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ISSN - 0103-6688
ABNT
Maio 2012 | volume 10 | nº 117
Segurança é fundamental
Do campo à mesa, as normas técnicas de segurança de alimentos
protegem os consumidores de contaminações e suas consequências
danosas. Aliadas a regulamentos, ainda agregam qualidade e
confiança para toda a cadeia de suprimentos.
Cursos
Destaques de maio e junho de 2012
Acessibilidade a edificações mobiliário espaços e equipamentos
urbanos - ABNT NBR 9050:2004
São Paulo – 23, 24 e 25/05
Passivo ambiental em solo e água subterrânea: Investigação confirmatória - ABNT NBR 15515-2:2011
São Paulo - 04 e 05/06
Aplicação da norma ABNT NBR 10151:2000 ao controle do ruído no
meio ambiente - Conceitos, procedimentos e uso de instrumentos de
medição
Brasília – 17 e 18/05
São Paulo – 21 e 22/06
Responsabilidade social - ABNT NBR 16001:2004 e
ABNT NBR ISO 26000:2010
Rio de Janeiro – 04 e 05/06/06
Porto Alegre – 28 e 29/06
Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais
ABNT NBR 15635:2008
São Paulo – 18 e 19/06
Sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle
(APPCC) - ABNT NBR NM 323:2010
São Paulo – 11 e 12/06
Regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação RDC 216:2004
São Paulo – 14 e 15/06
Cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais
ABNT NBR 14565:2007
São Paulo - 04 e 05/06
Sistemas de gestão da energia - Requisitos com orientações para uso
ABNT NBR ISO 50001:2011
São Paulo - 04 e 05/06
Auditoria interna da qualidade (ABNT NBR ISO 9001:2008) - Diretrizes
para auditoria de sistemas de gestão - ABNT NBR ISO 19011:2012
São Paulo - 24 e 25/05
Rio de janeiro – 13 e 14/06
Indústrias do petróleo, gás natural e petroquímica - Sistemas de
gestão da qualidade específicos do setor - Requisitos para organizações de fornecimento de produtos e serviços
ABNT ISO/TS 29001:2010
São Paulo - 28/05
BPL - Boas Práticas de Laboratórios
São Paulo – 11 e 12/06
Sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho
OHSAS 18001:2007
Rio de Janeiro – 21 e 22/06
Implantação do plano de gerenciamento de resíduos de saúde –
PGRSS
São Paulo - 28 e 29/05
Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas
ABNT NBR 5419:2005
Porto Alegre - 22 e 23/05
Rio de Janeiro – 26 e 27/06
Aplicação de gerenciamento de risco a produtos para a saúde
ABNT NBR ISO 14971:2009
São Paulo - 31/05 e 01/06
Sistemas de aterramento, projeto, construção, medições e
manutenção
São Paulo - 16, 17 e 18 /05
Auditor líder em Sistemas de gestão da segurança da informação
(ABNT NBR ISO/IEC 27001:2005) - Diretrizes para auditoriais de sistema de gestão - ABNT NBR ISO/IEC 19011:2012
São Paulo – 18, 19, 20, 21 e 22/06
Introdução às instalações elétricas em atmosferas explosivas
ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 1: Ambientes com gases e
vapores inflamáveis
Rio de Janeiro - 17/05
Gestão de riscos de segurança da informação
ABNT NBR ISO/IEC 27005:2008
São Paulo - 24 e 25/05
Introdução às instalações elétricas em atmosferas explosivas
ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 2: Ambientes com pós combustíveis
Rio de Janeiro - 18/05
Curto circuito, coordenação e seletividade em MT
ABNT NBR 14039:2005 e BT - ABNT NBR 5410:2004
São Paulo – 11, 12 e 13/06
Gestão de riscos - Princípios e diretrizes - ABNT NBR ISO 31000:2009
São Paulo - 17 e 18/05
Brasília – 12 e 13/06
Trabalhos Acadêmicos
Brasília - 15 e 16/05
Porto Alegre -05 e 06/06
Rio de Janeiro – 18 e 19/06
Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio
Sistemas de Gestão Ambiental - ABNT NBR 14004:2005
São Paulo - 31/05 e 01/06
Gestão de Riscos e Crises Ambientais
São Paulo - 04 e 05/06
Sistema integrado de gestão (Qualidade, Meio ambiente e Saúde e
segurança ocupacional)
São Paulo – 17 e 18 /05
Governança corporativa de tecnologia da informação
ABNT NBR ISO/IEC 38500:2009
São Paulo – 14/06
Etiquetagem de têxteis com ênfase na norma
ABNT NBR NM ISO 3758:2010
São Paulo - 15 e 16/05
Otimização das compras de têxteis hospitalares
São Paulo - 12 e 13/06
Meios de hospedagem – Sistema de gestão da sustentabilidade –
Requisitos - ABNT NBR 15401:2006
Rio de Janeiro - 31/05 e 01/06
Gases Efeito Estufa - Princípios e requisitos para a quantificação e
elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito
estufa (GEE) - ABNT NBR ISO 14064:2007
São Paulo – 21 e 22/05
Veja a programação completa no site: www.abnt.org.br
Informações e inscrições: [email protected] Tel.: (11) 2344 1722 / 1723
[ Editorial ]
Alimentos seguros ao consumidor
F
ocada na segurança e na qualidade dos alimentos produzidos e comercializados no
país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atua no controle sanitário
de forma coordenada com estados e municípios em todo o território nacional. Em
sintonia com esse trabalho, as normas técnicas têm oferecido importante contribuição para
que a sociedade tenha à disposição alimentos realmente seguros.
A Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos (ABNT/CEE-104) tem se dedicado à elaboração de diversas normas com o objetivo de estabelecer parâmetros para
o controle na contaminação dos alimentos, destacando-se entre elas a ABNT NBR ISO
22000:2006 e a ABNT NBR 15635:2008.
Usando como base o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC),
as boas práticas e os controles operacionais essenciais (higienização, tratamento térmico,
resfriamento, manutenção e distribuição), essas normas promovem o controle da contaminação alimentar, desde o campo até a mesa do consumidor.
Entretanto, torna-se fundamental também qualificar o profissional do setor. Por isso, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) disponibiliza normas que possibilitam aos
trabalhadores em serviços de alimentação a conquista de um certificado de competência.
É o caso da ABNT NBR 15033:2004, voltada ao manipulador de alimentos, e a ABNT NBR
15048:2004, direcionada a quem exerce função de supervisão.
Com o objetivo de disseminar a importância da certificação, a ABNT e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) desenvolveram um projeto que já
resultou na aprovação de 120 estabelecimentos nas cidades que vão receber a Copa de
2014. Para as empresas certificadas, além de poderem atestar a eliminação de riscos de
contaminação alimentar, a certificação trouxe uma série de benefícios, tais como melhora
na qualidade da matéria-prima, redução do desperdício, aumento da competitividade e
satisfação do cliente.
Segurança de alimentos é coisa séria. Governo, empresas e entidades de classe concordam
que, aliadas à legislação, as normas técnicas da ABNT ajudam a garantir alimentos seguros
aos consumidores.
Ricardo Fragoso
Diretor-geral
boletim
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ABNT
Maio 2012 | volume 10 | nº 117
CONSELHO DELIBERATIVO:
Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa
Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra
São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e
Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland
(ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Sindicato da Indústria de
Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo (SINAEES), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO),
Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos
Elétricos S/A / Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas
e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE),
Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Comando-Geral de
Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado
de São Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: MÉTRON Acústica Engenharia
e Arquitetura Ltda., / Sócio Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Con-
selho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros:
ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 –
Cimento, concreto e agregados, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem
CONSELHO FISCAL
Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira
da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas
Segurança é fundamental
Do campo à mesa, as normas técnicas de segurança de alimentos
protegem os consumidores de contaminações e suas consequências
danosas. Aliadas a regulamentos, ainda agregam qualidade e
confiança para toda a cadeia de suprimentos.
[ Sumário ]
Capas Boletim.indd 10
03/05/2012 11:20:02
03 [ Capa ]
Segurança é fundamental
09 [ Entrevista ]
Sempre vigilantes
12 [Artigo]
ISO 9001 completa 25 anos
13 [Institucional]
Vestibilidade para homens
Garantia de qualidade
Mais um benefício aos associados
Obras com rapidez e eficiência
16 [Dúvidas]
Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello
Lettière Pilar
CONSELHO TÉCNICO:
Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)
DIRETORIA EXECUTIVA:
Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso ([email protected]) / Diretor de Relações Externas
– Carlos Santos Amorim Júnior ([email protected]) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme
Tolstoy De Simone ([email protected])/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista
Teixeira ([email protected])
ESCRITÓRIOS:
Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ –
Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 ([email protected]) – São Paulo:
Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 –
Fax (11) 3017.3633 ([email protected]) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007
– 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 ([email protected]) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF
– Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 ([email protected]) – Paraná: Rua
Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento.pr@
abnt.org.br) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto
Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 (atendimento.poa@
abnt.org.br) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/
BA – Telefone: (71) 3329-4799 ([email protected])
EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT:
Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares / Publicidade: [email protected] / Coordenação, Redação e Revisão: Monalisa Zia
(MTB 50.448) Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa, Redação e
Revisão: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375) / Boletim ABNT: Maio 2012 – Volume 10 – Nº117 / Periodicidade: Mensal /
Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: RP Diagramação ([email protected]) / Impressão:
Type Brasil.
PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:
www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633
17 [ Turismo e Normalização ]
ISO/ TC 2228 reúne-se em Seul
18 [ Consumidor ]
A presença do PET
20 [ Foco na MPE ]
Por boas práticas nos serviços de alimentação
Da inovação ao sucesso
22 [ Negócios ]
Capacitação ofere novos cursos na área ambiental
Redes de proteção
Seus produtos com valor agregado
23 [ Normalização em Movimento ]
ABNT NBR ISO/IEC 31010
Playgrounds em Consulta Nacional
ABNT NBR 13883:2012
ABNT ISO TS 22002-1
Manejo florestal
Brasil no ISO/IEC JTC 1
ABNT NBR ISO 19011:2012
24 [ Notícias da Certificação ]
Parceria entre ABNT e Simespi
Rótulo Ecológico ABNT
Página na internet
Curso de Rotulagem
Gojo daz divulgação
25 [ Fique por Dentro ]
28 [ Certificações ]
[ Capa ]
Segurança é fundamental
Do campo à mesa, alguns cuidados são essenciais para evitar a contaminação dos alimentos.
As normas técnicas ajudam a cadeia de suprimentos a oferecer produtos seguros, que não
ameacem a saúde do consumidor.
Q
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maio | 2012
Paulo Bruno, coordenador da ABNT/CEE-104
A ABNT NBR ISO 22000:2006 é direcionada para organizações de qualquer setor envolvido direta ou indiretamente com a cadeia produtiva de alimentos: agropecuária, indústria, transporte, distribuição e serviços
de alimentação, identificando os perigos potenciais à
segurança do produto desde a obtenção da matériaprima até o consumo.
A norma tem como base o Sistema de Análise de
Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), reconhecido internacionalmente, assim como os pré-requisitos e boas práticas (conjunto de técnicas e recomendações para realizar determinada atividade), que
tornam possível estabelecer o controle das etapas de
preparo de alimentos. “Além disso, o processo de gestão descrito pela ABNT NBR ISO 22000:2006 constitui
uma estratégia de trabalho que promove a melhoria
contínua do Sistema”, afirma o coordenador da ABNT/
CEE-104 e assessor técnico da Diretoria de Educação
Profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-Departamento Nacional), Paulo Bruno.
Os diretores da Dzetta - Projetos & Consultoria,
assessores técnicos do Programa Alimentos Seguros
(PAS) e membros da ABNT/CEE-104, Cristina Prata
Neves e Paschoal Guimarães Robbs, ressaltam que na
produção de alimentos seguros o objetivo é eliminar
ou minimizar qualquer risco à saúde do consumidor.
“Em vista disso, as normas técnicas são fundamentais para padronizar procedimentos, operações
e cuidados para a produção de alimentos com os perigos controlados (inócuos) e de qualidade”, justifica
Cristina.
Os assessores ainda comentam que a organização
que faz uso de normas técnicas de alimentos está
agregando mais segurança e qualidade ao seu produto. “Isso pode ser usado como uma eficaz ferramenta
de marketing para o seu negócio”, observa Robbs.
Além da ABNT NBR ISO 22000:2006, fazem parte da “família” as seguintes normas: ABNT ISO/
TS 22004:2006, Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Guia de aplicação da ABNT NBR
ISO 22000:2006; ABNT ISO/TS 22003:2007, Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para organismos de auditoria e certificação de
sistemas de gestão da segurança de alimentos; e
boletim ABNT
uem costuma fazer refeições fora de casa precisa redobrar a atenção, buscando alimentos que tenham qualidade nutricional e não
ofereçam riscos à saúde. Mas também nos
lares essa preocupação deve ser mantida, pois basta
um descuido em um dos elos da cadeia de suprimentos para que a segurança seja ameaçada. A adoção de
boas práticas, desde o campo até o comércio varejista
e os serviços que oferecem alimentos processados, é
fundamental. E as normas técnicas contribuem para a
disseminação de métodos de controle da contaminação.
No acervo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) há documentos que atendem toda a cadeia
de suprimentos, como embalagens, máquinas, análise
de alimento e bebidas, controle de temperatura alimentar e competência pessoal em serviço de alimentação. Destacam-se as normas elaboradas pela Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos
(ABNT/CEE-104), como a ABNT NBR ISO 22000:2006,
Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva
de alimentos e a ABNT NBR 15635:2008, Serviços de
alimentação - Requisitos de boas práticas higiênicosanitárias e controles operacionais essenciais.
[ Capa ]
“O processo de gestão descrito pela ABNT NBR ISO
22000:2006 constitui uma estratégia de trabalho que
promove a melhoria contínua”
zação interna do estabelecimento, incluindo saudáveis
hábitos de educação continuada.
Refeição fora do lar
boletim ABNT
4
maio | 2012
Cristina Prata Neves, assessora técnica do Programa
Alimentos Seguros (PAS)
ABNT NBR ISO 22005:2008, Rastreabilidade
na cadeia produtiva de alimentos e rações
- Princípios gerais e requisitos básicos para
planejamento e implementação do sistema.
Prontos para consumo
A ABNT NBR 15635:2008, Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias
e controles operacionais essenciais é destinada a organizações que trabalham com alimentos prontos para o
consumo. “A norma trata das Boas Práticas, conforme
a legislação em vigor no Brasil, e alguns controles operacionais essenciais (higienização, tratamento térmico,
resfriamento, manutenção e distribuição), promovendo o controle de contaminação alimentar”, explica o
coordenador da ABNT/CEE-104, Paulo Bruno.
A legislação a que Bruno se refere é o Regulamento
Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovado pela Resolução - RDC nº 216 em 2004.
O documento abrange os procedimentos que devem
ser adotados nos serviços de alimentação, a fim de
garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento
preparado.
“A ABNT NBR 15635:2008 atende melhor às micro
e pequenas empresas de alimentos que ainda não
trabalham com uma ferramenta de segurança de alimentos e precisam entrar nesse universo, qualificar e
certificar seu serviço”, informa Bruno.
O coordenador enfatiza que a implantação das normas de alimentos seguros reduz efetivamente as perdas de matéria-prima e favorecem uma melhor organi-
Todos os elos da cadeia produtiva do alimento,
desde o plantio, colheita, criação/abate, transporte,
armazenagem, embalagem, distribuição, manipulação
até o serviço de refeições devem adotar medidas para
disponibilizar um alimento seguro, controlando os perigos à saúde do consumidor.
“Cada elo da cadeia deve controlar os perigos sob
sua responsabilidade, e o consumidor deverá também
aplicar em casa regras importantes para que o produto
adquirido continue sendo seguro. Por isso, a segurança dos alimentos vai da produção no campo à mesa”,
salienta Paschoal Guimarães Robbs.
Mas, quais são as garantias do consumidor que se
alimenta fora do lar? Representante de um setor que
reúne aproximadamente um milhão de empresas e
gera seis milhões de empregos diretos em todo o país,
a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estimula o setor a aplicar normas técnicas, além
das boas práticas e da legislação vigente para serviços
de alimentação.
Paschoal Guimarães Robbs, assessor técnico do
Programa Alimentos Seguros (PAS)
“Recomendamos que se orientem por normas,
porque elas ensinam a fazer o que é tecnicamente
correto. O empresário economiza no uso de matériaprima, adquire conhecimento de como fazer corretamente a higienização dos alimentos e também garante
maior agilidade e produtividade ao estabelecimento”,
ressalta o presidente da Abrasel-SP, Joaquim Saraiva
de Almeida.
[ Capa ]
“A ABNT NBR 15635:2008 atende melhor às micro e pequenas
empresas de alimentos que ainda não trabalham com uma
ferramenta de segurança”
Um alimento contaminado não traz apenas um
grande prejuízo para o cliente. “A imagem do restaurante é prejudicada diante de um registro de intoxicação alimentar”, alerta Almeida.
Com um aumento do número de consumidores que
fazem refeições fora de casa e diante da expectativa de
grandes eventos internacionais que serão realizados
no Brasil (Copa do Mundo em 2014 e Olimpíada em
2016), o presidente da Abrasel-SP faz uma recomendação ao setor: “Precisamos melhorar a qualidade de
nossos serviços cada vez mais. Por isso, é fundamental estimular a qualificação profissional e investir em
programas de reciclagem e que sigamos as orientações que já temos à disposição no mercado como, por
exemplo, as normas técnicas.”
estabelecimento de serviço de alimentação no setor
de turismo - Segurança de alimentos; e a ABNT NBR
15048:2004, Turismo - Supervisor que atua em
estabelecimento de serviços de alimentação no setor
de turismo - Segurança de alimentos.
A ABNT NBR 15033:2004 é voltada a profissionais que
exercem atividades de garçom, cozinheiro, bartender,
commis (ajudante de salão), confeiteiro, pizzaiolo,
entre outras. Esta norma descreve a competência
relacionada à segurança de alimentos.
Brigitte Bertin , sócia-diretora da Bioqualitas Análises de
Alimentos e Treinamentos Ltda.
“Os requisitos definidos na norma indicam que um
profissional, para ser considerado competente em
segurança de alimentos, deve ser capaz de manter
higiene pessoal ao manusear alimentos e bebidas;
conservar a adequada higiene no local de trabalho,
inclusive no que se refere à prevenção da propagação
de pragas; prevenir contaminação dos alimentos e
bebidas; e prevenir doenças transmitidas por alimentos
(DTA)”, informa o sócio-executivo da Sextante Ltda,
Guilherme A.Witte Cruz Machado, que utilizou a
norma durante a sua experiência como coordenador
do Núcleo de Certificação de Pessoas do Instituto de
Hospitalidade.
Já a ABNT NBR 15048:2004 é aplicável aos
profissionais que têm ocupações como a de maître,
chefe-executivo de cozinha, gerente de alimentos e
bebidas e outros que atuam na função de supervisão.
“Além de atender aos requisitos da norma ABNT NBR
15033:2004, o supervisor deve ser capaz de orientar
os profissionais, entender e identificar os pontos de
controle de forma que possam ser implementados
monitoramentos necessários à segurança de alimentos
em um estabelecimento de alimentos e bebidas e
orientar quanto à aplicação de medidas de controle
sempre que forem observadas falhas nos procedimen-
maio | 2012
Joaquim Saraiva de Almeida, presidente da Abrasel-SP
5
A capacitação constante do profissional é importante
para o cumprimento das boas práticas de manipulação
em todas as etapas das atividades relacionadas aos
alimentos. “Para garantir melhores condições de
segurança nos serviços de alimentação e atender à
demanda do mercado por profissionais qualificados,
foram elaboradas normas de competência para o
setor”, comenta a farmacêutica e microbiologista de
alimentos Brigitte Bertin, sócia-diretora da Bioqualitas
Análises de Alimentos e Treinamentos Ltda. e
participante de três Comissões de Estudo da ABNT.
Destacam-se nessa área as normas: a ABNT NBR
15033:2004, Turismo - Manipulador que atua em
boletim ABNT
Qualificação profissional
[ Capa ]
“A imagem do restaurante é prejudicada diante de um
registro de intoxicação alimentar”
Creditos Valdeneia BarbosaCOVISA
tos que comprometam a segurança de alimentos”, explica Machado.
Brigitte Bertin lembra que os profissionais podem
obter certificação, se atenderem aos requisitos das
normas de competência para serviços de alimentação.
“A certificação dessas competências possui reconhecimento nacional e, consequentemente, facilita o engajamento do profissional no mercado de trabalho”, ela
conclui.
boletim ABNT
6
maio | 2012
Questão de saúde pública
São inúmeros os prejuízos que o consumo de alimentos contaminados, incluindo a água não potável,
pode provocar: gastroenterite, intoxicação, lesões no
sistema digestivo e, em casos mais graves, a morte.
A Anvisa atua justamente com o intuito de promover
e proteger a saúde da população e intervir nos riscos
decorrentes da produção e do uso de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária, em ação coordenada com os estados, os municípios e o Distrito Federal.
(leia entrevista na pág. 09)
Na cidade de São Paulo, a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde, realiza ações por meio da Gerência de
Vigilância de Produtos e Serviços de Interesse à Saúde
(GPSIS), visando ao controle da qualidade dos alimentos e dos serviços a eles relacionados.
A nutricionista e técnica da Subgerência de Vigilância de Alimentos da Covisa, Martha Virginia Gewehr
Machado, explica que no ato da inspeção sanitária,
quando constatadas irregularidades que comprometem a segurança dos alimentos, as autoridades sanitárias lavram auto de infração. “Quaisquer locais, produtos, equipamentos, procedimentos que possam, direta
ou indiretamente, acarretar riscos à saúde da população, devem ser objeto de monitoramento e inspeção
sanitária”, ela informa.
Segundo a nutricionista, entre as principais irregularidades encontradas nos estabelecimentos vistoriados estão: a manipulação de alimentos crus e cozidos
concomitantemente, o que pode acarretar a contaminação cruzada (quando as bactérias presentes nas
carnes cruas e nos vegetais, bancadas e utensílios não
lavados podem ser transferidos para os pratos prontos
para o consumo); e procedimentos inadequados executados pelos manipuladores, como não lavar as mãos
quando necessário, utilizar anéis, relógios e pulseiras,
estar com as unhas longas e com esmaltes, o que dificulta a higiene correta das mãos.
Martha Virginia Gewehr Machado, técnica da
Subgerência de Vigilância de Alimentos da Covisa
“Tudo isso pode comprometer a segurança dos alimentos preparados, pois as mãos não higienizadas,
unhas longas e o hábito de falar sobre os alimentos
podem ser fontes de contaminação”, ressalta Martha
Virgínia.
Direito do consumidor
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê a
proteção da vida e da saúde contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos. Portanto, a alimentação segura também é um direito dos cidadãos.
A questão é contemplada pelo Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor (Idec) desde a sua criação.
“O objetivo primordial é ter um aumento na qualidade
dos alimentos postos no mercado de consumo
brasileiro, para isso a principal reivindicação reside
no âmbito da melhora da informação prestada pelas
empresas aos consumidores”, explica a advogada do
Idec, Mariana Ferraz.
O Idec tem uma postura permanente de exigir
melhor qualidade dos alimentos e suficiente informação nos rótulos dos produtos. “Por isso, iniciamos um programa contínuo e o Idec já realizou mais
de 50 testes de alimentos, envolvendo milhares de
produtos”, conta Mariana. Ela lista uma série de irregularidades alarmantes: azeites fraudados; farinhas, chocolates, leites pasteurizados e palmitos
contaminados por bactérias; águas minerais com excesso de flúor; alimentos dietéticos com problemas
na composição; sal de cozinha sem iodo; arroz contaminado por agrotóxicos; derivados de amendoim
com uma substância altamente cancerígena; pizzas
[ Capa ]
“Mãos não higienizadas, unhas longas e o hábito de falar sobre
os alimentos podem ser fontes de contaminação”
com excesso de aditivos e balas com aditivos proibidos
em muitos países.
A ABNT é acreditada pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) como
um Organismo de Certificação de Produtos (OCP)
para Serviços de Alimentação, conforme a norma
São inúmeros os prejuízos que o consumo de alimentos contaminados, incluindo a água não potável,
pode provocar: gastroenterite, intoxicação, lesões no
sistema digestivo e, em casos mais graves, a morte.
A Anvisa atua justamente com o intuito de promover
e proteger a saúde da população e intervir nos riscos
decorrentes da produção e do uso de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária, em ação coordenada
com os estados, os municípios e o Distrito Federal.
Na cidade de São Paulo, a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde, realiza ações por meio da Gerência de
7
boletim ABNT
maio | 2012
Benefícios da certificação
Questão de saúde pública
7
Nos testes, o Idec constatou também que cerca de
40% dos alimentos avaliados apresentaram problemas
de rotulagem e, consequentemente, descumpriram
o Código de Defesa do Consumidor. “Todos os dados
das avaliações são enviados às empresas fabricantes
que, muitas vezes, adotam medidas corretivas, como
a retirada de produtos do mercado, melhoria dos
processos de produção e mudanças na rotulagem”,
revela a advogada.
A entidade também encaminha os resultados dos
testes às autoridades responsáveis pela fiscalização
de alimentos e ao Ministério Público, quando há
configuração de crime contra o consumidor e à saúde
pública.
“Para o consumidor é fundamental que os alimentos
disponibilizados para o consumo sejam seguros tanto
sob o aspecto nutricional, quanto sanitário”, orienta a
consultora técnica do Idec, Silvia Vignola, lembrando
que é essencial que os estabelecimentos cumpram
normas compulsórias, estabelecidas pelos órgãos
reguladores governamentais.
A consultora também aponta os benefícios que a
adoção voluntária de normas técnicas pode trazer: “Ao
estabelecer parâmetros, as normas podem orientar
a atividade de estabelecimentos para atingir esse
propósito. Com a crescente preocupação ambiental,
outro critério importante é a produção sustentável
desses produtos”.
boletim ABNT
maio | 2012
Mariana Ferraz, advogada do Idec
de requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias
e controles operacionais essenciais (ABNT NBR
15635:2008). Já foram certificadas 47 empresas
participantes de um programa piloto do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae).
“Existe um contrato celebrado entre o Sebrae e a
ABNT com o objetivo de prestar serviços de auditoria,
conforme a ABNT NBR 15635:2008, visando à
certificação de 120 estabelecimentos sediados nas
doze cidades que vão receber a Copa de 2014”,
comenta o gerente comercial de Certificação de
Sistemas, Luiz Boschetti.
As empresas que atenderem de forma plena aos requisitos da norma receberão certificados com validade
de três anos. “Para garantir que os estabelecimentos
certificados continuem ajustados ao padrão normativo, serão realizadas duas auditorias de manutenção
com periodicidade anual”, informa Boschetti.
Ao longo dos próximos anos, o gerente comercial
acredita que o número de empresas interessadas na
certificação de serviços de alimentação terá um crescimento expressivo: “Isso deverá ocorrer em virtude
do aumento da fiscalização dos órgãos reguladores do
setor, da maior atenção dos consumidores às irregularidades apresentadas e da constante exposição na
mídia dos estabelecimentos flagrados na condição de
não observância dos preceitos regulatórios aplicáveis
ao setor”.
A conquista do certificado, entretanto, também
traz grandes benefícios aos serviços de alimentação. “A
certificação sinaliza, de forma inconteste, aos clientes,
fornecedores, colaboradores internos, investidores e
à concorrência, que o estabelecimento implementou
as melhores práticas aplicáveis ao segmento”, conclui
Boschetti.
[ Capa ]
boletim ABNT
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maio | 2012
“Para o consumidor é fundamental que os alimentos
disponibilizados para o consumo sejam seguros tanto sob
o aspecto nutricional, quanto sanitário”
Vigilância de Produtos e Serviços de Interesse à Saúde
(GPSIS), visando ao controle da qualidade dos alimentos e dos serviços a eles relacionados.
A nutricionista e técnica da Subgerência de Vigilância de Alimentos da Covisa, Martha Virginia Gewehr
Machado, explica que no ato da inspeção sanitária,
quando constatadas irregularidades que comprometem a segurança dos alimentos, as autoridades sanitárias lavram auto de infração. “Quaisquer locais, produtos, equipamentos, procedimentos que possam, direta
ou indiretamente, acarretar riscos à saúde da população, devem ser objeto de monitoramento e inspeção
sanitária”, ela informa.
Segundo a nutricionista, entre as principais irregularidades encontradas nos estabelecimentos vistoriados estão: a manipulação de alimentos crus e cozidos
concomitantemente, o que pode acarretar a contaminação cruzada (quando as bactérias presentes nas
carnes cruas e nos vegetais, bancadas e utensílios não
lavados podem ser transferidos para os pratos prontos
para o consumo); e procedimentos inadequados executados pelos manipuladores, como não lavar as mãos
quando necessário, utilizar anéis, relógios e pulseiras,
estar com as unhas longas e com esmaltes, o que dificulta a higiene correta das mãos.
Silvia Vignola, consultora técnica do Idec
Esforço recompensado
O proprietário da Robsdri Pizzaria. em São João
Del Rei (MG), Robson Antonio Argamim, sabe muito
bem da importância das boas práticas na manipulação
de alimentos. Ele participou do Programa Alimentos
Seguros (PAS), criado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pelo Sebrae com a adesão das demais entidades do “Sistema S” (Sesc, Sesi
e Senac), e que tem o objetivo de disseminar as boas
práticas e o Sistema APPCC em todo território nacional
por meio de seminários, cursos para técnicos, material
didático e consultorias às empresas da cadeia produtiva de alimentos.
Após o PAS, Argamim foi convidado a participar do
projeto piloto do Sebrae, recebendo consultoria da
entidade para adequar seu estabelecimento às orientações da norma ABNT NBR 15635:2008.“É muito prazeroso ouvir elogios dos clientes que conhecem as exigências e o rigor do processo de certificação, pois eles
sabem o quanto tivemos de nos esforçar. O público
tem visto nosso estabelecimento com outros olhos”,
ele comemora.
A sócia-proprietária da Pousada Villa Alferes, em
Tiradentes (MG), Mara Nascimento, passou por experiência semelhante. “Tivemos de adaptar vários aspectos da empresa, inclusive a parte física. O processo de
certificação não é fácil, depende muito da vontade do
empresário em melhorar, mas o resultado é tão visível
e satisfatório que vale a pena”, garante.
Mara lembra também da importante atuação de
consultoria prestada pelo Sebrae, que acompanhou
todas as fases de adaptação da empresa. “Não sabíamos nem preencher uma planilha. O pessoal teve
paciência em explicar e motivar a equipe para dar continuidade ao processo”, conta Mara.
O resultado de tanto esforço é facilmente percebido. “Entre os benefícios da certificação, conforme
a norma ABNT NBR 15635:2008, estão a melhoria da
qualidade dos produtos e serviços, a redução do desperdício, o aumento da competitividade e a satisfação
e fidelização do cliente”, declara a sócia-proprietária
da Pousada Villa Alferes
Fique atento!
* Ao entrar em qualquer estabelecimento que forneça alimentos, observe a limpeza do local, a organização e a presença de pragas, assim como a higiene dos
colaboradores.
* Sempre que possível, visite a cozinha do estabelecimento.
* Evite alimentos como ostras, carnes mal passadas e
maioneses, se não conhece o estabelecimento. Opte
por ovos com gema cozida (dura).
* No self service, verifique se os alimentos quentes
(por exemplo, caldos, sopas, feijão, feijoadas) estão
em equipamentos capazes de manter a temperatura
correta (mínimo de 60ºC).
* Observe se os alimentos lácteos, os embutidos e as
hortaliças são mantidos sob refrigeração.
* Na dúvida, consulte o responsável técnico pelo estabelecimento. Esse profissional responde pelos procedimentos que devem garantir a segurança dos alimentos servidos.
* A falta de higiene deve ser comunicada ao serviço
de vigilância sanitária de seu município
[ Entrevista ]
Sempre vigilantes
Para reduzir as doenças causadas por alimentos contaminados, a Anvisa busca aumentar a
segurança e a qualidade dos produtos comercializados no Brasil.
A
maio || 2012
2012
Após a Lei n° 11.346/2006, o
Brasil adota a seguinte definição
para segurança alimentar e nutricional: consiste na realização do
9
Como a Anvisa define o conceito
de segurança alimentar?
boletim ABNT
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atua no controle da
produção e da comercialização
de produtos e serviços submetidos a vigilância sanitária, assim como nos ambientes, nos
processos, nos insumos e nas
tecnologias a eles relacionados.
Sua atividade se dá de forma
coordenada com estados e municípios em todo o território nacional. A Agência também atua
no controle de portos, de aeroportos e de fronteiras, lidando
com questões na área de vigilância sanitária internacional.
A Gerência-Geral de Alimentos (GGALI) da Anvisa coordena
programas e iniciativas voltadas
para segurança alimentar, prevenção e controle da obesidade,
redução do sódio e qualidade
nutricional dos alimentos. “Nosso objetivo é promover modos
de vida e alimentação adequada e saudável para a população
brasileira”, informa a biomédica
e gerente-geral de Alimentos da
Agência, Denise Resende.
Em entrevista ao Boletim
ABNT, ela aborda a questão da
segurança alimentar e da saúde
pública, as boas práticas para
a fabricação e o preparo de
alimentos e a contribuição de
normas técnicas na garantia de
produtos seguros e na conquista
de maior credibilidade das empresas entre seus clientes.
Denise Resende, gerente-geral de Alimentos da Anvisa
direito de todos ao acesso regular
e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente,
sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares
promotoras de saúde que respeitem
a diversidade cultural e que sejam
ambiental, cultural, econômica e
socialmente sustentáveis. Dentro
desse conceito abrangente, a qualidade nutricional e sanitária aparece
como um dos componentes indissociáveis da segurança alimentar.
E, mais especificamente, quando
tratamos da qualidade sanitária
estamos remetendo o alimento
seguro ao consumo, sem contaminantes e outros agentes intrínsecos
que possam causar danos à saúde.
O componente relativo à qualidade sanitária dos alimentos também é conhecido como inocuidade ou segurança
dos alimentos.
Por que a segurança alimentar é uma
questão de saúde pública?
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), há
a ocorrência anual de 1,2 bilhão de
episódios diarreicos e 2,2 milhões de
óbitos associados ao consumo de alimentos contaminados. Apesar de sabermos que, no Brasil, os dados que
dispomos sobre doenças associadas
ao consumo de alimentos (conhecidas pela sigla DTA) são subnotificados, segundo o Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Ministério
[ Entrevista ]
boletim
boletim ABNT
ABNT
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10
maio
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2012
“A qualidade nutricional e sanitária aparece como um dos
componentes indissociáveis da segurança alimentar”
da Saúde, há uma média de
568.341 casos de DTA por ano. Os
maiores prejuízos da DTA recaem
sobre os consumidores, que nas
formas agudas apresentam sintomas comuns (diarreia, vômito,
náuseas, dor de cabeça, cólicas)
os quais comprometem sua qualidade de vida e capacidade laboral, e outros mais graves e menos
frequentes, com sequelas maiores
(efeitos neurológicos, danos graves
aos rins, abortos, entre outros). Há
ainda efeitos cumulativos, principalmente associados à presença de
substâncias tóxicas e consequência
de reincidências de quadros agudos. Desses, destacamos efeitos
carcinogênicos, neurológicos e ou
associados a doenças reumáticas.
Mas os prejuízos não estão restritos ao consumidor. Hoje os critérios de segurança dos alimentos
são requisitos essenciais para ganhar mercados e, sob outra ótica,
com a melhoria dos sistemas de
alertas e comunicação, o eventual envolvimento de uma empresa
em um surto ou evento associado
a seu produto repercute cada vez
mais, trazendo sérios prejuízos financeiros e quebrando uma frágil
relação de confiança com o consumidor.
O que são as boas práticas para
fabricação e serviços de alimentação?
As empresas que fabricam e preparam alimentos devem incorporar
na sua prática medidas que permitam garantir aos seus consumidores
alimentos cada vez mais seguros.
Essas medidas passam por todo o
processo de fabricação e preparo,
incluindo as condições estruturais
e a conscientização de seus colaboradores. Uma das principais medidas necessárias é a seleção de sua
matéria-prima (de seus fornecedores), colocando o aspecto sanitário
como critério primeiro para essa
seleção. A partir de então, todas as
etapas de produção ou preparo devem incorporar medidas de controle que possam minimizar ou eliminar os perigos, com foco naquelas
que são mais críticas. As empresas
devem ir além de seu processo,
conscientizando os agentes futuros
dessa cadeia a fim de que as medidas necessárias em fase ulterior
também sejam adotadas. Nessa
abordagem geral, estamos falando
essencialmente das boas práticas
de fabricação e preparo de alimentos. Estamos, ainda, reforçando
todos os princípios do Sistema de
Análise de Perigos e Pontos Críticos
de Controle (APPCC), que continua
sendo uma das ferramentas mais
poderosas na prevenção de problemas sanitários. Mas não podemos nos esquecer de observar as
exigências previstas na legislação
sanitária, afinal, elas contêm os deveres das empresas na garantia de
alimentos mais seguros para a população. Sinteticamente, e na ótica
da vigilância sanitária, as boas práticas para a fabricação e preparo de
alimentos são procedimentos que
devem ser adotados por indústrias
e serviços de alimentação a fim de
garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos preparados com a legislação
vigente.
Por que é importante a capacitação
contínua do pessoal envolvido em
qualquer etapa da cadeia produtiva de alimentos?
As pessoas são um elo essencial em todo o processo de produção e preparação de alimentos,
assumindo importância crítica ao
desempenhar atividades que são
imprescindíveis na prevenção de
riscos associados aos alimentos.
Além disso, o pessoal também representa uma importante fonte de
contaminação para o alimento, por
isso mesmo deve ter uma conduta
muito bem estabelecida. Ou seja,
requer um processo de contínua
sensibilização e capacitação a fim
de evitar desvios de conduta que
normalmente estão associados à
falta de conhecimento.
A Anvisa também se dedica à orientação sobre boas práticas nutricionais. Quais são elas?
As Boas Práticas Nutricionais
(BPN) são medidas que visam
orientar os serviços de alimentação (estabelecimento no qual o
alimento é manipulado, preparado, armazenado e/ou exposto à
venda) na preparação de alimentos com menores teores de açúcar,
gordura trans, gordura saturada e
sódio, contribuindo para uma alimentação mais saudável. A adoção
das BPN é voluntária. O pão francês foi o primeiro alimento a ter
um Guia de Boas Práticas Nutricionais. Esse alimento é um dos que
mais contribui para a ingestão de
sódio pela população, pois é tradicionalmente consumido no café da
manhã e, às vezes, no lanche. As
associações representantes dos setores produtivos e os órgãos de vigilância sanitária estão divulgando
o Documento de Referência para
Guias de Boas Práticas Nutricionais
da Anvisa, que apresenta modelo
para elaboração de guias específicos para preparo de alimentos.
De acordo com recomendação da
OMS, a redução do consumo de sal
para 5 gramas/dia, por exemplo,
diminuiria em 10% a pressão arterial da população brasileira, em
15% os óbitos por acidente vascular
cerebral e em 10% os óbitos por infarto. Com essa redução, 1,5 milhão
de brasileiros não precisariam de
medicação para hipertensão e a expectativa de vida dos hipertensos
seria aumentada em até quatro
Acreditados (OIVA), os Organismos de Inspeção Acreditado
[ Entrevista ]
“No Brasil há uma média de 568.341 casos de doenças
associadas ao consumo de alimentos por ano”
anos. Mais informações podem ser
obtidas no site da Anvisa.
Como a Anvisa atua na fiscalização
de fabricantes de alimentos e estabelecimentos comerciais?
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou
uma série de normas sobre segurança alimentar, como a ABNT
NBR ISO 22000:2006 e ABNT NBR
15635:2008. Em sua opinião, de
que forma as normas técnicas podem auxiliar fabricantes e serviços
Ambas as normas técnicas são certificáveis. Como a senhora avalia esse
tipo de certificação?
Essa certificação é um tipo de
resposta legítima e independente
do setor regulado a demandas do
mercado ou de outras partes interessadas, sendo, portanto, dissociado do papel regulatório das autoridades governamentais. Inclusive,
uma das vantagens desses tipos de
auto-regulação é a capacidade e ou
sensibilidade de identificar necessidades ou demandas não absorvidas
pelas autoridades governamentais.
De modo que a certificação encontra uma forte convergência com os
interesses da saúde pública ao atribuir um valor diferencial às empresas que se preocupam com a gestão
da segurança de alimentos.
Que conselho a senhora dá para
fabricantes e comerciantes sobre a
importância da segurança alimentar?
Assumam os cuidados com a inocuidade e a qualidade nutricional dos
alimentos como principal estratégia
para sobrevivência e crescimento
em um mercado cada vez mais competitivo.
maio | 2012
As vigilâncias sanitárias, ao identificar irregularidades, seguem o rito
previsto na Lei Federal nº 6437/77,
combinado com os seus códigos locais. Ao final do processo administrativo sanitário, a empresa pode
sofrer uma série de sanções, como
cancelamento de registros ou autorizações, apreensão de produtos,
interdição da produção e ou multas.
Coube a área de alimentos a coordenação do Grupo de Trabalho
no âmbito da Anvisa, instituído pela
Portaria nº 1.201, de 18/08/11, para
fins de organização das ações de vigilância sanitária relativas a Eventos
em Massa. Para efeito dessa Portaria
consideram-se Eventos em Massa
as atividades coletivas que por motivo comum reúnam elevado contingente de pessoas vindas de todas
as partes do país e ou do mundo.
Baseando-se no risco potencial dos
alimentos preparados nos serviços
de alimentação e do comércio de
alimentos em vias e espaços públicos, a Anvisa desenvolveu um projeto que focaliza ações prioritárias
de intervenção nesses segmentos,
com o objetivo de garantir a oferta
de alimentos seguros ao consumo
e minimizar a repercussão negativa
de eventuais surtos alimentares durante a realização da Copa de 2014
e Olimpíada de 2016. Os órgãos de
vigilância sanitária estaduais e municipais, das cidades que serão sede
desses eventos no Brasil, estão elaborando um plano de ação específico, em que estão contempladas as
atividades de inspeção nos serviços
de alimentação.
Essas normas incorporaram requisitos que já estão previstos em
legislação, entretanto, foram bem
além dos aspectos legais. Ou seja,
elas incorporaram outros requisitos
que já foram absorvidos no mercado, quer seja como tendência ou
forma de sobrevivência à competitividade crescente. Assim sendo,
elas normalmente servem de apoio
àquelas empresas que querem garantir maior credibilidade entre
seus clientes ou mesmo ampliar
mercados. Para a vigilância sanitária, focamos em um benefício principal: elas contribuem para a oferta
de alimentos mais seguros à população.
11
Qual é a ação da vigilância sanitária,
durante uma inspeção, quando encontrada alguma irregularidade?
Diante de dois grandes eventos internacionais, a Copa do Mundo em
2014 e a Olimpíada em 2016, a Anvisa pretende realizar alguma ação
especial voltada aos estabelecimentos de serviços de alimentação?
de alimentação?
boletim ABNT
A Anvisa, por meio da GGALI, exerce um papel de coordenador das
atividades de controle de alimentos
realizadas pelos entes do Sistema
Nacional de Vigilância Sanitária. Em
outras palavras, a GGALI não atua
diretamente na fiscalização de fabricantes de alimentos e estabelecimentos comerciais, excetuando os
casos em que o apoio é solicitado
pelo órgão de vigilância sanitária. As
atividades de inspeção de fabricantes de alimentos e estabelecimentos
comerciais são uma responsabilidade das vigilâncias sanitárias estaduais ou municipais, dependendo da
forma de organização do serviço em
cada Estado. Como parte da função
de coordenador, a GGALI desenvolve atividades que visam aprimorar
a harmonização de procedimentos
entre os serviços de vigilância sanitária, define alguns temas prioritários que devem ser tratados em âmbito nacional e, principalmente, define requisitos comuns por meio de
seus atos normativos. A fiscalização
é parte indissociável do processo
regulatório, é o exercício do poder
delegado pela sociedade para fazer
cumprir os requisitos de produção
necessários à garantia de alimentos
mais seguros ao consumo.
Importante reforçar que, nesse processo, estão previstos instrumentos
que permitem à empresa autuada
exercer seu direito à ampla defesa e
ao contraditório.
[ Artigo ]
ISO 9001 completa 25 anos
boletim ABNT
12
maio | 2012
* Por Oceano Zacharias
E
m 26 de março de 1987, foi
oficialmente lançada a primeira norma da família ISO
9000. Enquanto para nós era uma
novidade, para os Estados Unidos e
muitos países da Europa ela surgiu
como uma velha conhecida: era a BS
5750 com outro nome. Mas isto não
tirou o brilho do lançamento, afinal
oficializava-se a primeira norma com
foco em qualidade de abrangência
internacional, com aval plurinacional.
Um belíssimo primeiro passo!
Qualidade é um fenômeno mercadológico que ocorre nas situações
em que a oferta supera a curva de demanda. Aqui no Brasil, nos anos 80,
devido ao “fechamento dos portos”,
a curva de oferta raramente atendia
ao potencial de demanda – portanto
não vivenciávamos a qualidade em
sua plenitude. De qualquer forma
uma época interessante, porque tomávamos conhecimento de alguns
movimentos que a qualidade exercia
em países mais desenvolvidos, aterrissando por aqui o Programa “5 S”, o
CCQ (grupos de debate), o TQM (qualidade total) etc.
A condição dos países desenvolvidos no início dos anos 90, de oferta
acima de demanda, já havia transformado o freguês em cliente, e as
empresas precisavam evidenciar,
principalmente para os países importadores, que tinham procedimentos
garantindo a qualidade conforme requisitos do cliente. Com isto a versão
de 1994 teve uma aceitação muito
maior que a da sua antecessora: em
um ano houve mais certificações do
que nos sete primeiros anos.
Por outro lado, esta nova norma
estava demasiadamente atrelada
à anterior, tanto no aspecto de ser
estratificada para organizações (Inspeção e Testes 9003, Produção 9002
e Projeto 9001), como e também na
formalidade do controle da qualidade – reminiscência das normas de
qualidade de origem militar; a estratificação propiciou que muitas empresas optassem indevidamente pela
ISO 9002 para fugirem do famigerado
4.4 exigido pela ISO 9001, enquanto
o formalismo da norma gerou dois
grandes insucessos: procedimentos
burocráticos que empapelavam as organizações e a atividade denominada
pomposamente de Auditoria Interna,
que nada mais era do que uma inspeção de conferência documental tipo
“cara-crachá”. Estas fraquezas seriam
futuramente evidenciadas quando
as organizações necessitassem fazer
a adequação para a versão seguinte
(2003 foi o único ano da história da
9000 que se encerrou com queda no
total de certificações!).
O ano 2000 foi um marco! Um ano
cheio de zeros, bruxos prevendo o final dos tempos, o bug do milênio (o
tal do bug 2k) e até artigos sobre este
novo milênio que esqueciam que o
novo milênio seria só no ano seguinte! E no meio disto tudo nasce a nova
versão oferecendo uma abordagem
absolutamente distinta e distante da
antecessora, agora muito moderna
com jargão atualizado. Esta norma
possibilitou enormes vantagens, desde a abertura à desburocratização até
a ênfase em processo propriamente
dito.
A norma atual, de 2008, é praticamente igual à versão de 2000, porém
com melhorias terminológicas e adequações à ISO 14000 e traz principalmente correções e ajustes na definição de “produto” (que estava errada
na de 2000 por incompatibilizar com
o conceito de processo), nos objetivos da qualidade que de “coerentes”
devem ser agora “consistentes” com
a política da qualidade e na exigência de análise crítica da “eficácia” das
ações preventiva e corretiva – pena
que todos estes pontos passam totalmente despercebidos na maioria das
auditorias.
Para encerrar, merece o comentário de que temos hoje uma ISO
9001 muito boa, madura e atualizada
aos ditames da Gestão Empresarial.
Lamentável é saber que muitas empresas ainda não utilizam esta norma como ferramenta de ganho e de
controle, mas apenas como um mal
necessário
* Oceano Zacharias é consultor e palestrante em Gestão Empresarial
[ Institucional ]
Vestibilidade para homens
A ABNT NBR 16060:2012 chegou para facilitar o mercado de roupas masculinas.
A
boletim ABNT
13
Nova norma traz benefícios às confecções e aos consumidores
Maria Adelina observou que uma
norma ISO de 1987 já preconizava a
importância de se considerar a altura da criança, levando-se em conta
ainda a etnia e a faixa etária. Ou seja,
já naquela época havia consenso de
que era impossível limitar a grade de
tamanhos aos tipos físicos convencionais. Esta constatação guiou a elaboração da ABNT NBR 15800:2009,
que traz anexa uma tabela com 24
medidas diferentes, e da ABNT NBR
16060:2012, com 18 medidas.
“Nosso objetivo não é reiventar a
roda, mas disseminar um conhecimento já aplicado por algumas empresas”, destacou a superintendente. Sem restringir a criatividade dos
modelistas, a norma orienta que as
roupas masculinas, incluindo as de
malha e de banho, contenham em
etiquetas, tags ou na própria embalagem indicações das medidas do
corpo ao qual as peças se destinam,
além da grade tradicional de tamanhos.
Na ABNT NBR 16060:2012, Vestuário — Referenciais de medidas do
corpo humano — Vestibilidade para
homens corpo tipo normal, atlético
e especial, as empresas encontrarão, por exemplo, as referências em
centímetros dos perímetros do quadril e da cintura e do comprimento
de pernas para a confecção de uma
calça. E esta orientação vale também
para o consumidor que, conhecendo
as suas medidas, não terá de usar os
provadores das lojas e pode comprar
roupas pela internet, sem risco de errar no tamanho.
Na avaliação de Maria Adelina, as
confecções vão adotar o novo sistema de medidas, que beneficia produtores e consumidores. “A norma
promove a qualidade e a confiança”,
ela assegurou, já anunciando que o
próximo trabalho do ABNT/CB-17,
previsto para começar ainda neste
semestre, será a norma de vestibilidade para o público feminino. “Teremos o desafio da diversidade de
peças e a vantagem da experiência
da elaboração das duas normas anteriores”, concluiu
maio | 2012
Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) realizou evento em São Paulo,
no dia 18 de abril, para lançamento
da norma de vestibilidade para homens, que vinha gerando grande expectativa no mercado. Inovadora no
segmento de vestuário masculino, a
ABNT NBR 16060:2012 oferece referências de medidas dos tipos físicos
normal, atlético e especial, trazendo
benefícios para as confecções, o comércio e os consumidores.
O diretor de Relações Externas da
ABNT, Carlos Santos Amorim Junior,
abriu o evento destacando que a
norma, de aplicação voluntária, trará
muitas vantagens ao setor. “Ela deverá contribuir, principalmente, para
que as empresas de pequeno porte
tenham acesso ao conhecimento”,
ele afirmou.
Em breve, 20 mil exemplares de
uma cartilha sobre a nova norma,
com o título “Que roupa se encaixa
ao tamanho do meu corpo?” serão
disponibilizados por meio da parceria
entre a ABNT e o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae).
A superintendente do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/
CB-17), Maria Adelina Pereira, ao
iniciar a apresentação da ABNT NBR
16060:2012, afirmou que o mercado precisava de uma iniciativa desse
tipo, devido à mudança do biótipo
do brasileiro, que exige maior variedade de opções. A partir dessa percepção é que foi elaborada a ABNT
NBR 15800:2009, sobre vestuário
para bebê e infanto-juvenil, fazendo
crescer a curiosidade das confecções
quanto à norma de vestibilidade para
homens.
[ Institucional ]
Garantia de qualidade
A plataforma elevatória veicular Ellevare, fabricada pela gaúcha Pegg, recebe certificação da
ABNT.
boletim ABNT
14
maio | 2012
A
Pegg Ltda., uma empresa
de Caxias do Sul (RS) que se
dedica ao desenvolvimento
de produtos e componentes para a
indústria, especialmente encarroçadores de ônibus, obteve em janeiro
deste ano a Marca de Conformidade ABNT para a sua plataforma para
ônibus Ellevare, destinada ao deslocamento de pessoas com mobilidade reduzida. Concluiu, assim, um
processo desafiador, cujo resultado
o diretor técnico Jairo Pellenz define
como “fantástico”.
Pioneira no mercado, a Ellevare
constitui-se de plataforma elevatória e rampa de acesso veicular,
apresentando como aspecto mais
inovador a tração elétrica. Está em
conformidade com duas Normas
Brasileiras: a ABNT NBR 15646:2011,
Acessibilidade - Plataforma elevatória veicular e rampa de acesso veicular para acessibilidade em veículos
com características urbanas para o
transporte coletivo de passageiros Requisitos de desempenho, projeto,
instalação e manutenção; e a ABNT
NBR 15570:2011, Transporte — Especificações técnicas para fabricação
de veículos de características urba-
nas para transporte coletivo de passageiros.
O projeto de certificação foi desenvolvido de 2007 a 2008, com base nas
duas normas técnicas, mas apenas
em agosto de 2011 a Pegg iniciaria
o processo, concluído em dezembro,
ou seja, no prazo de cinco meses, e
que lhe daria direito de receber, em
janeiro, o certificado com a Marca de
Conformidade ABNT.
A empresa enfrentou alguns desafios, como o desenvolvimento do
produto de acordo com as normas
técnicas, sem alterar a qualidade,
mas com um novo conceito e a custo
reduzido. Para Jairo Pellenz, o resultado valeu todo o esforço empreendido.
“A certificação significa a concretização de um projeto, a garantia da
qualidade de nosso produto e o atendimento às normas da ABNT, então
considero essa conquista como algo
fantástico”, entusiasma-se o diretor
técnico.
Com mais de 20 anos de experiência no mercado, a Pegg já fornecia
produtos para empresas de transporte público. Logo que recebeu o certificado da ABNT, iniciou um processo
visando à comercialização de suas
plataformas para fabricantes de carrocerias de ônibus.
Estimulada pela conquista, a empresa agora se prepara para obter a
certificação de seu sistema de gestão
da qualidade, em conformidade com
a ABNT NBR ISO 9001:2008. “Dessa
forma, vamos comprovar que a Pegg
se destaca pela busca de novas tecnologias, que tornam seus produtos
mais competitivos no mercado, mais
práticos na sua operação e ecologicamente corretos”, conclui Jairo Pellenz
Mais um benefício aos associados
Neste mês de maio, a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) passou a oferecer mais
um benefício aos seus associados: a visualização de
normas antes da aquisição.
“O serviço estará disponível pelo site www.abnt.
org.br , e os associados poderão utilizá-lo com o CNPJ
e senha, que são fornecidos a todos quando fazem
a adesão. Para apresentarmos o novo benefício
enviaremos uma correspondência informando a
senha e o acesso ao sistema”, afirma Roberto Santos,
gerente de Articulação Nacional.
O objetivo desse novo benefício é melhorar e
facilitar o acesso e a pesquisa de normas a todo o
quadro associativo.
Para facilitar o entendimento, o assessor de TI,
Nelson Al Assal, explica passo a passo como o sistema
vai funcionar:
• O serviço permitirá ao associado a prévisualização da norma técnica, por uma vez, por um
tempo limite, suficiente para que ele leia rapidamente
e verifique se é a norma adequada para a compra.
• O associado tem permissão para clicar em um
botão VISUALIZE ANTES DE COMPRAR e se autenticar.
Para isso ele necessita ter a plataforma java instalada
em seu computador (computadores em geral já tem
isso pré-instalado).
• A norma abre normalmente por um tempo de
15 segundos por página (ex: 20 pg -> 300 segundos
ou 5 minutos) respeitando um limite de no máximo
10 minutos.
Caso algum associado tenha dificuldade basta
contatar a área de TI pelos telefones (11) 3017.3642 /
3601 ou pelo e-mail [email protected]
[ Institucional ]
Obras com rapidez e eficiência
Nova norma da ABNT orienta a construção de paredes de concreto moldadas no local, em
formas removíveis.
A
boletim ABNT
15
maio | 2012
Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT)
publicou, no dia 10 de abril,
a ABNT NBR 16055:2012, Parede
de concreto moldada no local para
a construção de edificações —
Requisitos e procedimentos, que
deverá auxiliar muito as construtoras
do país, nestes tempos em que
canteiros de obras surgem por toda
parte.
O sistema construtivo não é novo,
já foi muito usado no Brasil e no
exterior, de acordo com Arnoldo
Wendler, coordenador da Comissão
de Estudo do Comitê Brasileiro
da Construção Civil (ABNT/CB-02)
responsável pela elaboração da
norma. Mas a iniciativa da ABNT vem
ao encontro do atual momento do
setor.
“Estamos em uma fase de ampla
utilização porque o sistema depende
da execução de uma grande
quantidade de unidades e com
velocidade. Hoje o mercado brasileiro
oferece estas condições para a
utilização deste sistema construtivo”,
observa Wendler.
Algumas características da norma:
utilização de formas removíveis:
utilização de concreto de densidade
normal; concretagem simultânea
de paredes e lajes; utilização de
telas soldadas nas paredes e todas
as suas ligações; e incorporação
de elementos construtivos, desde
que aprovados pelo engenheiro de
estruturas.
Canteiro de obras em diferentes fases da construção de paredes: quantidade e velocidade
A opção por formas removíveis,
como destaca o coordenador,
permite o seu uso repetidas vezes.
A construção das paredes tem a
seguinte sequência:
• montagem das armaduras,
instalações elétricas e outros
elementos construtivos incorporados;
• colocação de formas de paredes,
escoramentos e forma de laje;
• complementação da armadura de
laje e elétrica;
• concretagem de todo o conjunto;
• retirada das formas no dia seguinte,
para reutilização.
A norma, por sinal, também
estabelece requisitos para as formas.
“No capítulo 18, temos condições de
resistência, rigidez e estanqueidade
das formas, assim como do processo
de montagem e desmontagem”,
informa Wendler.
A ABNT NBR 16055:2012 pode
ser adotada por empresas de
diferentes portes, que tenham
empreendimentos com um número
elevado de unidades e que possam
se utilizar da velocidade do processo,
mas Arnoldo Wendler alerta: “É
de extrema importância a correta
especificação, dosagem, lançamento
e cura do concreto, material básico
do sistema”. Atendidos os requisitos
da norma, estarão asseguradas
a rapidez, a economia com a
reutilização da forma e a qualidade
de acabamento
[ Dúvidas ]
1.Gostaria de saber qual norma da ABNT traz informações sobre o
método de determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO)
em águas.
Carlos Eduardo Risonho – Globe Química S.A. – Cosmópolis – SP
16
2.Peço que me informem qual norma da ABNT trata de cores de segurança para os locais de trabalho.
Fernando Fernandez – Volkswagen do Brasil – Taubaté – SP
A indicação dos riscos por meio de cores não dispensa o emprego
de outras formas de prevenção de acidentes.
3.Gostaria de saber se existe na ABNT alguma norma técnica
para cadeira plástica.
Karina Keron – Secretaria Municipal de Assistência Social – São
José do Rio Preto – SP
A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 14776:2001 - Cadeira plástica monobloco - Requisitos e métodos de ensaio,
que especifica os métodos de ensaio e os requisitos exigíveis para aceitação das cadeiras plásticas monobloco.
A Norma define cadeira plástica monobloco como aquela produzida em uma única etapa, com as costas em
posição fixa, sem partes móveis, com ou sem braço,
pelo processo de injeção, destinada ao assentamento
de uma pessoa.
Observamos que a sensação de conforto
térmico é essencialmente subjetiva. Devido
às grandes variações individuais, fisiológicas e
psicológicas, não é possível determinar condições
que possam proporcionar conforto para 100% das
pessoas.
Os parâmetros estipulados nesta parte da ABNT NBR 16401
definem o ambiente térmico em que a maioria da pessoas
(80% ou mais), de um grupo homogêneo em termos de atividade física e tipo de roupa usada, é suscetível de expressar satisfação em relação ao conforto térmico. Esta parte da ABNT NBR
16401 aplica-se a pessoas adultas, em boa saúde, que estejam no
recinto há mais de 15 minutos.
5.Preciso saber qual norma da ABNT é usada para identificação de
tubulações por cores (por exemplo: água, água de combate a incêndio, vapor, ar comprimido etc.)
Isaias Caldas – I.C.A. Assessoria e Consultoria S/S Ltda. – Três Rios – RJ
Claudio da Rocha – Autônomo – Fortaleza – CE
A ABNT responde: A norma de seu interesse é a ABNT NBR 6493:1994
- Emprego de cores para identificação de tubulações, que fixa as condições exigíveis para o emprego de cores na identificação de tubulações
para a canalização de fluidos e material fragmentado ou condutores
elétricos, com a finalidade de facilitar a identificação e evitar acidentes.
A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 16401-2:2008 - Instalações
de ar-condicionado - Sistemas centrais e unitários - Parte 2: Parâmetros de conforto térmico. Esta parte da ABNT NBR 16401 especifica os
Esta Norma aplica-se à identificação de tubulações de maneira geral e
pode ser complementada por normas específicas, indicadas pela necessidade de determinadas atividades.
4.Qual norma da ABNT dá os parâmetros aceitáveis
de climatização em ambientes de escritório?
maio | 2012
A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR ABNT NBR 7195:1995 –
Cores para segurança, que fixa as cores que devem ser usadas para
prevenção de acidentes, sendo empregadas para identificar e advertir contra riscos.
parâmetros do ambiente interno que proporcionem conforto
térmico aos ocupantes de recintos
providos de ar-condicionado.
16
boletim ABNT
A Norma define demanda bioquímica de oxigênio (DBO) como sendo
a quantidade de oxigênio necessária para a oxidação biológica e química das substâncias oxidáveis contidas na amostra, nas condições de
ensaio.
boletim ABNT
maio | 2012
A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 12614:1992 - Águas - Determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) - Método de incubação (20°C, cinco dias) - Método de ensaio, que prescreve o método de
determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) em amostras
de coleções líquidas em geral, efluentes domésticos e industriais, Iodos
e água de mar.
[ Turismo e Normalização ]
ISO/TC 228 reúne-se em Seul
Para seu conhecimento
Esta seção é destinada à divulgação de processos,
termos e curiosidades utilizados na Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e relacionados
à normalização. Nesta edição destacamos a norma
ABNT NBR 9050:2004, sobre Acessibilidade.
Desde 2004, a ABNT NBR 9050 (versão corrigida
em 2005) é um instrumento que estabelece critérios
e parâmetros técnicos a serem observados quando
do projeto, construção, instalação e adaptação de
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos às condições de acessibilidade, de modo a
garantir que todas as pessoas possam se orientar e
se deslocar facilmente em um ambiente, permitindo
segurança e independência a todos. Esta norma está
sendo revisada em breve o projeto será submetido à
Consulta Nacional
17
boletim ABNT
maio | 2012
abstenções. Os países que votaram a
favor com comentários foram: Brasil,
França, Malásia, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Trinidad e Tobago,
enquanto que os países que votaram
negativo foram: Finlândia, Alemanha
e Reino Unido.
Os comentários recebidos serão
analisados na próxima reunião, onde
será decidido por consenso se os projetos de norma de turismo de aventura passarão para a fase de DIS, que
é a penúltima e a mais abrangente
em termos de participação, antes da
publicação como norma ISO.
O WG 10 - Environmentally friendly
accommodation establishments vai
se reunir para analisar os comentários feitos à primeira minuta de documento, que recebeu contribuições da
Suíça e do Reino Unido. A reunião anterior, que foi realizada em novembro
de 2011, na Turquia, teve uma pequena participação. Agora será, realmente, a primeira oportunidade para
se analisar com mais profundidade os
trabalhos que estão a ser desenvolvidos por este grupo de trabalho.
O Brasil enviará uma delegação à
Coréia do Sul e participará de todas
as reuniões
17
do da votação desses documentos:
ISO/CD 14489-1 – Safe Delivery of
Adventurous Activity – Parte 1: Risk
Management, ISO/CD 14489-2 – Safe
Delivery of Adventurous Activity –
Parte 2: Leader Competence e ISO/
CD 14489-3 – “Safe Delivery of Adventurous Activity – Parte 3: Information to Clients.
De uma forma geral, os projetos de
norma foram bem recebidos pelos
membros da ISO. O ISO/CD 14489-1
contou com 16 votos a favor, sendo
7 votos de aprovação com comentários (Brasil, França, Malásia, Holanda,
Nova Zelândia, Espanha e Trinidad e
Tobago), 3 votos contra (Finlândia,
Alemanha e Reino Unido) e 17 abstenções.
O ISO/CD 14489-2 recebeu 15 votos a favor, sendo 8 votos de aprovação com comentários, 4 contra e 16
abstenções. Os países que votaram a
favor com comentários foram Barbados, Brasil, França, Malásia, Holanda,
Nova Zelândia, Espanha e Trinidad e
Tobago, enquanto os votos negativos
foram dados por Dinamarca, Finlândia, Alemanha e Reino Unido.
O ISO/CD 14489-3 contou com 17
votos a favor, sendo 7 votos de aprovação com comentários 3 contra, 16
boletim ABNT
março | 2012
O
comitê técnico ISO/TC 228
– Tourism reúne-se em
Seul, na Coréia do Sul, nos
dias 20 a 25 de maio. Nesse periodo,
além da Plenária, haverá reuniões de
seis grupos de trabalho: WG2 – Health tourims services; WG3 – Tourist
information and reception services
at Tourist Information Offices; WG5
– Beaches; WG6 – Natural protected
areas ; WG7 – Adventure tourism; e
WG10 – Environmentally friendly accommodation establishments.
Vários desses grupos estão desenvolvendo normas de requisitos de
serviços as quais, em alguns casos,
incluem prescrições de sistemas de
gestão. Estas terão de ser reavaliadas
em virtude de uma decisão do Technical Management Board (ISO/TMB),
que esclarece a política da ISO de
que normas de serviços não podem
ter requisitos de sistemas de gestão
e normas de sistemas de gestão não
podem ter requisitos de desempenho de serviços. Este é o caso dos
WG2, WG3, WG 5 e WG 6.
Quanto ao WG 7 – Adventure Tourism, que é liderado pelo Brasil, os
documentos foram votados na fase
de Committee Draft (CD). No dia 29
de março, foi divulgado o resulta-
[ Consumidor ]
A presença do PET
boletim ABNT
18
maio | 2012
Q
ue atire a primeira pedra quem nunca usou
ou comprou uma embalagem PET! O produto chegou ao
Brasil em 1988, sendo utilizado
primeiramente na indústria têxtil.
A partir de 1993 passou a ter forte
expressão no mercado de embalagens, principalmente para os refrigerantes. Atualmente o PET está
presente no acondicionamento de
diversos tipos de bebidas, óleo de
cozinha etc.
O PET – Poli (Tereftalato de
Etileno) - é um poliéster, polímero termoplástico. É considerado o
melhor plástico para fabricação de
embalagens de produtos comestíveis, cosméticos, medicamentos,
produtos de higiene, entre outros.
Devido à alta resistência de impacto e química, é capaz de conter os
mais diversos produtos com total
higiene e segurança, tanto para o
conteúdo quanto para o consumidor.
Para garantir os atributos e a
qualidade do PET, os fabricantes
podem se basear em normas técnicas. A ABNT disponibiliza as seguintes normas:
ABNT NBR 15395:2006, Garrafa
soprada de PET para refrigerantes
e águas - Requisitos e métodos de
ensaio. Esta norma estabelece os
requisitos mínimos de qualidade
e os métodos de ensaio exigíveis
para garrafas sopradas de PET, personalizadas ou genéricas, não retornáveis, destinadas ao acondicionamento de refrigerantes e águas.
ABNT NBR 15410:2006, Tampas
plásticas com rosca para acondicionamento de refrigerantes e água
- Requisitos e métodos de ensaio.
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e os métodos de
ensaio para tampas plásticas com
rosca, não dotadas de bico dosador, para garrafas para acondicionamento de refrigerantes e água.
O PET oferece vários benefícios.
Para os consumidores, é extremamente leve e 100% reciclável, podendo ser facilmente separado de
outros produtos. Para a indústria
e o comércio, evita desperdício de
material, embalagem e produto e
possui ótima resistência química,
permitindo o envase de variados
líquidos. E para o meio ambiente
o sistema de fechamento eficiente
também traz a sua contribuição.
Pode-se dizer que o PET é ambientalmente correto, porque é inerte e
não gera chorume em lixões e ater-
ros, o que preserva a água subterrânea e os rios. Por ser muito leve,
exige o mínimo de matéria-prima
na sua fabricação, além de economizar combustível e minimizar a
emissão de gases de efeito estufa.
Ao comprar produtos oferecidos em embalagens de PET e ao fazer o descarte correto, o consumidor contribuir para a preservação
do meio ambiente e também para
a geração de empregos na área da
reciclagem.
O Organismo de Normalização
Setorial de Embalagem e Acondicionamento Plásticos (ABNT/ONS51) é o responsável pelas normas
referentes ao assunto. Para mais
informações basta entrar em contato com o analista responsável
Rodrigo Canosa (rodrigo.canosa@
abnt.org.br)
boletim ABNT
19
maio | 2012
[ Foco na MPE ]
Por boas práticas nos serviços de alimentação
boletim ABNT
20
maio | 2012
N
ão importa o tamanho da
empresa. Se ela atua no
mercado de serviços de
alimentação, deve colocar a segurança em primeiro lugar, guiando-se
por normas técnicas. E não faltam
incentivos às boas práticas, como o
Programa Alimentos Seguros (PAS),
que o Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mantém em parceria com o
Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai) e outras entidades do chamado Sistema “S”.
As empresas da área de alimentos que participam do PAS são conscientizadas da importância de implementar a ABNT NBR 15635:2008
- Serviços de alimentação - Requisitos de boas práticas higiênicosanitárias e controles operacionais
essenciais. A recompensa é a certificação concedida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), além do reconhecimento
dos clientes, que têm a garantia de
receber produtos de qualidade, livres de contaminações.
Pequenos empreendedores,
mesmo aqueles que se lançam no
mercado confiantes em seus processos artesanais para a preparação de alimentos, não podem ignorar as orientações oferecidas pelas
normas técnicas. A coordenadora
da Comissão de Estudos de Segurança de Alimentos da ABNT, Brigitte Bertin, assegura que as micro
e pequenas empresas (MPE) também podem aplicar a ABNT NBR ISO
22000:2006 - Sistemas de gestão da
segurança de alimentos - Requisitos
para qualquer organização na ca-
deia produtiva de alimentos, normaque é considerada mais complexa.
“Qualquer fabricante de produtos
alimentícios pode implantar, implementar e manter a norma de
Gestão da Segurança de Alimentos.
No entanto algumas empresas precisam buscar apoio externo para
auxiliá-las na implantação e isso
pode ser feito por consultores especializados ou com treinamentos
para a capacitação de seus próprios
profissionais”, afirma Brigitte, justificando que, apesar de não ser difícil, a implantação é trabalhosa e
requer conhecimento técnico.
Para facilitar a tarefa das empresas, existe a ABNT NBR ISO
22004:2006 - Sistemas de gestão
da segurança de alimentos - Guia
de aplicação da ABNT NBR ISO
22000:2006. Brigitte comenta que
este Guia está sendo revisado na
ISO e em breve será disponibilizado, como uma ótima ferramenta de
ajuda. “Já existe um CD em inglês
distribuído pela ISO chamado How
to Use ISO 22000, e o guia em ela-
boração vai ser baseado nesta ferramenta”, ela informa.
Especialista em microbiologia
de alimentos, Brigitte alerta que
as empresas devem garantir a segurança dos produtos que oferecem,
primeiramente, certificando-se de
que as Boas Práticas estejam bem
implementadas (pré-requisitos). Ela
ensina: “Depois devem implantar o
Sistema APPCC (Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle) e
utilizar um modelo de gestão para
gerenciar isso tudo, que é a própria
ABNT NBR ISO 22000”.
De acordo com a coordenadora, é obrigatório que os alimentos
não ofereçam riscos à saúde nem
à integridade dos consumidores. “A
ABNT NBR ISO 22000:2006 estabelece os requisitos que as empresas
devem atender para dar esta garantia, ou seja, quando ela obtém
a certificação, significa que atingiu
este objetivo e oferece produtos
seguros para o consumo”, conclui
Brigitte Bertin
[ Foco na MPE ]
Da inovação ao sucesso
N
maio | 2012
MPE, que pode adotar essa postura
desde seus momentos iniciais”, ele
alerta.
A utilização da ABNT NBR ISO
9001:2008, sobre gestão da qualidade, por exemplo, pode ser uma iniciativa de inovação, que ocorrerá se a
empresa for bem sucedida no mercado a partir do atendimento aos requisitos estabelecidos na Norma.
Félix argumenta que “se o empreendedor, ao implementar a boas práticas apresentadas na Norma ,obtiver
mais lucro, maior competitividade ou
outro resultado positivo, então ele
provavelmente implementou também alguma inovação de gestão”.
De acordo com Júlio Félix, é muito
importante que as empresas, especialmente as MPE, adotem a prática
de consultar, aplicar e ter sempre
atualizadas as normas relacionadas às
suas atividades: “Os empresários precisam ter em mente que ali reside o
estado da arte dos conhecimentos de
suas atividades e é por esse caminho
que podem melhorar muito sua competitividade”
21
de Tecnologia do Paraná (Tecpar).
“Associar a inovação com grandes
empresas, como a Apple ou a Petrobras, estruturadas e com grandes
orçamentos, é correto, mas não significa que pequenas empresas ou
empreendimentos recém criados
não possam inovar. Pelo contrário, é
muito comum pequenas empresas
começarem ao identificar uma oportunidade de negócio e inovar a partir
daí”, comenta Felix, lembrando que
esse é o caso típico das empresas em
incubadoras tecnológicas.
Coordenador da Comissão de Estudo Especial de Gestão de Pesquisa, Desenvolvimento e Informação
(ABNT/CEE-130), Júlio Félix ensina
que é preciso criar um ambiente propício à inovação para que ela seja possível, independentemente do porte
da empresa.
“Por meio da aplicação de técnicas,
ferramentas e conhecimentos sistematizados, a empresa passa a fazer a
gestão de seu processo de inovação,
que a transforma profundamente.
Isso é ainda mais importante para a
boletim ABNT
A empresa até pode ter se
lançado no mercado trabalhando com um produto ou
processo bem sucedido em outras
organizações. Afinal, o pequeno empreendedor, que começa com capital
reduzido, não quer e nem pode correr riscos, principalmente quando ele
já tem um nicho definido, com retorno financeiro suficiente para pagar as
contas e manter um certo padrão de
vida. Mas, até quando? Se as exigências dos clientes crescem, é preciso
acompanhá-las.
Ao contrário daqueles que ousam,
identificam tendências e até se antecipam a elas, quem se mantém na
estrada reta, com medo de se perder,
pode estar renunciando a boas surpresas ao fim de um atalho. A busca
pelo novo nem precisa ser um lance
genial.
Na maioria das vezes, basta uma
simples mudança de rumo, seja em
grandes corporações, seja em micro e
pequenas empresas (MPE). O que importa é que haja um ambiente favorável para a inovação, como ensina Júlio
Felix, diretor-presidente do Instituto
[ Negócios ]
Redes de proteção
O mercado de redes de proteção para edificações
já conta com uma Norma Brasileira, com três partes.
Fabricantes e instaladores podem aplicar os requisitos da norma para garantir a proteção de pessoas,
principalmente as crianças, em janelas, sacadas, mezaninos, escadas e outros locais que exigem maior
cuidado contra o risco de queda fortuita.
São as seguintes as partes da norma:
• ABNT NBR 16046-1:2012, Redes de proteção para
edificações - Parte 1: Fabricação da rede de proteção,
que especifica os requisitos mínimos para fabricação
de redes de proteção como, por exemplo, que o material utilizado seja resistente a impactos e a tração;
• ABNT NBR 16046-2:2012, Redes de proteção para
edificações - Parte 2: Corda para instalação da rede
de proteção, que especifica os requisitos mínimos do
conjunto de fios não metálicos torcidos ou trançados,
utilizado para a fixação da rede de proteção;
• ABNT NBR 16046-3:2012, Redes de Proteção para
Edificações - Parte 3: Instalação, que contempla o
procedimento para instalação da rede, observando os
cuidados necessários quanto ao substrato em que ela
será instalada (alvenaria, madeira, estrutura metálica), o espaçamento máximo entre os elementos de
fixação e entre a rede e o substrato, além de outros
aspectos
Seus produtos com valor agregado
A ABNT vem oferecendo um novo serviço para
promover produtos de empresas que se utilizam de
Normas Técnicas nas suas atividades. É a norma patrocinada. Ao associar sua marca a uma norma técnica, a empresa tem a oportunidade de promover seus
produtos e, ao mesmo tempo, disseminar o conhecimento técnico consolidado.
Entre em contato conosco pelo email claudinei@
abnt.org.br e conheça as formas de aliar seus produtos a uma norma da ABNT
maio | 2012
boletim ABNT
22
zadores de alimentos; RDC 216:2004 -Regulamento
técnico de boas práticas para serviços de alimentação; RDC 17:2010 - Boas práticas para a fabricação de
medicamentos; RDC 59:2000 - Boas práticas de fabricação de produtos médicos; NIT DICLA 035 - Requisitos Gerais para laboratórios segundo os princípios
das BPL; NIT DICLA 036 - Papel e responsabilidade do
diretor de estudos em BPL; NIT DICLA 037 - Aplicação
dos princípios de BPL a estudos de curta duração; DICLA 038 - A aplicação dos princípios BPL a sistemas
informatizados; NIT DICLA 040 - Fornecedores e BPL;
NIT DICLA 043: - Aplicação dos princípios da BPL à Organização e ao Gerenciamento de Estudos em Múltiplas Localidades (Multi -site).
Os cursos de auditoria interna baseados na nova
norma ABNT NBR ISO 19011:2012 – Diretrizes para
auditorias de sistemas de gestão já estão ocorrendo.
Tratam de auditoria da qualidade, ambiental, de segurança da informação e na área de alimentos
22
A grade de cursos na área ambiental foi ampliada
para melhor atender á demanda, passando agora a
contar com os seguintes títulos: Passivo ambiental em
solo e água subterrânea: Avaliação preliminar - ABNT
NBR 15515-1:2007 Versão corrigida:2011 e Investigação confirmatória - ABNT NBR 15515-2:2011; Gestão
de Riscos e Crises Ambientais; Diretrizes gerais sobre
princípios, sistemas e técnicas de apoio - Sistema de
Gestão Ambiental - ABNT NBR ISO 14004:2005; Gases
Efeito Estufa - Princípios e requisitos para a qualificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) - ABNT NBR ISO
14064:2007, Política Nacional de Resíduos para a Indústria, Saúde e Setor Público e Implantação do plano
de gerenciamento de resíduos de saúde – PGRSS.
Para complementar os conhecimentos dos participantes dos cursos da ABNT, foram agregados treinamentos sobre regulamentos técnicos, tais como: RDC
275:2002 - Estabelecimentos produtores/industriali-
boletim ABNT
maio | 2012
Capacitação oferece novos cursos na área ambiental
[ Normalização em Movimento ]
ABNT NBR ISO/IEC 31010
Foi publicada, no dia 4 de abril, a ABNT NBR ISO/IEC
31010:2012, Gestão de riscos - Técnicas de Segurança
para o processo de avaliação de riscos. Após meses
de trabalho da Comissão de Estudo Especial de Gestão de Riscos (ABNT/CEE-63), já está à disposição da
sociedade a adoção da ISO/IEC 31010, cujo escopo é
apoiar a ABNT NBR ISO 31000:2009 e fornecer orientações sobre a seleção e aplicação de técnicas sistemáticas para o processo de avaliação de riscos.
ABNT NBR 13883:2012
No dia 4 de abril, foi publicada a nova versão da
ABNT NBR 13883:2012, Segurança de artigos para
festas - Requisitos e métodos de ensaio. Esta Norma
determina os critérios técnicos para a realização de
ensaios para artigos de festas e aplica-se a artigos de
festas novos e no estado em que são comercializados.
ABNT ISO TS 22002-1
Foi publicada no final de abril a ABNT ISO/TS
22002-1, Programa de pré-requisitos na segurança
de alimentos – Parte 1: Processamento industrial de
alimentos, uma especificação técnica internacional
elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Segurança de Alimentos.
Manejo florestal
O Projeto de Norma 103:000.00-003/01, Florestas
urbanas – Manejo de árvores, arbustos e outras plantas lenhosas – Parte 1: Poda e o Projeto de Revisão
da ABNT NBR 14789, Manejo florestal sustentável
— Princípios, critérios e indicadores para plantações
florestais, da Comissão de Estudo Especial de Manejo
Florestal, foram encaminhados no início de maio para
Consulta Nacional, por 60 dias.
Brasil no ISO/IEC JTC 1
O Brasil será representado em mais uma reunião
plenária do ISO/IEC JTC 1 SC 7 – Information Technology - Software and systems engineering, na semana
de 19 a 25 de maio, que acontecerá na ilha de Jeju
(Coréia do Sul). Também haverá participação brasilei-
ra na reunião plenária do ISO/IEC JTC 1 SC 38 – Information Technology - Distributed application platforms and services (DAPS), marcada para o período de
21 a 25 de maio, em Berlim (Alemanha).
ABNT NBR ISO 19011:2012
A nova versão da ABNT NBR ISO 19011, Diretrizes
para auditoria de sistemas de gestão foi publicada
em abril. A Norma fornece orientação sobre auditoria
de sistemas de gestão e é aplicável a todas as orga-
nizações que necessitem realizar auditorias internas
ou externas de sistemas de gestão ou gerenciar um
programa de auditoria.
maio | 2012
23
(Playgrounds - Parte 6: Instalação); e 120:000.00001/7 (Playgrounds - Parte 7: Inspeção, manutenção
e utilização). Estes documentos deverão cancelar
e substituir a ABNT NBR 14350-1 (Segurança de
brinquedos de playground Parte 1: Requisitos e
métodos de ensaio) e ABNT NBR 14350-2 (Segurança
de brinquedos de playground Parte 2: Diretrizes para
elaboração de contrato para aquisição/fornecimento
de equipamento de playground).
23
boletim ABNT
A norma para playgrounds, com sete partes, está
circulando em Consulta Nacional. Os Projetos são os
seguintes: 120:000.00-001/1 (Playgrounds - Parte
1: Terminologia); 120:000.00-001/2 (Playgrounds Parte 2: Requisitos de segurança); 120:000.00-001/3
(Playgrounds - Parte 3: Requisitos de segurança para
pisos absorventes de impacto);
120:000.00-001/4 (Playgrounds - Parte 4: Métodos
de ensaios); 120:000.00-001/5 (Playgrounds - Parte
5: Projeto da área de lazer); 120:000.00-001/6
boletim ABNT
maio | 2012
Playgrounds em Consulta Nacional
[ Notícias da Certificação]
Rótulo Ecológico ABNT
Página na internet
Foram certificadas recentemente com o Rótulo
Ecológico ABNT as seguintes empresas: Artline (mobiliário de escritório); Beaulieu (extensão de escopo
para inserir outra linha de carpete Vivencio); e a reformadora de pneus Paludo
Está disponível, a todos os interessados, uma página na internet dedicada exclusivamente ao Rótulo
Ecológico ABNT, contendo empresas certificadas,
perguntas mais frequentes sobre o assunto e muitas outras informações: www.abntonline.com.br/
rotulo
Curso de Rotulagem
Gojo faz divulgação
A ABNT, representada por Andréia Oliveira, participou do workshop “Como começar, desenvolver e promover um programa de Rotulagem ambiental Tipo 1”,
realizado em Bangkok, na Tailândia, nos dias 5 a 7 de
março. O evento teve o objetivo de estimular a troca
de experiências entre os organismos de certificação a
respeito do Programa de Rotulagem Ambiental (Ecolabelling)
A Gojo América Latina realizará evento em São
Paulo, no dia 29 de maio, para divulgação do Rótulo Ecológico ABNT conquistado para a sua linha
de higienizadores Purell® (higienizador instantâneo
para as mãos em gel e espuma) e também o higienizador Gojo Mild Foam Hand Wash Fragrance
Free
setembro | 2011
24
boletim ABNT
estimula a busca da melhoria contínua. Ele lembrou
que as empresas que se propõem a implantar um
SGQ têm como objetivo principal a satisfação de seus
clientes, e para que isto ocorra buscam assegurar a
qualidade dos seus produtos, processos e serviços,
beneficiando-se com a melhoria da produtividade e
aumento da competitividade. A certificação é também um indicador para os consumidores de que o
produto, processo ou serviço atende a padrões mínimos de qualidade.
Antonio Parente fez a entrega do Certificado de
Conformidade de Sistema de Gestão da Qualidade às
seguintes empresas: Equipe Indústria Mecânica Ltda.;
Gromar Indústria e Comércio Ltda.; Morel Modelação Real Ltda. – EPP; Mutti Equipamentos Industriais
Ltda.; e Vectra Indústria e Comércio de Peças Agrícolas Ltda. Na ocasião, o próprio Simespi também recebeu seu certificado
24
Surgem os primeiros resultados do Acordo de Cooperação realizado entre a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) e o Sindicato das Indústrias
Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico, Eletrônico, Siderúrgicas e Fundições de Piracicaba, Saltinho e Rio das Pedras (Simespi). No dia 16 de março,
o sindicato realizou evento, em Piracicaba (SP), para
homenagear as empresas associadas que já eram
certificadas e as primeiras que obtiveram a certificação da ABNT para seus Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) em conformidade com a ABNT NBR ISO
9001:2008.
O presidente do Simespi, Tarcisio Angelo Mascarim,
falou sobre o programa denominado “Simespi Rumo
à ISO”, que oferece aos associados, gratuitamente,
consultoria e orientação no processo de implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, visando à
conquista da certificação.
Por sua vez, o representante da ABNT, Antonio S.
Parente, destacou a importância da certificação, que
boletim ABNT
maio | 2012
Parceria entre ABNT e Simespi
[ Fique por Dentro ]
Reuniões das Comissões de Estudo
ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial ABNT/CEE-124
MAIO
Escadas Transportáveis
21
ABNT/CEE-146
Mercado Voluntário de Carbono 24
ABNT/CEE-174
Análise Sensorial
16
ABNT/CEE-166
Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário
3
ABNT/CEE-166
Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário
4
ABNT/CEE-161
Blindagem e Sistema de Blindagem ABNT/CEE-135 8
Radiações Ionizantes
16
ABNT/CEE-157
Microbiologia de Alimentos 17
ABNT/CEE-72
Tabaco e Produtos de Tabaco 29
ABNT/CEE- 111
Responsabilidade Social 23
ABNT/CEE- 111
Responsabilidade Social 24
ABNT/CEE-168
Símbolos Gráficos
ABNT/CEE-109
25
Segurança e Saúde Ocupacional
ABNT/CEE-94
29
Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas
30
março | 2012
25
boletim ABNT
ABNT/CEE-162
4
Análises Químicas de Cobre e Níquel
8
ABNT/CEE-24
Sistemas de Detecção e Alarme Contra Incêndio
ABNT/CEE-106
11
Análises Ecotoxicológicas
ABNT/CE 21:038.00
12,13 e 14
Plataformas e Serviços de Aplicartivos Distribuídos 13
Recursos Hídricos
ABNT/CEE-97
13
Gestão de Segurança para Cadeia Logística
13
Elaboração de Orçamentos e Formação de Preços de Empreendimentos de Infraestrutura
[ Novos Sócios ] 16/03/2012 a 15/04/2012
Nome / Razão Social
Alexandre Beraldi Santos
Categorias
INDIVIDUAL ESTUDANTE
Assis Moura Ehealth Informática Ltda.
COL. CONTR.M.EMP.
Associação Educacional Nove de Julho
COLETIVO MANTENEDOR
CISABRASILE Ltda.
COLETIVO CONTR. - C
CNH Latin América Ltda.
COLETIVO CONTR. - A
Eber Sanzovo Santiago
INDIVIDUAL
Geanne Gomes de Moura
COL. CONTR.M.EMP.
Human SP Ltda EPP
COL. CONTR.M.EMP.
Luceplus Importadora de Produtos Elétricos Ltda.
COL. CONTR.M.EMP.
Pandora Informática Ltda.
COLETIVO CONTR. - C
Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná
COLETIVO CONTR. - D
SPQR Tecnologia da Informação Ltda Me
COL. CONTR.M.EMP.
Suzana Casa da Silva
INDIVIDUAL
Victor de Paula Brandão Aguiar
INDIVIDUAL
14
maio | 2012
ABNT/CEE-65
Sistemas de Prevenção Contra Explosão ABNT/CEE-81
25
ABNT/CEE-80
boletim ABNT
JUNHO
[ Fique por Dentro ]
Eventos
Lançamento da Norma ABNT NBR 16501:2011 – Diretrizes para sistemas de gestão da pesquisa, do desenvolvimento e da
inovação (PD&I)
8 de maio de 2012
Horário: 15h
Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 – Meireles – Fortaleza – CE.
Inscrições: [email protected]
26
Feiras
FENASAN - Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente
XXIII Encontro Técnico AESabesp
06 a 08 de Agosto de 2012
Local: Expo Center Norte - Pavilhão Branco
Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo/SP
Para mais informações: www.fenasan.com.br
Apoio
CNASI - Congresso Latino-Americano de Auditoria de TI, Segurança da Informação e Governança
14 e 15 de Maio de 2012 - 9ª. Edição - Local Brasília/DF
16 e 17 de Julho de 2012 - 2ª. Edição - Local Recife/PE
23 a 24 de Outubro de 2012 - 21ª. Edição - Local São Paulo/SP
Para mais informações: www.Ideti.com.br
Seminário de Gerenciamento de Mídias e Redes Sociais & Socialização Web
16 de Maio de 2012 - 1ª. Edição - Local Brasília/DF
18 de Julho de 2012 - 1ª. Edição - Local Recife/PE
Para mais informações: www.Ideti.com.br
FIMA BRASIL - Feira Industrial de Manutenção e Automação
15 a 18 de maio de 2012
Local: Mendes Convention Center
Av. Gen. Francisco Glicério, 206 - Santos/SP
Para mais informações: www.fimabrasil.com.br
março | 2012
1ª. Feira da Indústria de Fundações e Geotecnia
SEFE7 - Seminário de Engenharia de Fundações Especiais e Geotecnia
17 a 20 de junho de 2012
Local: Transamérica Expo Center
Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo/SP
Para mais informações: www.acquacon.com.br/sefe7
26
boletim ABNT
Seminário de Responsabilidade Social
11 de maio de 2012
Horário: 8h30 às 17h30
Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 - Meireles Fortaleza - CE
Para mais informações e inscrições: [email protected]
boletim ABNT
maio | 2012
Seminário de Energias Renováveis
09 de maio de 2012
Horário: 8h30 às 17h30
Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 - Meireles Fortaleza - CE
Para mais informações e inscrições: [email protected]
[ Fique por Dentro ]
ECOFAIR BRASIL - Feira Ambiental de Inovações Regionais
16 a 20 de Maio 2012
Local: Clube União Recreativo
Rua Francisco Paulo Brajon 650 - Jardim Guadalajara - Sorocaba/SP
Para mais informações: www.ecofair.com.br
M&T EXPO 2012 - 8ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção
6ª Feira Internacional de Equipamentos para Mineração
29 de Maio a 02 de Junho de 2012
Local: Centro de Exposições Imigrantes
Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 - São Paulo/SP
Para mais informações: http://www.mtexpo.com.br
Medical Design & Manufacturing - MD&M Brazil
26 e 27 de junho de 2012
Local: Transamérica Expo Center
Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo/SP
Para mais informações: www.mdmbrazil.com.br
CONAEND & IEV - Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção
e 16ª Conferência Internacional sobre Evaluacións de Integridad y Extensión de Vida de Equipos Industriales
16 a 19 de julho de 2012
Local: Centro de Convenções Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569 - Bela Vista - São Paulo - SP
Para mais informações: www.abendi.org.br/conaend_iev
Brazilian Retail Week 2012
30 e 31 de Julho a 1 de Agosto 2012
Local: Hotel Transamérica - São Paulo/SP
Para mais informações: http://exporetail.com.br/
Para acompanhar os eventos da ABNT, acesse
www.abnt.org.br/eventos
Parceria ABNT e SEBRAE
Nossa norma é
ajudar você a crescer
A ABNT e o SEBRAE firmaram um convênio que possibilita às MPE, após breve
cadastro, o acesso às normas técnicas brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado.
www.abnt.org.br/paginampe
maio | 2012
9º COBEE - Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e ExpoEficiência Energética 2012
11 a 12 de Julho de 2012
Local: Centro de Convenções Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569 - Bela Vista - São Paulo - SP
Para mais informações: www.metodoeventos.com.br/9eficienciaenergetica
27
AUTOCOM - Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio
26 a 28 de junho de 2012 - 14ª. Edição
Local: Expo Center Norte - São Paulo - SP
Para mais informações: www.autocom2012.com.br
boletim ABNT
23° Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 2012
26 a 28 de Junho de 2012
Local: Transamérica Expo Center
Rua Dr Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 Santo Amaro – São Paulo/SP
Para mais informações: www.acobrasil.org.br/congresso2012
Certificações
RAZÃO SOCIAL: PLÁSTICOS MB LTDA (MB).
ESCOPO: CADEIRAS PLÁSTICAS
MONOBLOCO..
NORMA: ABNT NBR 14776:2001
DATA DA CONCESSÃO: 23/03/2012
RAZÃO SOCIAL: COMPANHIA NACIONAL
DE CIMENTO - CNC (CNC )
ESCOPO:CIMENTO PORTLAND. MODELOS:
CP II-F-32, CP II-E-40, CP IV-32 E CP V-ARI..
NORMA: ABNT NBR 5733: 1991, ABNT
NBR 5736: 1991 e ABNT NBR 11578:1991
DATA DA CONCESSÃO: 27/02/2012
A fábrica Brennand Cimentos encontra-se em operação na Cidade
de Sete Lagoas – MG, desde abril de 2011, produzindo o Cimento
Nacional. O empreendimento é composto por jazidas para a
exploração de calcário e argila, principais matérias-primas do
cimento, e uma unidade industrial para produção, estabelecida
às margens da BR 040. Todo o processo foi conduzido dentro
dos padrões ambientais exigidos e mantém uma postura de
responsabilidade, clareza e respeito com todos os envolvidos:
funcionários, prestadores de serviços, fornecedores e comunidades
próximas ao empreendimento.
28
28
boletim
boletim ABNT
ABNT
Construção civil: residenciais, industriais e comerciais
Prestação de serviços de mão-de-obra, Pavimentação,
saneamento básico, viárias, rede de água potável, pluvial, esgoto
sanitário e industrial, construção, exploração, manutenção e
operação de sistemas de tratamento de água e esgoto, Serviços
de terraplanagem, drenagem, pavimentação, paisagismo e
urbanização, abertura de canais e barragens, Gerenciamento,
projeto, consultoria, fiscalização, operação e execução de projetos
de contratos.
RAZÃO SOCIAL: ISIS TRANSPORTES E
LOCAÇÕES LTDA.
ESCOPO: TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE
PRODUTOS QUIMICOS PERIGOSOS E NÃO
PERIGOSOS - CARGA GRANEL E CARGA
EMBALADA.
NORMAS: SASSMAQ
DATA DA CONCESSÃO: 13/03/2012
Composto pelas empresas “Isis Transportes e Terminais” e “Conline
VS Serviços de Cargas e Transportes”, o Grupo Isis é uma das mais
completas empresas de transportes e terminais Redex. O terminal,
na Rodovia Cônego Domenico Rangoni, em Cubatão, recinto
definitivo Redex de aproximadamente 60.000 m2, está localizado
em um ponto estratégico, servindo ao porto de Santos tanto a
margem direita como a esquerda. O Grupo Isis possui uma grande e
moderna frota própria de caminhões personalizados e rastreados, e
equipamentos de ultima geração, com máquinas de pequeno, médio
e grande porte.
maio | 2012
Computer Store está presente no mercado há duas décadas,
transformando o conhecimento adquirido em excelência
no atendimento e soluções corretas e necessárias para o
desenvolvimento e distribuição de tecnologia, montagem de
micros e assistência técnica aos seus clientes e parceiros.
RAZÃO SOCIAL: CONSTRUTORA GMS
AZEVEDO LTDA.
ESCOPO: EXECUÇÃO DE OBRAS DE
EDIFICAÇÕES
NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008
DATA DA CONCESSÃO: 25/01/2012
28
RAZÃO SOCIAL: COMPUTER STORE
COMERCIO LTDA.
ESCOPO: INTEGRAÇÃO,
COMERCIALIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA
TÉCNICA DE MICROCOMPUTADORES E
NOTEBOOKS.
NORMAS: ABNT NBR ISO 9001:2008
DATA DA CONCESSÃO: 13/02/2012
A Orthoflex sempre desenvolve e aperfeiçoa suas atividades
e produtos. Busca por novas tecnologias, modernização de
equipamentos, desenvolvimento de matéria-prima, capacitação
de colaboradores e melhoria do design são o seu dia a dia. Produz
ao mês 60 mil unidades, parque fabril de 26.000m2, área de 42.000
m2, 50 caminhões, mais de 400 funcionários e 35 representantes
pelo Brasil. Para ofertar os melhores produtos no mercado, temos
a CERTIFICAÇÃO INMETRO. É garantia, reafirmação e valorização
de nossos 24 anos de trabalho e respeito aos clientes lojistas e aos
consumidores finais.
boletim ABNT
maio
janeiro| |2012
2012
A Plasticos MB está presente no mercado há mais de 20 anos,
desenvolvendo utilidades domésticas. Somos uma empresa familiar e
através do nosso trabalho bucamos alcançar a excelência e qualidade,
para estar entre as principais indústrias de nosso segmento. Prezamos
pela satisfação, honestidade, lealdade e, acima de tudo, pelo respeito.
Plásticos MB, verdadeira paixão pela família braileira.
RAZÃO SOCIAL:ORTHOFLEX INDÚSTRIA
E COMÉRCIO DE COLCHÕES LTDA
(ORTHOFLEX).
ESCOPO: COLCHÃO DE ESPUMA FLEXÍVEL
DE POLIURETANO .
NORMA: ABNT NBR 13579-1:2003 / ABNT
NBR 13579-2:2003
DATA DA CONCESSÃO: 15/02/2012
maio | 2012
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boletim ABNT
Para humanos, a cadeia
de suprimento de alimentos
é maior do que na natureza.
ABNT lança a coletânea eletrônica de
Sistemas de Gestão de Segurança de Alimentos
A cadeia de suprimentos que coloca os alimentos da fazenda na
nossa mesa é maior do que na natureza Ela pode atravessar continentes e inclui produtores, processadores, armazenadores, transportadores e o comércio varejista. A família de normas ABNT NBR ISO 22000
ajuda a todos os tipos de envolvidos na cadeia de suprimentos a implementar sistemas de gestão que garantam que os alimentos que nós consumimos sejam seguros.
www.abnt.org.br/catalogo
COLETÂNEA DE NORMAS TÉCNICAS
SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DE
ALIMENTOS
boletim ABNT
30
Participe do maior evento de normalização do país!
Conheça produtos e serviços que atendem
às normas técnicas e oferecem qualidade,
segurança e eficiência.
Novo
Local
Centro de Convenções Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569 - 5º pavimento
São Paulo - SP
30 e 31 de outubro de 2012
www.exponorma.com.br
janeiro | 2012
Prepare-se para o Exponorma 2012
Download