ATENÇÃO: O material a seguir é parte de uma das aulas da apostila de MÓDULO 2 que por sua vez, faz parte do CURSO de ELETROELETRÔNICA ANALÓGICA -DIGITAL que vai do MÓDULO 1 ao 4. A partir da amostra da aula, terá uma idéia de onde o treinamento de eletroeletrônica poderá lhe levar. Você poderá adquirir o arquivo digital da apostila completa (16 aulas), ou ainda na forma impressa que será enviada por por correio. Entre na nova loja virtual CTA Eletrônica e veja como: www.lojacta.com.br Além de ter a apostila e estuda-la, torne-se aluno e assim poderá tirar dúvidas de cada uma das questões dos blocos atrelados a cada uma das aulas da apostila, receber as respostas por e-mail, fazer parte do ranking de módulos e após a conclusão do módulo com prova final, participar do ranking geral e poder ser chamado por empresas do ramo de eletroeletrônica. Saiba mais como se tornar um aluno acessando nossa página de cursos: www.ctaeletronica.com.br/web/curso.asp APOSTILA ELÉTRICA-2 E ELETRÔNICA-1 MÓDULO - 2 AULA ANÁLISE DE DEFEITOS EM DIODOS SEMICONDUTORES 6 Vários tipos de defeitos nos diodos com resistores em malhas série e paralelas ANÁLISE DE DEFEITOS COM DIODOS O diodo pode ser considerado um componente de analise mais complexa que o resistor, pois em análise de defeitos poderá apresentar-se aberto, alterado, em curto e com fuga. Já para os resistores, basicamente só tínhamos 2 defeitos possíveis: resistor aberto ou alterado. Para os diodos essa análise é um pouco mais “delicada” como veremos a seguir: Diodo aberto: Este defeito poderá manifestar-se somente quando o diodo estiver diretamente polarizado e possuindo entre seus terminais tensão acima de 0,6V. Neste defeito a junção PN está interrompida e portanto o diodo se comporta como uma chave aberta independente de sua polarização, não permitindo nenhuma circulação de corrente mesmo se estiver diretamente polarizado sob qualquer tensão. Este defeito geralmente ocorre quando o diodo foi submetido a uma corrente muito “alta” (bem acima de sua corrente nominal) ou quando for submetido a uma tensão reversa muito acima do que possa suportar. Diodo alterado: Este defeito poderá manifestar-se somente quando o diodo estiver diretamente polarizado e possuindo entre seus terminais tensão acima de 0,6V. Apresenta uma degeneração de seus cristais, fazendo com que o diodo perca suas características de P e N, sendo que entre seus terminais apareça uma tensão maior que 0,6V, ou seja, passa a ter uma determinada resistividade, que pode chegar de alguns ohms a mais de 100k. Nesse caso de alterado, a resistência interna não poderá ser maior que 1Mohm, pois se isso ocorresse, poderia ser considerado como diodo aberto. Diodo em curto: neste defeito os cristais P e N se recombinaram formando um material condutor de baixa resistividade; em outras palavras o diodo passará a funcionar como um resistor de “baixíssimo” valor (próximo a 0W); com isso o diodo será um curto, e mesmo reversamente polarizado, não terá tensão sobre seus terminais (curto total). ELETRÔNICA Este defeito também ocorre quando o diodo é submetido a “fortes” correntes, levando o mesmo ao aquecimento excessivo, mas não tão forte para causar ruptura, fazendo assim seu material estrutural se recombinar. Diodo com fuga: este defeito manifesta-se na polarização direta, quando a tensão sobre o diodo é pouco maior que zero volt e um pouco menor que 0,6V. Também manifesta-se na polarização reversa, quando o diodo, que deveria ser uma chave aberta, apresenta determinada resistência entre seus terminais. Quando a junção PN é rompida, faz parte dos cristais se recombinem, ficando com uma constituição parecida com um resistor que poderá ser de baixo ou alto valor, mas com características parecidas com um diodo, então o diodo passará a conduzir corrente elétrica quando está inversamente polarizado, igual a um resistor, ou ainda quando estiver diretamente polarizado. Este defeito ocorre geralmente quando o diodo é submetido a tensões reversas bem acima da tensão nominal para a qual foi fabricado. A seguir temos alguns circuitos com defeito, com descrições detalhadas de como chegar ao componente defeituoso. Para mostrar alguns métodos de análise de defeitos em circuitos com diodos e resistores, partiremos dos circuitos mais simples para os mais complexos. Exemplo1: Na figura 25a, o diodo D1 esta diretamente polarizado; sua polarização deixaria a tensão do ponto A com 0,6V acima do terra, ou seja, 0V (terra) + 0,6V (queda do diodo) = 0,6V. figura 25a figura 25b R1 1kW +10V A 10V D1 R1 1kW Diodo aberto INDUTORES-REATÂNCIA INDUTIVA/CAPACITIVA-TRANSFORMADORES-FILTROS-SEMICONDUTORES-DIODOS-ZENERS-TRANSISTORES-AMPLIFICADORES DE SINAL-AMPLIFICADORES A,B,C D1 65 APOSTILA ELÉTRICA-2 E ELETRÔNICA-1 Mas como pode ser visto, a tensão do ponto A se encontra com 10V - tensão da fonte - indicando que D1 não está polarizado, funcionando como uma chave aberta, mesmo diretamente polarizado, indicando que D1 está aberto, como ilustra a figura 25b. Exemplo 2: A figura 26 é o mesmo circuito da figura 25, só que a tensão no ponto A agora é 0V. Essa tensão de 0V no ponto A, pode ser resultado de um curto em D1 ou R1 aberto. Este defeito é muito difícil de ser analisado, e veremos várias formas de fazer isso: 2a: Na prática, podemos dizer que se observarmos figura 26 R1 1kW +10V A 0V D1 MÓDULO - 2 figura 27 R1 1kW +10V A 0,2V D1 D1 com fuga Exemplo 4: Na figura 28, o diodo D1 está polarizado e podemos notar, que existe sobre o mesmo uma tensão de 6V, indicando que pelo diodo está havendo corrente, mas sua condutividade é menor, ou seja, D1 está alterado, resultando em uma queda de tensão maior sobre o mesmo. figura 28 R1 1kW +10V D1 em curto ou R1 aberto A 6V D1 alterado detalhadamente a medição feita na tela do multímetro, muitas coisas poderemos concluir. Se a tensão medida, for de zero volt e não varia, temos uma probabilidade de quase 100% de ser o diodo em curto. Mas, caso a tensão indicada em zero volt, produzir pequenas variações, podemos afirmar que o resistor está aberto. Esta pequena variação que estamos mencionando, ocorre também quando temos as pontas do multímetro em aberto, recebendo pequenas interferências e alterando levemente a tensão de zero indicada no display. 2b: Neste defeito, levantando D1 e novamente medindo o ponto A. Caso a tensão seja de 10V, R1 estará bom, mas D1 estará em curto. Caso a tensão seja de 0V, R1 estará aberto. 2c: Finalmente, poderemos determinar o problema alterando a referência de medição do multímetro. Medindo o ponto A temos zero volt, que poderia ser D1 em curto ou R1 aberto. Mas fica a dúvida. Colocando agora a ponta vermelha do multímetro no potencial positivo e a ponta preta no ponto de medição A, caso a medição resulte em 12V, o diodo D1 estará em curto. Mas se continuarmos medindo zero volt, o resistor R1 é que estará aberto. Exemplo 3: Continuamos com o mesmo circuito dos exemplos anteriores, agora o diodo D1 da figura 27 está polarizado, o que é normal para as condições de polarização em que D1 se encontra, mas sobre ele podemos notar uma tensão de 0,2V, ou seja, abaixo do normal, indicando que D1 está com fuga. 66 Exemplo 5: Na figura 29, agora temos um circuito com 2 resistores e um diodo em série com os resistores. Para analisar circuitos com defeitos, devemos sempre ter o mesmo procedimento, que é de colocar as tensões sobre os componentes. As tensões medidas nos pontos A e B nos servem apenas de instrumento para chegarmos as quedas de tensões sobre os componentes. NÃO DEVEMOS calcular as tensões que o circuito teria caso não estivesse com defeito. figura 29a A R1 1kW +10V D1 7,6V B 7V R2 1kW Como o nosso circuito é um circuito série então basta colocar as tensões e analisar a proporção entre os resistores e a polarização do diodo, como pode ser visto na figura 29b. Sobre R1 temos 2,4V (10V - 7,6V), para marcarmos a tensão sobre um componente utilizamos uma seta INDUTORES-REATÂNCIA INDUTIVA/CAPACITIVA-TRANSFORMADORES-FILTROS-SEMICONDUTORES-DIODOS-ZENERS-TRANSISTORES-AMPLIFICADORES DE SINAL-AMPLIFICADORES A,B,C ELETRÔNICA APOSTILA ELÉTRICA-2 E ELETRÔNICA-1 sobre o componente indicando uma diferença de potencial, cuja a ponta indica o potencial maior (+) e o início da seta indica o potencial menor (-). Para marcar a tensão sobre R1 utilizamos uma seta apontada para cima pois a tensão em cima de R1 é 10V (+) e embaixo de R1 a tensão do ponto A é 7,6V(-) que é a tensão mais negativa. Esta seta de indicação além de indicar a tensão sobre o componente também indica o sentido de circulação da corrente, que será o sentido oposto ao da seta pois a circulação da corrente elétrica se dá no sentido do potencial positivo para o negativo. MÓDULO - 2 Do mesmo modo que analisamos o exemplo anterior, vamos analisar este exemplo. Em primeiro lugar, colocar as quedas de tensão sobre os componentes com as “setas” para indicar as tensões como já foi explicado no exercício anterior. figura 30b +10V 7V - + R1 1kW 2,4V - + 0,6V + B - A D1 B R2 1kW R2 1kW 2,4V - 7V A + + +10V R1 1kW D1 0,6V figura 29b R1 alterado + R2 alterado Voltando a nossa análise do defeito estávamos colocando as tensões sobre os componentes com uma seta indicativa para facilitar a análise. R1 tem 2,4V e R2 tem 7V sobre ele (7V – 0V). Já D1 tem 0,6V de queda de tensão. Fazendo a análise, começaremos com D1, que está diretamente polarizado (seta de tensão apontada para o anodo) e a queda de tensão sobre ele é 0,6V indicando que o diodo deve estar polarizado corretamente; então a princípio, descartamos um defeito no diodo. Vamos agora analisar os resistores; como estão em série, a análise é a mesma feita para circuitos só de resistores, como visto na apostila de módulo 1, R1 recebe uma tensão de 2,4V e R2 com 7V dando uma proporção para R3 em torno de 3x, a tensão de R1 (7V ÷ 2,4V). Como R2, tem o valor igual a de R1 (1kW), então as tensões também deveriam manter a proporção de 1 para 1, com isto podemos concluir que R2 está alterado (o que tem a tensão maior), conforme mostra a figura 29b. Na figura 30b, temos o mesmo circuito com as quedas de tensões indicadas pelas “setas”. Teremos então para R1 uma queda de tensão de 7V (10V – 3V); em R2 teremos uma queda de tensão de 2,4V (2,4V – 0V), e por fim em D1 teremos 0,6V (3V 2,4V) de queda de tensão, como pode ser visto na figura 30b. Vamos começar a análise por D1, que está polarizado diretamente (tensão maior no anodo, conforme indica a “seta”) e como está com uma queda de tensão de 0,6V sobre ele, podemos considerar que D1 está polarizado normalmente. Agora continuaremos a análise com os resistores, R2 tem a menor queda de tensão (2,4V) e será nossa referência, R1 tem 7V de tensão e proporcionalmente a R2 será 3x maior que R1 (7V ÷ 2,4V); como R2 tem o valor igual a de R1 (1kW). Então, as tensões sobre eles também deveriam manter a proporção de 1 para 1, com isto, podemos concluir que R1 está alterado (o que tem a tensão maior), conforme mostra a figura 30b. Exemplo 6: O circuito da figura 30a, é idêntico ao exemplo anterior, mas com tensões diferentes no ponto A e B. Exemplo 7: Neste exemplo também temos o mesmo circuito dos exemplos anteriores, como mostra a figura 31a. Na figura, temos as tensões medidas no circuito com defeito. Já sabemos que o primeiro passo, para analisar defeitos, é colocar as tensões sobre os componentes, como é feito na figura 31b. Devemos colocar as tensões sobre os figura 30a figura 31a A R1 1kW +10V 3V A +10V R1 1kW D1 D1 B ELETRÔNICA B 5V 2,4V R2 1kW 5V R2 1kW INDUTORES-REATÂNCIA INDUTIVA/CAPACITIVA-TRANSFORMADORES-FILTROS-SEMICONDUTORES-DIODOS-ZENERS-TRANSISTORES-AMPLIFICADORES DE SINAL-AMPLIFICADORES A,B,C 67 APOSTILA ELÉTRICA-2 E ELETRÔNICA-1 componentes, fazendo a diferença entre as tensões acima e abaixo do componente e marcá-las na figura com uma seta indicando a tensão mais positiva (maior potencial). MÓDULO - 2 figura 32b R1 10kW 5V +10V A figura 31b + +10V 5V - + D1 aberto R1 1kW A 5V 5V D1 R2 10kW D1 em curto D1 0V + B R2 1kW 5V R1 tem 5V sobre ele, já que na parte de cima temos 10V da fonte e na parte debaixo temos 5V no ponta A, R2 também tem 5V de tensão já que na parte de cima temos 5V do ponto B e embaixo temos 0V da “massa”, já D1 não apresenta nenhuma queda de tensão (0V) já que as tensões do ponto A e B são iguais a 5V. Começamos a análise justamente D1, pois não queda de tensão sobre ele, e olhando o circuito, vamos verificar que tanto R1 como R2 apresentam quedas proporcionais, indicando que existe corrente circulante. Assim, afirmamos que D1 está em curto, permitindo a passagem de corrente pela malha sem apresentar 0,6V sobre ele. está com defeito. Para confirmar que os resistores não estão com defeito podemos verificar que suas quedas de tensão são iguais (5V cada) e os seus valores de resistência também são iguais (10kW), mantendo a proporção (de 1 para 1), tanto para a tensão como para a resistência, como pode ser conferido na figura 31b. Exemplo 9: Neste exercício, temos um circuito idêntico ao exemplo anterior, como podemos ver na figura 33a. Na figura, temos as tensões medidas no circuito com defeito, onde já sabemos que o primeiro passo será analisar as tensões sobre os componentes, como é feito na figura 33b. figura 33a R1 10kW +10V A 0,2V Exemplo 8: Neste exemplo temos um circuito diferente, onde dois resistores estão em série, sendo que D1 está em paralelo com um dos resistores (R2). R2 10kW D1 figura 32a +10V R1 10kW A 5V R2 10kW D1 Na figura, temos as tensões medidas no circuito com defeito, onde em R1 tem 5V sobre ele, já que na parte de cima temos 10V da fonte e na parte debaixo temos 5V no ponto A . No resistor R2, também há 5V de tensão já que na parte de cima temos 5V do ponto A e embaixo temos 0V da “massa”. Consequentemente, D1 também tem 5V sobre ele, já que está paralelo a R2. Vemos que D1 está polarizado diretamente, já que a tensão mais positiva está em seu anodo (ponta da seta indicadora de tensão). Mas, como esta tensão de polarização (5V) é maior que 0,6V indica que D1 68 O resistor R1 tem 9,8V sobre ele, já que na parte de cima temos 10V da fonte e na parte debaixo temos apenas 0,2V no ponto A . O resistor R2 tem 0,2V de tensão já que na parte de cima temos 0,2V do ponto A e embaixo temos 0V da “massa”. Consequentemente, D1 também tem 0,2V sobre ele, já que está em paralelo a R2. Podemos ver que D1, está diretamente polarizado, mas mal polarizado, já que a tensão mais positiva está em seu anodo é de somente 0,2V. Podíamos ter aqui, figura 33b R1 10kW 9,8V +10V R1 alterado OU A D1 C/ fuga 0,2V 0,2V D1 R2 10kW INDUTORES-REATÂNCIA INDUTIVA/CAPACITIVA-TRANSFORMADORES-FILTROS-SEMICONDUTORES-DIODOS-ZENERS-TRANSISTORES-AMPLIFICADORES DE SINAL-AMPLIFICADORES A,B,C ELETRÔNICA