Componente Curricular: História Série: 5ª Professor: Vander Duarte

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Componente Curricular: História
Série: 5ª
Professor: Vander Duarte
MESOPOTÂMIA: TERRA ENTRE RIOS
As primeiras sociedades organizadas em Estados surgiram em regiões férteis entre 6000 e 4000 anos atrás, às margens de
rios que alagavam nos períodos de cheias. Muitos estudiosos acreditam que as mais antigas sociedades localizavam-se na região
do Oriente Médio.
As civilizações da Mesopotâmia desapareceram há quase 2500 anos. A região foi dominada por diversos povos
(persas, árabes, macedônicos e mongóis) que, aos poucos, contribuíram para apagar os traços de história da civilização
mesopotâmica.
O IRAQUE ERA CONHECIDO COMO MESOPOTÂMIA
Há 6 mil anos o Iraque (ou Irak) serviu de berço à civilização suméria e, durante muitos séculos, foi cenário de
civilizações urbanas como as da Acádia, Babilônia, Assíria e Caldéia. A região onde hoje se encontra o Iraque também era
conhecida como Mesopotâmia, palavra que vem do grego "meso" (entre) e "potamos" (rio), podendo, portanto, traduzir-se por
"entre rios". O nome foi dado pelo fato de a região estar situada entre os rios Tigre e Eufrates. Vários foram os povos que
passaram por seu território, pois ele se encontrava na rota de todas as migrações de povos e expedições de conquista. Por lá
passaram hititas, mitânios, persas, gregos, romanos e bizantinos.
Após ser conquistada pelos árabes no século VII, a Mesopotâmia ficou no centro geográfico de um enorme império.
Um século depois, a nova dinastia de Abas decidiu mudar a capital, que até então era Damasco e, para isso, o califa al-Mansur
construiu às margens do Tigre a nova cidade de Bagdá. Durante os três séculos seguintes, a cidade das Mil e uma noites foi o
centro de uma nova cultura.
Gêngis Khan conquistou o território, mas para isso arrasou a economia agrícola do país. Com isso a unidade que havia
até então se alterou de forma substancial, sucedendo-se diversos Estados, governados por diferentes povos. Finalmente, no
século XVI fez-se a unificação do território sob o domínio dos turcos otomanos.
Alguns acreditam que a palavra "Iraque" era o termo "Irã" mal pronunciado pelos árabes. Há quem diga, porém, que,
na verdade, a palavra "Iraque" era o nome dado pelos árabes à Babilônia.
Pode ser também que a palavra "Iraque" derive de uma antiga cidade bíblica chamada Erech, fundada por Nimrod na
"terra de Shinar", que significa "comprido", "extenso", "duradouro" ou "prolongado". Segundo alguns historiadores, Erech é o
nome hebraico de Uruk (hoje Warka), fundada às margens do Eufrates por acádios por volta de 3500 a.C, e pátria de seu herói
nacional Gilgamesh.
Alguns pesquisadores acreditam que o nome do país deriva de uma palavra persa que quer dizer "alcantilado",
referindo-se aos rios escarpados ao longo do Tigre.
Outros, porém, afirmam ser "Iraque" um termo árabe que significa "país da água", em alusão aos muitos rios que o
banham.
Em árabe, de onde provavelmente viria o seu nome, "Iraque" quer dizer "raiz", "costa", ou "terra baixa", talvez porque
tanto a costa do golfo Pérsico como a planície de Chat el Arab foram as vias naturais de penetração dos árabes no interior do
país.
Finalmente, há também quem acredite que sua origem deve ser buscada na expressão árabe "Iraq Arabi", que quer
dizer "província dos árabes", nome dado pelos árabes do século VII à Mesopotâmia, em oposição à Pérsia conquistada, ou "Iraq
Ajemi", isto é, "província dos sem língua". "Ajem" significa estrangeiro, que não compreende o árabe. Para os árabes daquela
época, quem não compreendia seu idioma era considerado "sem língua".
A Babilônia estava situada nesse território. O nome desta cidade bíblica tem sua origem na palavra "Bab-ilu" ou
"Bab-il", que significa "porta de Deus". Com o tempo, seu sentido mudou para "confusão", por causa da conhecida lenda bíblica
da torre de Babel. A raiz hebraica "Bll" ou "Balal" pode ser traduzida como "confundir". A tradição oral judia diz que um terço
da torre afundou na terra, outro terço foi consumido pelo fogo, e o terço restante ainda era visível. Talvez as ruínas do templo
Zigurate – construído entre os anos 1667 e 1362 a.C, durante o período babilônico – seja o lugar onde, segundo a Bíblia, se
construiu a torre de Babel.
Um importante império que ocupou o território do Iraque foi o assírio que se limitava ao norte com a Armênia, a leste
com a Média, ao sul com a Babilônia e a oeste com a Mesopotâmia - e correspondia, em parte, ao atual Curdistão. Seu principal
rio era o Tigre, e suas principais cidades Nínive, a capital, e Arbelas, Opis, Artemita e Corcura. Mais antigas, porém, que Nínive
eram Calach, Resen, Ashur, Axur ou Ssur, que foi a primeira capital que deu o nome ao país.
O fundador da cidade de Ashur foi Asur, filho de Sem, de onde deriva, supõe-se, o nome Assíria.
Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u386490.shtml> Acesso em 17 nov. 2008.
POVOS DA MESOPOTÂMEA
Sumérios
Este povo destacou-se na construção de um complexo sistema de controle da água dos rios. Construíram canais de irrigação,
barragens e diques. A armazenagem da água era de fundamental importância para a sobrevivência das comunidades. Uma
grande contribuição dos sumérios foi o desenvolvimento da escrita cuneiforme, por volta de 4000 a.C. Usavam placas de barro,
onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da história, devemos as placas de argila com
registros cotidianos, administrativos, econômicos e políticos da época. Os sumérios, excelentes arquitetos e construtores,
desenvolveram os zigurates. Estas construções eram em formato de pirâmides e serviam como locais de armazenagem de
produtos agrícolas e também como templos religiosos. Construíram várias cidades importantes como, por exemplo: Ur, Nipur,
Lagash e Eridu.
Babilônios
Este povo construiu suas cidades nas margens do rio Eufrates. Foram responsáveis por um dos primeiros códigos de leis que
temos conhecimento. Baseando-se nas Leis de Talião ( " olho por olho, dente por dente " ), o imperador de legislador Hamurabi
desenvolveu um conjunto de leis para poder organizar e controlar a sociedade. De acordo com o Código de Hamurabi, todo
criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional ao delito cometido. Os babilônios também desenvolveram um rico e
preciso calendário, cujo objetivo principal era conhecer mais sobre as cheias do rio Eufrates e também obter melhores condições
para o desenvolvimento da agricultura. Excelentes observadores dos astros e com grande conhecimento de astronomia,
desenvolveram um preciso relógio de sol. Além de Hamurabi, um outro imperador que se tornou conhecido por sua
administração foi Nabucodonosor II, responsável pela construção dos Jardins suspensos da Babilônia (que fez para satisfazer
sua esposa) e a Torre de Babel (zigurate vertical de 90 metros de altura). Sob seu comando, os babilônios chegaram a conquistar
o povo hebreu e a cidade de Jerusalém.
Assírios
Este povo destacou-se pela organização e desenvolvimento de uma cultura militar. Encaravam a guerra como uma das principais
formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade. Eram extremamente cruéis com os povos inimigos que conquistavam.
Impunham aos vencidos, castigos e crueldades como uma forma de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos.
Com estas atitudes, tiveram que enfrentar uma série de revoltas populares nas regiões que conquistavam.
Caldeus: O Novo Império Babilônico
Com os caldeus, a Babilônia recuperou seu resplendor. No reinado de Nabucodonosor, o Novo Império Babilônico atingiu seu
apogeu. Suas terras se estendiam por quase todo o Oriente Médio, limitando-se com o Egito. A Babilônia enriqueceu-se e
embelezou-se com grandes obras publicas, como os até hoje famosos jardins suspensos construídos por Nabucodonosor,
ornando-se a mais notável cidade do Oriente . Em 539 a.C. a Babilônia foi conquistado pelos exércitos dos persas. A vitória foi
facilitada pelo apoio dos sacerdotes e comerciantes babilônicos, que se aliaram aos invasores em troca da manutenção de seus
privilégios.
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