1”, e assim sucessivamente.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 1)
seqIn = "GATTACA"
# Initial sequence
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.lower() method to generate lowercase characters for string s
seqOut = seqIn.lower()
print("\nSequence in lowercase:\t\t",seqOut)
# s.upper() method to generate uppercase characters for string s
seqOut = seqOut.upper()
print("\nSequence in uppercase:\t\t",seqOut)
# len(s) method to show the length of the string s
countBases = len(seqOut)
# len(seqOut) is assigned to countBases
print("\nNumber of bases:\t\t",countBases)
# s.count("X") method to count substring "X" in string s, used to calculate percentage of CG
countC = seqOut.count("C") # Number of substrings "C" is assigned to countC
countG = seqOut.count("G") # Number of substrings "G" is assigned to countG
perCG = float(100*(countC+countG)/len(seqOut)) # Calculates percentage of C+G in the sequence
print("\nPorcentage of CG:\t\t",perCG)
# s.replace("X","Y") method to replace substring "X" for "Y" in the string s
seqOut = seqOut.replace("T","U")
print("\nSequence after replacing (t->U):",seqOut)
# s.find("X") method to return position of substring "X" in the string s
posA = seqOut.find("A")
print("\nPosition of substring A:\t",posA)
posUU = seqOut.find("UU")
print("\nPosition of substring UU:\t",posUU)
posU = seqOut.find("U")
# Returns the position of first "U" found in the string
print("\nPosition of first substring U:\t",posU)
90
Método associados à manipulação de strings
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Ao executarmos o código methods4Strings1.py, temos os resultados mostrados
abaixo.
Initial sequence: GATTACA
Sequence in lowercase: gattaca
Sequence in uppercase: GATTACA
Number of bases: 7
Porcentage of CG: 28.571428571428573
Sequence after replacing (t->U): GAUUACA
Position of substring A: 1
Position of substring UU: 2
Position of first substring U: 2
91
Método associados à manipulação de strings
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Exercício de programação 6. Modifique o código fonte do programa
methods4Strings1.py, de forma que a nova versão leia a sequência a partir de um
arquivo de entrada. Salve o novo programa com o nome methods4Strings2.py. Rode
o programa.
92
Método associados à manipulação de strings
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O código methods4Strings3.py traz outros métodos aplicados à string “GaTTaCa”,
como segue.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 2).
seqIn = "GaTTaCa"
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.swapcase() method to change from uppercase to lowercase and vice-versa in the string s
seqOut = seqIn.swapcase()
print("\nSwapped sequence:\t\t",seqOut)
# New initial sequence
seqIn = " GATTACA "
print("\nNew initial sequence:\t\t",seqIn)
# s.strip() method to get rid of spaces, tabs, and newlines in the string s
seqOut = seqIn.strip()
print("\nSequence without spaces:\t",seqOut)
# list(s) method to separate the string s in elements of a list
seqList = list(seqIn)
print("\nSequence as a list: \t\t",seqList)
# ''.join() method to merge all elements of a list in one string
seqIn = ''.join(seqIn)
print("\nThe sequence is back:\t\t",seqIn)
# s.split() method to separate the string s in words, where each word is an element
darthVader = "You don't know the power of the dark side"
c3po = darthVader.split()
print("\nOriginal message:\t\t",darthVader)
print("\nMessage after .split():\t\t",c3po)
# Applying ''.join() method after .split method
darthVader = ' '.join(c3po)
# With ' '
print("\nMessage after ' '.join():\t\t",darthVader)
93
darthVader = '-'.join(c3po)
# With '-'
print("\nMessage after '-'.join():\t\t",darthVader)
Método associados à manipulação de strings
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O método s.swapcase() troca de maiúscula para minúscula e vice-versa.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 2).
seqIn = "GaTTaCa"
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.swapcase() method to change from uppercase to lowercase and vice-versa in the string s
seqOut = seqIn.swapcase()
print("\nSwapped sequence:\t\t",seqOut)
# New initial sequence
seqIn = " GATTACA "
print("\nNew initial sequence:\t\t",seqIn)
# s.strip() method to get rid of spaces, tabs, and newlines in the string s
seqOut = seqIn.strip()
print("\nSequence without spaces:\t",seqOut)
# list(s) method to separate the string s in elements of a list
seqList = list(seqIn)
print("\nSequence as a list: \t\t",seqList)
# ''.join() method to merge all elements of a list in one string
seqIn = ''.join(seqIn)
print("\nThe sequence is back:\t\t",seqIn)
# s.split() method to separate the string s in words, where each word is an element
darthVader = "You don't know the power of the dark side"
c3po = darthVader.split()
print("\nOriginal message:\t\t",darthVader)
print("\nMessage after .split():\t\t",c3po)
# Applying ''.join() method after .split method
darthVader = ' '.join(c3po)
# With ' '
print("\nMessage after ' '.join():\t\t",darthVader)
94
darthVader = '-'.join(c3po)
# With '-'
print("\nMessage after '-'.join():\t\t",darthVader)
Método associados à manipulação de strings
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O método s.strip() elimina espaços em branco, tabs e newlines no início e final da
string.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 2).
seqIn = "GaTTaCa"
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.swapcase() method to change from uppercase to lowercase and vice-versa in the string s
seqOut = seqIn.swapcase()
print("\nSwapped sequence:\t\t",seqOut)
# New initial sequence
seqIn = " GATTACA "
print("\nNew initial sequence:\t\t",seqIn)
# s.strip() method to get rid of spaces, tabs, and newlines in the string s
seqOut = seqIn.strip()
print("\nSequence without spaces:\t",seqOut)
# list(s) method to separate the string s in elements of a list
seqList = list(seqIn)
print("\nSequence as a list: \t\t",seqList)
# ''.join() method to merge all elements of a list in one string
seqIn = ''.join(seqIn)
print("\nThe sequence is back:\t\t",seqIn)
# s.split() method to separate the string s in words, where each word is an element
darthVader = "You don't know the power of the dark side"
c3po = darthVader.split()
print("\nOriginal message:\t\t",darthVader)
print("\nMessage after .split():\t\t",c3po)
# Applying ''.join() method after .split method
darthVader = ' '.join(c3po)
# With ' '
print("\nMessage after ' '.join():\t\t",darthVader)
95
darthVader = '-'.join(c3po)
# With '-'
print("\nMessage after '-'.join():\t\t",darthVader)
Método associados à manipulação de strings
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O método list(s) transforma uma string numa lista, com vírgulas separando cada
caractere da string, inclusive espaços, tab e newlines existentes.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 2).
seqIn = "GaTTaCa"
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.swapcase() method to change from uppercase to lowercase and vice-versa in the string s
seqOut = seqIn.swapcase()
print("\nSwapped sequence:\t\t",seqOut)
# New initial sequence
seqIn = " GATTACA "
print("\nNew initial sequence:\t\t",seqIn)
# s.strip() method to get rid of spaces, tabs, and newlines in the string s
seqOut = seqIn.strip()
print("\nSequence without spaces:\t",seqOut)
# list(s) method to separate the string s in elements of a list
seqList = list(seqIn)
print("\nSequence as a list: \t\t",seqList)
# ''.join() method to merge all elements of a list in one string
seqIn = ''.join(seqIn)
print("\nThe sequence is back:\t\t",seqIn)
# s.split() method to separate the string s in words, where each word is an element
darthVader = "You don't know the power of the dark side"
c3po = darthVader.split()
print("\nOriginal message:\t\t",darthVader)
print("\nMessage after .split():\t\t",c3po)
# Applying ''.join() method after .split method
darthVader = ' '.join(c3po)
# With ' '
print("\nMessage after ' '.join():\t\t",darthVader)
96
darthVader = '-'.join(c3po)
# With '-'
print("\nMessage after '-'.join():\t\t",darthVader)
Método associados à manipulação de strings
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O método ‘X’.join(ls) transforma uma lista ls numa string, inserindo o argumento X
entre os elementos da lista na composição da string.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 2).
seqIn = "GaTTaCa"
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.swapcase() method to change from uppercase to lowercase and vice-versa in the string s
seqOut = seqIn.swapcase()
print("\nSwapped sequence:\t\t",seqOut)
# New initial sequence
seqIn = " GATTACA "
print("\nNew initial sequence:\t\t",seqIn)
# s.strip() method to get rid of spaces, tabs, and newlines in the string s
seqOut = seqIn.strip()
print("\nSequence without spaces:\t",seqOut)
# list(s) method to separate the string s in elements of a list
seqList = list(seqIn)
print("\nSequence as a list: \t\t",seqList)
# ''.join() method to merge all elements of a list in one string
seqIn = ''.join(seqIn)
print("\nThe sequence is back:\t\t",seqIn)
# s.split() method to separate the string s in words, where each word is an element
darthVader = "You don't know the power of the dark side"
c3po = darthVader.split()
print("\nOriginal message:\t\t",darthVader)
print("\nMessage after .split():\t\t",c3po)
# Applying ''.join() method after .split method
darthVader = ' '.join(c3po)
# With ' '
print("\nMessage after ' '.join():\t\t",darthVader)
97
darthVader = '-'.join(c3po)
# With '-'
print("\nMessage after '-'.join():\t\t",darthVader)
Método associados à manipulação de strings
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O método s.split() divide uma string s em palavras, formando uma lista.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 2).
seqIn = "GaTTaCa"
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.swapcase() method to change from uppercase to lowercase and vice-versa in the string s
seqOut = seqIn.swapcase()
print("\nSwapped sequence:\t\t",seqOut)
# New initial sequence
seqIn = " GATTACA "
print("\nNew initial sequence:\t\t",seqIn)
# s.strip() method to get rid of spaces, tabs, and newlines in the string s
seqOut = seqIn.strip()
print("\nSequence without spaces:\t",seqOut)
# list(s) method to separate the string s in elements of a list
seqList = list(seqIn)
print("\nSequence as a list: \t\t",seqList)
# ''.join() method to merge all elements of a list in one string
seqIn = ''.join(seqIn)
print("\nThe sequence is back:\t\t",seqIn)
# s.split() method to separate the string s in words, where each word is an element
darthVader = "You don't know the power of the dark side"
c3po = darthVader.split()
print("\nOriginal message:\t\t",darthVader)
print("\nMessage after .split():\t\t",c3po)
# Applying ''.join() method after .split method
darthVader = ' '.join(c3po)
# With ' '
print("\nMessage after ' '.join():\t\t",darthVader)
98
darthVader = '-'.join(c3po)
# With '-'
print("\nMessage after '-'.join():\t\t",darthVader)
Método associados à manipulação de strings
www.python.org
No final do programa temos a inserção de espaço ‘ ‘ e traço ‘-’ entre os elementos da
lista ls, com os métodos ‘ ‘.join(ls) e ‘-’.join(ls), respectivamente.
# Program to handle strings, using string methods available in Python 3 (part 2).
seqIn = "GaTTaCa"
print("\nInitial sequence:\t\t",seqIn)
# s.swapcase() method to change from uppercase to lowercase and vice-versa in the string s
seqOut = seqIn.swapcase()
print("\nSwapped sequence:\t\t",seqOut)
# New initial sequence
seqIn = " GATTACA "
print("\nNew initial sequence:\t\t",seqIn)
# s.strip() method to get rid of spaces, tabs, and newlines in the string s
seqOut = seqIn.strip()
print("\nSequence without spaces:\t",seqOut)
# list(s) method to separate the string s in elements of a list
seqList = list(seqIn)
print("\nSequence as a list: \t\t",seqList)
# ''.join() method to merge all elements of a list in one string
seqIn = ''.join(seqIn)
print("\nThe sequence is back:\t\t",seqIn)
# s.split() method to separate the string s in words, where each word is an element
darthVader = "You don't know the power of the dark side"
c3po = darthVader.split()
print("\nOriginal message:\t\t",darthVader)
print("\nMessage after .split():\t\t",c3po)
# Applying ''.join() method after .split method
darthVader = ' '.join(c3po)
# With ' '
print("\nMessage after ' '.join():\t\t",darthVader)
99
darthVader = '-'.join(c3po)
# With '-'
print("\nMessage after '-'.join():\t\t",darthVader)
Método associados à manipulação de strings
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Ao executarmos o código methods4Strings3.py, temos os resultados mostrados
abaixo.
Initial sequence: GaTTaCa
Swapped sequence: gAttAcA
New initial sequence:
GATTACA
Sequence without spaces: GATTACA
Sequence as a list:
[' ', ' ', 'G', 'A', 'T', 'T', 'A', 'C', 'A', ' ']
The sequence is back:
GATTACA
Original message: You don't know the power of the dark side
Message after .split(): ['You', "don't", 'know', 'the', 'power', 'of', 'the',
'dark', 'side']
Message after ' '.join(): You don't know the power of the dark side
Message after '-'.join(): You-don't-know-the-power-of-the-dark-side
100
Método associados à manipulação de strings
www.python.org
Uma lista completa dos métodos usados para manipulação de strings em Python pode
ser encontrada em:
http://www.tutorialspoint.com/python/python_strings.htm
Acesso em: 25 de março de 2016.
101
Dogma central da Biologia Molecular
Na figura ao lado temos a pedra de Rosetta,
que traz a descrição de um culto executado
em honra ao faraó Ptolomeu V do Egito. A
descrição está em hieróglifos na parte
superior, em demótico cursivo na parte
central e, em grego, na parte final. Antes da
descoberta da pedra de Rosetta, em 1799,
o entendimento dos hieróglifos estava
perdido. Ou seja, toda riqueza de
informações contidas nas pirâmides e nos
templos egípcios não era entendida. Como
o trecho final da pedra de Rosetta está em
grego, os estudiosos usaram tal informação
para traduzir as informações dos hieróglifos,
o que permite hoje a leitura dos
documentos do Egito antigo. A pedra de
Rosetta está em exposição no British
Museum em Londres.
Foto feita por Linus S. Azevedo (5/2/2011).
British Museum, London-UK
102
Dogma central da Biologia Molecular
DNA
Códon
Pares de bases
Toda vida na Terra é baseada num conjunto
de moléculas (DNA, RNA e proteínas). O
DNA é uma hélice dupla de nucleotídeos,
que codificam um organismo. Cada tripleto
de nucleotídeos forma um códon, específico
para um aminoácido numa cadeia proteica.
Em outras palavras, três nucleotídeos (um
códon) especificam um aminoácido na
cadeia proteica.
A lista completa, relacionando cada códon
com um aminoácido, recebe o nome de
“código genético”. O RNA também é um
ácido nucleico, sua função é transferir a
informação do DNA para ser traduzida em
proteína.
F. H. C. Crick, "The Origin of the Genetic Code," Journal of Molecular Biology 38(3), 1968 pp. 367-379
103
Dogma central da Biologia Molecular
Visto que temos 3 nucleotídeos possíveis para cada posição no códon, teremos um
total de 4x4x4 = 64 códons possíveis. Na natureza observamos somente 20
aminoácidos, assim podemos dizer que o código genético é degenerado. Cada códon
especifica um aminoácido em particular. Por exemplo, no código genético o
aminoácido glicina tem quatro códons (GGA, GGC, GGU e GGG). Já o aminoácido
triptofano, tem somente um códon (UGG). Além disso, há códons relacionados ao
processo de informação, por exemplo, os códons de parada (stop codons) (UAA, UAG
e UGA).
GGA, GGC, GGU, and GGG
codificam a Glicina (Gly)
Gly
UGG
codificam o triptofano (Trp)
Trp
UAA, UAG, and UGA
são códons de parada.
F. H. C. Crick, "The Origin of the Genetic Code," Journal of Molecular Biology 38(3), 1968 pp. 367-379
104
Dogma central da Biologia Molecular
A tabela abaixo mostra os nomes dos 20 aminoácidos naturais e seus respectivos
códons. Os códons são representados por nucleotídeos presentes no RNA, ou seja,
timina (T) foi substituído por Uracila (U).
Código genético
Glicina
GGA GGC GGG GGU
Tirosina
UAC UAU
Alanina
GCA GCC GCG GCU
Metionina
AUG
Serina
AGC AGU UCA UCC UCG UCU
Triptofano
UGG
Treonina
ACA ACC ACG ACU
Asparagina
AAC AAU
Cisteina
UGC UGU
Glutamina
CAA CAG
Valina
GUA GUC GUG GUU
Histidina
CAC CAU
Isoleucina
AUA AUC AUU
Aspartato
GAC GAU
Leucina
UUA UUG CUA CUC CUG CUU
Glutamato
GAA GAG
Prolina
CCA CCC CCG CCU
Lisina
AAA AAG
Fenilalanina
UUC UUU
Arginina
AGA AGG CGA CGC CGG CGU
105
Dogma central da Biologia Molecular
O dogma central da biologia molecular estabelece que a informação é transferida do
DNA para proteína, ou seja, a informação parte do DNA e chega à proteína.
A primeira parte da via é a transcrição, onde a informação do DNA é escrita no RNA, a
segunda parte traz a informação do RNA para proteína, num processo chamado
tradução. Não está indicado no diagrama abaixo, mas podemos ter a informação indo
do DNA para o DNA, a replicação, e do RNA para DNA, a transcrição reversa.
Transcrição
DNA
Tradução
RNA
Proteína
106
Dogma central da Biologia Molecular
O
código
genético
pode
ser
considerado como uma “pedra de
Rosetta molecular”, onde temos a
tradução da informação contida no
DNA para proteínas. A primeira parte
dessa via é a transcrição, onde a
informação do DNA é escrita no RNA,
a segunda parte traz a informação do
RNA para proteína, num processo
chamado tradução. Usando a analogia
com a pedra de Rosetta, temos que a
informação dos códigos escritos em
hieróglifos (parte superior da pedra) é
equivalente à molécula de DNA. A
informação passa para o demótico
cursivo (no meio da pedra), que é
equivalente ao RNA e, por último, em
grego (na parte de baixo da pedra),
equivalente às proteínas.
DNA
RNA
Proteína
107
Dogma central da Biologia Molecular
Abaixo temos uma figura que ilustra o processo de transcrição, a fita dupla do DNA é
aberta, de forma que temos as bases expostas. A cadeia (fita), que armazena a
informação genética, é a cadeia senso (sense DNA), sua cadeia complementar é a
cadeia anti-senso. A cadeia anti-senso serve de molde para a transcrição do RNA
mensageiro. A proteína promotora liga-se a uma região específica da cadeia senso. A
síntese do RNA procede na direção do 5’ para o 3’, complementar à cadeia anti-senso,
sendo catalisada pela enzima RNA polimerase. Veja que o resultado líquido da
transcrição, quando comparamos a cadeia senso com a do RNA, é a troca do T por U.
Cadeia senso
Região
promotora
Cadeia anti-senso
RNA mensageiro sintetizado
Transcrição
108
Imagem disponível em: < http://www2.chemistry.msu.edu/faculty/reusch/virttxtjml/nucacids.htm>. Acesso em: 25 de março de 2016.
Dogma central da Biologia Molecular
Vamos ilustrar a transformação da informação codificada no DNA para RNA
(transcrição) e, depois, para proteína (tradução). A informação está armazenada num
arquivo no formato FASTA. Inicialmente faremos transcrição do trecho de DNA para
RNA (trocar T por U) e, por último, traduziremos o RNA para uma sequência de
aminoácidos.
>DNA:A|PDBID|CHAIN|SEQUENCE
CGCGAATTCGCG
Arquivo no formato FASTA com a sequência de nucleotídeos. A primeira linha inicia com
o símbolo > e traz a identificação do sequência. As bases começam na segunda linha.
Transcrição
>RNA:A|PDBID|CHAIN|SEQUENCE
CGCGAAUUCGCG
Arquivo no formato FASTA com a sequência de nucleotídeos do RNA
Tradução
>PEP:A|PDBID|CHAIN|SEQUENCE
REFA
Arquivo no formato FASTA com a sequência de aminoácidos do trecho traduzido a
partir do RNA.
CGC  Arginina (Arg) (R)
GAA  Glutamato (Glu) (E)
UUC  Fenilalanina (Phe) (F)
GCG  Alanina (Ala) (A)
109
Dogma central da Biologia Molecular
Vamos considerar o programa abaixo, que transcreve um fragmento de DNA para um
de RNA, a partir de do método .replace(“T",“U") . O programa chama-se
transcription1.py . O código é relativamente simples, o conteúdo da string com
nucleotídeos é atribuído à variável dna, como mostrado na primeira linha vermelha
abaixo. O método dna.replace(“T",“U") faz a troca de T->U e atribui à variável rna,
mostrado na segunda linha vermelha. No final, as duas sequências são mostradas na
tela, com a função print().
# Program to carry out transcription
dna = "ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG"
print("DNA sequence")
print(dna)
# Transcription
rna = dna.replace("T","U")
print("\nTranscription from DNA to RNA")
print("DNA => ",dna)
print("RNA => ",rna)
110
Dogma central da Biologia Molecular
A rodarmos o programa transcription1.py, temos o resultado mostrado abaixo.
# Program to carry out transcription
dna = "ATGCGCGAATTCGCGGAAGCGGCGTTAGCTCGCCGCGCAGGG"
print("DNA sequence")
print(dna)
# Transcription
rna = dna.replace("T","U")
print("\nTranscription from DNA to RNA")
print("DNA => ",dna)
print("RNA => ",rna)
111
Referências
www.python.org
ALBERTS, B. et al. Biologia Molecular da Célula. 4a edição. Porto Alegre: Artmed editora, Porto Alegre, 2004.
-BRESSERT, Eli. SciPy and NumPy. Sebastopol: O’Reilly Media, Inc., 2013. 56 p.
-DAWSON, Michael. Python Programming, for the absolute beginner. 3ed. Boston: Course Technology, 2010. 455 p.
-HETLAND, Magnus Lie. Python Algorithms. Mastering Basic Algorithms in the Python Language. Nova York: Springer
Science+Business Media LLC, 2010. 316 p.
-IDRIS, Ivan. NumPy 1.5. An action-packed guide dor the easy-to-use, high performance, Python based free open source
NumPy mathematical library using real-world examples. Beginner’s Guide. Birmingham: Packt Publishing Ltd., 2011. 212 p.
-KIUSALAAS, Jaan. Numerical Methods in Engineering with Python. 2ed. Nova York: Cambridge University Press, 2010. 422
p.
-LANDAU, Rubin H. A First Course in Scientific Computing: Symbolic, Graphic, and Numeric Modeling Using Maple, Java,
Mathematica, and Fortran90. Princeton: Princeton University Press, 2005. 481p.
-LANDAU, Rubin H., PÁEZ, Manuel José, BORDEIANU, Cristian C. A Survey of Computational Physics. Introductory
Computational Physics. Princeton: Princeton University Press, 2008. 658 p.
-LUTZ, Mark. Programming Python. 4ed. Sebastopol: O’Reilly Media, Inc., 2010. 1584 p.
-MODEL, Mitchell L. Bioinformatics Programming Using Python. Sebastopol: O’Reilly Media, Inc., 2011. 1584 p.
-TOSI, Sandro. Matplotlib for Python Developers. Birmingham: Packt Publishing Ltd., 2009. 293 p.
Última atualização: 19 de julho de 2016
112
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