Outros constituintes do Sistema Solar

Propaganda
Outros constituintes do
Sistema Solar
Roberto Ortiz ­ EACH/USP
Planetas­anões
●
●
●
O primeiro planeta­anão do sistema solar foi descoberto em 1801, denominado Ceres.
Ceres dista 2.8 U.A. do Sol e seu diâmetro é de 470 km.
Já no ano seguinte (1802) foi descoberto Pallas, também a 2.8 U.A. do Sol, mas numa órbita mais excêntrica.
Acima: Ceres, o primeiro planeta
anão descoberto.
●
●
●
Desde 1801 até hoje, mais de 33 mil planetas­anões foram catalogados.
O semi­eixo maior de suas órbitas está geralmente entre a = 2.1 – 3.3 U.A. A excentricidade média é de e=0.14.
Segundo a IAU (International Astronomical Union), planeta­anão é uma designação para astros que tenham formato esférico e que orbitem o Sol em órbitas “compartilhadas” com outros corpos do Sistema Solar.
Acima: Pallas, planeta­anão
que orbita o Sol entre Marte
e Júpiter.
Em 1930 foi descoberto Plutão, planeta­anão localizado numa região do Sistema Solar além da órbita de Netuno.
●
A descoberta do próximo planeta­anão nessa região só iria ocorrer em 1978: Caronte. Plutão e Caronte (Charon) compõem juntos um planeta­
anão­duplo.
●
Nix e Hydra são satélites do sistema Plutão­Caronte.
●
Desde 1992, mais de 1 mil objetos já foram encontrados na região além da órbita de Netuno.
Aqueles que são esféricos são planetas­anões.
Eles também são chamados de Objetos­Trans­Netunianos (OTN)
Portanto:
Os planetas­anões estão predominantemente localizados:
1­) entre as órbitas de Marte e Júpiter
2­) além da órbita de Netuno.
Obs: objetos além da órbita de Netuno são também chamados de
Objetos Trans­Netunianos (OTN)
Estrutura dos planetas­anões
De maneira análoga aos planetas telúricos, os planetas­anões apresentam um núcleo rochoso, provavelmente de metais e silicatos (?).
●
Porém, diferentemente dos telúricos, o “manto” dos planetas­anões constitui­se de uma espessa camada de gelo.
●
●
●
●
●
No caso de Ceres, o “manto” é composto por gelo de água.
A superfície de Ceres constitui­se de uma mistura de gelo de água, carbonatos e argila.
Esse material é o mesmo encontrado em meteoritos.
Ceres provavelmente possui uma tênue atmosfera.
Acima: Ceres, cujo diâmetro é de
cerca de 470 km.
Corpos Menores do Sistema Solar
●
●
Demais objetos que orbitam o Sol e não se enquadram como planetas ou planetas­anões são chamados genericamente de Corpos Menores do Sistema Solar.
Esta categoria abrange objetos não­esféricos, poeira interplanetária e os cometas, entre outros.
Gaspra
Cometa Hyakutake
Um grande número de corpos menores habita a região do Sistema Solar entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Corpos menores são encontrados também além da órbita de Netuno, como por exemplo no Cinturão de Kuiper.
Cinturão de Kuiper
Características do Cinturão de Kuiper
●
●
●
●
Formato de disco, estende­se entre 30 e 1000 U.A. do Sol.
É composto por planetas­anões e corpos menores, principalmente pedaços de rocha e gelo (cometas).
O maior objeto conhecido no Cinturão de Kuiper é o planeta­anão Plutão com 2400 km de diâmetro. Outros membros do cinturão: Quaoar, Varuna, Orcus, etc.
Origem dos cometas de curto­período (P < 200 anos). Exemplo: Halley.
–
Obs.: Eris, apesar de ser 5% maior que Plutão, não pertence ao Cinturão de Kuiper pois sua órbita é muito inclinada. Ele pertence ao Disco Espalhado. Características da Nuvem de Oort
●
●
●
Distribuição com formato esférico
–
Raio interno: 103 U.A.
–
Raio externo: 105 U.A.
Número estimado de cometas: 1011 ­ 1013
Na Nuvem de Oort, têm origem os cometas de longo­
período (P > 200 anos).
Origem dos
Cometas
T
100 000 ua
Nuvem
de
Oort
P
100 bilhões
de cometas
Os cometas
●
●
●
●
●
Corpos menores do sistema solar, são pedaços de rocha e gelo.
O núcleo mede geralmente de 10 a 40 km.
Suas órbitas são extremamente excêntricas.
Ao aproximar­se do Sol, o material volátil de seu núcleo (H2O, CO2, OH, NH3, etc.) sublima e é ejetado.
A sublimação dos gases do núcleo gera a coma do cometa. Ela mede 4
5
de 10 a 10 km.
Acima: Núcleo do
Cometa Tempel­1
Estrutura de um cometa
Núcleo (invisível)
Cauda
Coma
Evolução de um cometa
Cometa West
Calor
Cauda
gerada pelo
Vento Solar e
pela radiação
Coma
de gás e poeira
Rocha
recoberta
com gelo
de água e
de CO2
Restos de cometas
Terra
Sol
Chuva de meteoros
Giacobinídeos
Andromedídeos
Leonídeos
out 09 Giacobini
nov 14 Biela
nov 16 Tempel
Atmosfera
Terra
20.000/h
10.000/h
10.000/h
Radiante de uma chuva de meteoros
Principais chuvas de meteoros
Chuva
Data
Cometa
associado
Intensidade
Quadrantídeos
Lirídeos
Eta Aquarídeos
Delta Aquarídeos
Perseídeos
Draconídeos
Orionídeos
Taurídeos
Andromedídeos
Leonídeos
Geminídeos
jan 03
abr 21
mai 04
jul 30
ago 11
out 09
out 20
out 31
nov 14
nov 16
dez 13
?
1861 I
Halley
?
Swift­Tuttle
Giacobini
20.000/h
Halley
Encke
Biela
10.000/h
Tempel
10.000/h
Asteróide 3200 Phaeton
Meteoróide
Meteoróides,
Meteoros e Meteoritos
Meteoro
Atmosfera
Meteorito
Terra
Ao penetrar na atmosfera terrestre, o meteoro colide com os átomos excitando­os.
A desexcitação (espontânea) desses átomos produz emissão de luz.
Cratera de Meteorito no Arizona
Diâmetro inicial
do meteorito:
50 m
Impacto há
50.000 anos
1,2 km
●
●
A crateria de Colônia, localizada na zona sul de São Paulo é resultado do impacto de um meteorito há cerca de 30 milhões de anos.
Ela mede 3,6 km de diâmetro e seu estado atual é bastante degradado devido à ocupação irregular na região: o bairro da Vargem Grande, com cerca de 40 mil habitantes.
●
●
●
●
●
Parte central plana, circundada por morros em forma de anel.
Desnível borda­centro: até 125 metros.
Diâmetro: 3,6 km
Profundidade máxima dos sedimentos: 400 metros.
Idade estimada: < 36 milhões de anos.
Download