Caro estudante, Este material contém informações BÁSICAS sobre os conteúdos. Para maiores informações, procure diretamente o professor de filosofia, Daniel de Oliveira Neto. Fique atento a data da sua avaliação de Filosofia, conferindo com antecedência no portal NIED. Este é um MATERIAL DE APOIO PARA A PROVA – Lembre-se que não é o conteúdo completo. Utilize as anotações do seu caderno para aprofundamento da matéria. Bons estudos. Conteúdos: 1) Mitologia Egípcia - O Julgamento da alma. 2) Mitologia Oriental - Rahu o sequestrador. 3) Mitologia da Amazônia. - Vitória Régia. 4) Mitologia Grega - Pandora. - Narciso. - Faetonte. 5) Panteão Grego - A história do surgimento dos deuses (teogonia). - Deuses olimpianos. 6) A primavera da razão. 1) Mitologia Egípcia - O Julgamento da alma. Quando uma pessoa morre, a sua alma é recebida por Thot que a encaminha à sala do Julgamento. É uma sala sem adornos, simples, em cujo centro se encontra uma balança. Sobre o fiel desta balança está um Babuíno. Num dos pratos da balança, está posta uma pena de Ibis, outro animal sagrado. O coração do morto é trazido e posto no prato restante. Se o prato que contém o coração se mostrar mais leve ou, pelo menos, com o mesmo peso da pena, a Alma tem autorização de completar o seu percurso em direção à Luz. Caso contrário, ela precisará nascer de novo até que o seu coração se torne leve. 2) Mitologia Oriental - Rahu o sequestrador. Rahu esfregava as garras: seu audacioso projeto finalmente dera certo. Ele conseguira se introduzir num banquete divino sem ser notado. Os deuses estavam se divertindo, após beberem algumas gotas do precioso vaso que continha o néctar divino. Disfarçado, Rahu esperava ansiosamente que o recipiente chegasse até ele. Quando, afinal, conseguiu tocar com a língua a deliciosa bebida, ouviram-se dois gritos. O Sol e a Lua haviam desmascarado o demônio e o denunciaram aos outros deuses. Vishnu lançou seu disco de bordas afiadas e decapitou Rahu. Enquanto o grande corpo do Davana caía sobre a Terra, provocando violentos terremotos, sua cabeça foi lançada aos céus. Sua cauda se separou do corpo, transformando-se no horrível monstro Ketu, que causa os cometas e as chuvas de meteoros. E sua cabeça ficou percorrendo os céus eternamente, perseguindo a Lua e Surya, o Sol, querendo se vingar deles. Às vezes, Rahu, o sequestrador, consegue agarrar um dos dois astros, engolindo-os e fazendo as trevas se abaterem sobre o mundo. Os homens, assustados, chamam isso de eclipse. Mas felizmente, até hoje, Rahu sempre acabou sendo obrigado a cuspir de novo suas vítimas, e a vida pode, assim, continuar. 3) Mitologia da Amazônia. - Vitória Régia. Os pajés tupis-guaranis, contavam que toda vez que a Lua se escondia no horizonte, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam que se a Lua gostasse de uma jovem, a transformava em estrela do Céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, à noite, quando todos dormiam, querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que esta a visse. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura da Lua. A pobre moça, imaginando que a Lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista. A Lua, quis então recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", que é a planta Vitória Régia. Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas. 4) Mitologia Grega - Pandora. - Narciso. - Faetonte. Mito de PANDORA Prometeu, deus cujo nome em grego significa "aquele que vê o futuro", doou aos homens o fogo e as técnicas para acendê-lo e mantê-lo. Zeus, o soberano dos deuses, se enfureceu com esse ato, porque o segredo do fogo deveria ser mantido entre os deuses. Por isso, ordenou a Hefesto, que criasse uma mulher que fosse perfeita, e que a apresentasse à assembleia dos deuses. Atena, a deusa da sabedoria e da guerra, vestiu essa mulher com uma roupa branquíssima e adornou-lhe a cabeça com uma guirlanda de flores, montada sobre uma coroa de ouro. Hefesto a conduziu pessoalmente aos deuses, e todos ficaram admirados; cada um lhe deu um dom particular. Depois que todos os deuses lhe deram seus presentes, ela recebeu o nome de Pandora, que em grego quer dizer "todos os dons". Finalmente, Zeus lhe entregou uma caixa bem fechada, e ordenou que ela a levasse como presente a Prometeu. Entretanto, ele não quis receber nem Pandora, nem a caixa, e recomendou a seu irmão, Epimeteu, que também não aceitasse nada vindo de Zeus. Epimeteu, cujo nome significa "aquele que reflete tarde demais", ficou encantado com a beleza de Pandora e a tomou como esposa. A caixa de Pandora foi então aberta e de lá escaparam a Senilidade, a Insanidade, a Doença, a Inveja, a Paixão, o Vício, a Praga, a Fome e todos os outros males, que se espalharam pelo mundo e tomaram miserável a existência dos homens a partir de então. Epimeteu tentou fechá-la, mas só restou dentro a Esperança, uma criatura alada que estava preste a voar, mas que ficou aprisionada na caixa [...] e é graças a ela que os homens conseguem enfrentar todos os males e não desistem de viver. Gabriel Chalita. Vivendo a Filosofia. 2004. Faetonte e o carro do Sol O jovem Faetonte, criado pela mãe, desconhecia quem fosse seu pai. Um dia, ela lhe contou quem ele era: o Sol. Desejando comprovar se a revelação era verdadeira, Faetonte foi até a morada daquele astro, um palácio brilhante de ouro, prata e marfim. Depois de narrar o acontecido, disselhe: — Ó luz do mundo imenso, se minha mãe não está mentindo, dê-me uma prova de que sou mesmo seu filho! Acabe de uma vez com essa minha dúvida! O Sol tirou da cabeça os raios que brilhavam para poder abraçar o filho. Depois de tê-lo abraçado, disse: — Para que não tenha dúvida de que sou seu pai, peça o que quiser, e eu lhe darei. Juro pelo rio dos Infernos, o Estige. Esse é o juramento que obriga os deuses a cumprirem sua palavra. Faetonte, então, pede ao pai que lhe deixe guiar seu carro, que era puxado por cavalos alados. O pai se arrependeu da promessa, mas não podia voltar atrás. Tentou fazer o filho desistir da ideia: — Você é um mortal e o que está pedindo não é para mortais. Só eu posso dirigir o carro que leva o fogo do céu. Nem Zeus poderia fazer isso. Que espera encontrar nos caminhos do céu? Você passará por muitos perigos: os chifres da constelação de Touro, o arco de Sagitário, a boca do Leão. Além disso, há os cavalos, difíceis de domar, soltando fogo pela boca e pelas ventas. Peça outra coisa, filho, e se mostre mais sensato nos seus desejos. Mas Faetonte não queria ouvir os conselhos do pai, que foi obrigado a satisfazer àquele pedido. Levou o rapaz ao carro. Era todo feito de ouro, prata e pedras preciosas. Faetonte olhou-o cheio de admiração. Eis que no Oriente a Aurora começou a tingir o céu de rosa. O Sol ordena às Horas velozes que atrelem os cavalos ao carro. Depois, passa uma pomada divina no rosto do filho, põe os raios ao redor da sua cabeça e profere estas recomendações: — Não use o chicote e segure as rédeas com firmeza. Os cavalos correm espontaneamente; o difícil é controlá-los. Cuidado para não se desviar da rota. Nem desça nem suba muito alto. Céu e terra devem suportar o mesmo calor, por isso vá entre um e outra. Faetonte se instalou no carro, ligeiro ao suportar o peso de um jovem. Os cavalos alados do Sol partiram, enchendo o ar com seus relinchos de fogo. Mas como praticamente não sentiam nenhum peso nem força nas rédeas, puseram-se a correr à vontade, para fora do caminho habitual. O carro ia para cima e para baixo, provocando grande confusão entre os astros. Ao olhar do alto do céu para a terra, Faetonte empalideceu e seus joelhos tremeram de pavor. Já se arrependia do que pedira ao pai. Que fazer? Tinha um espaço infinito de céu às suas costas, outro tanto diante dos olhos. Não largava as rédeas, mas era incapaz de segurá-las com firmeza. De repente, assustando-se à vista do Escorpião, Faetonte largou as rédeas. Os cavalos correram a toda velocidade por regiões onde jamais o carro do Sol tinha estado. A Lua se espanta de ver os cavalos correndo abaixo dos seus. As montanhas mais altas da terra são as primeiras vítimas das chamas. Depois, o solo se fende, as águas secam, o verde se queima. Cidades inteiras, com sua gente, viram cinza. Foi naquela época, dizem, que os povos da África passaram a ter cor negra. Faetonte vê o mundo se abrasar nas chamas do carro do Sol e não sabe o que fazer. Ele mesmo mal pode suportar o calor. Foi então que à Terra, esgotada pela seca, ergueu sua voz sagrada: — Se eu fiz por merecer isso, ó Zeus, mais poderoso dos deuses, por que não lanças teus raios contra mim? Se devo morrer pelo fogo, que seja ao menos por meio do teu! Já o mundo todo parece pronto para voltar ao caos original. Livra das chamas o que ainda resta. Preocupa-te em salvar o universo! O pai dos deuses, então, ouvindo aquela súplica, lança um raio contra Faetonte. O jovem, com os cabelos em chamas, tomba do céu, deixando no ar um traço de fogo, como uma estrela cadente. Ninfas recolheram seu corpo e o sepultaram. Como epitáfio, escreveram estas palavras: — Aqui jaz Faetonte, cocheiro do carro paterno. Não conseguiu dirigi-lo, mas morreu num ato de grande ousadia. O pai de Faetonte ficou desolado. Dizem mesmo que durante um dia todo não houve sol sobre a terra. Narciso Quando Narciso nasceu, sua mãe, uma ninfa belíssima, consultou o adivinho Tirésias para saber se aquele filho de extraordinária beleza viveria até o fim de uma longa velhice. Pareceram sem sentido as suas palavras: — Sim, se ele não chegar a se conhecer. Narciso cresceu, sempre formoso. Jovem, muitas moças e ninfas queriam o seu amor, mas o rapaz desprezava a todas. Um dia, Narciso caçava na floresta quando a ninfa Eco o viu. Eco, por causa de uma punição que Hera lhe infligira, só era capaz de usar da voz para repetir os sons das palavras dos outros. Ao se deparar com a beleza de Narciso, a ninfa se apaixonou por ele e se pôs a segui-lo. Quando resolveu manifestar o seu amor, abraçando-o, Narciso a repeliu. Desprezada e envergonhada, Eco se escondeu nos bosques com o rosto coberto de folhagens. O amor não correspondido a foi consumindo pouco a pouco, até que, depois de reduzida a pele e osso, seu corpo se dissipou nos ares. Restou-lhe, apenas, a voz e os ossos, que, segundo dizem, tomaram a forma de pedras. Um dia, uma das muitas jovens desprezadas por Narciso, erguendo as mãos para o céu, disse: — Que Narciso ame também com a mesma intensidade sem poder possuir a pessoa amada! Nêmesis, a divindade punidora do crime e das más ações, escutou esse pedido e o satisfez. Havia uma fonte límpida, de águas prateadas e cristalinas, de que jamais homem, animal ou pássaro algum se tinham aproximado. Narciso, cansado pelo esforço da caça, foi descansar por ali. Ao se inclinar para beber da água da fonte, viu, de repente, sua imagem refletida na água e encantou-se com a visão. Fascinado, quedou imóvel como uma estátua, contemplando seus próprios olhos, seus cabelos dignos de Dioniso ou Apolo, suas faces lisas, seu pescoço de marfim, a beleza de seus lábios e o rubor que cobria de vermelho o rosto de neve. Apaixonou- se por si mesmo, sem saber que aquela imagem era a sua, refletida no espelho das águas. Nada conseguia arrancar Narciso da contemplação, nem fome, nem sede, nem sono. Várias vezes lançou os braços dentro da água para tentar inutilmente reter com um abraço aquele ser encantador. Chegou a derramar lágrimas, que iam turvar a imagem refletida. Desesperado e quase sem forças, foram estas suas últimas palavras: — Ah!, menino amado por mim inutilmente! Adeus! O lugar em que estava fez ecoar o que dissera. E quando proferiu “Adeus!”, Eco também disse “Adeus!” Em seguida, esgotado, Narciso se deitou sobre a relva, e a Noite veio fechar seus olhos. Dizse que, nos Infernos, Narciso continua a contemplar sua imagem refletida nas águas do rio Estige. As ninfas, juntamente com Eco, choraram tristemente pela morte de Narciso. Já preparavam para o seu corpo uma pira quando notaram que desaparecera. No seu lugar, havia apenas uma flor amarela, com pétalas brancas no centro. 5) Panteão Grego - A história do surgimento dos deuses (teogonia). - Deuses olimpianos. O panteão grego possui uma quantidade de deuses finita, organizados em torno de um história central. A história dos deuses gregos começa com o surgimento espontâneo de Gaia (a mãe terra) a partir do caos. Gaia então teve um filho: Urano (o céu). Da união entre Gaia e Urano nasceram três ciclopes (gigantes com um só olho no meio da testa), três hecatonquiros (gigantes de 100 braços e 50 cabeças) e 12 titãs. Como não suportava a feiura dos ciclopes e dos hecatonquiros, Urano os escondeu no submundo, o tártaro. Gaia se recusou a ter novos filhos e cansada dos maus tratos de Urano, pediu que os titãs o derrotassem. O único que enfrentou Urano foi o caçula dos titãs Cronos, que com uma foice dada por Gaia cortou os testículos do pai e os jogou no mar. Assim, Cronos derrotou Urano e assumiu seu lugar como deus soberano do mundo. Os titãs então passaram a reinar absolutos na terra, Cronos casou-se com sua irmã Réia e deu origem a linhagem que depois ocuparia o monte Olimpo. Gaia profetizou a Cronos que assim como seu pai, ele também seria derrotado pelo seu próprio filho. Receoso de que a profecia se tornasse verdade, Cronos refugiou-se em sua pequena cidade no monte Othrys e devorou um por um, todos os filhos que Reia tinha, tão logo eles nasciam. Reia, claro que não gostava disso e arquitetou um plano: quando seu filho mais novo nasceu, Zeus, ela o envio para a ilha de Creta para protegê-lo de Cronos e deu em seu lugar uma pedra envolvida com roupas de bebê para Cronos devorar. Zeus cresceu na ilha de Creta e quando já era adulto foi instruído por Metis (a prudência) como tirar os irmãos devorados de dentro do pai com um néctar mágico. Zeus levou o néctar até o monte Othrys, e disfarçado, entregou uma taça de néctar para Cronos, que depois de alguns goles vomitou todos os filhos já transformados em adultos. De sua boca saíram Poseidon, Hera, Hades, Héstia e Deméter, que juntaram-se numa batalha conhecida hoje como guerra cósmica ou tianomaquia. Como os deuses não eram poderosos o suficiente para enfrentar os titãs, Zeus libertou os ciclopes do submundo para que estes lhes fabricassem armas mágicas. Zeus ganhou os raios do céu, Hades um capacete que o deixava invisível e Podeidon um tridente que o permitia controlar tempestades e terremotos. Com a vitória dos deuses, todos os titãs foram punidos e exilados no tártaro, inclusive Cronos, porém Atlas um dos lideres dos titãs foi sentenciado a carregar para o resto da eternidade o globo celestial nas costas. Os deuses enfrentaram muitas outras batalhas por sua soberania como a guerra contra os gigantes conhecida como Gigantopia. Mas o fato é que eles permaneceram soberanos e hoje formam o panteão mais conhecido do mundo. OS DEUSES GREGOS Os doze deuses mais importantes do Olimpo, conhecidos como Dodekatheon. AFRODITE É a deusa do amor, da beleza e do sexo. Afrodite era muito cultuada. A deusa Afrodite nasceu na ilha de Chipre, sendo que para a história do seu nascimento existem duas versões: - Segundo a versão de Hesíodo, Afrodite nasceu de uma forma incomum. Após Cronos cortar os órgãos de Urano (seu pai) e jogá-los ao mar, formou-se em torno desses órgãos uma espuma branca que, misturando-se ao mar, como se fosse uma fecundação, que deu origem a Afrodite. - Para Homero, mais convencional, Afrodite era filha de Zeus e Dione (deusa das ninfas). APOLO Apolo filho de Zeus e irmão gêmeo de Ártemis. Conhecido antigamente como deus da música e das artes foi depois associado ao deus sol. Patrono dos arqueiros, ele também protege aqueles de criatividade brilhante e fornece forças divinatórias como as que regiam o Oráculo de Delfos. ARES Ares era filho de Zeus e Hera. Embora muitas vezes tratado somente como o deus da guerra, ele também é o deus da persistência e do espirito de luta. ÁRTEMIS Ártemis era filha de Zeus e irmã gêmea de Apolo. Conhecida como a deusa das amazonas, ela era ligada essencialmente a vida selvagem e a caça. ATENA Atena nasceu da cabeça de Zeus e era tida como uma das deusas mais importantes do Olimpo e adorada em toda Grécia. Ela era a deusa da guerra, da civilização, da sabedoria, da estratégia, das artes, da justiça e da habilidade. DEMÉTER Deméter é irmã de Zeus, deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. É propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações. DIONÍSIO Dionísio, deus dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da insânia, mas, sobretudo, da intoxicação que funde o bebedor com a deidade. Filho de Zeus e também conhecido como deus do teatro. HADES Hades, é o deus do Mundo Inferior e dos mortos. Seu nome era usado frequentemente para designar tanto ele quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. HEFESTO Hefesto, filho de Zeus e Hera, era o deus da tecnologia, dos ferreiros, artesãos, escultores, metais, metalurgia, fogo e dos vulcões. Servia como ferreiro dos deuses, e era cultuado nos centros manufatureiros e industriais da Grécia, especialmente em Atenas. Os símbolos de Hefesto são um martelo de ferreiro, uma bigorna e uma tenaz, embora por vezes tenha sido retratado empunhando um machado. HERA Hera é a deusa do casamento, irmã e esposa do sempre infiel Zeus, ela por conta disso, a fidelidade conjugal. Retratada como majestosa e solene, muitas vezes coroada com os polos (uma coroa alta cilíndrica usada por várias deusas), Hera pode ostentar na sua mão uma romã, símbolo da fertilidade, sangue e morte, e um substituto para as cápsulas da papoula de ópio. A vaca, e mais tarde, o pavão eram animais relacionados com ela, que também é tida como a protetora dos lares. HERMES Hermes era filho de Zeus e de Maia e possuidor de vários atributos. Divindade muito antiga, já era cultuado na história pré-Grécia antiga possivelmente como um deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. Ao longo dos séculos tornou-se o mensageiro dos deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos mortos para o reino de Hades, apenas para citar-se algumas de suas funções mais conhecidas. Era dotado de asas nos pés ou na cabeça para facilitar sua rápida locomoção para transmitir mensagens dos deuses. POSEIDON Poseidon, assumiu o estatuto de deus supremo do mar. Também era conhecido como o deus dos terremotos e dos cavalos. Os símbolos associados a Poseidon com mais frequência eram o tridente e o golfinho. ZEUS Zeus, é filho de Cronos e Réia, o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão. Seus símbolos são o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho. Zeus é representado geralmente como um homem maduro, sentado em um trono com um bastão e um ou mais raios nas mãos; em sua companhia há frequentemente uma águia, animal que lhe era dedicado. 6) A primavera da razão. No séc. VII a.C, na Jônia, região dominada pelos gregos, o comércio se intensificava, gerando riquezas e progressos materiais e culturais. Surgiram novas técnicas para a produção de coisas e para melhorar a vida dos cidadãos. Na engenharia (represas e poços, desvios de rios), na construção naval (melhoras dos barcos), o surgimento da moeda, etc. Nesse ambiente de avanços e transformações, surgiram questões que as explicações mitológicas eram insuficientes para responder. Foi então que surgiram os filósofos pré-socráticos (nascidos antes de Sócrates), e que viveram entre os séculos VII a.C. e V a.C. Os principais filósofos pré-socráticos, conforme suas cidades de origem, são: Tales, Anaxímenes e Anaximandro, da cidade de Mileto; Pitágoras, de Samos; Heráclito, de Éfeso; Xenofonte, de Cólofon; Parmênides e Zenão, de Eleia; Anaxágoras, de Clazômenas; Empédocles, de Agrigento; Leucipo e Demócrito, de Abdera. Essas cidades são colônias gregas.