Revista Brasileira de Geografia Física

Revista Brasileira de Geografia Física v.6, n.5 (2013) 1430-1448
Revista Brasileira de
Geografia Física
ISSN:1984-2295
Homepage: www.ufpe.br/rbgfe
Estudo Microclimático em Pontos Representativos da Malha Urbana da Cidade
de João Pessoa\PB: Uma Avaliação do Campo Térmico
Joel Silva dos Santos¹; Gabrielle Diniz dos Santos²
¹Professor Adjunto da UFPB\Campus IV\Rio Tinto\Paraiba\Brasil - [email protected]; ²Graduanda em
Ecologia pela UFPB\Campus IV\Rio Tinto\Paraíba\Brasil – [email protected]
[email protected]
Artigo recebido em 10/07/2013 e aceite em 30/09/2013
RESUMO
As transformações no uso e cobertura do solo em áreas urbanas têm proporcionado alterações no campo térmico desses
ambientes com impactos diversos: formação de ilhas de calor, aumento das temperaturas médias, redução da umidade
relativa do ar e desconforto térmico. O objetivo principal deste trabalho é avaliar o campo térmico urbano e a formação
e intensidade da ilha de calor de pontos representativos da malha urbana da cidade de João Pessoa\PB. Foi feito um
levantamento bibliográfico referente a temática e a área de estudo. Para a coleta dos dados de temperatura e umidade
relativa do ar foram utilizados termo-higrometros (HOBOS – U10) instalados nas amostras (Mata do Buraquinho;
Manaíra, Cabo Branco e Bancários) no período chuvoso de 2012. Os dados foram coletados a intervalos de uma em
uma hora e avaliados em Excel. A análise de uso e cobertura do solo foi realizada com base em nove classes de acordo
com a porcentagem dos elementos de recobrimento do solo através de métodos quantitativos e qualitativos, segundo
Santos (2011). Os resultados indicam que a temperatura do ar foi maior nas amostras experimentais próximas a faixa
litorânea, estando o ponto localizado no Bairro de Manaíra, com a formação das maiores ilhas de calor e temperaturas
médias do ar. A crescente urbanização da cidade e a redução das áreas verdes nos bairros litorâneos têm contribuído
significativamente para o aumento das temperaturas e o comprometimento da qualidade de vida da população residente
nessas áreas.
Palavras-chave: Clima urbano; Ilhas de calor; Uso e cobertura do solo
Microclimatic Study in Representative Points From the Urban Mesh From the
City of João Pessoa\PB: A Thermal Field Evaluation
ABSTRACT
The changes in the use and land cover in urban areas have provided changes in thermal field with diverse impacts of
those environments: formation of heat islands, rising average temperatures, reduced relative humidity and thermal
discomfort. The main objective of this work is to evaluate the urban thermal field and the formation and intensity of
heat island of representative points of the urban city of João Pessoa \ PB. We conducted a literature review regarding
the topic and study area. To collect the data of temperature and relative humidity were used thermo Hygrometers
(HOBOS - U10) installed in the samples (Mata do Buraquinho; Manaíra, Cabo Branco and Bancários) during the rainy
season of 2012. Data were collected at intervals of one at a time and evaluated in Excel. The analyses of use and land
cover were based on nine classes according to the percentage of the elements of the soil cover through quantitative and
qualitative methods, according to Santos (2011). The results indicate that the air temperature was higher in the
experimental samples near the coastal strip, being the point located in the neighborhood of Manaíra with the formation
of the higher heat islands and average temperatures. The increasing urbanization of the city and the reduction of green
areas in the coastal districts have contributed significantly to rising temperatures and reduced quality of life of the living
population in those areas.
Keywords: Urban climate, Heat islands; Use and ground cover.
1430
Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
Revista Brasileira de Geografia Física v.6, n.5 (2013) 1430-1448
Introdução
Atualmente muitas cidades são vistas
dá lugar a paisagem urbanizada, que é
como símbolo da crise ambiental, pois elas
caracterizada pela impermeabilização do solo
expressam as marcas deixadas pela ação
que
antrópica
sistemas
radiativas distintas. Tais transformações no
ambientais. Excesso de ruído, emissão de
uso e cobertura do solo geram mudanças no
poluentes no ar e na água, escassez de
balanço
recursos energéticos e de água, falta de
sobrejacente, formando um clima distinto
tratamento adequado dos resíduos, alterações
nessas áreas, o chamado clima urbano.
sobre
os
diversos
possuem
de
propriedades
energia
e
térmicas
na
e
atmosfera
no regime de chuvas e do vento, formação de
Sendo assim, é diante deste contexto
ilhas de calor e inversão térmica, são alguns
que este trabalho se apresenta com o objetivo
dos impactos ambientais ocasionados pela
principal de avaliar o campo térmico urbano
ação
de quatro pontos representativos da malha
desordenada
do
homem
nesses
ambientes (DUARTE; SERRA, 2003).
urbana da cidade de João Pessoa\PB.
A
De acordo com Mills et al. (2010) em
pesquisa também procura verificar a formação
1900 existiam apenas 16 grandes cidades, a
e a intensidade das ilhas de calor urbana que
maioria localizada na Europa e America do
ocorrem nesses pontos representativos do
Norte. Porém a partir do ano 2000 já existiam
espaço intra-urbano da cidade de João
aproximadamente
Pessoa\PB.
300
espelhadas
pelo
mundo. Na década de 50 já existiam duas
O trabalho parte da hipótese que as
megacidades e em 2007 esse número subiu
diferentes formas de uso e cobertura do solo
para 19, sendo 11 localizadas na Ásia. O
na cidade de João Pessoa\PB alteram o campo
mesmo autor afirma que para 2015 são
térmico urbano e consequentemente afetam a
projetadas a existência de 27 megacidades.
qualidade de vida da população residente na
Destaca-se o crescimento e a concentração
área de estudo.
populacional
nesses
pressão sobre os
centros
exercendo
Dessa forma, a pesquisa procura
ecossistemas naturais,
evidenciar a importância do estudo da
gerando assim, impactos ambientais diversos.
Mills et al. (2010) afirma que a
urbanização causa mudança nos padrões da
climatologia urbana para o planejamento
ambiental das cidades e o ordenamento
territorial urbano.
vida humana e na transformação física do
espaço natural, transformando-o em espaço
A compreensão do campo térmico urbano
geográfico. Sendo assim, a paisagem natural
1431
Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
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A
climatização
das
térmico urbano das cidades, essas alterações
construções modernas tem tido grandes
se repetem em grandes e médias cidades, e
efeitos sobre o clima, pois além do aumento
pode ser evidenciada pelo aumento da
excessivo
há
temperatura do ar, diminuição da umidade
impactos sobre o clima externo, ou seja, o
relativa e desconforto térmico causados
clima urbano. As moradias e os espaços de
principalmente pela redução de áreas verdes,
trabalho
como
pela presença de concreto e asfalto, pela
refrigeração,
verticalização, pelo aumento da atividade
iluminação
industrial e poluição de veículos automotores
do
consumo
são
dependem
da
energia,
desenvolvidos
megaestruturas,
aquecimento,
artificial
cuja
umidade
e
exclusivamente
mecânicos,
gerando
ambientais
diversos,
de
sistemas
assim,
(FRANCO; NOGUEIRA, 2012).
impactos
em
de áreas urbanas é influenciado por uma série
regiões onde as condições climáticas possuem
de parâmetros como: a geometria urbana, a
temperaturas
os
vegetação, níveis de umidade e propriedade
impactos ambientais mais adversos pode-se
térmica dos materiais das superfícies de
destacar a alteração do campo térmico urbano
recobrimento (BOURBIA; BOUCHERIBA,
das cidades com a formação de ilhas de calor,
2009).
inversão térmica, desconforto térmico e
aumento da temperatura do ar influenciam
formação de microclimas urbanos.
para a formação das ilhas de calor, muito
mais
principalmente
O conforto térmico em microclimas
elevadas.
Dentre
Esses parâmetros associados ao
De acordo com Duarte e Serra (2003)
comuns em grandes e médios centros urbanos.
as cidades possuem mosaicos diferentes de
As ilhas de calor constituem-se no
microclimas, os mesmos fenômenos que
aumento da temperatura do ar em centros
caracterizam o mesoclima urbano existem em
urbanizados, comparados com a temperatura
miniatura por toda a cidade, como pequenas
de ambientes mais amenos no seu entorno. De
ilhas
poluição
acordo com Nóbrega e Vital (2010) elas
atmosférica e diferenças locais nos fluxos dos
ocorrem no centro das cidades onde as
ventos. Esse mosaico pode ser alterado
edificações formam um conjunto denso e
facilmente de acordo com as diferentes
compacto com a redução de áreas verdes e
formas de uso e cobertura do solo nesses
impermeabilização do solo. Outro fator que
ambientes.
também deve ser levado em consideração é a
de
calor,
bolsões
de
Sendo assim, pode-se afirmar que a
ação antrópica desordenada sobre o ambiente
natural está causando interferências no campo
direção do vento.
A
paisagem
urbana
influencia
diretamente nos padrões e direção dos ventos.
1432
Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
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Árvores e prédios geralmente reduzem o
falta de vegetação nas cidades, é um dos
efeito do vento, mas, também pode criar áreas
fatores que afeta a formação das altas
locais com maiores velocidades e circulação
temperaturas urbanas.
de ventos (OKE, 1987). A diferença de
Na maioria dos espaços urbanos,
pressão atmosférica entre os diversos pontos
grandes quantidades de vegetação existem
de uma determinada cidade contribuem para a
concentradas em parques ou espaços de
formação de ventos mais fracos e\ou fortes
recreação (ALEXANDRI; JONES, 2006). Na
que são formados devido à diferença de
verdade, a vegetação deveria estar melhor
temperatura no interior das áreas intra-
distribuída ao longo do espaço intra-urbano,
urbanas.
pois assim, a contribuição da cobertura
vegetal para a amenização climática nesses
A importância da vegetação na amenização
ambientes torna-se mais eficaz. A vegetação
climática urbana
tanto exerce um papel de regulador térmico,
A forma pela qual a cidade é planejada
como também, pode servir para reduzir a
afeta diretamente no clima urbano. De fato, o
velocidade do vento, filtrar a poluição do ar e
processo de urbanização que pode resultar em
melhor o ambiente esteticamente. Em áreas
uma cidade, constitui a maneira mais visível
urbanas a vegetação também pode servir de
da transformação da paisagem natural em
refúgio para espécies ameaçadas de extinção.
paisagem
geográfica,
e
isso,
traz
Carvalho
(2001)
afirma
que
a
conseqüências significativas sobre o sistema
vegetação contribui para se obter uma
climático urbano e a qualidade de vida das
ambiência urbana agradável, pois protege dos
pessoas residentes nesses ambientes.
efeitos da radiação solar, criando um efeito de
A falta de planejamento ambiental
filtro. Em alguns casos, elas constituem
urbano tem comprometido cada vez mais as
canais e barreiras, nas quais as folhagens
condições
desses
funcionam como relevantes obstáculos. A
ambientes. Com o crescimento desordenado
relação entre vegetação e temperatura do ar se
dessas áreas, os espaços verdes têm sido
dá no controle da radiação solar, do vento e da
comprometidos pela expansão da cidade e a
umidade do ar. A vegetação também serve
impermeabilização do solo. De acordo com
para reduzir a incidência de precipitação no
Grimmond (2007) em regiões áridas, cidades
solo e modificar a concentração da umidade
com grandes quantidades de espaços verdes
na atmosfera e na superfície adjacente.
de
conforto
térmico
irrigados podem ser mais frios do que áreas
rodeadas de espaços secos. Geralmente, a
Material e Métodos
1433
Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
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Caracterização da área de estudo
O município de João Pessoa/PB está
Longitude Oeste (Figura 1). A cidade
localizado no Litoral Oriental da Região
apresenta os seguintes limites municipais: ao
Nordeste do Brasil, entre as coordenadas
Sul limita-se com o município do Conde, a
geográficas 7 graus 14’29” Latitude Sul/ 34
Oeste com os municípios de Bayeux e Santa
graus 58’36” de Longitude Oeste e 7 graus
Rita, ao Norte como município de Cabedelo e
03’18” de Latitude Sul/34 graus 47’36” de
ao Leste limita-se com o Oceano Atlântico.
Figura 1. Localização da área de estudo (Fonte: Santos, 2011).
A cidade permanece durante todo o
climáticas são bem definidas ao longo do ano
ano dentro da influencia dos ventos alísios de
uma estação chuvosa, que tem início em
sudeste. Apenas com chegada dos meses mais
marco e final em agosto, e outra com chuvas
quentes, eles têm sua freqüência alterada
escassas durante o resto do ano. A umidade
através dos ventos de leste e de nordeste
relativa do ar media anual é de 80 % entre os
(ventos alísios) e da Zona de Convergência
meses de maio a julho, atingindo o índice
Tropical (SILVA, et al., 2009).
Maximo em 87% no período chuvoso. No
A sua baixa amplitude térmica anual é
período mais seco, a umidade relativa do ar
favorecida pelo efeito da maritimidade e sua
cai para os 68% o qual corresponde ao
posição latitudinal, que favorece um balanço
período de estiagem. O relevo com baixas
térmico positivo permanente. Duas estações
altitudes em relação ao nível do mar e
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Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
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remanescentes de Mata Atlântica espalhadas
Para a realização da pesquisa foram
ao longo de sua área territorial é também
definidos quatro pontos representativos das
característico da cidade (SILVA, 1999).
condições
microclimáticas
urbanas
Santos (2011) destaca que atualmente
encontradas dentro do perímetro urbano da
a cidade de João Pessoa tem passado por
cidade de João Pessoa\PB. Os pontos
inúmeras transformações no seu espaço
monitorados estão localizados: na Mata do
geográfico, em função do uso desordenado do
Buraquinho; no Bairro de Manaíra; Bairro do
solo em algumas áreas e da forte especulação
Cabo Branco e Bairro dos Bancários. Vale
do setor imobiliário, o que tem reduzido cada
destacar que esses pontos são considerados os
vez mais a cobertura verde remanescente de
mais críticos dentro do perímetro urbano da
Mata Atlântica na malha urbana; e, assim,
cidade de João Pessoa\PB, segundo pesquisa
remodelado o espaço urbano da capital. Tais
realizada por Santos (2011). A Mata do
transformações podem acarretar alterações no
Buraquinho foi tomada como ponto de
campo térmico urbano da cidade com reflexos
referência por se tratar de um ambiente que se
nas condições de conforto térmico ambiental.
assemelha as condições rurais.
2.2. Procedimentos metodológicos
Para o monitoramento das variáveis de
O sistema climático urbano pode ser
temperatura e umidade relativa do ar, foram
estudado através de três canais de percepção:
utilizados aparelhos termohigrometros (U-10)
o termodinânimo que trata das questões
instalados em cada ponto experimental. O
relacionadas à formação das ilhas de calor e o
período
desconforto térmico; o hidrometeórico que
quatro meses representativos do período
trata
fortes
chuvoso da cidade de João Pessoa\PB, que se
precipitações e enchentes em áreas e urbanas
estendeu do mês de março à junho de 2012.
e o físico-químico ligado diretamente a
Vale destacar, que os termohigrometros foram
poluição e qualidade do ar. (MONTEIRO,
aferidos para realizar a leitura da temperatura
1976). Sendo assim, a pesquisa se enquadra
e umidade relativa do ar a cada uma hora de
dentro do subsistema termodinâmico, pois
medição.
das
questões
ligadas
as
procura avaliar o campo térmico urbano da
de
monitoramento
Posteriormente
os
compreendeu
dados
foram
cidade de João Pessoa\PB verificando o
coletados e tratados em planilhas Excel e
comportamento médio das temperaturas e a
interpretados em função das diferenciações do
formação de ilhas de calor nas quatro
uso e cobertura do solo dos pontos analisados.
amostras experimentais do espaço intra-
As diferenciações do uso e cobertura do solo
urbano da cidade.
foram realizadas através de trabalho de campo
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Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
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e descrição física dos elementos da paisagem,
térmico em escala micro, já que nos referimos
segundo Santos (2011).
a bairros situados num perímetro urbano.
Para o cálculo da intensidade da ilha
Como pode ser observado na Tabela 1
de calor urbana, foi utilizado o ponto de
o P04 (Mata do Buraquinho) é a amostra com
referência (Mata do buraquinho) para se
maior porcentagem de área com vegetação e
verificar a diferença de temperatura entre ele
menor porcentagem de cobertura cerâmica,
e os demais pontos experimentais e assim
por isso, ele foi tomado com ponto de
calcular a formação e a intensidade da ilha de
referência.. Os pontos P01 (Bancários), P02
calor urbana.
(Cabo Branco) e P03 (Manaíra) foram as
amostras
e
cobertura
do
maior
porcentagem
de
cobertura Tipo 1 (cobertura cerâmica), Tipo
Resultados e Discussão
Uso
com
solo
dos
pontos
monitorados
VI (cobertura pavimento asfáltico) e Tipo VII
(cobertura pavimento concreto/calçamento).
A tabela 1 mostra as classes de
Estes tipos de coberturas são caracterizados
cobertura do solo presentes nos quatro pontos
por possuir maior propriedade de absorção e
experimentais da pesquisa, os quais são
armazenamento de calor, o que interfere nas
essenciais
condições climáticas locais favoráveis a
para
a
compreensão
do
comportamento da temperatura, umidade
formação das ilhas de calor.
relativa do ar e conseqüentemente do conforto
Tabela 1. Classes de cobertura do solo das amostras experimentais (%). Tipo I = Cobertura
cerâmica; Tipo II = Cobertura de amianto, Tipo III = Cobertura metálica, Tipo IV = Corpos d´águas
1 (piscinas), Tipo V = Corpos d´águas 2 (mar ou rio), Tipo VI = Pavimento asfáltico, Tipo VII =
Pavimento de concreto/calçamento, Tipo VIII = Solo exposto/vegetação rasteira e Tipo IX = Área
com vegetação. Fonte: Santos, 2011.
Tipo de cobertura
Tipo I
Tipo II
Tipo III
Tipo IV
P
P01
60,48
0,00
0,29
0,02
P
P
P02
P03
6
16,90
0
4,57
0
0,91
0
0,56
1
34,21
4
5,13
0
2,37
0
0,29
P
P04
3
1
1,23
5
0
0,08
2
0
0,00
0
1
1,04
1436
Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
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Tipo V
Tipo VI
Tipo VII
Tipo VIII
Tipo IX
0
0,00
0
0,00
9
9,59
6,26
7,74
15,61
Ponto P01 (Bancários)
O P01 fica no bairro de Bancários
(figura 02), localizado ao lado do Campus
Central da Universidade Federal da Paraíba e
da Mata do Buraquinho (ponto de referencia),
o qual apresente uma grande reserva florestal
de mata atlântica. O entorno do ponto
apresenta na sua maioria a classe de cobertura
do solo do tipo cerâmica, com 60,48% do
total, seguida pela cobertura de área com
vegetação, que representa 15,61% de toda a
0
0,00
8
0
0,00
5
8,66
5,34
6
29,97
7
8,14
1
30,28
2
40,00
8
4,20
3
8,46
1
1,72
4
0
0,00
4
1
11,9
8
84,84
8
área do ponto. Também são encontradas nesse
ponto as classes de cobertura asfalto com
9,59%, cobertura concreto/calçamento com
6,26% e solo exposto/vegetação rasteira com
7,74%, da área total (Figura 2). Mesmo esse
ponto apresentando área de vegetação e
proximidade com a reserva ambiental, as
classes de cobertura de solo contribuíram para
o desconforto térmico local e, também, são
responsáveis pelas alterações no campo
térmico
desse
ponto
de
monitoramento
(SANTOS, 2011).
1437
Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
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Figura 2. Caracterização do uso e ocupação do solo no ponto P01. Fonte: Santos, 2011.
Ponto P02 (Cabo Branco)
pavimento
Esse ponto monitorado (figura 03)
apresenta
características
de
um
29,97%
de
concreto/calçamento
(SANTOS,
2011).
com
Verificou-se
bairro
também nesse ponto a presença de cobertura
localizado na faixa litorânea da área de
cerâmica com 16,90% e ruas com pavimento
estudo, sendo portanto, bastante influenciado
asfáltico com 8,6% (Figura 3). Como se pode
pelas massas de ar oriundas do oceano
observar na Figura 3, o entorno do ponto
atlântico e dos ventos alísios de sudeste.
apresenta
Entretanto, o bairro de Cabo Branco apresenta
urbanizada com solo impermeabilizado, o que
a segunda maior taxa de cobertura vegetal,
ocasiona a redução da evapotranspiração e
dentre os pontos analisados, com 30,28% da
conseqüentemente potencializa o aumento da
área total, seguido da presença de cobertura
temperatura local (SANTOS, 2011).
características
de
uma
área
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Figura 3. Caracterização do uso e cobertura do solo do P02. Fonte: Santos 2011.
Ponto P03 (Manaíra)
O
está
Observa-se também a presença de manchas de
localizado também em um bairro da área
solo exposto com algumas áreas de vegetação
litorânea da cidade de João Pessoa, PB, mais
que representam 19,69% do total da área do
especificamente na faixa litorânea ao norte da
ponto (Figura 4). Destaca-se, ainda, que o
cidade, onde se encontra a área mais
entorno dessa área é cortado por vias de
urbanizada do que no litoral sul. O entorno do
pavimento asfáltico que representa 5,36%
ponto é fortemente influenciado pela presença
(SANTOS,2011).
de
ponto
cobertura
P03
pavimento de concreto/calçamento (40,00%).
cerâmica
(figura
04)
(34,21%)
e
de
1439
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Figura 4. Caracterização da cobertura do solo para o P03. Fonte: Santos, 2011.
Ponto P04 (Mata do Buraquinho)
corpos de água e algumas áreas com cobertura
A Mata do Buraquinho (figura 5) está
cerâmica.. Essa área foi escolhida como ponto
localizada em uma reserva florestal de Mata
de referência por possuir características
Atlântica,
Jardim
naturais semelhantes a uma área rural,
Botânico. Essa área apresenta alta e densa
caracterizando uma vegetação de grande porte
cobertura vegetal que totaliza 84,84% do
e pouca interferência antrópica (SANTOS,
total, tendo em seu interior algumas manchas
2011).
próximo
à
sede
do
de solo exposto, e também, a presença de
1440
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Figura 5. Caracterização do tipo de cobertura do solo no P04. Fonte: Santos, 2011.
3.2. Comportamento médio das temperaturas
precipitação e conseqüentemente maiores
do ar nas amostras experimentais
valores na temperatura e menor umidade
De acordo com os dados obtidos na
relativa do ar. O mês de Junho obteve
pesquisa, o mês de Março apresentou as
menores temperaturas e maior umidade
maiores temperaturas em todos os pontos
relativa do ar (Figura 7). Característica que se
(Figura 6). Este mês é caracterizado pelo
dá por ser a época de maior precipitação do
início do período chuvoso, tendo assim baixa
período chuvoso.
Figura 6. Médias de temperaturas dos quatro meses para cada ponto de coleta de dados.
O P03 (Bairro de Manaíra) obteve as
semelhantes no que diz respeito aos pontos
maiores médias de temperaturas mensais
monitorados. Ou seja, segundo esse autor o
durante o período estudado, sendo a média de
ponto experimental localizado no bairro de
27.4°C (Figura 6). Este ponto apresentou uma
Manaíra foi o que apresentou temperaturas
amplitude térmica de 2.7°C entre os quatro
mais elevadas para o período chuvoso
meses analisados. O mês que apresentou os
monitorado. Essa característica se dá pelo fato
maiores picos de temperatura foi o de Março
de o bairro ser densamente urbanizado, sendo
com
menores
suas construções constituídas a partir de
temperaturas foram registradas no mês de
materiais que absorvem e retêm maior
Junho, o qual obteve média de 25.6°C.
quantidade de calor e menor quantidade de
Estudo desenvolvido por Santos et al. (2012)
água,
no
temperatura e diminuição da umidade relativa
média de
ano
de
28.4°C
2011,
e
as
apresenta
resultados
tendo
assim,
um
aumento
na
1441
Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
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do ar. Outra característica é a ausência de
sombreamento,
ocasionando
uma
incidência solar (SANTOS, et al., 2012).
maior
Figura 7. Médias de temperatura do período nos quatro pontos amostrais (P1= Bancários, P2=
Cabo Branco, P3= Manaíra e P4= Jardim Botânico) durante o período chuvoso.
As
menores
foram
temperatura do ar. Este trabalho afirma
observadas no P04 (Figura 7), correspondente
também que, a cobertura vegetal auxilia na
a Mata do Buraquinho, área de reserva
absorção e dissipação de calor para o
ambiental escolhida para ser o ponto de
ambiente
fornecendo
referência
agradável,
ocorrendo
por
ter
temperaturas
características
mais
um
o
microclima
contrário
em
próximas de um ambiente natural. Esta
superfícies recobertas por concreto ou asfalto,
característica é dada por sua cobertura
os quais demoram mais tempo para resfriar,
vegetal,
maior
ocasionando assim uma menor dissipação de
sombreamento, aumento da umidade relativa
calor. De acordo com os dados térmicos
do ar e conseqüentemente melhores condições
coletados no P04, a amplitude térmica foi de
de conforto térmico.
1.6°C durante os quatro meses estudados e a
a
qual
proporciona
Em trabalho semelhante realizado no
média de temperatura desta área foi de 26.5°C
Parque das Dunas no Estado do Rio Grande
para o período. O mês mais quente foi o de
do Norte desenvolvido por Carvalho (2001),
março com média de 27.3°C e o mais frio foi
as
o de Junho com média de 25.6°C.
temperaturas
mais
elevadas
foram
registradas fora do Parque e as menores
dentro dele, confirmando o fato de que a
vegetação contribui para a regulação da
Os pontos correspondentes aos bairros
de Bancários (P01) e Cabo Branco (P02)
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obtiveram temperaturas semelhantes, sendo
a intensidade da Ilha de calor urbana. Tais
também, o seu uso e cobertura do solo
fatores são: a poluição do ar, emissão de
distintos em relação ao ponto de referência,
fontes antrópicas de calor, alterações na
Mata do Buraquinho. Tais características dos
cobertura vegetal, tipo de cobertura da
materiais
superfície e distribuição da verticalização
de
recobrimento
diversos,
impermeabilização do solo, redução de áreas
urbana.
verdes e urbanização acentuaram as alterações
No presente estudo, como destacado
no campo térmico urbano desses pontos. Os
anteriormente, o ponto de referência para o
pontos P01 e P02 obtiveram uma variação
cálculo da intensidade da ilha de calor urbana
térmica de 2.8°C, e 2.6°C respectivamente,
foi o ponto 04 localizado em uma reserva de
durante os quatro meses de monitoramento.
Mata Atlântica (Mata do Buraquinho). As
As temperaturas mais altas foram registradas
ilhas
no mês de março com 28°C em P01 e 28.1°C
intensidade durante o mês de abril em todos
para P02. As menores temperaturas foram no
os pontos monitorados (Figura 8). O ponto
mês de Junho com médias de 25.2°C e 25.4°C
amostral que obteve os maiores valores
respectivamente.
referente
Vale
destacar,
que
as
de
calor
a
ocorreram
ilha
de
calor
com
do
maior
período
temperaturas mais altas ocorreram justamente
monitorado foi o P03 localizado no bairro de
na transição do período seco para o chuvoso,
Manaíra, com uma média para o período
enquanto que, as temperaturas mais baixas
chuvoso de 1,2°C. Este dado corrobora com
tiveram seu pico no mês de junho, ou seja, no
Santos, (2011), que encontrou a maior ilha de
ápice do período chuvoso da região. Tal
calor com valor de 0,89°C durante o período
comportamento verificou-se em praticamente
chuvoso do ano 2011. Para este ponto no
todas as amostras experimentais.
mesmo período chuvoso do ano de 2011.
3.3. Intensidade da Ilha de Calor Urbana
Dessa
forma,
verifica-se
um
pequeno
A ilha de calor urbana é caracterizada
acréscimo na média da intensidade da ilha de
pelo aumento da temperatura do ar nas
calor para o período chuvoso no bairro de
cidades quando comparado com zonas menos
Manaíra que passou de 0,89°C em 2011 para
urbanizadas
1,2°C em 2012.
em
sua
vizinhança.
Elas
geralmente ocorrem nos centros das cidades
Os
demais
pontos
significativos
com
apresentaram
em que as construções formam um conjunto
valores
relação
à
denso e compacto (NÓBREGA; VITAL,
intensidade da ilha de calor urbana para o
2010). Estes autores afirmam ainda que
período em análise, o P01 localizado no
alguns fatores são responsáveis por aumentar
bairro dos Bancários obteve média no período
1443
Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
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chuvoso de 1,05°C e o ponto P02 localizado
também destaca, que além do tipo de uso e
no bairro de Cabo Branco obteve média do
cobertura
período de 0,9°C. De acordo com Santos
materiais de recobrimento, as condições
(2011)
climáticas
em
uma
avaliação
diária
da
do
solo,
numa
com
escala
seus
maior
diversos
também
intensidade da ilha de calor com detalhamento
interferem na intensidade da ilha de calor
horário para o período chuvoso, os bairros de
urbana. O comportamento da intensidade da
Bancários
ilha
e
Cabo
Branco
também
de
calor
de
todas
as
amostras
apresentaram as maiores ilhas de calor com
experimentais estão apresentados na figura 8
3,6°C e 4,3°C respectivamente. Santos (2011)
abaixo.
Figura 8. Intensidade da Ilha de Calor Urbana durante os quatro meses amostrados.
Como pode ser observado na figura
(2011) realizando uma análise mais detalhada
09, as maiores ilhas de calor foram registradas
a respeito da ilha de calor na escala diária e
no dia 27 de abril, sendo a maior Ilha de calor
horária, verificou que o ponto localizado no
urbana registrada no P03 o qual atingiu 2.3°C,
bairro de Manaíra apresentou a maior
enquanto a menor Ilha de calor foi registrada
intensidade da ilha de calor urbana em relação
no P02 com 1.75°C. Pode- se observar
aos demais pontos experimentais no mesmo
também que o P03 se destaca com os maiores
período chuvoso de monitoramento.
picos de ilha de calor nos dias 15, 17 e 24 do
acordo
mês de abril chegando a quase 2 °C graus de
conseqüências da formação deste fenômeno
diferença em relação ao ponto de referência
são diversas, dentre elas a formação de
no mesmo dia. Vale destacar, que Santos
nebulosidade
com
Carvalho,
e
precipitação
De
(2001)
as
devido
a
1444
Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
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convecção urbana, a formação da brisa urbana
mundo, o autor salienta que o aquecimento do
ocasionado pelo ar proveniente das áreas
ar é mais significativo para centros urbanos
menos urbanas no seu entorno e o aumento da
do que para as áreas residenciais e comerciais
temperatura do ar que é favorável para climas
menos urbanizadas. O autor destaca também,
frios e desfavorável em climas quentes. A ilha
que mesmo modificando a forma de uso e
de calor tem se agravado devido
ao
cobertura do solo com materiais favoráveis ao
crescimento urbano e industrialização, além
resfriamento das superfíceis sólidas, isso não
da diminuição das áreas verdes nos centros
significa que as cidades possam reverter os
urbanos.
impactos ambientais decorrentes da formação
Taha (1997) analisando as principais
das ilhas de calor urbana.
causas da ilha de calor em diversas cidades do
Figura 9. Dias da ocorrência da intensidade máxima de ilha de calor urbano (IICU), média diária
em cada ponto analisado durante o mês de Abril em João Pessoa, PB. P01=Bancários, P02=Cabo
Branco, P03=Manaíra.
térmico
Conclusões
Os resultados da pesquisa intitulada
Estudo
microclimático
em
urbano,
permitiram
chegar
às
seguintes conclusões:
pontos
1 - Dentro das análises realizadas nas
representativos da malha urbana da Cidade de
quatro amostras experimentais situadas no
João Pessoa\PB: uma avaliação do campo
perímetro urbano da cidade de João Pessoa,
PB, a pesquisa mostrou que o ponto que
1445
Santos; J. S. dos ; Santos, G. D. dos
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sofreu alterações mais significativas no seu
crítico foi o P03 o qual apresentou os maiores
campo térmico urbano foi o P03 localizado no
valores.
bairro de Manaíra. Neste ponto foram
4 - A vegetação exerce um papel
registradas as temperaturas mais elevadas,
imprescindível para a amenização climática
bem como, as maiores ilhas de calor.
do espaço intra-urbano da cidade de João
2 - As diferentes formas de uso e
Pessoa\PB. Verificou-se que o ponto 04
cobertura do solo e seus materiais de
localizado na Mata do Buraquinho apresentou
recobrimento contribuem diretamente para a
as menores temperaturas e as melhores
formação de microclimas específicos dentro
condições de conforto térmico, ressaltando
do espaço intra-urbano da cidade de João
assim, o papel da cobertura vegetal como
Pessoa\PB. Os pontos que apresentaram
regulador térmico.
maior urbanização, impermeabilização do
solo
e
redução
da
cobertura
vegetal
5 - O estudo e conhecimento da
Climatologia
Urbana,
reveste-se
de
apresentaram as maiores temperaturas e
importância fundamental para o planejamento
condições propícias a formação de ilhas de
ambiental e a gestão sustentável da cidade da
calor corroborando assim com Santos (2011)
cidade de João Pessoa\PB, pois esse espaço
que em sua pesquisa também destaca os
precisa de um ordenamento territorial que
seguintes pontos: Manaíra, Bancários e Cabo
leve em consideração parâmetros ambientais e
Branco.
a qualidade de vida das populações residentes
3
-
A
variável
temperatura
se
comportou de forma distinta nos pontos
monitorados. Durante os quatro meses de
monitoramento
do
período
chuvoso,
verificou-se que o mês de março foi mais
quente para todas as amostras experimentais,
enquanto que o mês de junho foi o mais frio.
A ilha de calor foi mais intensa durante o
mês
de
Abril
em
todos
os
pontos
nesse ambiente.
Agradecimentos
Agradecemos a Universidade Federal
da
Paraíba\Campus
IV,
através
do
Laboratório de Análise Geoambiental, por
disponibilizar
os
equipamentos
para
a
realização da pesquisa.
Referencias
monitorados. Com relação à análise da ilha de
calor diária pôde-se observar que se destacou
Alexandri, E.; Jones, P. 2008. Temperature
o dia 27 de abril com os maiores valores de
decreases in an urban canyon due to green
intensidade da ilha de calor para as amostras
walls and greenroofs in diverse climates.
experimentais, porém o ponto amostral mais
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1446
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