Equações Básicas na Forma Integral para um Volume de Controle Parte B A Equação da Quantidade de Movimento para um Volume de Controle Inercial Deseja-se desenvolver uma formulação matemática da Segunda Lei de Newton adequada para um volume de controle. Para tal, nossa dedução ficará restrita a um volume de controle inercial, fixo no espaço em relação a um sistema de coordenadas xyz que não está se acelerando em relação a uma referência estacionária XYZ. A Segunda Lei de Newton para um sistema que se move em relação a um sistema de coordenadas inerciais é dada por G G dP ⎞ ⎟ F= dt ⎟⎠ sistema G sendo que, Psistema = ∫M (sistema ) G V dm = ∫∀(sistema ) (1) G G V ρ d∀ e a força resultante, F , inclui G G G todas as forças de campo e de superfície atuando sobre o sistema, F = FS + FB . As formulações para sistema e volume de controle são relacionadas pelo Teorema de Transporte de Reynolds, G dP ⎞ ∂ ⎟ = dt ⎟⎠ sistema ∂t ∫VC G V ρ d∀ + ∫SC G G G V ρ V . dA (2) Com isso, as Eqs. (1) e (2) podem ser combinadas, fornecendo a formulação da Segunda Lei de Newton para um volume de controle não submetido à aceleração, G G G ∂ F = FS + FB = ∂t ∫VC G V ρ d∀ + ∫SC G G G V ρ V .dA (3) A Equação (3), estabelece que a soma de todas as forças (de superfície e de campo) atuando sobre um volume de controle não submetido à aceleração, é igual à soma da taxa de variação da quantidade de movimento no interior do volume de controle com a taxa líquida de fluxo de quantidade de movimento saindo da superfície de controle, isto é, ⎡ Taxa de variação de G G G F = FS + FB = ⎢⎢ da q.d.m. dentro do VC, ⎢⎣ no tempo ⎤ ⎡ Taxa líquida de ⎥ + ⎢ fluxo de q.d.m. ⎥ ⎢ ⎥⎦ ⎢⎣ através da SC Aula 5 – Complementos de Mecânica dos Fluidos Equações Básicas na Forma Integral para um Volume de Controle (Parte B) ⎤ ⎥ ⎥ ⎥⎦ 1 G Todas as velocidades, V , na Eq. (3), são medidas em relação ao volume de controle. G G G O fluxo da quantidade de movimento, V ρ V .dA , através de um elemento de área da G G G superfície de controle, dA , é um vetor. O sinal do produto escalar, ρ V .dA , depende do G G sentido do vetor velocidade, V , em relação ao vetor área, dA . Os sinais dos componentes da G velocidade, V , dependem do sistema de coordenadas escolhido. A equação da quantidade de movimento é vetorial. Como todas as equações vetoriais, podem ser escritas na forma de três equações componentes escalares. As componentes escalares da Eq. (3), em relação a um sistema de coordenadas xyz, são Fx = FS x + FB x = Fy = FS y + FB y = Fz = FS z + FB z = ∂ ∂t ∫ VC ∂ ∂t ∂ ∂t u ρ d∀ + ∫ (4) SC v ρ d∀ + VC ∫ ∫ G G u ρ V .dA w ρ d∀ + VC ∫ G G v ρ V .dA (5) SC ∫ G G w ρ V .dA (6) SC Para utilizar as equações escalares, é necessário, inicialmente, escolher um sistema de coordenadas. Os sentidos positivos das componentes da velocidade, u, v e w, e as componentes das forças, Fx, Fy e Fz, são então estabelecidos em relação ao sistema de G G G coordenadas selecionado. O termo V ρ V .dA da Eq. (3) é um produto de duas quantidades que têm, ambas, sinais algébricos. Sugere-se que um procedimento em duas etapas seja realizado para determinar o fluxo da quantidade de movimento através de uma porção qualquer de uma superfície de controle: G G G G a) determinação do sinal de ρ V .dA , ou seja, ρ V .dA = ρ V dA cos α = ± ρ V dA cos α ; b) determinação do sinal de cada componente da velocidade u, v e w. O sinal, que depende da escolha do sistema de coordenadas, deve ser considerado quando se G G substituir os valores numéricos nos termos u ρ V .dA = u {± ρ V dA cos α }, e assim por diante. Fonte: Fox, R.W. & McDonald, A.T., 2005. Introdução à Mecânica dos Fluidos. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 5ª Edição. Aula 5 – Complementos de Mecânica dos Fluidos Equações Básicas na Forma Integral para um Volume de Controle (Parte B) 2