ELEMENTOS BÁSICOS DA MICROELETRÔNICA Habilidade: Reconhecer, utilizar, interpretar e propor modelos explicativos para fenômenos ou sistemas naturais ou tecnológicos. Competência: Identificar elementos básicos da microeletrônica para compreender o processamento de informação (processadores, microcomputadores etc.), redes de informática e sistemas de automação. Introdução: A microeletrônica é um ramo da eletrônica, voltado à integração de circuitos eletrônicos, promovendo uma miniaturização dos componentes em escala microscópica. A área engloba tanto os processos de físico-químicos de fabricação de circuitos integrados como o projeto do circuito em si. São considerados ramos desta área, igualmente, o desenvolvimento de software de apoio ao projeto de circuitos, modelagem de componentes, técnicas de teste, entre outras. Os componentes utilizados na microeletrônica são construídos na escala de mícrons ou mesmo nanômetros, tornando-se parte do ramo de nanotecnologia. O conjunto de componentes usados para um mesmo projeto é tipicamente chamado de circuito integrado (CI), ou ainda, "chip". Alguns exemplos de circuitos integrados são memórias de computadores, processadores, modems e conversores analógicos digitais. Os circuitos integrados são produzidos em wafles, discos de silício, normalmente de 300mm de diâmetro, sobre os quais são fabricadas estruturas laminares, em um processo denominado fotolitografia. Tipicamente, diversos circuitos eletrônicos (idênticos ou não) são fabricados em um mesmo wafle por vez, de modo a ocupar toda a área disponível. Assim, um circuito é mais caro pelo fato de usar uma maior área do wafle - e, consequentemente, tendo um menor número de circuitos por wafle - e não necessariamente devido ao número de componentes presentes. Os circuitos integrados são nada mais nada menos do que vários componentes eletrônicos (resistores, diodos, transistores...) encapsulados em um chip pequeno, para circuitos específicos. Existem vários tipos de circuito Elementos da microeletrônica Válvulas - o diodo As válvulas de diodo, desde a sua invenção, passaram a ser amplamente empregadas em circuitos eletrônicos porque é possível, com elas, retificar uma corrente alternada. Em outras palavras, as válvulas de diodo transformam uma corrente alternada em corrente contínua. diodo Semicondutores É possível que você já tenha ouvido falar que as válvulas eletrônicas estão sendo substituídas por dispositivos muito menores, mais econômicos e mais duráveis, construídos com o auxílio de matérias semicondutores. Uma determinada substância pode ser classificada como condutora ou isolante, dependendo de quão fortemente seus átomos seguram os elétrons. Um pedaço de cobre é um bom condutor, enquanto um de madeira um bom isolante. Certos materiais como o germânio e o Silício, entretanto, não são bons condutores nem bons isolantes. Esses materiais caem no meio da faixa de resistividade elétrica, sendo condutores medíocres em sua forma cristalina pura e tornando-se excelentes quando apenas um átomo em 10 milhões é substituído por uma impureza, quando adiciona ou retira eletros da estrutura cristalina. Materiais que podem se comportar como isolantes e algumas vezes como condutores são chamados de semicondutores. Camadas finas de materiais semicondutores empilhadas, juntas formam os transistores, usados para controlar o fluxo de corrente em circuitos, detectar e amplificar sinais de rádio e produzir oscilações elétricas em transmissores; atuam também como chaves digitais. Esses minúsculos sólidos foram os primeiros componentes elétricos em que materiais com características elétricas diferentes não foram conectados por fios, mas unidos fisicamente numa só estrutura. Eles requerem muito pouca potência e usados normalmente, duram longo tempo. transistor Semicondutores tipos N e P Adicionando-se uma pequena quantidade de arsênio a uma mostra de silício, obtém-se um condutor elétrico semelhante a um metal, isto é, a condução é feita por meio de elétrons livres. Dizemos que um semicondutor como este é do tipo N (condução feita por cargas negativas). Por outro lado, se uma pequena quantidade de borá é adicionado ao silício puro, verifica-se que ele também conduz eletricidade, mas tudo se passa como se a corrente elétrica fosse constituída pelo movimento de cargas positivas. Por este motivo, dizemos que o silício dopado com boro é um semicondutor do tipo P (condução por cargas positivas). Junções N-P e P-N usadas como retificadores. Um cristal de junção N-P se comporta como uma válvula diodo: deixa a corrente fluir através dele em um sentido (de P pra N), mas impede a passagem no sentido contrário (de N para P). É claro, então, que um cristal N-P, do mesmo modo que uma válvula diodo, poderá ser usado como retificador de corrente, isto é, ele é um diodo semicondutor. Os diodos semicondutores são bem mais econômicos do que as válvulas comuns, não provocam aquecimento inconvenientes dos aparelhos e começam a funcionar prontamente quando são ligados. Além disso, eles apresentam uma série de outras vantagens (custo, tamanho, durabilidade, etc) que os torna muito mais convenientes do que a válvula de filamento. Transistor Não são apenas as válvulas diodo que estão sendo substituídas, com grandes vantagens, por dispositivos construídos à base de semicondutores. Também a válvula triodo, que, como dissemos, é usada como o objetivo de amplificar sinais elétricos, está sendo substituída por um cristal constituído por junções de semicondutores. Essas junções podem ser do tipo N-P-N ou P-N-P. Em qualquer um desses casos, o cristal assim obtido é denominado transistor, constituindo-se, em um dos dispositivos mais empregados nos modernos circuitos eletrônicos. O uso de cristais retificadores e de transistores nos circuitos de rádios, televisores, computadores, etc permitiu uma redução considerável no tamanho e no peso destes aparelhos. Os antigos rádios a válvula, por exemplo, eram muito maiores do que os modernos rádios. Mesmo com válvulas em miniatura, o maior número de dispositivos que se conseguia ligar em circuitos eletrônicos correspondia a uma densidade média de 1 elemento por cm3. Com o uso de cristais semicondutores, ligados em um circuito impresso, conseguiu-se colocar uma média de até 3 elementos por cm3 (nos circuitos impressos, os fios de ligação são substituídos por conexões metálicas impressas em uma chapa isolante, na qual os elementos são soldados). O avanço da eletrônica fez com que a densidade de elementos ligados em um circuito se tornasse cada vez maior. Atualmente, o uso de modernos circuitos integrados, foi possível atingir a fantástica cifra de elementos por cm3. Sem esse desenvolvimento, que permitiu tal miniaturização, um moderno computador teria dimensões tão exageradas que sua construção seria inviável. O circuito integrado costuma ser designado pelo termo chip, palavra de origem inglesa que significa “pequena lasca”. Esta denominação tem sua origem na maneira pela qual se obtém um pequeno chip: uma pequena placa (lasca) é cortada de um cristal de silício e mínimas quantidades de impurezas são colocadas em determinadas posições desta placa. Estas impurezas são dispostas de maneira a dar origem a diodos, transistores, resistores, resistores, capacitores e indutores. Capacitores: O capacitor tem o papel de armazenar cargas elétricas Resistores Diversos tipos de capacitores Um resistor (em Portugal mais frequentemente chamado de resistência) é um dispositivo elétrico muito utilizado em eletrônica, ora com a finalidade de transformar energia elétrica em energia térmica (efeito joule), ora com a finalidade de limitar a quantidade de corrente elétrica em um circuito, a partir do material empregado, que pode ser carbono ou silício. Resistores são componentes que têm por finalidade oferecer uma oposição à passagem de corrente elétrica, através de seu material. A essa oposição dá-se o nome de resistência elétrica. resistor Referências Bibliográficas Curso de Física volume 3/Antônio Máximo Ribeiro da Luz, Beatriz Alvarenga – São Paulo: Scipione, 2000. Física Conceitual, Paul G. Hewitt, 9ª edição – Porto Alegre – Bookman, 2002 http://www.sxc.hu http://pt.wikipedia.org/wiki/Microeletr%C3%B4nica http://pedrotecnologia.blogspot.com/2008/03/eletrnica-basica.html www.comtrel.com.br