EDIFÍCIO EM LISBOA: CONTENÇÃO PERIFÉRICA, FUNDAÇÕES E TRATAMENTO DE SOLOS SOBRE O TÚNEL DO METROPOLITANO BUILDING IN LISBON: PERIPHERAL WALLS, FOUNDATIONS AND SOIL IMPROVEMENT OVER THE METRO TUNNEL Pinto, Alexandre, JetSJ Geotecnia Lda., Lisboa, Portugal, [email protected] Cardoso, Duarte, JetSJ Geotecnia Lda., Lisboa, Portugal, [email protected] Ferreira, Fernando, Tomás de Oliveira S.A., Oeiras, Portugal, [email protected] Farinha, Teresa, Metropolitano Lisboa S.A., Lisboa, Portugal, [email protected] Jesus, Vítor, Ferconsult S.A., Lisboa, Portugal, ví[email protected] RESUMO No presente artigo são descritos os principais critérios de concepção e de execução adoptados nas soluções de contenção periférica e de fundações de um edifício, com 10 pisos elevados e 3 caves, em construção sobre a galeria do túnel do Metropolitano de Lisboa (ML) na Quinta das Conchas, no Lumiar. A escavação, necessária à construção deste edifício, apresenta uma profundidade máxima de cerca de 11m, intersectando aterros e terrenos do Miocénico, terminando a cerca de 3,5m do coroamento da galeria da Linha Amarela do ML, em exploração e dispondo de revestimento em aduelas pré-fabricadas. Neste enquadramento, foi necessário conceber e executar uma solução que garantisse o não empolamento da referida galeria, durante a fase de escavação, e a transmissão ao terreno de fundação das cargas, provenientes do edifício, em condições de segurança para o edifício e para a galeria do ML. ABSTRACT The aim of this paper is to present the main design and execution criteria related with the adopted solutions for both the peripheral walls and the building foundations, this one with 10 upper floors and 3 underground floors, built over the Lisbon Metro (ML) tunnel, at Quinta das Conchas, Lumiar. The excavation had an overall depth of about 11m, intersecting mainly fills and Miocene soils, resting just about 3,5m from the ML tunnel, under exploration and lined with precast concrete segments. In this scenario it was necessary to design a double function solution which should, during excavation works, prevent from heaving the ML tunnel, and after the building construction, allow a safe behaviour of both the tunnel and the new building. 1. INTRODUÇÃO O recinto onde foi realizada a escavação localiza-se numa zona urbana e dispõe de uma área com geometria em planta aproximadamente rectangular com cerca de 19,30x27,50m2. A altura total da escavação é variável entre cerca de 8m, no alçado Norte, e 11m, no alçado Sul. O recinto apresenta as seguintes confrontações (Figura 1): - Alçado do topo Norte: Av. Maria Helena Vieira da Silva. - Alçados Nascente e Poente: edifícios com estrutura em betão armado, com 10 pisos elevados e cobertura e três ou dois pisos enterrados, a Nascente e a Poente. Atendendo às características dos terrenos identificados à cota de fundação dos edifícios, veio a confirmar-se a respectiva fundação indirecta por estacas ou directa por laje de fundo. - Alçado do topo Sul: Rua Prof. Salazar de Sousa. Figura 1 - Vista da obra a partir da Av. Maria Helena Vieira da Silva e planta de localização Os principais condicionamentos que afectaram as soluções estudadas e implementadas encontravam-se associados às condições geológicas e geotécnicas do local e, fundamentalmente, à passagem do túnel da Linha Amarela do ML, no troço localizado entre a estação Campo Grande e Quinta das Conchas, em toda a extensão do lote, na direcção Sul – Norte, e com um reduzido recobrimento em relação ao fundo da escavação. A cota final de escavação, +82,75, encontrava-se a apenas cerca de 3,5m acima da cota mais alta da abóboda do túnel (Figura 2). Atendendo aos principais condicionamentos existentes, foi realizada uma solução de contenção do tipo “Berlim Definitivo”, travada por escoramentos metálicos nos topos. Esta solução foi ainda devidamente integrada com a solução de fundação e de protecção ao túnel do ML, a qual consistiu na realização, no fundo da escavação, de uma laje de tampão em colunas de jet grouting 1200mm, pregada através de microestacas, complementar ao pórtico de protecção, igualmente em jet grouting, pré - existente e realizado anteriormente à execução do túnel do ML. Esta laje permitiu o travamento da contenção abaixo da cota de escavação e, fundamentalmente, o confinamento e a protecção do túnel durante a escavação. As microestacas que pregaram a laje de jet grouting dispunham, assim, da dupla função de elemento de pregagem, na fase provisória de escavação, e de elemento de fundação do edifício, na fase definitiva, durante e após a construção da estrutura do mesmo edifício. Figura 2 – Alçados Norte e Poente Nos alçados Norte e Sul foi ainda realizado o tratamento prévio dos materiais de aterro localizados na face do talude da escavação. Este tratamento consistiu na execução de uma cortina, dupla ou tripla, de colunas de jet grouting 1200mm afastadas de 1m, com a dupla função de tratamento e de contenção provisória dos terrenos, procedendo-se, posteriormente, à execução de uma contenção tipo Berlim Definitivo, betonada contra as referidas colunas. Em fase definitiva o travamento da parede é conferido pelas lajes dos 3 pisos enterrados, as quais por razões relacionadas com o isolamento das vibrações, são estruturalmente desligadas das paredes periféricas (Figura 2). 2. PRINCIPAIS CONDICIONAMENTOS 2.1. Condicionamentos geológicos e geotécnicos A partir das informações recolhidas através da campanha de prospecção realizada antes do desenvolvimento do Projecto, foi possível confirmar a ocorrência no local de uma cobertura de aterros, sobre o substrato Miocénico de Lisboa, correspondente às “Areias da Quinta do Bacalhau”, podendo, relativamente a estas formações, ser destacados os seguintes aspectos: - Depósitos de aterro de cobertura: apresentam espessura muito variável, entre cerca de 4,5 a 15m. Tratam-se nos níveis superficiais de materiais heterogéneos, pedregosos, de granulometria extensa, incluindo abundantes fragmentos líticos e restos cerâmicos. Os valores de NSPT obtidos variam entre 1 a 14 pancadas. - Substrato Miocénico: constituído por areias finas e por areias médias, siltosas e, por vezes silto argilosas. Os níveis mais superficiais apresentam-se descomprimidos, como atestam os valores de NSPT compreendidos entre 16 e 42 pancadas, correspondentes a solos granulares, medianamente compactos a compactos. Nos horizontes mais profundos foram detectados materiais miocénicos, muito compactos, caracterizados por valores de NSPT superiores a 60 pancadas. Relativamente ao nível da água, o mesmo não foi detectado, quer durante a campanha de prospecção, quer durante a obra, acima ou próximo do fundo da escavação. No âmbito do dimensionamento das soluções implementadas foi efectuado um zonamento geotécnico e foram estimados os valores dos parâmetros geomecânicos apresentados resumidamente na Figura 3, os quais vieram, em geral, a ser confirmados no decorrer dos trabalhos, a partir da comparação entre as deformações estimadas em fase de cálculo e as obtidas em obra, através do PIO implementado. Figura 3 – Parâmetros geomecânicos considerados e vista dos trabalhos de jet grouting 2.2. Condicionamentos relativos à proximidade do túnel do ML Atendendo à proximidade do túnel da Linha Amarela do ML, em exploração, assim como à constituição do revestimento mesmo por um conjunto de aduelas pré-fabricadas, as soluções adoptadas foram concebidas de forma a limitar o impacto no normal funcionamento do túnel. Neste enquadramento, foram analisadas, em particular, duas situações limite, tirando partido da versatilidade das soluções recorrendo a microestacas e a colunas de jet grouting (Figura 4): - Durante os trabalhos de escavação, com o objectivo de evitar empolamentos do túnel do ML. - Após a construção do edifício, com o objectivo de garantir a transmissão ao terreno das cargas provenientes do edifício, em condições de segurança para o próprio edifício e para o túnel do ML. Figura 4 – Secção transversal tipo e planta da laje de tampão de fundo em jet grouting, sob laje de fundo em betão armado 2.3. Condicionamentos relativos a serviços afectados e a condições de vizinhança Antes do início da obra foi efectuada a confirmação da localização de todos os serviços enterrados, situados sob os passeios dos dois arruamentos, de forma a salvaguardar o seu normal funcionamento durante e após a conclusão dos trabalhos. Conforme pratica corrente neste tipo de intervenções, foi ainda efectuada a indispensável vistoria aos edifícios vizinhos, complementada, em fase de obra, pelo reconhecimento das respectivas fundações. 2.4. Condicionamentos de natureza estrutural As soluções propostas permitiram a realização da estrutura interior do edifício, isolada do ponto de vista vibrático dos elementos em contacto com o terreno, paredes periféricas e laje de fundo, conforme definido no Projecto de Estabilidade, por razões relacionadas com a necessidade de limitar a transmissão de vibrações, induzidas pela circulação no túnel do ML, à estrutura do edifício. Este aspecto veio ao encontro das preocupações actuais do ML, no sentido de assegurar a menor interferência possível da circulação das composições do ML no desejável conforto acústico e vibrático dos futuros utilizadores do edifício. 3. SOLUÇÕES ADOPTADAS 3.1. Alçados Nascente e Poente que confrontam para edifícios vizinhos Nos alçados que confrontam para os edifícios vizinhos foi adoptada uma solução de contenção periférica, constituída por painéis em betão armado, com 0,25m de espessura mínima, por condicionamentos de natureza arquitectónica, apoiados provisoriamente em microestacas verticais, com secção tubular, N80 139,7x9mm (API 5A). Estas foram dotadas de uniões exteriores, nos troços localizados acima do fundo da escavação, executadas exteriormente à parede e solidarizadas a esta através de cachorros metálicos, devido a condicionamentos determinados pela espessura da mesma parede e pela proximidade à empena dos edifícios vizinhos (Figura 5). Na sequência da avaliação, antes e durante a obra, das condições de fundação dos edifícios vizinhos, os painéis da parede acabaram por ser travados apenas por escoramentos, de canto. Em fase definitiva, as próprias lajes dos pisos das caves, embora estruturalmente desligadas das paredes periféricas, serão responsáveis pela estabilidade das referidas paredes, face aos impulsos provocados pelo terreno e pelos edifícios vizinhos, sendo os sistemas de escoramento provisórios desactivados após conclusão da referida estrutura, acima da cota do piso localizado ao nível dos arruamentos e da viga de coroamento. Figura 5 – Vistas da contenção no alçado Nascente, confrontante para um dos edifícios vizinhos 3.2. Alçados Norte e Sul que confrontam para os arruamentos vizinhos Nos alçados de topo, que confrontam para os arruamentos vizinhos, foi igualmente adoptada uma solução de contenção periférica, constituída por painéis em betão armado, mas com 0,30m de espessura, apoiados provisoriamente em microestacas verticais, com secção tubular, N80 139,7x9mm (API 5A), embebidas nos painéis. As microestacas localizadas no enfiamento do túnel do ML foram seladas no interior das colunas de jet grouting que materializaram a laje de tampão de fundo. Os painéis foram, na sua generalidade, travados provisoriamente por escoramentos, por vigas em betão armado e por vigas treliçadas metálicas, auto-portantes para esforços e deformações. Este sistema de travamento, em conjunto com a laje de tampão de fundo, permitiu dispensar a execução de ancoragens. Estas últimas deveriam, necessariamente, dispor de grande comprimento livre, devido à espessura dos materiais de aterro, transmitiriam ainda cargas verticais à parede da contenção, que, por sua vez, deveriam ser desviadas do túnel do ML, localizado subjacente à mesma (Figura 6). Complementarmente, de forma a limitar a descompressão da face dos materiais de aterro escavados e, em particular, a permitir a desmontagem das treliças de forma devidamente compatibilizada com a construção das lajes dos pisos enterrados, foi realizado um tratamento prévio dos referidos materiais de aterro, localizados a tardoz da parede, através de uma cortina, dupla ou tripla, de colunas de jet grouting 1200mm afastadas de 1m. A geometria deste tratamento foi confirmada em função da localização e do tipo de serviços enterrados existentes sob os arruamentos (Figura 2). Tal como para os alçados Nascente e Poente, em fase definitiva, as próprias lajes dos pisos das caves, embora estruturalmente desligadas das paredes periféricas, serão responsáveis pela estabilidade das referidas paredes, face aos impulsos provocados pelo terreno e pelas sobrecargas rodoviárias, sendo os sistemas de escoramento provisórios desactivados de forma devidamente compatibilizada com a execução da estrutura. Por último, refere-se que os dois alçados de topo tiveram, antes dos trabalhos de escavação, de ser solidarizados através das vigas de coroamento, localizadas ao longo dos alçados longitudinais, de forma a assegurar o equilíbrio das reacções nas escoras de canto, evitando que as mesmas fossem transmitidas às empenas dos edifícios vizinhos (figuras 2 e 6). Figura 6 – Vista da contenção nos alçados Sul e Norte 3.3. Fundação e protecção ao túnel do ML Como solução de protecção ao túnel do ML foi executado um tratamento do terreno através de uma laje de tampão de fundo em colunas de jet grouting, 1200mm, em praticamente toda a área do recinto de escavação, executadas a partir da cota +82,75 e antes da escavação progredir abaixo da cota do piso -1, com uma espessura mínima de 2,5m. Esta laje funcionou em complemento ao mesmo tipo de tratamento, com conFiguração em pórtico, realizado antes da execução do túnel, pelo sistema de tuneladora (TBM) com revestimento em aduelas pré fabricadas (Sousa, R.L. e Melâneo, F. 2002). Conforme prática corrente quando este tipo de solução é adoptada, foram realizadas, previamente ao inicio dos trabalhos, sondagens para a confirmação da localização do pórtico pré-existente, assim como de colunas teste para aferição prévia das características resistentes, através de ensaios laboratoriais, e geométricas, através de carotagens, das colunas definitivas, integrantes da referida laje (Figura 3). Imediatamente sobre a laje de tampão de fundo em colunas de jet grouting, foi realizada uma laje de fundo, em betão armado, dispondo de vigas e de capitéis invertidos, onde foram encabeçadas as microetacas (Figuras 4 e 7) e instalados os sistemas anti-vibráticos. No âmbito da solução de fundação concebida, volta-se a destacar o facto da referida laje de tampão de fundo em colunas de jet grouting ter sido pregada ao terreno através de microestacas de secção tubular TM-80 139,7x9mm (API 5A), armadas com um varão 32mm em A500NR no seu interior e seladas, no mínimo 6m, em terrenos não perturbados pela escavação, distanciados 3 a 5m da face do túnel. A opção por esta secção de tubo e pela colocação do varão no seu interior foi condicionada pela necessidade de incrementar a rigidez axial das microestacas. De forma a garantir que as cargas eram transmitidas ao terreno apenas na zona do comprimento de selagem e que este correspondia a um elemento suficientemente rígido e fixo, a injecção de selagem foi realizada através do sistema IRS, assim como o revestimento dos tubos metálicos, ao nível do respectivo comprimento livre entre a face inferior da laje de jet grouting e o início do bolbo de selagem, através de tubos de PVC lisos. Para melhorar a solidarização dos tubos metálicos à laje de jet grouting e à laje de fundo em betão armado foi ainda adoptada uma soldadura de cintas helicóidais ao fuste dos tubos (Figura 7). Durante e após a construção do edifício as mesmas microestacas irão estar sujeitas a uma inversão gradual dos esforços, passando a funcionar à compressão, como elemento de fundação do edifício, determinado, assim, uma solução conceptualmente idêntica à definida pela empresa responsável pelo Projecto de Estabilidade. Por razões de facilidade construtiva e de compatibilização com a solução estrutural do edifício, o número total e a posição das microestacas foram pontualmente ajustados, em relação ao definido na solução de fundações por esta mesma Empresa. Figura 7 – Vistas da execução das microestacas e da laje de fundação em betão armado 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS No presente artigo foram apresentados os principais aspectos relacionados com a concepção e com a execução de soluções integradas de contenção, fundação e protecção à galeria do ML, correspondendo a um cenário, tendencialmente mais frequente, face à expansão continuada da rede do ML, em que a escavação e uma nova estrutura são realizadas sobre o túnel do ML, em exploração (Pinto et. al. 2007). Até à data e quando as escavações já se encontram totalmente concluídas, tem sido possível confirmar a eficiência das soluções adoptadas, através da versatilidade das tecnologias e dos processos construtivos adoptados. Sublinha-se, assim, a importância dos trabalhos preparatórios, campanha de prospecção geológica e geotécnica e vistorias, e de acompanhamento quase permanente do comportamento da obra e das estruturas e infraestruturas vizinhas, através do Plano de Instrumentação e Observação implementado e ainda da análise de toda a informação, obtida em fase de obra, como a confirmação do cenário geológico e as condições de fundação dos edifícios vizinhos (Figura 8). Figura 8 – Vistas da obra na fase correspondente aos trabalhos de execução da laje de fundo No enquadramento descrito, destaca-se novamente o facto do investimento inicial efectuado no reconhecimento das condições geológicas, assim como nas vistorias a todas as estruturas e infraestruturas vizinhas, incluindo o levantamento das condições de fundação dos edifícios vizinhos e dos serviços enterrados, em complemento com o PIO adoptado, ter permitido a optimização de soluções inicialmente definidas, em particular a não execução de ancoragens e a optimização da laje de fundo em colunas de jet grouting. Atendendo à importância dos procedimentos referidos, complementados pela instalação de um sistema anti – vibrático na ligação da estrutura interior à estrutura em contacto com o terreno, considera-se que as mesmas poderão vir a funcionar como referência para futuras intervenções com enquadramento idêntico ao da descrita no presente artigo. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao Dono de Obra, “Tomás de Oliveira S.A.”, a permissão para a publicação da presente comunicação. Consideram ainda importante sublinhar que as soluções implementadas resultaram de um trabalho de equipa, no âmbito do qual deve ser destacado o papel importante, na verificação e na validação das soluções propostas, por parte da empresa responsável pelo Projecto de Estabilidade “BETAR – Estudos e Projectos de Estabilidade Lda.”, assim como do Eng. Jorge Perloiro, consultor da empresa “Tomás de Oliveira S.A.”. Os autores referenciam ainda o facto de que para o sucesso, até ao momento das soluções adoptadas, ter contribuído, com os trabalhos de campo de geotecnia e fundações especiais, a empresa “Sondagens Rodio”, assim como a empresa “Gauss - Topometria e Monitorização Estrutural, S.A.” nos trabalhos de instrumentação e observação. REFERÊNCIAS Sousa, R.L.; Melâneo, F. (2002). “Túneis NATM da extensão da Linha Amarela do Metropolitano de Lisboa. Análise do comportamento”. Actas do 8º Congresso Nacional de Geotecnia. LNEC, Lisboa, Portugal, 1191 - 1204. Pinto, A.; Tomásio, R.; Cruz, S.; Carvalho, B (2007). “Special Foundations for an Urban Viaduct in Lisbon”. 14th European Conference on Soil Mechanics and Geotechnical Engineering, Volume 2 – 1.3: Foundations incidents and failures in urban areas. Madrid, Espanha, 475 – 480.