A Humidade em Edifícios

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Professora Doutora Ana Sofia Guimarães
Monitor Hugo Vieira
A Humidade em Edifícios
Quais são as origens e formas de manifestação de humidade
existentes nos edifícios?
André Ranito (ec12112)
Francisco Branco (ec12152)
Gonçalo Ávila (ec12161)
Hugo Teixeira (ec12036)
Miguel Silva (ee12298)
Rui Mendonça (ee12276)
Tiago Rodrigues (em12234)
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Índice
1. Introdução………………………………………………………… 4
2. Humidade de Construção………………………………………… 5
3. Humidade de Terreno……………………………………………. 6
4. Humidade de Precipitação…………………………………………7
5. Humidade de Condensação……………………………………… 8
6. Humidade devido a fenómenos de Higroscopicidade……………. 9
7. Humidade devido a causas fortuitas……………………………… 10
8. Caso de Estudo…………………………………………………… 11
9. Conclusão………………………………………………………… 12
10.Bibliografia………………………………………………………. 14
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Índice de Imagens
Fig.1 - Prédio em construção
Fig.2- Subida da água pelas paredes do edifício
Fig. 3- Variação das alturas atingidas pela humidade do terreno nas paredes
Fig.4- Precipitação
Fig.5- Exemplo de condensação
Fig.6- Efeito da Humidade
Fig. 7- Falta de manutenção da caleira
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1.Introdução
A humidade que surge nos edifícios e habitações pode ser originada
por fenómenos de condensação, capilaridade e infiltração, entre outros. É
frequente aparecerem manifestações associadas a mais que um tipo de
humidade. Muitos dos problemas que existem nos edifícios são devidos ao
facto de existir humidade que provoca erosão, desgaste e deterioração dos
materiais que foram utilizados na construção, e as patologias que estão
associadas à presença de água dependem em grande medida da origem e
também do modo como ela entra e circula dentro dos materiais de
construção.
Normalmente, o estado de degradação dos edifícios devido à
humidade é visível a nível das coberturas e nas caixilharias das janelas e
portas, visto serem zonas onde facilmente a água consegue infiltrar-se. Por
outro lado, há materiais utilizados, como as argamassas de cal e o barro que
têm uma capacidade grande de absorção potenciando elevadas retenções de
humidade nas paredes.
Pretende-se com este trabalho contribuir com algum conhecimento
para identificar este fenómeno e as patologias que lhe estão associadas.
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2.Humidade na Construção
Muitos dos materiais usados na construção (fig.1) quer de um
edifício quer de uma infra-estrutura necessitam de água para a sua
elaboração. Muitas das vezes a quantidade de água usada é verificada a
"olho". Esta também pode penetrar na construção devido à precipitação
A evaporação da água geralmente dá-se em 3 fases. Na primeira
alguma dessa água evapora rapidamente. Na 2a fase evapora a água dos
poros maiores. Este processo demora muito tempo pois a água está contida
no interior dos materiais de maneira a que esta, para evaporar, tenha que
atravessar todos os poros quer na
forma líquida quer na de vapor. A
última
e
mais
demorada
é
a
evaporação dos poros mais pequenos
que vai decorrendo ao longo dos anos.
Este tipo de humidade pode levar a
que ocorram anomalias que são
causadas pela evaporação da água ou
Fig.1 - Prédio em construção
pelo excesso de água existentes. No caso da evaporação esta pode causar a
abertura ou desgaste nos materiais, ou, devido a baixa de temperaturas
observadas nos materiais, dar origem a fenómenos como a condensação.
Neste caso pode dar origem ao aparecimento de manchas nas estruturas.
Normalmente as anomalias desaparecem num período mais ou menos curto
em função das caraterísticas e do tipo de utilização dado aos edifícios e à
região climática.
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3.Humidade do Terreno
As paredes dos pisos térreos e caves podem apresentar problemas
devido à água dos solos. A maioria dos materiais usados na construção quer
no passado quer no presente tem capilaridades muito grandes fazendo com
que a humidade possa migrar através deles. Caso não existam barreiras a
proteger esta migração a humidade percorrerá muito mais facilmente a
estrutura do edifício.
A altura da água na parede
é variável. Para além do tipo de
materiais que faz com que a
altura varie, uma parede virada
para norte é mais afetada que
outra orientada para sul devido à
menor exposição solar, podendo
Fig.2- Subida da água pelas paredes do edifício
alcançar, em casos extremos, mais de 5 metros. Se considerarmos
condições atmosféricas constantes quanto maior for a espessura de uma
parede, maior é a altura atingida pela humidade.
Para se dar o fenómeno da humidade do terreno é preciso que as
paredes estejam em contacto com a água do solo.
A humidade do terreno pode ser identificada pelo aparecimento
manchas de humidade nas paredes junto ao solo e, quando em locais, de
pouca ventilação, podem aparecer vegetação parasitária e bolor.
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4.Humidades de precipitação
A chuva por si só não causa danos nos edifícios, mas se à chuva se
aliar o vento a história muda de figura pois os edifícios são atingidos pela
precipitação (fig.4) que vai fazer com que as paredes fiquem humedecidas
podendo provocar o humedecimento dos materiais da parede e a
diminuição da resistência térmica.
A
chuva
directamente
na
pode
parede,
entrar
nas
falhas ou juntas mal vedadas. Se
a chuva for muito intensa pode
formar uma “cortina” de água
que ao escorrer pela parede com
a ajuda do vento pode penetrar a
Fig.4-Precipitação
parede. Este facto poderia deixar de ser um grave problema nas construções
se estas fossem concebidas para resistir a este tipo de problemas. É,
também, bastante importante ter em conta a região onde o edifício será
construído. Por exemplo, se for feita uma construção numa região com um
clima bastante seco deverão ser adoptados procedimentos diferentes na
concepção do que numa região cujo clima seja bastante húmido.
As consequências destas possíveis humidades são o aparecimento de
manchas de tamanho variado. Contudo, estas desaparecem quando o tempo
se torna mais seco.
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5.Humidade de Condensação
Provém essencialmente do vapor de água(fig.5). As condensações
verificam-se em locais onde há um isolamento térmico baixo assim como
locais com fraca ventilação.
O vapor de água produzido em grandes quantidades nos banhos,
lavagens e cozinhados, espalha-se rapidamente por outros compartimentos,
aumentando a humidade relativa conduzindo, por vezes, à saturação.
O
isolamento
térmico
das paredes desempenha uma
função
importante
prevenção
dos
ocorrência
de
riscos
na
de
condensação,
sendo o risco tanto menor
quanto maior for o isolamento
térmico
do
elemento
considerado. O isolamento por
Fig. 5 - Exemplo de condensação
si só não é suficiente sendo necessária a conjugação com uma boa
ventilação.
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6.Humidade devido ao fenómeno da
higroscopicidade
Muitos materiais de construção apresentam sais solúveis em água.
Essa presença não constitui problemas mas se as paredes forem
humedecidas, os sais poderão acompanhar as migrações da água ate ás
superfícies onde cristalizarão. Alguns desses sais são higroscópicos, ou
seja, absorvem humidade do ar dissolvendo-se quando a humidade é
superior a 65% voltando a cristalizar quando a humidade baixa. Estes sais
deste modo provocam o humedecimento das paredes podendo causar a
degradação das mesmas. Por isso, a grande concentração destes sais podem
causar manchas de humidade que levam à degradação das estruturas. Isto
verifica-se ao longo do ano, incluindo no Verão, em períodos que a
humidade relativa do ar seja elevada.
Fig.6- Efeito da Humidade
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7.Humidade devido a Causas Fortuitas
Muitas são as situações em que ocorrem situações de humidade
devido a causas fortuitas e torna-se difícil falar de todas as causas
possíveis. Contudo, e de uma forma breve elas caracterizam-se por serem
de natureza pontual e ocorrem devido a defeitos na construção, a falha de
equipamentos ou erro humano. Dos erros humanos, há os erros passivos
que são, por exemplo, a falta de manutenção. Os ativos são, por exemplo,
os acidentes.
As causas que mais frequentemente aparecem são as ruturas de
canalização quer das águas pluviais ou até dos esgotos.
Fig. 7- Falta de manutenção da caleira
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8.Caso de estudo
Decidimos estudar um caso de humidade presente num edifício perto
da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto junto da cantina.
Este é um caso típico de humidade em que podemos ver facilmente as
consequências da mesma.
Podemos classificá-la como humidade de terreno devido à existência
de manchas negras e por atingir uma altura considerável (fig.9). Como
humidade de precipitação devido à acumulação de água naquela saliência.
E ainda como humidade devido a causas fortuitas pois o estado desta
humidade reflete a falta de manutenção por parte do proprietário. Segundo
este, as manchas têm vários anos. Na fig.9 podemos ver que a mancha é
diferente à da fig.8 pois é mais pequena e localizada
Fig.8
Fig.9
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9.Conclusão
Conclui-se com este trabalho que o assunto em questão se reveste de
alguma complexidade, desde a identificação das causas e das patologias
associadas até ao facto de que é necessário arranjar as soluções mais
adequadas para mitigação dos efeitos e reabilitação dos edifícios.
A presença de humidade altera, muito negativamente, as condições
de habitabilidade dos edifícios tornando-os deficientes para serem
habitados, e em alguns casos, mesmo insalubres reduzindo de uma forma
significativa a durabilidade dos materiais. No entanto, só em certos casos
de construções mais antigas a humidade pode colocar em risco a segurança
da estrutura. O poder degradante da humidade é acrescido pelo facto de a
água criar as condições necessárias pelas quais se verifica um ataque
químico e biológico aos materiais de construção. Para além de manchas de
humidade, encontram-se frequentemente, sais cristalizados nas paredes, ou
erosões superficiais que indicam a presença de um determinado elemento
químico. Este é produzido pela reação entre os materiais utilizados, a água
e os compostos químicos que possam estar presentes quer na água, quer na
atmosfera.
A análise das causas da existência deste fenómeno não deve ser
encarada de um modo simplificado, uma vez, que na maioria dos casos os
sintomas se encontram associados a mais do que uma forma de
manifestação. A presença de humidade engloba a elaboração de um
diagnóstico que seja adequado, uma vez que sendo determinado
corretamente permite identificar claramente as causas e propor soluções de
intervenção.
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Em suma, é bastante importante estarmos atentos a indícios de
humidade de forma a poder neutralizar e porque quanto mais cedo a
superfície afetada for tratada mais fácil é eliminá-la. Existem 6 tipos de
humidade que foram estudados neste trabalho. Podemos concluir que todas
elas causam graves danos quer na superfície ou na estrutura do edifício.
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10.Bibliografia
Fig 4- http://ava-odiariodemaria.blogspot.pt/2010/06/hoje-acordei-comchuva.html
Fig 5- livro
Fig 6- http://www.kqm.com.br/blog.php?category=2&post=19
Fig 7- http://www.evora.net/evoracaleiras/
http://www.cecc.eng.ufmg.br/trabalhos/pg1/Patologias%20Ocasionadas%2
0Pela%20Umidade%20Nas.pdf 8/10/2012
http://www.fluke.com/fluke/brpt/solutions/ti/detec%C3%A7%C3%A3ode-umidade.htm 8/10/2012
http://www.dicascaseiras.com/2010/02/10/guia-completo-como-combatereliminar-prevenir-humidade/ 8/10/2012
http://www.humidades.com/ 9/10/2012
http://www.hogarseco.pt/humidades-por-condensacao/ 10/10/2012
http://www.murosec.com/pages/diagnostico
10/10/2012
http://www.tratamentodehumidades.pt/?gclid=CPr71sKX9rICFeTHtAodun
sAkA 10/10/2012
Verbo, Enciclopédia
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