A GEODINÂMICA E A CORDILHEIRA DOS ANDES José Manuel Fernandes Moça Membro colaborador da Sociedade Brasileira de Geofísica - SBGf RESUMO: A Geodinâmica terrestre é resultante da constante, mas lenta recuperação da esfericidade da Terra perdida em uma colisão planetária há 600 Milhões de anos (MA) quando então, após perder a maior parte da massa, da crosta e da água do oceano global, ficou com aspecto quase cônico, composto de calotas concêntricas onde a calota de Ferro formava o ímã inicial do campo magnético. Este processo começou há 600 MA (Neoproterozóico) para as camadas recuperarem o formato esférico e suas posições relativas, por segregação gravimétrica, e ainda não terminou devido à diferença ínfima de densidade entre elas, pois os 92 elementos naturais diferem do mais próximo em um próton e um nêutron, em média e é exercido pela energia potencial gravitacional que resulta no escorregamento de suas camadas no sentido do centro da região do Pacífico, o local da colisão e onde ficava o vértice do cone remanescente e a base, opostamente, na região da Pangea, conjunto de pedaços da crosta que não foram lançados para o espaço exterior. O vértice afundou no sentido do novo centro de gravidade, pois era mais denso e foi sendo coberto pelas camadas mais leves. Atualmente, as camadas escorregam horizontalmente para ficar com a mesma espessura em todos os pontos da esfera e tende a terminar de preencher a grande depressão na região do Pacífico, atualmente com próximo de 804 metros, em média, abaixo da profundidade média dos outros oceanos que corresponde a uma massa equivalente a 133 milhões de km3 faltantes naquela região, ou seja, ali a distância do leito oceânico até o centro de gravidade é menor que no restante do planeta. O deslizamento dos continentes é radial a partir da África no sentido do centro do Pacífico, com parcial rotação, há 200 MA após um intervalo de 400 MA devido ao inicial abaulamento do manto. A Índia já fazia parte da Laurásia e foi junto no escorregamento. O deslocamento de magma para a região do Pacífico suspende, alternadamente, placas oceânicas provocando tsunamis e também tira a sustentação das placas em outras regiões provocando, nos ajustes necessários, o Tectonismo Global e alterando o nível de magma que resulta no Vulcanismo Global. Esta adaptação gradativa da crosta de um astro que tinha raio muito maior que o atual levou a crosta, cujas placas são côncavas, a fraturarem pelo processo de alavanca do tipo interfixa e deixar passar o magma que resultou na Orogênese, incluindo a Cordilheira dos Andes, produziu canyons e cavernas. Devido à perda da maior parte da crosta a água entrou em contato com o manto com temperatura a partir dos 1400ºC mudando drasticamente de planeta gelado para envolto em vapor em um ambiente completamente elétrico, por dezenas de MA, que somado à chuva de minérios originários do manto, alterou quimicamente o ambiente e provocou a Explosão do Cambriano. O planeta envolvido é Vênus, que tinha uma órbita altamente excêntrica e as marcas estão em Lakshmi Planum, Aphrodite Terra e 80% coberto de basalto, parte superior do manto da Terra. PALAVRAS-CHAVE: GEODINÂMICA, CORDILHEIRA DOS ANDES.