Dados: Fechamento em 11/07/2016. = :Tendência de alta/baixa/estabilidade em relação ao fechamento em 08/07/2016. SITUAÇÃO GLOBAL México: queda na participação do setor petroleiro na arrecadação Estatísticas recentes divulgadas pela Secretaria de Fazenda e Crédito Público (SHCP), relativas aos cinco primeiros meses de 2016, confirmam que as finanças públicas do México estão experimentando uma mudança de perfil não planejada. As finanças públicas do México passam por processo conhecido como "despetrolização", que decorre da redução das receitas oriundas do setor petroleiro e aumento da arrecadação tributária, de forma simultânea. A perda da importância relativa do setor petroleiro reflete não apenas a queda dos preços internacionais do petróleo, mas também a redução da produção local. As receitas petroleiras do governo, entre 2012 e 2016 (janeiro a maio) recuaram 44,3% (diferença nominal) e chegaram a MX$ 277 bilhões (US$ 15 bilhões). A participação das receitas petroleiras na arrecadação total do governo passou de 35,4%, em 2012, para 13,8%, em 2016 (janeiro a maio), e atingiu o menor valor dos últimos 26 anos (início da série histórica da SHCP). Por sua vez, a arrecadação não petroleira, que inclui as receitas tributárias, foi responsável por 86,2% do total, em contraste com 64,6% em 2012. G-20: Ministros de Comércio buscam maior crescimento do comércio global Realizou-se em Xangai, na China, no último dia 11 de julho, a Reunião de Ministros de Comércio do G-20, para discutir as principais pautas para o aproveitamento do comércio como indutor do crescimento. Os Ministros de Comércio do G-20 se reuniram na última semana em Xangai, China, e renovaram disposição de promover o crescimento do comércio internacional como fator de prosperidade da economia mundial. Na ocasião, o Diretor Geral da OMC ratificou sua preocupação com o estado do comércio mundial, cujo crescimento para 2016 está previsto em 2.8%, mesma variação registrada para o ano anterior. OsMinistros endossaram também os “Princípios do G-20 para Políticas Globais de Investimento”, visando maior coerência entre os diferentes modelos de políticas de investimento atualmente em vigor. O objetivo maior do G-20 é gerar ambiente de negócios favorável ao crescimento dos fluxos de investimentos, que permanecem abaixo dos níveis registrados antes da crise financeira. A íntegra do documento pode ser acessada em: <http://g20.org/English/Documents/Current/201607/t20160715_3057.html> Acordo na OMC entre o Brasil e a União Europeia aumenta as exportações brasileiras em R$ 250 milhões por ano Acordo compensa perdas pela entrada da Croácia na UE. O Brasil e a União Europeia assinaram, em 12 de julho, acordo para melhores condições de acesso de produtos brasileiros, em razão da acessão da Croácia à UE. As negociações visaram a compensar o Brasil, já que as exportações anteriores do Brasil para a Croácia foram afetadas pelo aumento das tarifas de importação daquele país, para alinhá-las com as da UE a partir de sua adesão ao bloco. Após três anos de negociações, conduzidas em estreita coordenação com o setor privado brasileiro, o resultado alcançado amplia as quotas com tarifas de importação reduzidas para açúcar e carnes de frango e de peru, o que aumentará as exportações brasileiras para a União Europeia em cerca de R$ 250 milhões por ano. O resultado será incorporado às listas de compromissos da União Europeia na OMC e não poderá ser alterado sem nova negociação. PUBLICAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS "Economic Survey of Turkey 2016" Em revisão da situação econômica da Turquia em 2016, a OCDE apresentou três conclusões principais sobre suas avaliações. Em primeiro lugar, o crescimento do país foi robusto nos últimos anos, apesar das circunstâncias adversas, mas é necessário perseguir o aumento da poupança doméstica e equilibrar a demanda externa e a demanda interna. Em segundo lugar, é preciso promover políticas que favoreçam o ambiente de negócios para estimular a produtividade, especialmente das indústrias manufatureiras. Em terceiro lugar, a OCDE recomenda maior inserção da Turquia nas cadeias de valor globais, como forma de manter seu crescimento. Nota-se aumento de componentes importados nos bens exportados pela Turquia, mas o país permanece com pouca capacidade de agregar valor ou bens intermediários aos bens finais exportados. <http://www.oecd-ilibrary.org/economics/oecd-economic-surveys-turkey-2016_eco_surveys-tur-2016-en> "FAO: The State of world fisheries and aquaculture- 2016" Relatório bianual da FAO apresenta quadro atual da economia mundial da pesca. A oferta per capita mundial de produtos da pesca atingiu um novo recorde, ao registrar alta de 20 kg em 2014, graças ao crescimento expressivo da indústria pesqueira, responsável por metade do total da oferta mundial de peixes para consumo humano. Entre as commodities alimentícias, os produtos de pesca encontram-se entre as comercializadas em todo o mundo, sendo que mais de metade das exportações de produtos pesqueiros é originária dos países em desenvolvimento. O relatório contém, ainda, análise sobre os principais avanços na agenda negociadora internacional da indústria pesqueira. <http://www.fao.org/3/a-i5555e.pdf> FMI: desigualdade de gênero prejudica a diversificação da economia Estudo elaborado por técnicos do Fundo Monetário Internacional aponta que a desigualdade de gênero diminui a variedade de bens de países produtores e exportadores, em particular nos países de renda baixa e nos países em desenvolvimento. Tal efeito negativo ocorre por dois canais: primeiro, a baixa taxa de matrículas entre meninas gera hiato de oportunidade, que compromete a diversificação ao restringir o grupo potencial de capital humano disponível em uma economia; em segundo lugar, as disparidades de gênero no mercado de trabalho impedem o desenvolvimento de novas ideias, comprometendo a eficiência da força de trabalho. Os dados empíricos levantados pelos autores fornecem evidências de que as políticas favoráveis à igualdade de gênero podem beneficiar os países e contribuir para a diversificação de a suas economias. <http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2016/wp16140.pdf> "Network Readiness Index" (Fórum Econômico Mundial) O Fórum Econômico Mundial (WEF) divulgou a edição 2016 do relatório da tecnologia da informação global. Com base no Índice de Preparo Tecnológico ("Networked Readiness Index" (NRI) - composto de 53 indicadores individuais, distribuídos em 10 pilares), os 139 países do relatório foram classficados de acordo com a sua capacidade de gerar resultados econômicos a partir de investimentos em Tecnologias da Informação e Comunicações (TICs). Finlândia, Suíça, Suécia, Israel, Cingapura, Holanda e EUA despontam como os países melhor preparados para a "Quarta Revolução Industrial". <http://reports.weforum.org/global-information-technology-report-2016/>