Slide 1 Page 1 of 1 Estudo da bioecologia de Rhyzopertha dominica (Fabr.) (Coleoptera: Bostrichidae) em arroz armazenado da região de Tubarão, SC (PUIC) FARIAS, P. M.¹ ; DEBONI, T. C.² Ciências Agrárias / Agronomia ¹ Acadêmica do curso de Agronomia da Universidade do Sul de Santa Catarina e bolsista do PUIC. [email protected] ² Engª Agrª Msc. Professora do Curso de Agronomia da Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus Tubarão. [email protected] INTRODUÇÃO RESULTADOS O arroz é um produto comercializado in natura com possibilidade de armazenamento (BRAGAGNOLO, 2006). Mundialmente se destaca por sua produção, área de cultivo e pelo seu aspecto alimentar. Avaliações 45 40 Tratamento 1* Tratamento 2 Médi a Desvio Padrão Coeficient e Variância Médi a Desvio Padrão 8,6 0,89 10,34% 8,2 1,64 35 Coeficient e Variância 30 A armazenagem é uma das etapas mais importantes dentro da logística, pois colabora para a redução de custos e do tempo, atendendo com flexibilidade e velocidade às exigências da demanda do mercado (AZEVEDO et al, 2008). 28/09/2009 25 20 De acordo com Lazzari e Lazzari (2009) a espécie Rhyzopertha dominica (Fabr.) Coleoptera: Bostrichidae é considera a praga mais séria em cereais armazenados no Brasil. Cuja família a qual pertence a espécie é caracterizada pela seguinte combinação de características morfológicas: corpo cilíndrico, pronoto com saliências dorsais semelhantes a dentes; cabeça geralmente escondida sob o pronoto; antena com clava composta de três a quatro segmentos; tarsos com cinco segmentos delgados e simples (ATTHIÉ; PAULA, 2002).Objetivou-se com este estudar a bioecologia de R. dominica visto que há falta de literatura referente ao assunto de armazenagem de arroz. OBJETIVOS Estudar a ecologia nutricional de Rhyzopertha dominica (Fab.) (Coleoptera: Bostrichidae no laboratório de Entomologia da Unisul Coletar amostras de R. dominica em armazéns de arroz para criação massal em laboratório; Observar e descrever a bioecologia e o comportamento de R. dominica em arroz sob condições de armazenamento; 05/10/2009 6,2 0,83 13,38% 5,8 12/10/2009 5,2 1,09 20,96% 3,8 0,70 1,67 50,52% 25,5% 15 10 5 Os insetos são os principais causadores de perdas durante o armazenamento de grãos, segundo Gallo et al., (2002) o resultado da ação de insetos em grãos traduz-se em perda de peso e poder germinativo, desvalorização comercial do produto, disseminação de fungos e formação de bolsas de calor durante o armazenamento.Os dados estatísticos de perdas por pragas na pós-colheita de acordo com Loeck (2002) correspondem à ordem de 10%, dos quais 6% dos danos são atribuídos aos insetos e 4% aos ratos. 20% NºInsetos 0 1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação Avaliações T1 Vivos T2 Vivos T1Mortos 19/10/2009 4,6 1,14 24,78% 3,2 0,54 101,87% Total 6,15 0,98 15,93% 5,25 1,13 21,52% T2 Mortos Gráfico 1 – Avaliação da taxa de sobrevida de R. dominica através do bioensaio da ecologia nutricional realizado no laboratório de Entomologia da Unisul nos meses de setembro e outubro de 2009 Fotografia 1 – (A) Rhyzopertha dominica (Fabr.) ocasionando danos em grão de arroz. (B) Grãos de arroz com danos de R. dominica. Tabela 1 - Avaliação do número de insetos vivos de Rhyzopertha dominica (Fab.) (Coleoptera: Bostrichidae) nos diferentes tratamentos alimentares. Fotografia 2 - Adultos de R. dominica ocasionando danos em grãos de arroz. CONCLUSÕES Considera-se que foi alcançado o objetivo principal deste, que era estudar a ecologia nutricional de Rhyzopertha dominica (Fab.) (Coleoptera: Bostrichidae). Conclui-se que: 1) o bioensaio da ecologia nutricional de R. dominica a preferência alimentar da espécie se deu para o tratamento 1, o qual se tratava de arroz com casca como fonte alimentar 2) o estudo da ecologia nutricional de R. dominica necessita de estudos mais detalhados; 3) o presente trabalho levantou subsídios para mais pesquisas neste seguimento. METODOLOGIA O ensaio foi desenvolvido no Laboratório de Entomologia da Unisul. O experimento foi conduzido em vidros de 150 ml e peso de 219g, por vidro. Cada vidro recebeu 50g de grãos de arroz para cada tratamento, totalizando dois tratamentos: tratamento 1, arroz com casca e; tratamento 2, arroz polido; com cinco repetições cada. Cada tratamento recebeu 10 exemplares de R. dominica liberados na parte superior do vidro. Foram utilizados 100 insetos adultos não-sexados com idade variando de 1 a 15 dias, primeira geração da criação de R. dominica. As unidades experimentais foram avaliadas semanalmente, totalizando quatro semanas, após a liberação dos insetos na parte superior das unidades experimentais. Foi avaliado o número de insetos vivos e mortos de acordo com a metodologia proposta pela FAO (1974) a qual utiliza o peneiramento dos grãos para a separação dos insetos adultos. Consideraram-se insetos mortos aqueles que após três minutos não conseguiram se desvirar quando colocados de costas ou ainda quando eram incentivados a caminhar pela luz. Para o delineamento estatístico utilizou-se a análise de variância entre médias, seguido pelo teste “t” student com nível de significância de 5%. BIBLIOGRAFIA ATHIÉ, I.; PAULA, D.C. Insetos de grãos armazenados: aspectos biológicos e identificação. São Paulo: Livraria Varela, 2002. 244 p. AZEVEDO, L.F.; OLIVEIRA, T.P.; PORTO, A. G.; SILVA, F. S. A capacidade estática de armazenamento de grãos no Brasil. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, XXVIII , 2008, Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.abepro.org.br/enegep2008/resumo_pdf/enegep/TN_STP_069_492_11589.pdf Acesso em: 10 Ago. 2009. BRAGAGNOLO, C. Análise do armazenamento de arroz no Brasil sob condições de incerteza através de um modelo dinâmico de expectativas racionais. 2006. 138. Dissertação (Mestrado em Ciências) Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Piracicaba, 2006. FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS - FAO. Recommended methods for the detection and measurement of resistence of agricultural pest to pesticides: tentative method for adults of some major beetle pest of stored cereals with malathion or lindane – FAO Method num.15. FAO Plant Protecion Bulletin, Roma, v.22, 1974. 127 – 137p. GALLO, D.; et al. Entomologia agrícola. Piracicaba, SP: FEALQ, 2002. 920 p. LAZZARI, S.M.N; LAZZARI, F.A. Insetos-praga de grãos armazenados. In: PANIZZI, A.R; PARRA, J.R. Biecologia e nutrição de insetos: Base para o manejo integrado de pragas. 1.ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2009. p.667 – 721. LOECK, A. E. Pragas de produtos armazenados. Pelotas: EGUFPEL, 2002. 113p. Apoio Financeiro: UNISUL mhtml:file://C:\Documents and Settings\Patricia\desktop\PUBLICAÇÕES\Pendências\Juni... 20/7/2010