EEL211 - L ABORATÓRIO DE C IRCUITOS E LÉTRICOS L ABORATÓRIO N O 5: R ESISTÊNCIA VARIÁVEL , R ETA DE CARGA Objetivos: Utilizar potenciômetro Verificar experimentalmente o “teorema da máxima transferência de potência” Desenhar “reta de carga” LISTA DE MATERIAL Fonte de alimentação DC simétrica ajustável ±15V/1A 2 multímetros digitais Proto Board Potenciômetro: 1kΩ (1) 10k (1) Resistores 5%, >1/3 W 1kΩ (1) 1k5 (1) 2kΩ (1) 3kΩ (1) I Os potenciômetros e trimpots rotativos simples, com ângulo de giro do eixo de 270º ou ¾ de volta, são utilizados para controle amplo. Os potenciômetros multivoltas (15, 20, 25voltas) são utilizados para ajustes finos ou de precisão. Um potenciômetro ¾ de volta associado a uma boa técnica de ajuste pode apresentar resultados melhores que um potenciômetro multivoltas mal utilizado. Valores comerciais de potenciômetro seguem a tabela E6 da IEC63, ou seja, 10, 15, 22, 33, 47 e 68. Divisor Resistivo O potenciômetro ligado como divisor resistivo conforme a Figura 2, a tensão Vo no cursor C irá variar entre 0V e o valor máximo VO-MAX girando o eixo no sentido horário. 1- POTENCIÔMETRO E TRIMPOT O potenciômetro e trimpot podem ser utilizados na eletrônica como resistência variável e como divisor resistivo. 5 Se invertermos os terminais externos do potenciômetro com mostra a Figura 3, ou seja, trocarmos os terminais 0 e 10, a tensão Vo variará do máximo para o mínimo ao girarmos o eixo no sentido horário. resistência cursor C 10 10 0 0 0 C 10 TimPot - ¾ Volta Figura 2- Divisor resistivo (sentido horário) Figura 1- Potenciômetro e trimpot. Visto de frente, o terminal da esquerda é o terminal “0” e o da direita, “10”. O terminal central “C” (cursor) é ligado ao contato deslizante do potenciômetro. A resistência entre os terminais “0” e “10” tem o valor total especificado (1kΩ). A resistência entre o cursor “C” e o terminal “0” é diretamente proporcional ao deslocamento do eixo do potenciômetro, aumenta ao girarmos o eixo no sentido horário. A variação da resistência com a rotação do eixo pode ser linear ou logarítmico. Não confundir potenciômetro deslizante com potenciômetro linear. UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima Figura 3- Divisor resistivo (sentido anti-horário) WWW.elt09.unifei.edu.br [email protected] 1 EEL211 – Laboratório de Circuitos Elétricos I - Laboratório No 5: Resistência variável e Reta de carga A tensão máxima é determinada pela relação entre R1 e RP, como mostra a curva 2a da Figura 5. A utilização do resistor limitador R1 é opcional em muitas aplicações. VO MAX = No circuito apresentado na Figura 6, uma fonte de tensão real, a tensão máxima será 15V para circuito aberto (Rx=∞ ou Io=0) e a corrente máxima será 10mA para curto-circuito (Rx=0 ou Vo=0). R P //R CARGA E R 1 +R P //R CARGA Resistência Variável Como resistência variável o cursor é conectado a um dos terminais externos. Para utilizar o “resistor variável” como divisor resistivo será necessário a utilização do resistor limitador R1. Neste caso a variação da tensão não será linear, curvas 4a e 4b da Figura 5. Figura 6- Circuito equivalente Thevenin Os gráficos da Figura 7 apresentam a variação da tensão, corrente e potência sobre Rx para resistência entre 1Ω e 10kΩ. Figura 4- Resistência variável Figura 5 - Tensão ajustável 2- GRÁFICOS Figura 7- Gráficos de tensão, corrente e potência em Rx. Gráfico: a) Linear, b) SemiLog, c) BiLog Existem várias formas de verificar o comportamento do circuito em função da variação da resistência. 2 UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima No gráfico 7(a) os dois eixos estão na escala linear. Para uma faixa de variação muito ampla de Rx, 1Ω a 1MΩ, uma relação de 106:1, o gráfico torWWW.elt09.unifei.edu.br [email protected] EEL211 – Laboratório de Circuitos Elétricos I - Laboratório No 5: Resistência variável e Reta de carga na-se inútil. O aspecto pode melhorar se reduzimos a faixa de variação, ou seja, uma relação de no máximo 10:1. Laboratório O gráfico terá melhor utilidade se utilizarmos escala logarítmica para o eixo X como mostra a Figura 7(b). Montar o circuito apresentado na Figura 9 de forma que a corrente aumente ao girarmos o eixo do potenciômetro no sentido horário. Para uma cobertura mais ampla devemos utilizar também a escala logarítmica para o eixo Y como mostra a Figura 7(c). Atenção: Na escala logarítmica não existe o valor zero. Observe que a potência máxima ocorre quando Rx=R conforme o Teorema da Máxima Transferência de Potência. Figura 9 - Circuito Equivalente Thevenin. 3- RETA DE CARGA Outra forma gráfica interessante é representar a corrente em função da tensão como mostra a Figura 8. Neste gráfico, Io em função de Vo será uma reta determinada pela fonte E e pela resistência R. Anotar o valor da tensão na Tabela 1 e transferir o resultado para o gráfico da Figura 10 (Y=1mA/DIV e X=1V/DIV). Calcular Po=Vo.Io [W] e transferir o resultado para o gráfico da Figura 10 (Y=5mW/DIV). Calcular o valor de Rx=Vo/Io Desenhar a “Reta de carga” Desenhar a curva da hipérbole de potência para Po=37,5mW VO = E - R.I O IO = E -VO R Dois pontos desta reta são Vo=E (para Io=0 ou circuito aberto ou sem carga) e Io=E/R (para Vo=0 ou curto-circuito.). A inclinação da reta ∆V/∆I é determinada pela resistência R. ∆V/∆I é um valor negativo. Esta reta é conhecida como RETA DE CARGA e é muito utilizado na eletrônica para análise de circuitos lineares e não lineares. A Figura 8 mostra o “´ponto de operação”, cruzamento da reta de carga com a curva VxI da resistência, (6V; 6mA), para carga resistiva de 1kΩ. Tabela 1 Teórico Vo Rx Io Po Vo V kΩ mA mW V 0 1 2 3 4 5 6 7 7,5 8 9 10 11 12 13 Figura 8- Reta de carga. 14 15 UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima WWW.elt09.unifei.edu.br [email protected] 3 EEL211 – Laboratório de Circuitos Elétricos I - Laboratório No 5: Resistência variável e Reta de carga 15 Io[mA] Hipérbole de potencia 37.5 mW Ret 10 a de Car Potencia - Po ga 50mW 37,5mW 5 20 mW 10 mW 0 0 2 4 6 7,5 8 10 12 Vo [V] 14 15 Figura 10- Reta de carga. Itajubá, MG, julho de 2016 4 UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima WWW.elt09.unifei.edu.br [email protected]