1A CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NA FASE AGUDA GEDEANE PEREIRA TAVEIRA¹ GEORIVANDO TAVARES MELO² NAIANNA MARIA DE OLIVEIRA BARROS³ REBECA CORDEIRO RODRIGUES4 ANA RAILKA DE SOUZA OLIVEIRA5 INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) é um problema que se manifesta devido a uma consequência de doenças vasculares mais graves como a hipertensão arterial sistêmica (HAS), arteriosclerose, dislipidemia, diabetes mellitus, dentre outras (1).A sua incidência vem crescendo a cada dia, ocasionando o maior número de mortes da população mundial que leva ao óbito mais de um terço das pessoas portadoras de problemas vasculares. Tal evento pode ser clssaificado em AVC isquêmico ou hemorrágico (2). O AVC hemorrágico caracteriza-se por apresentar uma ruptura do vaso e gerar hemorragias no local e o AVC isquêmico denomina-se uma oclusão de um vaso que interrompe o fluxo sanguíneo de uma região especifica do cérebro (3). Essa doença apresenta-se de uma forma súbita que pode desenvolver sequelas caso o paciente não receba atendimento médico com urgência, podendo ocasionar paralisias em determinados membros ou dificuldades de movimentação de um lado do corpo, allteração na sensibilidade, afasia, disartria, déficit visual súbito, entre outros. Essas sequelas podem se tornar irreversíveis ou reversíveis com auxilio da reabilitação e podem afetar a capacidade funcional dos pacientes e torná-los dependente pacial ou totalmente da figura de um cuidador (4). Dessa forma, torna-se fundamental o trabalho do enfermeiro, juntamente com a família, para ajudar na reabilitação desse indivíduos, desde a fase aguda da doença, onde a limitação se instala. Logo, é fundamental que o enfermeiro saiba quais são essas limitações (5). OBJETIVO: Avaliar a capacidade funcional de pacientes antes e após o episódio de acidente vascular cerebral. METODOLOGIA: Estudo exploratório, descritivo e transversal, realizado na Unidade de AVC, em Fortaleza, de Janeiro a Março de 2013. Para a coleta de dados, utilizou-se instrumento que continha informações sobre dados sociodemográficos (sexo, idade, situação civil, ocupação) e clínicos (informações sobre alterações na consciência, sensibilidade e mobilidade e presença de afasia). Além disso, foi aplicada a Escala de Rankin para investigar o nível de comprometimento funcional desses pacientes antes e após o AVC. A incapacidade das funções ressalta uma classificação na escala que avalia as falhas em determinadas áreas do corpo. Essa escala classifica-se em graus os quais possuem suas definições de acordo com o grau patológico do paciente. Os dados foram categorizados e analisados pelo programa do Excel. Procedeu-se à análise mediante uma abordagem estatística descritiva, para a qual se fez a distribuição das frequências ¹ Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Bolsista PIBIC/CNPQ do projeto de saúde cardiovascular. ² Acadêmico de enfermagem da Universidade Federal do Cear´. ³ Enfermeira da Universidade Federal do ceará. 4 Enfermeira chefe da Unidade de Aavc na faculdade de medicina.. 5 Enfermeira pela universidade Federal do ceará. 00690 absolutas e relativas para as variáveis categóricas e das médias, com desvio-padrão (DP) para variáveis contínuas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, atendendo as recomendações da Resolução 196/96. RESULTADOS: Foram avaliados 20 pacientes que tinham em média mais de 60 anos, caracterizando a terceira idade, principalmente do sexo masculino (65%). Quanto ao estado civil, 70% eram casados, seguidos por 20% viúvos e 10% que estavam separados ou solteiros. O estado civil desses pacientes, também, influencia no desenvolvimento, pois o auxilio de um parceiro (a) é favorável, principalmente, para aqueles que estão impossibilitados de realizar suas funções, pois o parceiro será um cuidador em potencial durante a fase da nova vida. O emprego é outro fator que pode influenciar as características funcionais, pois nesse estudo os idosos a maioria dos idosos não exerce atividade laboral, constatando-se que 60% não realiza funções trabalhísticas e 40% trabalham nos mais diversos empregos. Dos que não trabalham mais, 40% está aposentada. No referente a confirmação do AVC, 85% desses pacientes tinham o diagnóstico confirmado de AVC por tomografia computadorizada e 15% não confirmaram diagnóstico pelo exame diagnóstico, mas apresentava todas as evidências clinicas da situação. Com relação ao fator tipo de AVC, o que mais se manifestou na população em estudo foi o isquêmico que totalizou todos os pacientes nesse tipo de AVC, ele mostra-se o mais comum entre as pessoas devido a obstrução, por coágulos, de vasos essenciais que irrigam determinadas áreas do cérebro, fazendo com que ele perca inúmeras funções. Quanto às condiçoes clínicas, o nível de consciência se enquadra como um dos fatores porque traduz o estado comportamental do paciente, sendo analisado para saber se a pessoa está apta a exercer suas próprias funções. Dessa forma, 80% da população estudada estava no estado de alerta e o estado sonolento correspondeu a 20%. Quanto ao fator paralisia, 95% desenvolveram paralisia, apresentando diferentes graus de comprometimento da mobilidade do corpo e apenas 1% desses que tiveram ACV não apresentou nenhuma sequela ou complicações que viesse a sofrer quaisquer paralisias no corpo. A perda de sensibilidade foi outra característica dos pacientes que sofreram AVC do estudo, pois 60% apresentaram essa limitação na sensibilidade decorrente da alteração vascular desenvolvida pela doença. A afasia, que é um das grandes consequências do AVC que causa sequelas quando desenvolvidas pelo paciente, pois ela caracteriza-se por ser um distúrbio na formulação e compreensão da linguagem, porém no estudo ela não se tornou predominante apresentando apenas 20% da população com essa alteração. Além disso, antes e depois do AVC, a média da Escala de Rankin foi de 0,25 e 2,7, respectivamente e os indivíduos apresentavam varias classificações e alterações sobre essa doença. CONCLUSÃO: Pode-se concluir do presente estudo, a importância da avaliação dos pacientes que sofreram AVC e suas dificuldades durante o seu desenvolvimento. Torna-se assim, fundamental o trabalho do enfermeiro tanto na reabilitação como no ensinamento da família para lidar com situações que implique no desenvolvimento daquela pessoa que tem um déficit em seu corpo. IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: A enfermagem fazse presente no acompanhamento dos pacientes que tiveram algumas lesões ou complicações após o AVC, prestando os devidos cuidados aqueles que estão impossibilitados de desenvolver suas funções cotidianas, demostrando os cuidados e a atenção que a profissão exerce com todos aqueles que necessitam de alguma ajuda. REFERÊNCIAS: ¹ Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Bolsista PIBIC/CNPQ do projeto de saúde cardiovascular. ² Acadêmico de enfermagem da Universidade Federal do Cear´. ³ Enfermeira da Universidade Federal do ceará. 4 Enfermeira chefe da Unidade de Aavc na faculdade de medicina.. 5 Enfermeira pela universidade Federal do ceará. 00691 1- TERRONI L.M.N, LEITE C.C, TINONE G, RENÉRIO FRÁGUAS JR. DEPRESSÃO PÓS-AVC: FATORES DE RISCO E TERAPÊUTICA ANTIDEPRESSIVA. Rev Assoc Med Bras fortaleza ,2003; 49(4): 450-9 . 2- ELUF N, et al .TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO E DECLINIO DA MORTALIDADE POR ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS. Rev. Saúde publ. S. Paulo, 24:332-6,1990. 3- PIRES S.L, GAGLIA, R.J, Milton Luiz GORZONY M,L.ESTUDO DAS FREQÜÊNCIAS DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO EM IDOSOS. Arq Neuropsiquiatria 2004;62(3-B). São Paulo SP - Brasil. 4- CANCELA, D.M.G. O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS E REABILITAÇÕES. www.psicologia.com.pt, produzido em 02 de maio de 2008. 5- LEITEL V.B.E, MANCUSSI A.C. O CUIDAR DO ENFERMEIRO ESPECIALISTA FISICO-MOTORA. Rev Esc Enferm USP 2005; 39(1):92-6. Área Temática: Processo de Cuidar em Saúde e enfermagem ¹ Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Bolsista PIBIC/CNPQ do projeto de saúde cardiovascular. ² Acadêmico de enfermagem da Universidade Federal do Cear´. ³ Enfermeira da Universidade Federal do ceará. 4 Enfermeira chefe da Unidade de Aavc na faculdade de medicina.. 5 Enfermeira pela universidade Federal do ceará. 00692