macroeconomia i 1e201

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MACROECONOMIA I
1E201
(2008-09)
João Correia da Silva
([email protected])
APRESENTAÇÃO
JOÃO SILVA
Atendimento: 2as-feiras, das 11h às 12h, gabinete 606.
[email protected]
http://www.fep.up.pt/docentes/joao
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PROGRAMA
1. O que é a Macroeconomia?
2. Medição da Actividade Económica
3. Macroeconomia no Curto Prazo
3.1. Modelo Keynesiano Simples
3.2. Modelo IS-LM
3.3. Comércio Internacional, Taxas de Câmbio e Taxas de Juro
4. Macroeconomia no Curto-Médio-Longo Prazo
4.1. Procura Agregada
4.2. Oferta Agregada: Curto e Longo Prazo
4.3. Política Monetária e Política Orçamental
4.4. Curto-Médio-Longo Prazo: Ajustamento e Falhas de Ajustamento
4.5. Inflação e Produto Real: Curva de Phillips
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BIBLIOGRAFIA
Bibliografia Principal
Gordon, Robert J. (2006):
“Macroeconomics”, 10th Edition, Addison-Wesley [E/a/537].
Bibliografia Complementar
Abel, Andrew, Ben Bernanke e Dean Croushore (2008):
“Macroeconomics”, 6th edition, Pearson Addison-Wesley [E/a/ 963].
Burda, Michael e Charles Wyplosz (2005):
“Macroeconomics - a European text”, 4th edition, Oxford [E/a/819].
Dornbusch, Rudiger, Stanley Fischer e Richard Startz (2008):
“Macroeconomics”, 10th edition, McGraw-Hill [E/a/909].
DeLong, J. Bradford (2002):
“Macroeconomics”, McGraw-Hill [E/a/910].
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AVALIAÇÃO
Avaliação Distribuída com Exame Final
1º mini-teste (25%) – Caps. 1 e 2;
2º mini-teste (25%) – Caps. 3.1 e 3.2;
Teste Final (50%) – Caps. 3 e 4.
Os alunos que realizarem o primeiro mini-teste (e não desistirem) ficam
vinculados à avaliação distribuída.
É exigida uma nota mínima de 5,0 valores em cada momento de avaliação.
Avaliação por Exame Final
Exame Final (100%) – Caps. 1, 2, 3 e 4.
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1.
O QUE É A MACROECONOMIA?
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MACROECONOMIA
• Macroeconomia: Estudo da economia como um todo,
com recurso a variáveis agregadas que medem a
produção de bens e serviços, o emprego de factores
produtivos e o nível de preços.
• A Macroeconomia pode ser usada para definir políticas
que fomentem o crescimento económico, que combatam o
desemprego, e que promovam a estabilidade de preços.
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MACRO VS MICRO
• A Macroeconomia lida com questões que afectam a
economia como um todo. Abstraindo-se das diferenças
entre os agentes, estuda o comportamento de variáveis
agregadas como a produtividade, o desemprego, a
inflação, a taxa de juro, o investimento, a dívida pública,
o défice externo, etc.
• A Microeconomia estuda as decisões de agentes
individuais, sejam consumidores ou empresas. Nesta
análise considera-se normalmente que variáveis como o
produto interno bruto ou a taxa de desemprego se
mantêm constantes.
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HORIZONTE TEMPORAL
• O âmbito da análise macroeconómica depende do
horizonte temporal considerado.
• A análise de curto prazo é essencialmente conjuntural,
debruçando-se sobre as flutuações cíclicas do produto,
emprego e nível de preços (ciclos económicos).
• A análise de longo prazo é essencialmente estrutural,
tendo como objectivo a melhoria da capacidade
produtiva e das condições de vida da população
(desenvolvimento e crescimento económico).
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CURTO PRAZO: ESTABILIDADE
• No curto prazo, pretende-se a estabilização dos ciclos
económicos, isto é, a manutenção de um nível adequado
de actividade produtiva: elevado mas compatível com a
estabilidade de preços.
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LONGO PRAZO: CRESCIMENTO
• O principal objectivo económico de longo prazo é o
aumento da capacidade produtiva, dada a repercussão
que tem na qualidade de vida da população.
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GÉNESE DA DISCIPLINA
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GRANDE DEPRESSÃO NOS EUA
• Entre 1928 e 1929, nos EUA, perante subidas inesperadas das
taxas de juro, as empresas decidiram reduzir o investimento e
a produção. O aumento do desemprego levou as famílias a
diminuir o consumo, e isto levou as empresas a reduzir ainda
mais o investimento e a produção, gerando-se assim um ciclo
vicioso de depressão económica.
• A 24 de Outubro de 1929, dia conhecido como a “quinta-feira
negra”, as acções das empresas americanas perderam cerca
de 10% do seu valor. A confiança dos agentes económicos
ficou seriamente abalada, o que acentuou a depressão. Em
1933, a taxa de desemprego era de 25%, e o produto tinha
caído cerca de 30% relativamente ao seu valor de 1929.
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JOHN MAYNARD KEYNES
• Perante esta situação de bloqueio na qual as empresas não
empregavam trabalhadores porque não tinham clientes para os
seus produtos, enquanto as famílias não consumiam porque não
tinham emprego, John Maynard Keynes defendeu o aumento dos
gastos públicos de forma a manter os trabalhadores empregados.
• Em 1936, Keynes publica “A Teoria Geral do Emprego, dos Juros
e da Moeda”, obra fundadora da macroeconomia, que pretende
explicar o comportamento do nível de produção e do
desemprego, assim como a sua relação com os gastos públicos e
impostos (política orçamental), e com a taxa de juro e
quantidade de moeda em circulação (política monetária).
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MÉTODO, TEORIA E POLÍTICA
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MÉTODO DA MACROECONOMIA
• Método da Macroeconomia:
OBSERVAR (Estatística e Econometria);
COMPREENDER (Teoria Económica / Macroeconomia Positiva);
AGIR (Política Económica/ Macroeconomia Normativa).
• A estabilização dos ciclos económicos, por exemplo, envolve:
- identificar o ciclo e a tendência de longo prazo;
- compreender quais os factores e mecanismos que originam
e influenciam o ciclo e a tendência de longo prazo.
- intervir (ou não) no sentido de estabilizar o ciclo sem
prejudicar a tendência de longo prazo.
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TEORIA ECONÓMICA
• De forma resumida, pode dizer-se que o desenvolvimento da
teoria económica se baseia nas seguintes etapas:
(1) observação e caracterização (obtenção e manipulação de
dados estatísticos relevantes para o problema em causa);
(2) formulação de hipóteses e modelos (construção de
representações simplificadas da realidade);
(3) validação empírica (comparação entre resultados empíricos
e predições baseadas nas hipóteses e modelos a testar).
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POLÍTICA ECONÓMICA
• Alguns dos objectivos da Política Macroeconómica são:
(1) Crescimento rápido e estável;
(2) Pleno emprego;
(3) Inflação baixa e estável;
(4) Distribuição equitativa do rendimento.
• Para isso são utilizados diversos instrumentos:
(1) Política monetária (oferta de moeda e taxa de juro);
(2) Política orçamental (despesas públicas, impostos, subsídios);
(3) Política cambial (taxa de câmbio).
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POLÍTICA ECONÓMICA
• Dificuldades associadas à definição de políticas:
(1) Escassez de instrumentos, acentuada pela união monetária
e pacto de estabilidade (regra de Tinbergen);
(2) Conflito entre objectivos (exemplos:
inflação; curto prazo vs longo prazo);
desemprego
vs
(3) Incerteza relativamente aos efeitos das políticas, potenciada
pelo intervalo de tempo entre intervenção e consequências.
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PRINCIPAIS PROBLEMÁTICAS
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DESEMPREGO NA GRANDE DEPRESSÃO
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HIPERINFLAÇÃO NA ALEMANHA
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CRESCIMENTO NA COREIA DO SUL
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COMPARAÇÃO INTERNACIONAL
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CONCEITOS-CHAVE
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CONCEITOS-CHAVE
• O produto nominal é o valor a preços de mercado do total de
bens e serviços produzidos durante um determinado período.
• O produto real é o volume de bens e serviços produzidos num
determinado período, avaliados a preços de referência.
• A taxa de inflação mede o aumento do nível médio de preços
na economia.
• Um aumento do produto nominal pode decompor-se em duas
parcelas: aumento do produto real (crescimento económico) e
aumento do nível geral de preços (inflação).
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DADOS EMPÍRICOS: PORTUGAL 1978-2006
PIB Portugal 1978-2006
160 000
milhões de euros
140 000
120 000
100 000
80 000
60 000
40 000
PIB nominal
20 000
PIB real (base 2000)
0
78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06
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CONCEITOS-CHAVE
• O produto natural (ou potencial) é o volume de produção que
resultaria de uma utilização normal dos recursos e tecnologias de
uma economia. É um indicador da capacidade produtiva.
• O produto natural é o nível de produto real ao qual a taxa de
inflação se mantém constante, não tendo o aumento dos preços
tendência para acelerar nem para desacelerar.
• Apesar de a capacidade produtiva se manter relativamente
estável, observa-se que o nível de actividade de uma economia
está sujeito a flutuações significativas.
• A diferença entre o produto real (volume de produção efectivo) e
o produto natural designa-se por hiato do produto (output gap).
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CONCEITOS-CHAVE
• A taxa de desemprego calcula-se dividindo o número de
pessoas desempregadas pelo total da população activa (pessoas
empregadas e pessoas desempregadas).
• Apenas se contabilizam como desempregadas as pessoas que
procuram activamente emprego.
• A taxa de desemprego natural designa o nível de desemprego
ao qual a taxa de inflação não tem tendência para aumentar nem
para diminuir.
• A produtividade do trabalho representa o volume de produção
médio por hora de trabalho empregue.
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CICLOS ECONÓMICOS
• Os ciclos económicos consistem na sucessão observada
historicamente de expansões e recessões da actividade
económica.
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CICLOS ECONÓMICOS
• As flutuações da actividade económica conhecidas como ciclos
económicos são:
(1) generalizadas – afectam a economia no seu conjunto, e
não apenas um ou outro sector;
(2) recorrentes, mas não periódicas – repetem-se ao longo
do tempo, mas são relativamente imprevisíveis e de duração
muito variável;
(3) indesejadas – pela incerteza que criam, e pela perda de
bem-estar associada às fases de recessão.
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DADOS EMPÍRICOS: EUA 1900-2004
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CICLOS ECONÓMICOS
• Estando a economia num nível de actividade normal, o produto
real e a taxa de desemprego tendem a coincidir com o produto
natural e a taxa de desemprego natural. A inflação tende a
manter-se constante.
• Em fases de maior actividade, o volume de produção é elevado
(produto superior ao natural), a utilização dos recursos é elevada
(desemprego inferior ao natural) e a inflação tende a aumentar.
• Nas fases de menor actividade, o volume de produção é baixo
(produto inferior ao natural), tal como a utilização dos recursos
(desemprego superior ao natural), e a inflação tende a diminuir.
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PRODUTO E DESEMPREGO (OKUN)
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PRODUTO E INFLAÇÃO
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