Cruzadas - História da Igreja Medieval - Luciano.Lunardi

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C R U ZA D A S
Expedições militares organizadas pelos cristãos europeus, desde o final do século XI, para
combater os muçulmanos e cristianizar os territórios da Ásia Menor e Palestina, ocupados por
tribos turcas. As cruzadas oficiais, oito no total, nos séculos XII e XIII, são formadas por cavaleiros
e dirigidas por nobres, príncipes ou reis. As expedições também têm motivações não-religiosas,
como a abertura das rotas terrestres de comércio com o oriente, novas conquistas territoriais,
mesmo contra reinos cristãos, alianças para derrotar concorrentes feudais e decidir disputas
dinásticas.
CRUZADA DOS MENDIGOS – É a primeira cruzada extra-oficial. Organizada pelo pregador
Pedro de Amiens, conhecido como Pedro, o Eremita, que reúne mendigos e ataca tribos árabes em
1096. São todos aniquilados.
CRUZADA DOS BARÕES – É a primeira cruzada oficial. Organizada por Godofredo de
Bulhões, chega até a Terra Santa em 1097 e toma Jerusalém, onde é fundado um reino cristão.
Bulhões recebe o título de defensor e barão do Santo Sepulcro. Para defender o território
conquistado são criadas as ordens dos hospitalários e dos templários, de caráter militar e religioso.
CRUZADA DAS CRIANÇAS – Organizada em 1212, na onda do fervor religioso iniciado pelas
cruzadas anteriores. Milhares de adolescentes embarcam em Marselha e são conduzidos pelos
armadores a Alexandria. Quase todas morrem pelo caminho de fome e cansaço. As que resistem
são vendidas como escravas.
AS CRUZADAS
Pedro, o Eremita, e a Cruzada Popular
Um contemporâneo de Pedro, o Eremita, assim o descreve: "Ia ele descalço, levava sobre a pele
uma túnica de lã e (por cima) um longo hábito. O pão era seu único alimento, com um pedaço de
peixe às vezes; nunca bebia vinho... Algo de divino sentia-se em seus menores movimentos, em
todas as suas palavras; chegava ao ponto de o povo arrancar, para guardá-los como relíquias, os
pêlos do mulo que ele montava... "
"Os condes e os cavaleiros pensavam ainda nos seus preparativos, e já os pobres faziam os seus
com tal ardor que nada podia deter... Todos deixavam as suas casas, a sua vinha, o seu patrimônio,
vendiam-nos a baixo preço e partiam alegres... Apressavam-se em converter em dinheiro tudo o
que não podia servir durante a viagem... Pobres ferravam os bois como cavalos e atrelavam-nos a
carretas em que colocavam algumas provisões e seus filhinhos, que arrastavam atrás de si. E essas
crianças, assim que percebiam um castelo ou uma cidade, perguntavam logo se era ali essa
Jerusalém para a qual caminhavam... As crianças, as velhas, os velhos preparavam-se para a
partida; sabiam muito bem que não combateriam, mas esperavam ser mártires. Diziam eles aos
guerreiros: Vós sois valentes e fortes, combatereis; nós sofreremos com o Cristo e faremos a
conquista do céu." (Issac, J. e Alba, A. História universal - Idade Média).
Pedro, o Eremita, foi um monge que, junto com um nobre sem terras, Gautier, Sans-Avoir ("Sem
Vintém"), organizou a Primeira Cruzada.
As invasões germânicas no século V haviam consumado a destruição do Império Romano. A
Europa Ocidental mergulhou em uma crise econômica, política e social. A invasão muçulmana,
no século VIII, aprofundou essa crise. No século IX, ocorreram as últimas invasões bárbaras.
Findas tais invasões, a Europa foi envolvida por um período de relativa tranqüilidade, embora
cercada por outros povos em todos os lados. Nestas circunstâncias, houve um grande aumento
populacional no continente. A estrutura do sistema feudal não incorporava essa nova população.
A produção econômica nos moldes do feudalismo não produzia excedentes. A população sem terra
ou trabalho sobrevivia através do banditismo, saques ou alguma atividade comercial.
"A aliança entre a espada e a cruz."
Surgiram como uma contra-ofensiva para romper o cerco muçulmano. Mas foram, ao mesmo
tempo, uma forma de aliviar as pressões demográficas que ameaçavam destruir o feudalismo.
A crise do sistema feudal refletira-se na cultura, acentuando o sentimento religioso. A sociedade
medieval era essencialmente religiosa. Sendo incapaz de compreender e encontrar cientificamente
os meios de superação da crise, interpretou-a de um ponto de vista religioso. Assim, fiel ao
sentimento religioso, a sociedade procurou, nas Cruzadas, uma possível solução para seus
problemas. Porém, a religião não explica por si mesma este movimento. Como já citei
anteriormente, as Cruzadas teriam sido impossíveis sem a crise do sistema feudal, que
marginalizou a mão-de-obra militar, indispensável à realização das campanhas militares.
Mas não se pode ignorar o aspecto religioso das Cruzadas. A espiritualidade e o sentimento
religioso do homem medieval eram muito fortes. Ele era antes de tudo um fiel servidor de Deus e
da Igreja. E se as Cruzadas representavam para ele uma satisfação material, representavam também
o cumprimento de uma obrigação religiosa. Combater o infiel muçulmano era uma ação santa e
representava a possibilidade de salvação eterna, garantida pelas indulgências oferecidas pela Igreja
aos cruzados.
Organização de uma Cruzada - França
Para a Igreja Romana, as Cruzadas se configuravam como um instrumento de expansão do
Cristianismo, do estabelecimento da supremacia do Papado sobre o Império e da expansão de sua
influência religiosa, por meio da conquista dos locais santos da Ásia Ocidental.
O Império Bizantino, pressionado por inimigos externos, via nas Cruzadas uma forma de conter o
avanço dos turcos sobre seus territórios. Alguns setores da nobreza tinham nas Cruzadas a
perspectiva de conquistar terras e fortuna. Estava difícil na Europa obter novos feudos. O
primogênito herdava o feudo do pai, mas os irmãos mais novos ficavam sem terras. Esses nobres
deserdados viam com muito interesse a possibilidade de conquistar terras em outras regiões.
As cidades comerciais italianas de Veneza, Pisa e Gênova consideravam as Cruzadas um
instrumento de reabertura do Mediterrâneo. Também ambicionavam conquistar entrepostos
comerciais situados na Ásia Ocidental. Por fim, os setores marginais da população européia, não
incorporados ao sistema feudal, buscavam, através das Cruzadas, uma forma de conquista de terras
que os reintegrasse ao processo produtivo.
O movimento teve como causa imediata o bloqueio à peregrinação dos cristãos ao Santo Sepulcro
(túmulo de Cristo em Jerusalém), dominado pelos turcos.
Cruzada: Guerreiros cristãos contra muçulmanos
Paralelamente às Cruzadas, que investiram para o Oriente, foram realizadas expedições chamadas
Cruzadas do Ocidente, que tinham como objetivo expulsar os muçulmanos da Península Ibérica e
do sul da Itália.
Em 711, os árabes muçulmanos, comandados por Tarik, haviam conquistado a Península Ibérica.
Submeteram toda a península, com exceção das Astúrias. Ali formaram-se os pequenos reinos
cristãos de Leão, Castela, Aragão e Navarra.
Estes reinos iniciaram, no século XI, a Guerra de Reconquista. Nobres franceses, como Henrique
e Raimundo de Borgonha, em busca de terras e de glória, lideraram a luta contra os muçulmanos.
Os reinos cristãos expandiram-se, passando a ameaçar o califado de Córdova. Nas terras
reconquistadas aos muçulmanos, doadas ao clero ou incorporados pela nobreza, implantou-se uma
estrutura feudal de produção. Da Guerra de Reconquista resultou a formação das monarquias
nacionais de Portugal e Espanha.
Na Itália, os muçulmanos haviam conquistado a Sicília, a Córsega e a Sardenha. O Mediterrâneo
fora bloqueado à navegação e ao comércio dos europeus. A Guerra de Reconquista teve início no
século X. O contato entre cristãos e muçulmanos, de início bélico, assumiu lentamente um caráter
mercantil. Entre comerciantes, fossem eles cristãos ou muçulmanos, sempre se encontrava uma
forma de acordo. Em vez de desperdiçar o capital na guerra, procuravam reproduzi-lo pelo
comércio. A Guerra de Reconquista na Itália levou à reabertura do Mediterrâneo para os europeus.
As trocas foram ampliadas e diversificadas, facilitando o reatamento das relações entre Ocidente
e Oriente.
Muçulmanos numa Cruzada, século XII
Não eram raras as peregrinações de cristãos ao Santo Sepulcro. Os califas árabes não se opunham
às visitas, que acabavam sendo lucrativas para os muçulmanos. No entanto, na segunda metade do
século XI, os turcos dominaram grande parte da Ásia Ocidental. Este povo tinha como região natal
o Turquestão, que a bem pouco tempo fazia parte das repúblicas que compunham a antiga União
Soviética. Possuíam algum parentesco com os hunos, povo que invadiu a Europa no século V.
Rapidamente, os turcos assimilaram a fé muçulmana. Uma de suas tribos, os seldjúcidas, ocupou
a Mesopotâmia, a Síria, a Palestina, parte do planalto da Ásia Menor, chegando inclusive à
Península dos Balcãs. Na Terra Santa, os turcos seldjúcidas expulsaram os cristãos e proibiram
suas peregrinações ao local.
Sob o pretexto de libertar a Terra Santa e impedir o avanço muçulmano na Europa Oriental, o papa
Urbano II incentivou a Primeira Cruzada.
Primeira Cruzada (1095-1099)
O papa Urbano II, recebeu do imperador bizantino Aleixo I Comneno, o pedido de ajuda militar
contra os infiéis muçulmanos. No Concílio de Clermont, em 1095, o papa convocou os fiéis
cristãos para uma guerra santa contra o Islão. Os cavaleiros tomaram a cruz branca como símbolo
da cruzada.
Antes da partida dos cavaleiros, um grupo de fiéis exaltados, originários das baixas camadas
sociais, partiu em direção a Jerusalém, sob a liderança do místico Pedro, o Eremita. Sem
organização, armamento e sistema de abastecimento, a Cruzada dos Mendigos, foi totalmente
destruída ao chegar à Ásia Menor.
Em 1096, partiram oficialmente os cavaleiros da Primeira Cruzada. Seus chefes eram Roberto da
Normandia, Godofredo de Bulhão, Balduíno de Flandres, Roberto II de Flandres, Raimundo de
Tolosa, Boemundo de Tarento e Tancredo, chefe normando do sul da Itália.
Passando por Constantinopla, onde receberam o apoio do imperador bizantino, os cruzados
sitiaram Nicéia; tomaram o Sultanato de Doriléia, na Ásia Menor; conquistaram Antioquia; e
finalmente avançaram sobre Jerusalém, conquistada em 15 de julho de 1099, depois de um cerco
de cinco semanas.
Os chefes cruzados fundaram então uma série de Estados Cristãos no Oriente Médio, cuja
organização obedecia ao sistema existente na Europa, o feudalismo.
Quero acrescentar também o texto de Antonio Mendonça
http://www.geoworld.com/SunsetStrip/8008/templarios.html )
Traçar a notável história dos Templários leva-nos a uma viagem pela Europa com a história no
século XI no tempo das Cruzadas. Nesse tempo, o que conhecemos agora como países da Europa
não tinham emergido ainda. O continente era uma amálgama de reinos menores, cada um com seu
governo próprio. Muitas das disputas contínuas entre reinos eram iniciadas por "guerrinhas". Não
era um bom lugar para viver. Especialmente se você fosse um camponês.
Mesmo assim o povo era unido por uma religião comum: A religião Cristã. Todos, dos nobres nos
seus castelos aos camponeses nas suas rudimentares habitações, conformados à diária, semanal e
anual adoração. O papa, sendo a cabeça da igreja, era representante de Deus na terra. Tinha
suficiente poder para desafiar reis e imperadores. A palavra do Papa era lei. E esta podia alcançar
a mais insignificante aldeia na Grã Bretanha rural, através de uma rede vasta de padres. Durante
séculos uma sucessão de papas ousaram ter uma guerra de palavras com as casas reais de Europa
numa tentativa de criar um império cristão unificado.
Em 1095 os ferozes turcos de Seljuk, guerreiros nômades recentemente convertidos ao Islão,
tinham avançado a Leste e tinham estabelecido a sua própria capital a uma distância de 100 milhas
de Byzantium (conhecida como Constantinopla, hoje Istambul), a capital do império romano
oriental cristão. instalado o pânico, o Imperador Alexius de Byzantium emitiu uma mensagem ao
papa Urbano II, pedindo-lhe ajuda.
Urbano compartilhava o sonho do predecessor de um reino cristão que se estenderia da costa
atlântica até à ocidental Terra Santa, unificado sob a batuta papal. O apelo de Alexius para a ajuda
serviu perfeitamente as suas finalidades. Urbano, entretanto, não estava satisfeito com a idéia de
unicamente defender Byzantium. Não, este ambicioso papa queria libertar a própria Cidade Santa
de Jerusalém, que fora ocupada pelos muçulmanos desde os meados do século VII. Aqui estava
uma oportunidade de demonstrar o seu poder aos reinos da Europa. Uma oportunidade única de
auto-promover o seu nome.
Numa extraordinária excursão de diplomacia, Urbano visitou inicialmente o sul e ao oeste da
França, espalhando a notícia de um grande convênio a ser realizado em Clermont, uma cidade no
centro-sul da França. Assitiram à reunião centenas de personalidades. No dia final, Urbano
levantou-se para fazer um discurso. Traçando um retrato terrível da crueldade dos turcos, apelou
para que todos os cristãos se esquecessem das suas discussões com o companheiro cristão, e que
respondessem à apaixonada chamada para uma grande Cruzada para libertar Jerusalém.
O apelo foi rapidamente remetido através da Europa pela rede da igreja. Desta maneira, o papa
contornou os monarcas dos países europeus e apelou diretamente aos nobres, e aos seus súbditos.
Àqueles que viam a guerra como um ato anti-cristão, Urbano explicou que as palavras da Bíblia
tinham sido mal interpretadas. Embora o sexto mandamento indique claramente, não matarás,
agora era somente um pecado matar cristãos. Matar muçulmanos era perfeitamente aceitável. Além
disso, Urbano prometia que qualquer um que morresse na batalha estaria perdoado de todos os
seus pecados nesta vida e na seguinte seria garantido um bilhete ao para o céu. Mas advertiu
também que quem desertasse seria excomungado pela sua cobardice.
De entre os cavaleiros de guerra da Europa, muitos dos quais não estavam particularmente bem
financeiramente, a oportunidade de pilhar as cidades ricas do leste era irresistível. E com a benção
de Deus! De todos os cantos, cavaleiros e camponeses - freqüentemente com as famílias inteiras a
reboque - marchavam através da Europa com destino a Byzantium. O primeira Cruzada estava em
marcha.
Os livros escolares pintavam um retrato romântico da primeira Cruzada: cavaleiros nas suas lindas
armaduras lutavam contra os árabes infiéis em nome de Deus. Na realidade, nada podia estar mais
longe da realidade.
O mundo árabe era relativamente calmo e civilizado naquela época. A um cavalheiro árabe
esperava-se que fosse um poeta e um filósofo assim como um guerreiro. Tinham calculado
corretamente a distância da terra à lua. E um árabe tinha sugerido mesmo que se fosse possível
dividir o átomo, libertaria suficiente energia para destruir uma cidade do tamanho de Bagdá. Além
disso, a própria Jerusalém era uma cidade multicultural. Os judeus, os muçulmanos e os cristãos
viviam harmoniosamente. Era permitido aos cristãos em peregrinações a Jerusalém atravessar os
lugares Santos.
Em contraste com o bando de Europeus bárbaros que atingiam o Médio Oriente, eram um monte
de selvagens em fúria. Queimava-se, pilhava-se, violava-se e destruia-se à sua maneira através da
Europa e dos Bálcãs. Quem chegou primeiramente a Byzantium na resposta à chamada de Alexius
para a ajuda foi um conjunto 15 000 vagabundos, conduzido por um monge carismático chamado
Pedro o heremita.
O imperador ficou horrorizado. Esperava talvez uma ou duas centenas de cavaleiros armados do
papa. Certamente não iria deixar entrar Pedro e os seus desordeiros bárbaros na sua cidade. Foram
seguidos por milhares de Francos e de povos germânicos, incluindo cavaleiros e seus seguidores.
Alexius enviou-os a todos desordeiramente através do Bósfarus na Turquia. Estava feliz por vêlos pelas costas.
Quando os Cruzados chegaram à Turquia do norte, o massacre começou. A cidade de Lycea foi
capturada e loteada. Os relatórios diziam que bebês tinham sido retalhados. Os idosos eram sujeitos
a todos os tipos de tortura. Infelizmente, a maioria dos habitantes de Lycea eram realmente
Cristãos.
Os distúrbios continuaram para Sul até à Terra Santa. Após os confrontos com os Turcos os
Cruzados regressavam ao campo de batalha com cabeças de muçulmanos enfiadas nas lanças.
Numa ocasião fizeram prisioneiros de guerra transportar as cabeças dos seus próprios colegas.
Cinqüenta milhas a sul de Antioch, quando capturaram a cidade Marrat, os cruzados deram-se
inclusive ao canibalismo. Como Radulph de Caen, observou. "As nossas tropas cozem pagãos
adultos na panela. Enfiam as crianças no espeto e devoram-nas grelhadas". Estes não foram os
agentes de Deus. Foram tão somente um bando de carniceiros sanguinários.
Eventualmente, em Junho de 1099, eles chegam a Jerusalém, a qual foi sitiada e capturada em
Julho. Os primeiros a porem os pés nas muralhas da Cidade Santa foram dois irmãos flamengos.
Por essa proeza tornaram-se heróis legendários. Eles eram tão famosos quanto Neil Armstrong o
é hoje. Os Cruzados infringiram medonha carnificina nos indefesos habitantes, massacrando
Judeus e Muçulmanos nos seus locais de culto. Foi afirmado que o sangue jorrava pelas pernas
dos cavaleiros.
Mas os Cruzados foram julgados por terem sido estonteantes de sucesso.
A Cidade Santa tinha sido recapturada aos infiéis.
Segunda Cruzada (1147-1149)
Dirigida por Conrado III da Alemanha e Luís VII da França. Esta cruzada foi pregada na Europa
por São Bernardo (monge Cister).
A aliança de Conrado III com o imperador bizantino Miguel Comneno e de Luís VII com Rogério
II da Sicília, ocasionou o rompimento entre os dois chefes cruzados. E, ao empreenderem ofensiva
em terra, foram derrotados em Doriléia.
Terceira Cruzada (1189-1192)
Esta cruzada foi organizada depois da conquista de Jerusalém pelo Sultão Saladino, em 1187. É a
famosa Cruzada dos Reis. Participaram dela Ricardo Coração de Leão (Inglaterra); Filipe Augusto
(França) e Frederico Barba Ruiva (Sacro Império).
Apesar de sua coragem e bravura, demonstrada nos combates, Ricardo Coração de Leão não
conseguiu retomar Jerusalém, mas assinou um armistício com o Sultão Saladino, pelo qual os
cristãos eram autorizados a peregrinarem até Jerusalém.
Quarta Cruzada (1202-1204)
O papa Inocêncio III convocou mais uma cruzada, esta com a finalidade de dirigir-se ao Egito.
Financiada pelos mercadores de Veneza e viciada em suas origens pelo interesse mercantil,
acabaria inteiramente desvirtuada de seus objetivos cristãos.
A Quarta Cruzada assinalou o declínio mercantil de Constantinopla e a ascensão das cidades
italianas, que passaram a monopolizar o comércio de especiarias no Mediterrâneo.
Quinta Cruzada (1217-1221)
A Quinta Cruzada tornou-se conhecida como a Cruzada das Crianças. Para justificar as derrotas
anteriores, difundiu-se a lenda de que o Santo Sepulcro só poderia ser conquistado por crianças,
pois estas estavam isentas de pecados. Foram reunidas vinte mil crianças alemãs e trinta mil
francesas e encaminhadas para Jerusalém. Foram todas exterminadas, aprisionadas ou vendidas
como escravos nos mercados do Oriente.
Sexta Cruzada (1228-1229)
A Sexta Cruzada, organizada por André II, rei da Hungria, e comandada por Frederico II, do Sacro
Império, entrou em acordo com o sultão de Damasco, obtendo por dez anos a posse de Jerusalém.
Alguns anos mais tarde, os muçulmanos dominaram a região e o acordo foi rompido.
Sétima e Oitava Cruzadas
Foram organizadas entre 1250 e 1270. Seu comando coube a Luís IX, rei da França. As duas
malograram. Luís IX morreu vítima da peste, em Túnis, sendo canonizado pela Igreja.
No plano econômico, as Cruzadas foram diretamente responsáveis pela reabertura do
Mediterrâneo à navegação e ao comércio da Europa. Essa reabertura possibilitou o reatamento das
relações entre o Ocidente e o Oriente, interrompidas pela expansão muçulmana. Contribuiu, assim
para acelerar o Renascimento Comercial no ocidente da Europa.
O fracasso das Cruzadas contribuiu indiretamente para a decadência do sistema feudal. O
reaparecimento do comércio, intensificado pela reabertura do Mediterrâneo, propiciou o
renascimento das cidades na Europa.
O Renascimento Comercial e Urbano do ocidente da Europa, a decadência do feudalismo, o
declínio do poder da nobreza e o surgimento da burguesia foram, direta ou indiretamente,
conseqüências das Cruzadas.
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Luciano.Lunardi
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