Desempenho e Complexidade da Economia Brasileira Convite ao diálogo A competitividade da economia brasileira está em debate em toda desempenho econômico, sofisticação da economia, infraestrutura, sociedade. É indiscutível o fato de que a indústria do Brasil vem so- capital, talento, inovação, qualidade de vida e crescimento futuro. As frendo cada vez mais pressão nos mercados internacionais e, inclusive, quatro primeiras edições cobriram, cada uma, duas das dimensões no mercado doméstico. A construção de uma agenda efetiva de com- indicadas; a edição final encerrou uma síntese dos debates realizados. petitividade para o País depende tanto da compreensão do desafio O DecoderTM foi desenvolvido no âmbito da GFCC, em uma iniciativa que enfrentamos – a partir de fatos, dados e análises comparativas liderada pela ABDI e o US Council on Competitiveness (CoC). Trata-se sistemáticas com outros países, como de processos de discussão de uma ferramenta disponível na internet e que reúne, na sua versão qualificados, que envolvam diferentes segmentos da sociedade. Análise alfa, dados de 139 indicadores, cobrindo 65 países, ao longo de doze e diálogo precisam andar em conjunto. Foi com esse espírito que a anos. O DecoderTM inclui funcionalidades estatísticas e de visualização ABDI, o MBC, o IPEA e o OIC/USP promoveram a série Diálogos de de dados que permitem conhecer o estado atual de cada país, identifica Competitividade, com encontros realizados entre abril e agosto de 2014. similaridades e fazer comparações entre países e analisar a dinâmica Os Diálogos de Competitividade tiveram cinco edições, das quais da evolução dos indicadores. Pode ser acessado em http://decoder. thegfcc.org. participaram ministros e diretores de agências do Governo Brasileiro, presidentes executivos e diretores de diferentes empresas, pesquisado- O presente documento sintetiza as discussões e ideias surgidas no res, empreendedores e representantes da sociedade civil. Os Diálogos 1º Diálogo de Competitividade, realizado em 24 de abril de 2014, no foram organizados conforme as dimensões do Competitiveness Deco- Instituto de Estudos Avançados da USP. Naquela ocasião, discutiu-se derTM.da Federação Global dos Conselhos de competitividade (GFCC): o desempenho e a sofisticação da economia brasileira. Desempenho e sofisticação: uma breve análise da realidade brasileira A economia brasileira é uma das maiores do mundo e vem apre- US$ 46.720 no mesmo ano. Essa observação traz óbvias implica- sentando uma dinâmica de crescimento destacada na última década, ções para a análise da competitividade brasileira, sendo necessário chegando a ocupar o posto de 7ª maior economia mundial, com um reconhecer limites econômicos em comparação a países mais avan- Produto Interno Bruto (PIB) acima de U$S 2,2 trilhões. Entre 2001 e çados, como a baixa capacidade para investimentos e a persistência 2012, a economia brasileira cresceu 48%, apresentando uma taxa de de problemas sociais associados à baixa renda, que concorrem nas crescimento somente superada pela China dentre as maiores econo- prioridades nacionais com os elementos restritos à competitividade, mias globais. dentre outras questões. No entanto, o tamanho e o crescimento da economia brasileira ana- Também é preciso considerar que o País possui questões relacionadas lisados de forma isolada não ajudam a compreender a nossa situação à competitividade que não se vinculam somente às condicionantes ma- atual da nossa situação competitiva. É necessário comparar o Brasil croeconômicas, mas ao desempenho de sua economia como um todo. É com outras economias similares e buscar compreender a dinâmica do importante destacar a produtividade do trabalho no Brasil que ainda está seu crescimento. aquém daquela apresentada por economias desenvolvidas e mesmo por Ao observar o desempenho da economia brasileira por meio de economias em desenvolvimento. Segundo estudos do Instituto de Pesquisa uma análise de agrupamentos definidos estatisticamente a partir de 21 Econômica Aplicada (Ipea), entre 2000 e 2009, a produtividade do trabalho indicadores de desempenho econômico, confirma-se nossa posição cresceu em uma trajetória estável, porém reduzida, da ordem de 1% ao de economia média. Compartilhamos características com países em ano, uma dinâmica inferior à maioria dos países analisados pelo DecoderTM, desenvolvimento como Rússia, México e Índia, incluídos no mesmo incluindo-se vários de nossos vizinhos na América Latina. cluster do Brasil. O PIB per capita do Brasil foi de US$ 11.340 em 2012, Do ponto de vista estatístico, tamanho da economia e inserção no em média três a quatro vezes menor do que o dos países considerados comércio internacional são variáveis que fazem a diferença para o agru- desenvolvidos, como é o caso do Japão, cujo PIB per capta foi de pamento dos países. 2 Uma questão a ser destacada em relação à economia brasileira é sua baixa participação no comércio mundial. Países como México, Itália, Canádá e Espanha têm parcelas maiores do que é transacionado internacionalmente, mesmo possuindo economias menores que a do Brasil. A nossa participação no comércio mundial está aquém do tamanho da nossa economia. Esses números revelam limitações no desempenho da economia brasileira e trazem à tona a necessidade de sua maior inserção internacional da economia brasileira. A competitividade está relacionada ao processo de desenvolvimento econômico dos países. E se vincula à sua capacidade de atração de investimentos externos e à manutenção de uma balança comercial positiva. Esses fatores se atribuem à sofisticação de sua economia. Por sofisticação, entende-se a existência de estruturas, conexões e competências produtivas e tecnológicas para a produção e a comercialização no mercado internacional de diferentes bens e serviços. A sofisticação também está relacionada à capacidade de uma economia de se adaptar a mudanças nos mercados globais e ser capaz de oferecer às empresas instaladas no país diferentes possibilidades estratégicas para inserção nos mercados globais. A existência de um tecido industrial mais sofisticado possibilita à economia dos países um melhor ajustamento às condições impostas pelo mercado, desenvolvendo novos produtos e/ ou mercados sem grandes restrições de conhecimento, competências e infraestrutura industrial ao processo de desenvolvimento econômico. Analisando-se o agrupamento dos países sob a ótica da sofisticação econômica, nota-se que o Brasil participa de um grupo que reúne alguns países europeus considerados desenvolvidos, diferentemente do que ocorre quando a mesma análise é feita para a dimensão desempenho econômico. Depreende-se daí que a economia brasileira é mais sofisticada que a média dos países emergentes. Este é um fator estrutural 3 que coloca o Brasil em melhor posição competitiva que a maioria dos de avanço na sociedade”, completou. Para avançar na redução das países em similar estágio de desenvolvimento econômico. desigualdades, o Brasil precisa enfrentar seu déficit institucional. O A análise do desempenho e da sofisticação da economia brasileira País necessita organizar os negócios públicos e privados de maneira sugere uma pergunta do seguinte tipo: como podemos avançar, aprovei- mais eficiente e, em certa medida, fazê-los convergir e cooperar. São tando a relativa sofisticação de nossa economia, e enfrentar os desafios necessárias regras e estruturas contemporâneas para que isso ocorra. da produtividade e da inserção internacional? O Diálogo realizado em A economia brasileira cresceu e a sua competitividade futura será 24 de abril procurou captar ideias e propostas que sugiram respostas cada vez mais determinada pela sua capacidade tecnológica. Nesse para essa questão. quesito, o Brasil apresenta como ponto forte a diversidade da sua base industrial. Mas, como fraqueza, há o fato de que a sua economia Síntese para uma agenda da competitividade é pouco inovadora e sua baixa inserção na economia mundial está baseada em bens de baixo valor agregado. Ao longo do século XX o Brasil se industrializou e diversificou sua A grande questão do Brasil é institucional. Essa foi a principal matriz produtiva de forma mais intensa quando comparado a outros conclusão dos participantes do 1º Diálogo de Competitividade. Se, por países da América Latina, destacou Fernanda de Negri, diretora de um lado, o Brasil avançou substancialmente nos indicadores sociais Estudos Setoriais do IPEA. Esse movimento, no entanto, perdeu e econômicos nas últimas décadas, por outro lado é fato que ainda ânimo nas últimas décadas em razão da especialização do País em há um longo caminho a ser percorrido. segmentos mais tradicionais de produtos (commodities minerais e David Kupfer, assessor da Presidência do BNDES e professor do agrícolas), em parte por força da conjuntura internacional. Isso teve Instituto de Economia da UFRJ, foi um dos que destacou que o maior impacto sobre a pauta de exportações e, consequentemente, sobre desafio para garantir a elevação do patamar da competitividade é de a estrutura produtiva brasileira. cunho institucional. Kupfer enfatizou que as instituições (regras do jogo e organizações) que permitiram os avanços conquistados pela sociedade brasileira no passado, hoje não respondem adequadamente às pressões por mudanças e aos novos desafios econômicos. “As desigualdades sociais representam custos e são uma expressão do potencial não aproveitado de crescimento e de dinamismo” Mariano Laplane, Presidente do CGEE Mariano Laplane, presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e professor do Instituto de Economia da Unicamp, Fernanda De Negri do IPEA reforçou que são gargalos para a competitividade brasileira os problemas de infraestrutura, educação, inovação e logística, mas ressaltou Ao elencar temas que o País precisa destinar atenção e políticas que o enfrentamento dessas questões passa pela continuidade da para suprir gargalos à competitividade, Fernanda elegeu: (1) a redução das desigualdades sociais. Para o professor, a redução das infraestrutura – transportes, telecomunicações, etc., que não desigualdades cria condições para as transformações que permitirão acompanhou o crescimento econômico da população e do consumo; o Brasil avançar rumo a uma sociedade mais competitiva. Além disso (2) a produção de conhecimento e tecnologias, que apesar dos gera oportunidades. avanços obtidos ainda está aquém dos níveis internacionais; e (3) a A redução das desigualdades passa pela garantia de acesso aos educação e a qualificação de mão de obra – a situação encontrada serviços públicos (educação, saúde, transporte, etc.), pela melhoria nesse domínio oferece uma das principais explicações para os na qualidade e na e distribuição desses bens no território. “Isso gera, baixos níveis de crescimento da produtividade observados nas não apenas ganhos evidentes de bem-estar, mas ganhos de merca- últimas décadas. do e oportunidades de negócios, além de criar maiores aspirações Internacionalização e inovação são absolutamente centrais para 4 a construção do futuro da economia brasileira e estão intimamente política, institucional e partidária. Para o executivo os processos relacionados. São focos a reforçar nas políticas e programas de governança carecem de modernização e urge que se adotem públicos e estratégias das empresas. Contudo, ainda há desafios mecanismos de gestão eficiente em todos os níveis da Federação importantes a superar em temas mais tradicionais, que precisam ser enfrentados com celeridade. Muitas das transformações capazes de alavancar a competitividade do País dependem, necessariamente, de consensos ou de acordos que envolvam diferentes entes da Federação, grupos políticos, áreas da sociedade, partidos, áreas do governo, etc. Num cenário internacional de mudanças rápidas, o Brasil tem se apresentado em desvantagem, em razão da disfuncionalidade da sua estrutura político-institucional. O fato é que não tem se revelado fácil avançar na velocidade desejada. Esther Dweck, chefe da Assessoria de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), sustentou que há certo consenso Aod Cunha e David Kupfer sobre quais são os entraves para a competitividade do País. De acordo com ela, “o que falta para transformar esse consenso em A reforma tributária é um exemplo de uma agenda crítica que mudança não é ausência de vontade política, mas as capacidades não tem avançado. O sistema tributário brasileiro é altamente técnica e político-institucional para acelerar o ritmo das mudanças”. complexo e onera o funcionamento das empresas em comparação a outros países, minando a competitividade brasileira. Para reformá -lo, será necessário construir consenso e capital político. É preciso um processo de governança capaz de estimular e possibilitar que as mudanças sejam realizadas. O fundador do Movimento Brasil Competitivo (MBC) e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, argumentou que é preciso reconhecer que os desafios à competitividade do Brasil estão relacionados a fatores externos (“extra-muros”) e internos (“intra-muros”) às empresas. Os fatores internos envolvem temas como a capacitação da mão de obra e os proporcionalmente reduzidos investimentos empresariais em pesquisa e desenvolvimento no Brasil, que são elementos-chave para o País alcançar níveis internacionais de produtividade. Os fatores externos envolvem os custos associados ao estabele- Jorge Gerdau e Mariano Laplane debatem a competitividade nacional cimento de negócios no Brasil. Esses custos estão fortemente A percepção de que há consenso em torno de quais temas associados à logística (transportes, telecomunicações, etc.), às devem ser enfrentadas para que tornemos a economia brasileira regras trabalhistas e ao sistema tributário. Com relação a esse mais competitiva (qualidade da educação, reformas tributária último tópico, o que precisa ser enfrentado não é necessariamente e previdenciária, produtividade da mão de obra, incremento e a carga, mas sim a cumulatividade e a complexidade do sistema melhoria da infraestrutura etc.) mas de que não há propostas em si. Em função da complexidade, os custos de compliance com claras e consensuais sobre como fazer isso teve eco nos comen- a regulação tributária são elevados para as empresas. “Somente tários de Aod Cunha, chefe para Assuntos Públicos do Banco JP a Petrobrás tem 900 pessoas trabalhando para poder dar conta Morgan Brasil. Para avançar, devemos enfrentar os déficits de da complexidade das regras tributárias... é difícil ser competitivo capacidade técnica, governança e inteligência coletiva na gestão assim”, relatou Jorge Gerdau 5 Uma questão que se põe no debate sobre o desempenho da O custo logístico no Brasil Os custos logísticos representaram 11,5% do PIB do Brasil, em 2012, Os custos logísticos representaram 11,5% do PIB do Brasil, em segundo uma pesquisa do pesquisa Instituto de (Ilos). O 2012, segundo uma doLogística Instituto edeSupply LogístiChain ca e Supply Chain transporte foi aumento, o que mais pesou noaaumento, transporte foi(Ilos). o queOmais pesou no chegando 7,1% (R$ che312,4 gando a 7,1% (R$ 312,4 bilhões) da composição do custo logístico bilhões) daproporção composição custo logístico proporção ao PIB. O custo em ao do PIB. O custo comem transporte é composto por itens como o preço do diesel, pedágio e seguro. Na conta dos cuscom transporte é composto por itens como o preço do diesel, pedágio tos logísticos totais do país entram também gastos com estoque (3,2%), armazenagem (0,8%) e administrati vos (0,4%). Os também custos e seguro. Na conta dos custos logísticos totais do país entram de logística nos Estados Unidos representam 8% do PIB. gastos com estoque (3,2%), armazenagem (0,8%) e administrativos (0,4%). economia brasileira é como vamos financiar o crescimento? Aod Cunha ressaltou que, se o País quiser crescer de forma sustentada no longo prazo, deve criar mecanismo para ampliar a poupança doméstica. Isso poderia ser feito via reforma tributária, ajustes no sistema previdenciário ou novos mecanismos institucionais de fundos de pensão; possivelmente, por uma combinação de todas essas alternativas. Para o economista, “é preciso gerar mais capital, Os custos de logística nos Estados Unidos representam 8% do PIB. pois o volume total de crédito gerado no País é escasso frente ao tamanho dos investimentos que precisam ser feitos”. No que se A solução para os problemas apontados, segundo Gerdau, passa por refere à atração de capitais do exterior, Aod lembrou que o go- tornar o regramento jurídico mais racional e a administração pública mais verno brasileiro avançou na capacidade de apresentar o País de eficiente, para isso é preciso enfrentar o gargalo institucional. forma atrativa para os investidores internacionais, reforçando sua Os avanços em infraestrutura e no financiamento do crescimento imagem e solidez. Porém, no longo prazo, a sustentabilidade das também dependerão de novos modelos jurídico-institucionais, a exemplo oportunidades apresentadas pelo Brasil pode ser questionada se das concessões para os serviços de infraestrutura. Muitas das iniciativas não equacionarmos os problemas associados à infraestrutura, à capazes de aprimorar a competitividade do Brasil requerem mudanças capacidade de financiamento local, à educação etc. nas instituições, em seus dois sentidos: nas regras do jogo (isto é, no marco jurídico/regulatório) e nas estruturas, papéis e regras de funcionamento das organizações governamentais. Em 2013, a taxa de poupança doméstica no Brasil era de Ester Dweck ponderou que os fundos estatais hoje utilizados para finan- 16,2% do PIB, enquanto que nos países mais ricos era, em média, ciar projetos de infraestrutura têm um potencial de crescimento insuficiente de 18,7%. para responder às necessidades do País. É necessário, portanto, sofisticar Em 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística as fontes de financiamento e mobilizar outros recursos via a ampliação (IBGE), a taxa de poupança foi de 15,4% do PIB. Medido pela da participação do capital privado, com a criação de mecanismos para Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, as famílias atração de capital de longo prazo (debêntures, certificados de recebíveis, pouparam cerca de 25% da sua renda disponível bruta. Já a etc.) e a atenuação dos riscos envolvidos nesses investimentos (garantias, administração pública teve uma poupança negativa em torno de seguros, resseguros, etc.). David Kupfer ainda argumentou que o déficit 12% da renda disponível bruta. A China tem uma taxa de poupança do Brasil em investimentos em infraestrutura - que deveriam ter sido feitos de 49,5% da renda disponível; a Coreia, de 31,4%; a Holanda, no passado para que o País pudesse ser mais competitivo hoje - se deve de 25,5%; e o Chile, de 21,4%, segundo o Fundo Monetário não a uma relativa falta de dinheiro, mas sim, à alocação inapropriada dos Internacional (FMI). recursos e a fatores macroeconômicos do passado. Qual é o caminho para a realização das transformações? Duas ideias-síntese foram apresentadas: (i) a comparação internacional sistemática de práticas e do desempenho do País – e a divulgação ampla dos resultados, e (ii) a redução das desigualdades. Enquanto a primeira serve para o direcionamento das mudanças, a segunda poderá, além de gerar oportunidades de crescimento econômico, criar as condições políticas para que se processem as transformações político-institucionais que o País necessita. Novos setores incluídos nos mercados de trabalho e consumo produzirão demandas de transformação social, fazendo com que o Brasil avance para o futuro. Visão geral do diálogo de competitividade 6 LISTA DE PROPOSTAS Ficha técnica A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), através de Ao longo deste diálogo, surgiram propostas de ações a serem sua Gerência de Análises e Projetos Estratégicos (GAPE), possui uma tomadas pela sociedade brasileira (Governos, empresas e sociedade iniciativa permanente de avaliação e monitoramento da competitividade civil organizada) para lidar com os gargalos encontrados para a de nossa economia. Como parte desta iniciativa, foram realizados esses competitividade brasileira. Elencamos abaixo as propostas surgidas ciclos de diálogos em parceria ao MBC, IPEA e IEA-USP. Este projeto neste diálogo: visa aprofundar o conhecimento e identificar elementos chaves para a competitividade da Economia Brasileira. • Ampliar o acesso da população aos serviços públicos (saúde, Os diálogos são conduzidos a partir da estrutura conceitual e da aná- educação, transporte...); lise dos indicadores incluídos no The GFCC Competitiveness DecoderTM. O DecoderTM é um sistema de visualização de métricas desenvolvido • para a GFCC pela ABDI e o US Council on Competitiveness. Ampliar programas governamentais de apoio à inovação e internacionalização; A Federação Global dos Conselhos de Competitividade (GFCC) é uma organização internacional criada em 2010. Atualmente, congrega • Qualificar a gestão pública, nos três níveis federativos; 35 organizações de 30 países. O Brasil, através da ABDI e do MBC, é um dos países fundadores da GFCC. • Aprimorar as estruturas de governança pública (fóruns, comitês O Sistema de visualização de métricas está em sua versão alfa e conselhos...); cobre 65 países, em um conjunto de 164 métricas organizadas em 8 dimensões: desempenho econômico geral, complexidade econômica, • Atualizar a legislação trabalhista; infraestrutura, talento, capital, inovação, qualidade de vida e crescimento futuro. • Revisar a legislação e simplificar o sistema tributário; O DecoderTM por ser acessado livremente através do site: http://decoder.thegfcc.org/ • Ampliar as concessões de serviços públicos para a iniciativa Participantes privada; • Desempenho e Complexidade da Economia Criar novos mecanismos para atração de capital de longo prazo Brasileira, realizado no dia 24/04/2014: (debêntures, certificados de recebíveis, etc.) e a atenuação dos riscos (garantias, seguros, resseguros, etc.); - Jorge Gerdau, fundador do Movimento Brasil Competitivo; • - Fernanda de Negri, Diretora do Instituto de Pesquisa Econômica Comparar sistematicamente práticas e desempenho do Brasil Aplicada (IPEA); com outros países; - Mariano Laplane, Presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE); - Aod Cunha, Chefe para o Setor Público da J.P. Morgan Brasil; - Esther Dweck, Chefe da Assessoria de Assuntos econômicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e professora da Instituto de Economia da UFRJ; e - David Kupfer, Assessor da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e professor do Instituto de Economia da UFRJ. 7 Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial Mauro Borges Lemos Presidente Maria Luisa Campos Leal Diretora Octávio Camargo Diretor Roberto dos Reis Alvarez Gerente de Análises e Projetos Estratégicos Guilherme Amaral Assessor Especial Adryelle Pedrosa Fontes Analista de relações institucionais.