Apostila de Geografia 1° Ano do Ensino Médio Capítulo 1 - Geografia Definição e História Geografia é uma palavra que tem origem na Grécia antiga, onde "geo" significa Terra e "graphos" significa escrever, portanto, Geografia é o estudo científico da superfície da Terra com o objetivo de descrever e analisar a variação espacial de fenômenos físicos, biológicos e humanos que acontecem na superfície do globo terrestre. Modernamente a Geografia é definida como o estudo das relações entre o espaço e as sociedades. Daí a necessidade, hoje experimentada pelo geógrafo, de recorrer a outras ciências como à Geologia, Oceanografia, Meteorologia, Ecologia, matemática, estatística, bem como também às Ciências Sociais, tais como a Economia, Sociologia, História e Política. A Geografia é o estudo do nosso próprio planeta enquanto morada da humanidade. Pois ela enfoca a organização da sociedade e nas suas relações com espaço físico, os diversos aspectos da natureza e da paisagem. HISTÓRIA DA GEOGRAFIA A geografia surgiu na Antiga Grécia, sendo no começo chamada de história natural ou filosofia natural. Por que na Grécia? Grande parte do mundo ocidental conhecido era dominada pelos gregos, em especial o leste do Mediterrâneo. Sempre interessados em descobrir novos territórios de domínio e atuação comercial, era fundamental que conhecessem o ambiente físico e os fenômenos naturais. Métodos No século IV a.C., os gregos observavam o planeta como um todo. Através de estudos filosóficos e observações astronômicas, Aristóteles foi o primeiro a receber crédito ao conceituar a Terra como uma esfera. O Pai da Geografia Em sua especulação sobre o formato da Terra, Strabo acabou escrevendo um obra de 17 volumes, 'Geographicae', onde descrevia suas próprias experiências do mundo - da Galícia e Bretanha para a Índia, e do Mar Negro à Etiópia. Apesar de alguns erros e omissões em sua obra, Strabo acabou tornando-se o pai de geografia regional. Herdeiros da Geografia: Os gregos deixaram para as futuras gerações escritos que contavam a sua vivência geográfica. Estudos feitos acerca do rio Nilo, no Egito, detalhavam, entre outras coisas, seu período de cheia anual. Com o colapso do Império Romano, os grandes herdeiros da geografia grega foram os árabes. Muitos trabalhos foram traduzidos do grego para o árabe. Ocorreram, no entanto, a partir daí, algumas regressões: após o ano de 900 d.C., as indicações de latitude e longitude já não apareciam mais nos mapas. Expansão árabe: Os árabes acabaram recuperando e aprofundando o estudo da geografia, e já no século XII, Al-Idrisi apresentaria um sofisticado sistema de classificação climática. Em suas viagens à África e à Ásia, outro explorador árabe, Ibn Battuta, encontrou a evidência concreta de que, ao contrário do que afirmara Aristóteles, as regiões quentes do mundo eram perfeitamente habitáveis. Geografia no Século XV Já no século XV, viajantes como Bartolomeu Dias e Cristóvão Colombo redescobririam o interesse pela exploração, pela descrição geográfica e pelo mapeamento. A confirmação do formato global da Terra veio quinze anos mais tarde, em uma viagem de circunavegação realizada pelo navegador português Fernando Magalhães, permitindo uma maior precisão das medidas e observações. Geografia Social: Grandes nomes se empenharam no estudo das várias áreas da geografia. A geografia social, por exemplo, recebeu a dedicação de nomes como Goethe, Kant, e Montesquieu, preocupados em estabelecer em seu estudo a relação entre a humanidade e o meio ambiente. A geografia recebeu novas subdivisões, entre as quais, a geografia antropológica e a geografia política. A Geografia no Século XIX - Possibilismo e Determinismo Por volta do século XIX, surgia a Escola Alemã, apresentando o determinismo, que suportava a idéia de que o clima era capaz de estimular ou não a força física e o desenvolvimento intelectual das pessoas. Assim, afirmava que nas zonas temperadas a civilização teria um desenvolvimento mais elevado do que nas quentes e úmidas zonas tropicais. Já nos anos 30, a Escola Francesa lançava o possibilismo, que afirmava que as pessoas poderiam determinar seu desenvolvimento a partir de seu ambiente físico, ou seja, sua escolha determinaria a extensão de seu avanço cultural. A Geografia dos Anos 60 - Estatística, Computadores e Satélites O desejo de fazer da geografia um estudo mais científico, mais aceito como disciplina, levaram à adoção da estatística como recurso de apoio. No final da década, duas novas técnicas de suma importância para a geografia começavam a ser desenvolvidas: o computador eletrônico e o satélite, dando nova ênfase à disciplina. Geografia - A Solução para os Problemas da Sociedade Moderna Uma das importantes características dos acontecimentos dos últimos trinta anos foi a maneira pela qual a perícia do conhecimento geográfico - analisando o espaço geográfico - tem dado sua colaboração para a solução de uma série de problemas da sociedade moderna . Os geógrafos têm feito pesquisas fundamentais que vão desde orientações para que pessoas com problemas de incapacidade física possam guiar-se em complexas áreas urbanas; estudos de distribuição espacial de doenças, para que os cuidados médicos sejam dispensados de maneira mais adequada; passando pelo planejamento de novas regiões agrícolas, ou pela avaliação de colheitas, através das imagens de satélite, até chegar às pesquisas que procuram contribuir par a solução dos problemas de redes urbanas desequilibradas ou de periferias urbanas de percepção das imagens mentais que ajudarão a revolucionar campos como os do planejamento urbano/regional e do turismo. Hoje qualquer grande obra no país, como estradas, pontes, aterros sanitários e instalações de fábricas requerem um Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), em que o geógrafo tem atuação fundamental. Fontes: Enciclopédia Geográfica-ATR - cd rom e Revista Galileu - novembro de 1998 Exercícios de aplicação: I - assinale a alternativa correta. 1 - Geografia é uma palavra originária da: a) Galícia b) Roma antiga c) Grécia antiga d) Abissínia. 2 - As palavras de origem grega, "geo" e "graphos" significam respectivamente: a) geometria e escrever; b) terra e escrever; c) redonda e habitada; d) ecologia e ciência. II - Responda as questões a seguir, com o uso do texto. 1 - Modernamente que definição podemos dar para Geografia? 2 - Quais outras ciências que o Geógrafo atualmente se vê obrigado a recorrer para complementar seu trabalho? 3 - Em que região do planeta, podemos afirmar que surgiram os primeiros documentos com referências a geografia? 4 - Com base no texto estabeleça uma relação entre a Grécia antiga e os EUA (atual)? 5 - De seus escritos sobre Geografia, que herança podemos afirmar que os gregos deixaram para as futuras gerações? 6 - Com base em que observações os gregos desenvolveram o conceito de que a terra era uma esfera? 7 - Por que o grego Strabo, tornou-se o pai da Geografia regional? 8 - Com o colapso do império romano, todo o conhecimento dos gregos foi transferido para qual civilização? 9 - A partir dos anos 60, quais as duas novas técnicas que surgiram que deram ênfase a geografia? 10 - Relacione atividades em que a Geografia tem uma importante atuação na atualidade. Capítulo 2 - Geografia: uma leitura do mundo Dia 24/08/2005 "Se a velocidade dos ventos chegarem a 60 km/h, a formação se transforma em tempestade tropical, e deverá ser chamada pelos meteorologistas de Katrina". Dia 29/08/2005, o Katrina chegou, e deixou uma população em desespero, pois tinham somente 36 horas para abandonar tudo e se deslocar para outra cidade a quilômetros de distância, assim foi em New Orleans nos Estados Unidos, com o alerta de aproximação do Katrina, um dos mais potentes furacões dos últimos anos, com rajadas de ventos de 280 km por hora, resultando em milhares de mortos e agosto de 2005 uma cidade quase destruída. Enquanto que no Furacão Katrina massacra New Orleans Brasil no ano anterior um furacão, o Catarina imagem: www.apolo11.com com potencial de destruição bem inferior ao Katrina, deixa um rastro de destruição e morte na região sul, surpreendendo cientistas, pela raridade deste fenômeno ocorrer abaixo do trópico de Capricórnio. Pois bem, esse é o mundo hoje, os fatos que ocorrem em qualquer lugar do mundo alcançam você, e causam efeitos sobre o seu dia a dia, onde quer que você esteja. Afinal vivemos num mundo globalizado. Importância da Geografia É aí que entra a importância da Geografia, ela pode nos ser útil na leitura, no entendimento desse mundo que nos rodeia, e somos cobrados a participar das soluções de seus inúmeros problemas, buscando soluções para os problemas do nosso ambiente doméstico, para nossa cidade, região, país e o mundo. Afinal estamos sempre desejando um mundo melhor. O Foco da Geografia O campo de preocupações da Geografia é o espaço da sociedade humana, onde vivem homens e mulheres e, ao mesmo tempo, produzem modificações neste espaço, que esta em permanente (re) construção. Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas, populações e muitos outros elementos constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a humanidade vive. Tudo neste espaço depende da natureza e do ser humano. A natureza é a fonte primeira de todo o mundo real. A água, a madeira, o petróleo, o ferro, o cimento, e todas as outras coisas existentes, nada mais são do que aspectos da natureza. Mas a ação do homem, reelabora, transforma os elementos naturais e o meio ambiente ao fabricar os plásticos a partir do petróleo, ao represar rios e construir usinas hidrelétricas, ao aterrar mangues edificar cidades, ao inventar meios de transportes e comunicações para encurtar as distâncias. Assim, o espaço geográfico, não é apenas o local de morada da sociedade humana, mas principalmente por uma realidade que a cada momento é transformada pela ação do homem. Agente de transformação da Sociedade Então para assumirmos nosso papel de agente transformador dentro desta sociedade, para expressarmos com inteligência nossas opiniões, é preciso que conheçamos as razões e os porquês dos fatos e agirmos com consciência e determinação. Ser cidadão pleno em nossa época significa antes de tudo estar integrado criticamente na sociedade, participando ativamente de suas transformações. Para isso, devemos refletir buscando uma compreensão ampla do mundo, desde o local em que moramos, nosso bairro, nossa cidade, a região, o estado, nosso país, e o planeta como um todo. Observando a nossa cidade veremos que existem problemas que são comuns em todo o Brasil, como a falta de moradia para população de baixa renda, redução das oportunidades de emprego, desmatamento, ocupação de áreas de preservação ambiental, saturação do aterro sanitário, invasões e ocupações de terras. Os problemas sociais da América Latina. No continente europeu, os conflitos envolvendo os diversos grupos étnicos (Iugoslávia, desmembrada em várias nações), no Oriente Médio, a questão da Palestina, envolvendo árabes e Judeus, na Ásia a invasão americana do Iraque, a disputa da região da Caxemira entre Índia e Paquistão, as relações comerciais com a China e seus 1,3 bilhão de habitantes. No Brasil, a economia vai bem, a política nem tanto, o relacionamento do Brasil com seus parceiros do Mercosul. Além disso, com a globalização da economia, os problemas ambientais também se globalizaram. O mundo todo despertando interesse pela região amazônica. Diante destas questões, É nesse ponto é que a Geografia torna-se uma importante ferramenta para reflexão, compreensão dos fatos naturais e aqueles provocados pelo homem no espaço em que está inserido. É a Geografia uma ciência que nos permite ser um agente de transformação da sociedade a partir da compreensão da realidade em que vivemos. Exercícios de aplicação - De acordo com o texto responda. 1 - Qual a importância da Geografia? 2 - De acordo com o texto, qual é o campo de preocupação da Geografia? 3 - Quais os elementos que podemos incluir como integrantes do espaço geográfico? 4 - Dois fatores têm uma ação dinâmica sobre este espaço, relacione-os. 5 - Qual a ação do homem sobre o espaço geográfico? 6 - De que forma a Geografia pode nos servir para uma tomada de ação consciente, quer seja dentro da nossa comunidade, da nossa cidade, estado ou país? Capítulo 3 – A Origem do Universo Big Bang Como surgiu o universo? Como surgiu o planeta Terra e seu satélite? Estas são as principais questões que a Cosmologia, ciência que estuda o universo procura responder. Para explicar a origem do Universo, a Teoria que obtém consenso da comunidade científica mundial é a Teoria do Big Bang, apresentada em 1948 pelo físico russo naturalizado americano George Gamow. Big Bang Há 15 bilhões de anos o Universo concentrava-se todo em um único ponto, com altíssima temperatura e densidade energética. Condições que conduzem a uma gigantesca explosão (Big Bang) resultando na origem ao Universo (matéria, tempo e espaço), em que os diversos elementos foram produzidos durante os primeiros instantes depois dessa Grande Explosão. A combinação de fatores como altíssima densidade e temperatura provocaram a fusão de partículas subatômicas, transformando-as nos elementos químicos. Galáxias Por causa de sua elevadíssima densidade, a matéria existente nos primeiros momentos do Universo expandiu-se rapidamente. Ao expandir-se, o hélio e o hidrogênio esfriaram e se condensaram resultando em estrelas e Galáxias que pode ser definida como um aglomerado de estrelas e gás atraídos pela gravidade. Expansão do Universo Em 1930, o jovem astrônomo norte-americano Edwin Powell Hubble, demonstrou que o universo não só é muito maior do que se suspeitava, mas era uma entidade dinâmica, isto é, esta em expansão em conseqüência dessa grande explosão (Big Bang). Via Láctea - Galáxia Atualmente os cientistas estimam o número de galáxias em bilhões, mas este número pode ser muito maior. Uma destas galáxias é a Via Láctea, um aglomerado de estrelas que pode conter mais de 200 bilhões de estrelas, que na sua maioria devem ter seus próprios sistemas planetários. Uma dessas estrelas é o sol. A Via Láctea, ou simplesmente Galáxia tem a forma de um disco afilado nas bordas e com uma maior concentração de estrelas no seu centro, numa dessas bordas é que vamos encontrar em seu interior o Sistema Solar. Sistema Solar Pode ser definido como, um conjunto de planetas Via Láctea que abriga nosso sistema solar, (mercúrio, vênus, terra, Marte, Júpiter, Saturno, é uma das bilhões de galáxias do universo imagem: Nasa Urano, Netuno e Plutão), asteróides e cometas que giram ao redor do sol. Cada um se mantém em sua respectiva órbita em virtude da intensa força gravitacional exercida pelo astro, que possui massa muito maior que a de qualquer outro planeta. Conclusão Até que a ciência encontre novas respostas para velhas dúvidas, a Teoria do Big Bang é que nos explica a origem do universo, das galáxias, do sistema solar, da Terra e sua lua, seu satélite natural. GLEISER, Marcelo. Micro Macro - Reflexões sobre o Homem, o Tempo e o Espaço Publifolha http://osistemasolar.vilabol.uol.com.br/sistema_solar.htm http://www.feiradeciencias.com.br/sala24/24_E13.asp http://www.webciencia.com/04_menu.htm http://www.conhecimentosgerais.com.br/astronomia/origem-e-evolucao-douniverso.html http://www.lucalm.hpg.ig.com.br/mat_esp/big_bang/big_bang.htm sites acessados em junho de 2005. A Formação do Sistema Solar e do Planeta Terra Ciência cujo objeto é o estudo da origem, da formação e das sucessivas transformações do globo terrestre, e da evolução do seu mundo orgânico é a Geologia. Pela teoria mais aceita estima-se que a formação do Sistema Solar teve início há seis bilhões de anos, quando uma enorme nuvem de gás que vagava pelo Universo começou a se contrair. A poeira e os gases dessa nuvem se aglutinaram pela força da gravidade e, há 4,5 bilhões de anos, formaram várias esferas de gás incandescente que giravam em torno de uma esfera maior, que deu origem ao Sol. A Origem da Terra As esferas menores formaram os planetas, dentre os quais a Terra. Devido à força da gravidade, os elementos químicos mais pesados como o ferro e o níquel, concentraramse no seu centro, enquanto que os gases foram, em seguida, varridos da superfície do planeta por ventos solares. A uma enorme massa pastosa incandescente que ao longo do tempo foi se resfriando, desprendendo gases e vapores. Uma parte desses vapores, que deveria ser o vapor-d'água, à medida que se afastava da massa incandescente, resfriavase e se transformava em água líquida, caindo em forma de chuva. Assim, repetindo-se por muitas vezes, a superfície da Terra foi se esfriando lentamente e grandes quantidades de água foram nela se acumulando. Ao longo do tempo, ela sofreu muitas outras transformações. Camadas Terrestres Assim ao longo do tempo geológico, foram surgindo as camadas com propriedades químicas e físicas distintas no interior do Globo Terrestre. Primeira Camada - Núcleo Há cerca de 4 bilhões de anos, formou-se o NÚCLEO - constituído por ferro e níquel no estado sólido, com um raio de 3.700 km. Haverá outra camada dentro do núcleo? Cientistas encontram indícios da existência de uma outra camada dentro do núcleo. Cientistas da Universidade de Harvard ( EUA), afirmam que o planeta possui uma quarta camada no centro do núcleo terrestre, com cerca de 600 km de diâmetro, e composta e um material diferente de todo o resto. A constatação se deve à análise profunda de como a velocidade das ondas sísmicas mudam de direção na parte mais central do núcleo, o que o tornaria obviamente diferente do resto - publicado na revista Galileu de 15/10/2002. Segunda Camada - manto Em torno do núcleo, formou-se uma camada - o MANTO - que possui 2.900 km de espessura, constituída de material em estado pastoso, com composição predominante de silício e magnésio. Terceira Camada - Crosta Há aproximadamente 3,7 bilhões de anos, solidificou-se uma fina camada de rochas - a CROSTA. A crosta não é igual em todos os lugares. Debaixo dos oceanos, ela tem mais ou menos 7 km de espessura e é constituída por rochas de composição semelhante à do manto. Nos continentes, a espessura da crosta aumenta para 30-35 km, sendo composto por rochas formadas principalmente por silício e alumínio e, por isso, mais leves que as do fundo dos oceanos. A Quarta Camada - Atmosfera - Camada Gasosa Em torno de 4 bilhões de anos atrás, gases de manto separaram-se, formando uma camada de ar ao redor da Terra - a ATMOSFERA - já naquela época muito semelhante à atual. A Lua - origem teoria sobre a formação da Lua mais aceita atualmente defende que o nosso satélite natural teria se originado a partir de um formidável impacto que a Terra sofreu há bilhões de anos. Existem outras teorias, mas essa hipótese consegue explicar tanto a semelhança entre as rochas lunares e terrestres quanto alguns aspectos do movimento orbital de ambos. A colisão deve ter ocorrido no estágio final de formação do nosso planeta, com um dos muitos "concorrentes" da Terra, fragmentos de rocha incandescente que coletavam matéria para se agregar em corpos maiores. Nosso planeta pode ter perdido parte do núcleo durante o impacto, formando uma nuvem de poeira quente ao redor. A alta temperatura desse material (que formaria a Lua) explicaria a ausência de compostos voláteis nas rochas lunares. Satélite ou Planeta? Aprendemos que a Lua é um satélite natural da Terra. Mas não é incorreto considerar a Lua como extensão do planeta Terra formando um sistema planetário duplo. Normalmente os satélites têm milhares, às vezes milhões de vezes menos massa que seus planetas. Na relação entre a Terra e a Lua esta correlação é de apenas 81, isto é, a Lua tem 81 vezes menos massa que a Terra. Sites pesquisados em julho de 2005 http://www.zenite.nu http://www.sbgeo.org.br/ http://www.feiradeciencias.com.br/sala24/24_E08.asp http://www.trabalhoescolar.hpg.ig.com.br/origem_formacao_terra.htm Capítulo 4 – Sistema Solar: Terra INTRODUÇÃO No decorrer da História da Humanidade, o estudo dos planetas e o universo sempre foi uma preocupação. Em função da época, não só a Religião e a Filosofia, mas também a Ciência estiveram às voltas com a existência dos corpos celestes no universo e o seu desenrolar ao longo dos tempos. Um dos ramos da Ciência que lida com essa temática de forma mais direta é a: Astronomia. Sendo que no planeta Terra, que é habitat do homem, morada da humanidade, tudo esta ligado entre si, seja uma pequena planta do deserto, seja nosso planeta se movimentando no Sistema Solar. A Geografia também se ocupa em estudar a Terra, enquanto habitat do homem, morada da humanidade. Isso ocorre em virtude de os espaços geográficos resultarem das transformações na natureza pelo trabalho humano. É de fundamental importância compreender como nossa morada "funciona". Este sistema, formado pelo Sol e inúmeros astros que giram ao seu redor (Sistema Solar), constitui, enfim, nossa morada. Sistema solar Na aula anterior você ja obteve uma visão sobre a origem do Sistema Solar. É formado pelo Sol e oito planetas - Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpter, Saturno, Urano, Netuno, sessenta e um satélites, um grande número de pequenos corpos (cometas e asteróides) e o meio interplanetário. Plutão – ex-planeta Plutão que foi considerado um planeta desde sua descoberta, em 1930, perdeu esta categoria conforme decisão da assembléia geral da União Astronômica (UAI) reunidos em Praga, na República Checa, em 24/08/2006. Alguns astrônomos acreditam que Plutão pertence a população de pequenos corpos celestes gelados, chamados de "transnetunianos". Terra: A Terra faz parte do Universo , é um planeta vivo. Até hoje não tivemos notícia de que em algum planeta do Sistema Solar exista manifestação de alguma forma de vida. Energia Solar - Vida Por isso, na Terra tudo está em constante transformação. A posição da Terra no Sistema Solar garante a manutenção da vida, graças à quantidade de energia que recebe do Sol. A Terra, com 510 milhões de quilômetros quadrados de superfície e 1 trilhão de quilômetros cúbicos de volume, é , na verdade, um ponto insignificante, quando se tem o universo como fundo. Esse espaço, tão grande que é impossível de imaginar, é composto de inúmeros aglomerados de corpos celestes, que são as galáxias. Sabe-se hoje que bilhões delas são observáveis por meio de telescópios gigantes situados em alguns pontos da Terra e também em órbita da terra ( telescópio Hubble ). Entre todas as galáxias, existe uma que nos interessa particularmente, pois é onde vivemos: a Via-Láctea. Seu nome é derivado da aparência leitosa que possui o brilho de seus astros, vistos aqui da terra. O estudo científico do Universo é uma coisa muito recente pois isto só foi possível com o aperfeiçoamento dos aparelhos inventados pelo homem sobretudo o telescópio. A Evolução do Estudo do Universo O homem primitivo acreditava que o Universo se resumia a sua aldeia. Os astros para eles eram “deuses”. Um dos primeiros povos a se dedicar ao estudo sistemático do Universo foram os Gregos. No século II D.C, um filósofo grego chamado Cláudio Ptolomeu, elaborou a “teoria geocêntrica”, que dizia que a Terra era o centro do Universo. Idade Moderna No início da idade moderna, houve um grande avanço científico impulsionado pelo renascimento cultural, urbano, pelo aumento do comércio e sobretudo pelas grandes navegações. Surgem idéias revolucionárias para época a respeito do Universo. Nicolau Copérnico, autor da “teoria heliocêntrica, afirmava que o Sol era o centro do Universo onde os demais astros giravam. Para ratificar essa teoria, nessa mesma época, Galileu Galilei, ao aperfeiçoar o telescópio, defende também o “heliocêntrismo”. Por causa desta teoria , a Igreja Católica o processou, ameaçando queima-lo, mantendo-o preso até os últimos anos de sua vida. Terra: Características Gerais e os seus Movimentos Considerando que tenha havido uma única explosão, a Terra e os demais astros do sistema solar teriam se originada de uma única massa homogênea, que se fragmentou em várias partes devido à explosão. Características principais da Terra: Diâmetro equatorial: 12 756 km ; Diâmetro polar: 12 713 km ; Circunferência equatorial: 40 076 km ; Circunferência polar: 40 009 km ; Superfície: 511 118 000 km2 ; Volume: 1 086 781 000 000 km3 Os Movimentos Principais da Terra - Rotação, Translação e Precessão rotação: É movimento da Terra em torno do seu eixo imaginário. Tem duração exata de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. Ou seja, dura aproximadamente um dia, sempre no sentido oeste-leste. As conseqüências da rotação: A sucessão dos dias e noites; o abaulamento da Terra no centro e achatamento nos pólos ( resultante da força centrífuga); a circulação dos ventos e das correntes marítimas. translação: É o movimento da Terra em torno do Sol. Dura exatamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos. Ou seja, dura aproximadamente um ano. Essa sobra das horas da translação dá origem aos anos Bissextos, que possuem 366 dias. Conseqüências: desigual distribuição, ao longo do ano, entre os hemisférios terrestres, de luz e calor; as estações do ano; desigual duração dos dias e das noites de acordo com a época do ano; os solstícios e os equinócios. Precessão: É o movimento circular do eixo de rotação da Terra, como se fosse um pião, ele gira sobre o seu eixo, mas este eixo oscila ligeiramente (23,5º). O movimento de precessão é consequência das forças diferenciais do Sol e da Lua sobre a Terra fazendo com que esta descreva uma circunferência em torno do eixo. O tempo necessário para descrever uma volta completa é 25 770 anos. Atualmente o Pólo Celeste Norte está nas proximidades da estrela Polar, na constelação da Ursa Menor, mas isso não será sempre assim. Daqui a cerca de 13000 anos ele estará nas proximidades da estrela Vega, na constelação de Lira. Atualmente, o estudo do Universo leva em consideração dois princípios básicos: o Universo está em constante formação e transformação e a o Sol é mais uma estrela que é centro de um Sistema. No Universo existem infinitos Sistemas e infinitas galáxias. Movimento de Sites pesquisados em julho de 2005 Precessão http://www.zenite.nu http://www.sbgeo.org.br/ http://www.feiradeciencias.com.br/sala24/24_E08.asp http://www.trabalhoescolar.hpg.ig.com.br/origem_formacao_terra.htm http://www.cienciaviva.pt/rede/space/home/anexo3.asp http://astro.if.ufrgs.br/fordif/node8.htm Capítulo 5 – Geologia: A Ciência da Terra Introdução Porque se estuda a Terra? A curiosidade natural do homem em desvendar os mistérios da natureza levou-o Perguntas tais como: de onde vêm as lavas dos vulcões; o que causa os terremotos; como se formaram os planetas e as estrelas, e muitas outras, sempre foram enigmas que o homem vem tentando decifrar e para isto conta com o suporte da Geologia e outras ciências. Geologia É a ciência que abrange pesquisas dos diversos sistemas terrestres, representados por oceanos, atmosfera, biosfera, terra sólida e suas geosferas internas, e da interação entre estes sistemas, buscando explicações sobre a origem, composição e evolução da Terra. Outras ciências ocupam-se de outros aspectos do nosso planeta, como a Geografia, a Geofísica, a Oceanografia e a Meteorologia. Teoria Geocêntrica - Ptolomeu Na Idade Média, acreditava-se que a Terra era o centro do Universo e que todos os outros astros, como o Sol, a Lua, os planetas e as estrelas giravam em torno dela. Teoria Heliocêntrica - Nicolau Copérnico Com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, o homem pôde comprovar que a Terra pertence a um grupo de planetas e outros astros, que giram em torno do Sol, formando o Sistema Solar. Terra Sempre Se Modificando Áreas que hoje estão cobertas pelo mar, há 15 mil anos eram planícies costeiras; regiões que estavam submersas há milhões de anos, formam agora montanhas elevadas como os Alpes e os Andes. Lugares onde existiam exuberantes florestas estão hoje recobertas pelos gelos da Antártica ou transformaram-se regiões desérticas. Causas destas transformações Estas transformações são causadas por gigantescos movimentos que ocorrem continuamente no interior e na superfície da Terra. São os chamados movimentos tectônicos, movimentos da crosta terrestre que têm origem no interior do planeta e que modificam o arranjo das rochas. O Homem Chegou Depois Por serem transformações muito lentas, o homem não pode acompanhá-las diretamente, pois ele só apareceu há cerca de dois milhões de anos. O Homem e a sua Insignificância Além disso, o homem só tem acesso à camada superficial do nosso planeta. A distância da superfície até o centro da Terra mede 6.370 km - dois mil quilômetros a mais que a distância entre o Oiapoque e o Chuí, pontos localizados nos extremos norte e sul do Brasil - e a maior perfuração já feita só alcançou 12 km de profundidade, (península de Kola na Rússia). Conhecendo As Profundezas da Terra Então, como se pode saber o que existe dentro da Terra em tão grandes profundidades e como descobrir a idade de cada período da história da Terra? Isto é possível através do estudo das rochas, dos terremotos, dos vulcões, dos restos dos organismos preservados nas rochas e das propriedades físicas terrestres, tais como o magnetismo e a gravidade. As Rochas Mostram O Caminho As rochas são formadas por minerais, que por sua vez são constituídos por substâncias químicas que se cristalizam em condições especiais. O estudo dos minerais contidos em uma determinada rocha pode determinar onde e como ela se formou. Os Relógios da Terra Para medir o tempo geológico, utiliza-se elementos radioativos contidos em certos minerais. Esses elementos são os "relógios da Terra". Eles sofrem um tipo especial de transformação que se processa em ritmo uniforme, século após século, sem nunca se acelerar ou retardar. Radioatividade Por este processo - chamado RADIOATIVIDADE - algumas substâncias se desintegram, transformando-se em outras. Medindo-se a quantidade dessas substâncias em uma rocha, pode-se saber a sua idade. Gravidade e Magnetismo A Terra atrai os corpos pela força da gravidade e pela força magnética. Estas forças variam de local para local, devido a diferenças superficiais e profundas dos materiais que constituem a Terra. A análise dessas diferenças é outra forma de interpretar o que existe no subsolo terrestre. Sites pesquisados em julho de 2005 http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3? base=./natural/index.html&conteudo=./natural/geomorfologia.html http://www.unb.br/ig/glossario/verbete/colisao_continental.htm http://www.sbgeo.org.br/cartilha.htm http://domingos.home.sapo.pt/tect_placas_1.html Ciência Hoje na Escola , volume 10:geologia - São Paulo-SBPC -2000 Págs 18/19/20 Capítulo 6 – Pangeia: Um grande continente A Terra tem a idade geológica calculada entre 4,5 e 5 bilhões de anos. A geologia, ciência que se dedica ao estudo do planeta divide a idade geológica em eras, épocas, períodos, idades e fases. No início a Terra apresentava sobre a sua superfície um material derretido quente, muito quente, formado em grande parte por ferro, níquel e outros metais pesados, que com o decorrer do tempo foram se concentrando em seu núcleo . Há cerca de 3,9 bilhões de anos , o resfriamento permitiu a solidificação das rochas, dando origem a uma camada sólida externa sobre a superfície terrestre , que é a crosta. Até o começo do século 20, era consenso entre os cientistas de que, desde que a superfície terrestre se solidificou, os continentes estiveram sempre na mesma posição em que estão até hoje. No entanto evidências científicas mostraram que isto não é verdade. Após estudar muito o assunto o meteorologista alemão Alfred L. Wegener lançou uma hipótese diferente, afirmando que, no passado (200 milhões de anos ) os continentes formavam um único bloco, denominado de Pangeia e um só imenso oceano, Pantalassa. Em virtude das forças internas da terra a Pangeia teria sido dividida por um longo braço de mar, dando origem a duas grandes massas continentais: Gondwana e Laurásia. Gondwana ao sul, abrangeria as atuais áreas da América do Sul, Índia, África, Nova Zelândia, Austrália, Antártida, Pangeia - Super Continente imagem: Madagascar, além do Sri Lanka. http://domingos.home.sapo.pt/tect_placas_1.html Laurásia, ao norte, incluiria as da América do Norte, Groenlândia, Ásia e Europa. No período Cretáceo (136 a 65 milhões de anos atrás) este teria se dividido em várias partes, inclusive tendo se deslocado até atingir a configuração atual. Esta hipótese de Wegener é denominada hipótese da Deriva Continental. Evidências Wegener alegava que uma das evidências de que os continentes poderiam ter se separado estaria no próprio contorno deles. Comparando a costa da América do Sul com a África você pode observar que os dois continentes são complementares. Além da semelhança entre os dois continentes existem outros indícios. Há sinais de uma gigantesca glaciação ocorrida há uns 250 milhões de anos e esses sinais são encontrados em todas as áreas terrestres do hemisfério sul atual, como no Brasil, na África e na Índia. Indicando que estes continentes estiveram unidos no passado e sujeito as mesmas condições climáticas. O fóssil do pequeno réptil Mesossauro encontrado no Brasil e na África é uma explicação de que os continentes estiveram juntos. Brasil e África têm ainda rochas sedimentares iguais, isto é, rochas que foram depositadas entre 350 milhões e 150 milhões de anos atrás. Há cerca de 300 milhões de anos, florestas substituíram o gelo e originaram depósitos de carvão. No sul do Brasil e da África, a Austrália e a Índia existem depósitos de carvão com a mesma idade. Novas provas vieram do mar, com a invenção do submarino e a eclosão da Segunda Guerra Mundial , neste período era importante do ponto de vista militar conhecer o fundo do mar. Descobriu-se grandes elevações e depressões da crosta terrestre no fundo do oceano, algumas dessas depressões chegam a atingir 11 mil metros de profundidade onde há uma intensa atividade tectônica alterando a posição dos continentes. Placas que se movem (Teoria da Tectônica de Placas) Hoje sabe-se que a superfície terrestre não é fixa, e sim estamos sobre placas (continentes) que flutuam sobre o magma. Portanto a teoria desenvolvida por Alfred Wegener, a teoria de Tectônica de Placas ou da Translação dos Continentes, é que explica a movimentação dos continentes flutuando sobre o magma. A Teoria afirma que continentes ou terras emersas flutuam sobre magma ou astenosfera. Em razão dos movimentos tectônicos, a placa Sul-americana afasta-se da Africana a velocidade de 2 cm por ano. Verifica-se também um afastamento entre a África e a Ásia, na região da península arábica, com a tendência do mar Vermelho aumentar de largura, originando um oceano. Além disso, as zonas sísmicas ou de terremotos e de vulcanismo encontram-se na faixa de contato entre as placas que são áreas de instabilidade geológica. Sites pesquisados em julho de 2005 http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/t1315.asp http://ich.unito.com.br/controlPanel/materia/view/2178 http://www.matemagica.hpg.ig.com.br/dinossauros.htm http://domingos.home.sapo.pt/tect_placas_1.html Ciência Hoje na Escola , volume 10:geologia - São Paulo-SBPC -2000 Págs 18/19 Capítulo 7 – Placas tectônicas Introdução Já vimos na aula anterior que a crosta terrestre não é estável. Na realidade a crosta terrestre apresenta grandes fraturas que a dividem em vários pedaços, chamados de placas, que em termos geológicos significa uma grande "laje" formada por rochas rígidas. Tectônica de Placas A palavra tectônica é de origem grega e significa construir, portanto tectônica de placas quer dizer que a superfície terrestre é construída por placas. Algumas dessas placas formam o fundo do oceano, como a placa do pacífico, outras placas são o "assoalho" dos continentes, como a placa Sul Americana onde esta situado o território brasileiro. Principais Placas Tectônicas da Crosta Terrestre Placa Sul Americana - onde situa-se o Brasil e quase toda a América do Sul. Placa de Nazca, Placa Norte-Americana, Placa Africana, Placa Euro-Asiática, Placa do Pacífico, Placa Indo-Australiana, Placa Antártica. Espessura e Mobilidade As placas tectônicas tem espessura variável, nas regiões oceânicas são mais finas, as espessuras variam entre 10 km nas dorsais (cordilheira submarina), até algumas dezenas de quilômetros. Já nas regiões continentais são mais espessas e podem chegar a 250 km de espessura. É interessante reconhecer que as placas tectônicas estão assentadas sobre o manto que tem um comportamento viscoso, isto é pastoso, fazendo com que as mesmas se movam (escorregam), afastando-se ou chocando-se nas zonas de contato com as outras placas. Conseqüências O movimento das placas tectônicas que se deslocam sobre a astenosfera (parte pastosa) interagindo ao longo do tempo entre si em um processo geodinâmico que tem como conseqüência a origem das montanhas e bacias geológicas, provocando terremotos, vulcanismo, magmatismo e outros eventos geológicos todos decorrência desses movimentos das placas. Terremotos Os terremotos são tremores ou abalos causados pela liberação repentina da energia acumulada durante longos intervalos de tempo em que as placas tectônicas Principais Placas da Tectônica sofreram esforços para se movimentar. imagem:Ciência Hoje na Escola-volume 10:geologia Os maiores terremotos já registrados no planeta ocorrem em áreas de subducção, onde uma placa afunda abaixo de outra. Entre esses incluem-se o o maior de todos os terremotos, ocorrido no Chile em 1960, que alcançou a marca de 9.5 graus Richter, o terrremoto de 9.2 graus, em Prince William Sound, Alaska, em 1960, o de Andreanof, também no Alaska, em 1957, com 9.1 graus e o de magnitude 9.0 graus, ocorrido na península de Kamchatka, na Rússia, em 1952. O devastador terremoto do dia 26 de Dezembro de 2004, que alcançou a marca de 9 graus na escala Richter , provocando as ondas gigantes na Ásia, ocorreu na interface entre as placas da Índia e Burma e foi causado pela liberação de energia que se desenvolve na subducção da placa Índica sobre a placa de Burma. Que Poderosa Energia Moveria Estas Placas ? A principal explicação para o movimento das placas tectônicas é que em função da desintegração radioativa de átomos que ocorre no interior do planeta gerando o calor, que mantém o magma em estado fluido e um processo denominado correntes de convecção tenderia a levar o magma para a superfície, pressionando as placas , explicando também a origem do vulcões. Questão Questão 1 - Unicamp 2006 "O Paquistão não tem condições de realizar os trabalhos de resgate e atendimento as vítimas do teremoto. A afirmação é do presidente do país, Pervez Musharraf. Dezenas de milhares de pessoas no norte do Paquistão e da Índia passaram a noite a céu aberto por causa da devastação causada pelo terremoto. A área mais afetada pelo terremoto fica no alto das montanhas onde a temperatura cai bastante à noite".http://www.estadao.com.br/internacional/noticias/ 2005/out/10/4.htm ] a)O terremoto a que se refere o texto alcançou, no Paquistão e na Índia , aproximadamente 7,5 graus na escla Richter. Como são ocasionados terremotos como este ocorrido na Ásia? b)Estabeleça a diferença entre a escala Richter e a escala de Mercali utilizada para medições de terremotos. c)Explique as diferenças entre bordas convergentes e bordas divergentes das placas tectônicas. Sites pesquisados em julho de 2005 http://www.apolo11.com/tectonica_indico.php http://www.unb.br/ig/glossario/verbete/colisao_continental.htm http://www.sbgeo.org.br/cartilha.htm http://domingos.home.sapo.pt/tect_placas_1.html Ciência Hoje na Escola , volume 10:geologia - São Paulo-SBPC -2000 Págs 18/19/20 Capítulo 8 – Eras geológicas A Existência Humana Assim como o desenvolvimento humano pode ser dividido em fases, como, o nascimento, infância, adolescência, vida adulta e velhice, a Terra também possui diferentes etapas em sua existência, de acordo com o estudo de seu relevo e formação do solo. A Existência da Terra A idade estimada da Terra é de cerca de cinco bilhões de anos. Deste modo, as fases da existência da Terra é definida como Eras Geológicas ou Tempo Geológico. E a Geocronologia é uma ciência que tem papel fundamental na análise e estudo de métodos para determinar o tempo geológico registrados nas rochas. Tempo Geológico Considerando que o Tempo Geológico é medido em milhões ou bilhões de anos e visando facilitar o estudo dos fenômenos que ocorreram no planeta Terra o este tempo foi dividido em unidades chamadas eras. As eras, por sua vez, foram divididas em períodos, e os períodos em épocas. Cada era se caracteriza pela forma como se encontravam distribuídos os continentes e os oceanos, e pelo tipo de organismos (fósseis) que neles viviam. Eras Geológicas Período Pré-Cambriano ou Proterozóica (do grego, proteros = primeiro + zoé= vida), Há 4,6 bilhões de anos, quando surgem no mar as primeiras forma de vida. Era Paleozóica, há 550 milhões de anos, surgem os primeiros corais e conchas, peixes, insetos, anfíbios e reptéis e as primeiras plantas terrestres. Era Mesozóica, há 245 milhões de anos, que foi subdividida em: Período Triássico, quando aparecem os primeiros dinossauros e mamíferos. Período Jurássico, quando surgem as primeiras aves. Período Cretássio, aparecem as primeiras plantas com flores. Era Cenozóica Há 65 milhões de anos, a extinção dos dinossauros marca o início desta era, que se estende até hoje, cuja característica foi a distribuição dos mamíferos pela Terra. Há aproximadamente 10 milhões de anos, surgem os primeiros hominídeos. Entre aproximadamente 5 e 3 milhões de anos surgem os primeiros espécimes do gênero Homo. Cerca de 1 milhão de anos surge a espécie Homo Sapiens. No Brasil - Exemplos Na Era Cenozóica, isto é nos últimos 65 milhões de anos é que ocorreu a formação das bacias sedimentares do Pantanal e ao longo do Rio Amazonas. Na Era Paleozóica, Esquema referente a questão 2 portanto, bem mais antigo, foi o período em que ocorreram as formações de carvão mineral no sul do Brasil e o início de formação da Bacia do São Francisco. Questão 1 - Enem 2004-prova amarela - q62 - Comprimam-se todos os 4,5 bilhões de anos de tempo geológico em um só ano. Nesta escala, as rochas mais antigas reconhecidas datam de março. Os seres vivos apareceram inicialmente nos mares, em maio. As plantas e animais terrestres surgiram no final de novembro. (Don L. Eicher, Tempo Geológico) Meses (milhões de anos) JAN (4500) FEV (4125) MAR (3750) ABR (3375) MAI (3000) JUN (2625) JUL (2250) AGO (1875) SET (1500) OUT (1125) NOV (750) DEZ (375) Na escala de tempo acima, o sistema solar surgiu no início de janeiro e vivemos hoje à meia-noite de 31 de dezembro. Nessa mesma escala, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil também no mês de dezembro, mais precisamente na (A) manhã do dia 01. (B) tarde do dia 10. (C) noite do dia 15. (D) tarde do dia 20. (E) noite do dia 31. Questão 2 - Enem 2005 - prova amarela - q35 - Uma expedição de paleontólogos descobre em um determinado extrato geológico marinho uma nova espécie de animal fossilizado. No mesmo extrato, foram encontrados artrópodes xifosuras e trilobitas, braquiópodos e peixes ostracodermos e placodermos. O esquema ao lado representa os períodos geológicos em que esses grupos viveram. Observando esse esquema os paleontólogos concluíram que o período geológico em que haviam encontrado essa nova espécie era o Devoniano, tendo ela uma idade estimada entre 405 milhões e 345 milhões de anos. Destes cinco grupos de animais que estavam associados à nova espécie, aquele que foi determinante para a definição do período geológico em que ela foi encontrada é (A) xifosura, grupo muito antigo, associado a outros animais. (B) trilobita, grupo típico da era Paleozóica. (C) braquiópodo, grupo de maior distribuição geológica. (D) ostracodermo, grupo de peixes que só aparece até o Devoniano. (E) placodermo, grupo que só existiu no Devoniano. Sites pesquisados em fevereiro de 2006 http://www.frigoletto.com.br/Geomorf/baciassed.htm http://www.ibge.gov.br/ http://www.igc.usp.br/geologia/geocronologia.php Capítulo 9 – Ambientes da Terra Ambientes da Terra - Introdução É de fundamental importância compreender como nossa morada "funciona". Este sistema, formado pelo Sol e inúmeros astros que giram ao seu redor (Sistema Solar), constitui, enfim, nossa morada. A terra é um planeta vivo, caracterizado por uma dinâmica envolvendo vários processos interligados, é o terceiro planeta na ordem de afastamento do Sol, o que lhe permite receber quantidade de energia suficiente para o desenvolvimento de ambientes que dão sustentação a vida. Esses ambientes se interpenetram, e se, inter-relacionam, através da superfície da Terra que é a camada de contato e inter-relacionamento entre a Atmosfera, Hidrosfera e Litosfera, dando origem a Biosfera. Esta camada permite através de seu equilíbrio natural o surgimento de minerais, água, solos diferentes, vida animal, vida vegetal e uma série quase infinita de outros acontecimentos que tendem a mudar com o tempo. É de essencial importância para a geografia o estudo destes fenômenos no espaço, no tempo, seu inter-relacionamento e agrupamento em padrões e funções. Uma Fina e Delicada Película A biosfera, ou esfera da vida, resulta das relações existentes entre a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera. Tais relações são muito antigas, na realidade, sua origem é de vários milhões de anos. Contudo, o termo biosfera é recente, assim como a compreensão da necessidade de sua preservação para o futuro da humanidade. Sua espessura não ultrapassa os 50 km e, quando comparada ao diâmetro da Terra, percebemos quão frágil é. Porém, sua fragilidade vem do fato de ela manter-se graças a um jogo de forças muito sensível que se autoregula e se autopreserva. Nesse jogo, os diversos elementos que compõem a biosfera se influenciam mutuamente. A alteração de um deles pode desencadear uma série de reações que atingirão alguns dos elementos do sistema, além do sistema como um todo. O homem integra e depende diretamente das relações que se desenrolam no interior da biosfera. Sua ausência significa o fim da própria humanidade. Há milhares de anos o homem se encontra adaptado à biosfera terrestre. A litosfera – ou crosta terrestre a camada sólida mais externa da Terra, e seu interior é constituído de materiais em estado pastoso. A litosfera tem cerca de 200 km de espessura. A parte interna do globo terrestre é composta por diversas camadas, com diferentes materiais. Cada uma delas possui temperatura e densidade próprias, o que traz implicações sobre a dinâmica interna da Terra, como as erupções vulcânicas e os terremotos. Hidrosfera - A esfera das águas - rios, lagos e mares - que formam uma camada descontínua sobre a superfície da Terra Da hidrosfera da Terra que compreende os lagos, mares, rios e as águas subterrâneas as águas marinhas e salobras correspondem a 97,4% e os restantes 2,6% são água doce, o que mostra a imensidão das águas marinhas e consequentemente sua importância sob vários aspectos como fonte alimentar, meio de transporte, depósito petrolífero e de minerais, por exemplo. Atmosfera - Camada de gases que envolve um planeta ou um satélite. A atmosfera (do grego atmós, gás; sphaîra, esfera) da Terra tem espessura estimada em 800 km. É formada por gases, principalmente o nitrogênio (78%), o oxigênio (21%) e o argônio (0,9%), e por gases menores, entre eles o vapor de água e o dióxido de enxofre, que totalizam apenas 0,1% do volume do ar atmosférico. A atmosfera contém também microrganismos e partículas sólidas, como cinzas vulcânicas e poeira. Atividades - vestibular I - . (Unifor-CE) A figura inserida no texto que simboliza a interdependência das esferas ( litosfera, atmosfera e hidrosfera )ou partes da terra. Dessas relações é correto afirmar que: a) a biosfera é a crosta sólida da terra e não tem relações com as camadas atmosféricas. b) da relação exclusiva entre atmosfera e litosfera resulta o ciclo da água ou ciclo hidrológico .c) os solos derivam de uma relação mais direta entre litosfera, atmosfera e biosfera d) a hidrosfera é composta pelas bacias oceânicas e pelas terras emersas continentais II - Exercícios de fixação: 1- O planeta Terra, é o terceiro planeta na ordem de afastamento do Sol, em função disto, encontre no texto um argumento que justifique a existência de vida na Terra. 2 - O planeta Terra , é o terceiro planeta na ordem de afastamento do Sol, o que lhe permite receber quantidade de energia suficiente para o desenvolvimento de ambientes, quais são estes ambientes ? 3 - Onde ocorre a interação entre estes ambientes , ou qual é a camada de contato e inter-relacionamento entre estes ambientes? 4 - Em que resulta uma relação equilibrada e natural desses ambientes ( atmosfera, hidrosfera e litosfera )? 5 - Podemos dizer então que a biosfera é: 6 - Comente sobre a importância da biosfera para a humanidade ? III - Comente: 7 - Litosfera: 8 - Hidrosfera: 9 - atmosfera: Capítulo 10 – Litosfera A litosfera é a camada da Terra que compõe a sua superfície sólida. Trata-se da mais fina das camadas do planeta, sendo considerada uma espécie de “casca” do mundo. Possui uma profundidade que varia entre 5 e 100 km, correspondendo a 2,4% do raio da esfera terrestre. O termo “litosfera” surge da divisão da Terra em camadas que são segmentadas a partir de seu estado físico. Abaixo dela, encontra-se a astenosfera, caracterizada por apresentar temperaturas mais elevadas, o que propicia o processo de transformação física das rochas, tornando-as mais “plásticas”. Ao contrário dessa camada, a litosfera apresenta temperaturas menos elevadas, por se encontrar mais distante do núcleo da Terra, o que permite a caracterização de sua rigidez e resistência. A litosfera é basicamente composta por rochas e minerais. Dessa forma, aquilo que denominamos por solo nada mais é do que a decomposição dessas rochas através do processo de sedimentação. Apesar de sua pequena profundidade, essa camada levou alguns bilhões de anos para se formar, de tal modo que ela continua em constante transformação, que se estabelece a partir de duas frentes. De um lado, existem aquelas transformações causadas por elementos externos ou exógenos, como a ação dos ventos, das águas, do sol e dos seres, propiciando a ocorrência de fenômenos como sedimentação, erosão e intemperismo. De outro lado, existem aquelas transformações causadas por elementos internos ou endógenos, como o tectonismo e as atividades vulcânicas. Sabe-se que essa camada não é totalmente interligada, ou seja, ela é dividida em diferentes partes, o que chamamos de placas tectônicas. Os contatos e atritos entre duas placas podem provocar a ocorrência de fenômenos como terremotos e vulcanismos, além da transformação do relevo. Compreender a dinâmica da litosfera, bem como suas características e composição, é de extrema importância, pois é sobre ela que as atividades humanas acontecem. A dinâmica da litosfera A Crosta Terrestre é chamada Litosfera. Essa parte do planeta Terra apresenta uma dinâmica peculiar e vive em constante transformação. A Litosfera tem uma espessura que pode chegar a 5 km de profundidade nos oceanos, se formou há bilhões de anos e se encontra em movimento. Essa dinâmica é capaz de mudar os continentes. Duas fontes de energia agem sobre a Litosfera. São elas: as forças internas (ou endógenas) e as forças externas (ou exógenas). Essa constante movimentação da Litosfera, principalmente em seu núcleo e seu manto, resulta na ocorrência de vulcões, terremotos e tsunamis. As forças que agem sobre a Litosfera são contrárias e exercem fortes pressões capazes de dar forma ao relevo de uma região. A Litosfera é dividida em placas assentadas e não fixas que se movimentam no sentido horizontal. Esse dinamismo da Litosfera foi descrito pela Teoria da Tectônica de Placas. Com isso, é possível afirmar que os continentes estão sempre em deslocamento. A Litosfera está dividida em várias placas tectônicas e é o berço dos recursos minerais e da água do planeta Terra. Capítulo 11 – Atmosfera Atmosfera é o nome dado à camada gasosa que envolve os planetas. No caso da atmosfera terrestre ela é composta por inúmeros gases que ficam retidos por causa da força da gravidade e do campo magnético que envolve a Terra. Camadas da Atmosfera. No início da formação do planeta Terra a atmosfera era composta basicamente por gases (Metano, amônia, nitrito, vapor de água e dióxido de carbono) resultantes das constantes erupções e colisões na superfície inóspita da terra primitiva, além dos que eram expelidos por rachaduras na crosta terrestre. Então, em uma segunda fase, surgem os primeiros organismos vivos que realizam fotossíntese (processo bioquímico que transforma dióxido de carbono em oxigênio com o auxílio da luz solar, realizado pelos vegetais e algumas algas), absorvendo o gás carbônico da atmosfera e transformando-o em oxigênio. Com isso acontece uma das maiores transformações causadas no planeta por algum organismo vivo: a atmosfera torna-se saturada de oxigênio. Ironicamente, os primeiros organismos a realizar a fotossíntese e eram anaeróbios (organismo que vive sem oxigênio e morrem na presença dele), e são extintos. Alguns organismos, entretanto, continuam evoluindo e se adaptam a nova atmosfera cheia de oxigênio. Atualmente, o nitrogênio e o oxigênio juntos, somam cerca de 99% dos gases que compõem a atmosfera terrestre. O oxigênio é consumido pelo seres vivos através do processo de respiração e transformado em dióxido de carbono e vapor de água que serão depois reabsorvidos pelos organismos. O dióxido de carbono será consumido no processo de fotossíntese, e o vapor de água, responsável, por redistribuir a energia na terra através da troca de energia de calor latente, produzir o efeito estufa e causar as chuvas, será novamente consumido pelos organismos vivos na sua forma líquida. Outros gases que compõem a atmosfera terrestre são: dióxido de carbono, argônio, metano, óxido nitroso, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, óxido e dióxido de nitrogênio, os clorofluorcarbonos, ozônio, e outros que integram o 1% restante da atmosfera. Para fins de estudos a atmosfera terrestre é dividida em algumas camadas de acordo com a variação das transições de temperatura: A troposfera, que geralmente se estende a 12 km (entre 20 km no equador e 8 km nos pólos). É nesta camada que acontecem praticamente todos os fenômenos que influenciam o tempo. A estratosfera, estende-se até aproximadamente 50 km com temperaturas parecidas com as da troposfera até o limite de 20km. Esta camada é mais quente por causa do ozônio que se acumula e que absorve os raios ultravioletas. Na mesosfera, a temperatura novamente diminui. Esta camada vai até cerca de 80 km. A esta altura, a temperatura chega a -90ºC! E a termosfera, que não possui um limite inferior muito bem definido. Aqui as moléculas se agitam com uma velocidade enorme, o que significaria uma temperatura altíssima. Entretanto, a concentração dessas moléculas é muito baixa o que diminui drasticamente a quantidade de energia que essas moléculas poderiam transmitir para qualquer corpo que se encontrasse ali, anulando, de certa forma, a temperatura. A termosfera, por sua vez, compreende uma camada situada entre 80 a 900 km, chamada de ionosfera. A ionosfera, como o próprio nome já diz, é composta por uma infinidade de íons criados a partir da radiação solar que incide nas moléculas de oxigênio e nitrogênio, liberando elétrons. A ionosfera é composta por três camadas (da mais próxima a mais distante) D, E e F que possuem concentrações diferentes de íons. Durante a noite as camadas D e E praticamente desaparecem, porque não há incidência de raios solares e, conseqüentemente, não há formação de íons. Ou seja, durante a noite, os íons se recombinam formando novamente as moléculas de oxigênio e nitrogênio. Mas, à noite ainda há incidência de raios solares, mesmo que de menor intensidade, o que explica porque a camada F não se extingue também. Funções da Atmosfera Filtro Uma das funções dos gases da atmosfera é a de impedir a passagem dos raios solares. Esses gases impedem cerca de dois terços das radiações solares, fazendo com que os raios em excesso e nocivos não cheguem à superfície terrestre, assim como conseqüência permita a vida no nosso planeta. Proteção No espaço há muitos fragmentos de astros que se desintegram, e constantemente os planetas são atingidos por esses fragmentos, a atmosfera é responsável por não deixar que eles cheguem até a superfície. Conservação Dentre as funções da atmosfera, a conservação é muito importante, pois ela é responsável por permitir a vida durante a noite. Todo o calor incidido no planeta durante o dia é conservado pela atmosfera, para que durante a noite o planeta continue aquecido. Efeito Estufa O efeito estufa pode ser dito como a principal função da atmosfera para haver qualquer tipo de vida que se conhece em nosso planeta. O efeito estufa é o nome dado à capacidade que a atmosfera tem de manter as temperaturas estáveis em nosso planeta. Sem este efeito as temperaturas teriam amplitudes térmicas enormes diárias e assim não haveria o desenvolvimento de qualquer tipo de vida em nosso planeta. O efeito estufa é muito importante, embora a sociedade tenha algum tipo de preconceito com este efeito por confundirem ele com o aquecimento global, que é um fenômeno que ocorre um aumento continuo e a longo prazo da temperatura atmosférica mundial. Essas são as principais funções da atmosfera, mas ela possui outras como as de reflexão e de difusão. Capítulo 12 – Hidrosfera Introdução Cerca de 70% da superfície da Terra está coberta de água. Hidrosfera é o nome dado ao conjunto de regiões do planeta que agrega todos os tipos de água (sólida, líquida e gasosa). Desse conjunto, os oceanos é maior reservatório com 97,3% do total da hidrosfera. Há também a água dos rios, lagos, aqüíferos (água subterrânea), e água das geleiras localizada nos polos e regiões montanhosas, água na forma de umidade na atmosfera. É preciso ter ciência que, de todo o potencial da hidrosfera, apenas e aproximadamente 0,007% é água disponível ou de possível acesso para consumo humano. Importância dos oceanos Embora para os seres humanos a água doce tenha uma importância imediata na manutenção da vida, os oceanos com sua água contendo aproximadamente 3,5% de sais, principalmente cloreto de sódio, é que tem um importante papel vital na manutenção da vida no planeta Terra como um todo e um importante aliado na amenização do efeito estufa por meio da absorção de grandes quantidades de dióxido de carbono da atmosfera. Fitoplâncton - florestas no oceano É no oceano que se desenvolve uma das mais importante forma de vida, o fitoplâncton(*), que são algas(**) microscópicas que vivem flutuando no mar em função das correntes, estes vegetais marinhos são responsáveis pelo equilíbrio do clima no planeta através da absorção do dióxido de carbono e da produção de cerca de 80% do oxigênio atmosférico e representa a base das cadeias alimentares dos ecossistemas marinhos. Os oceanos e o equlíbrio do clima Os oceanos são responsáveis pela manutenção do clima terrestre. O transporte de calor se dá da seguinte forma: A água absorve essa energia térmica (calor) que recebe sobretudo nos trópicos e a redistribui para o resto do planeta, no sentido dos pólos através das correntes marinhas. Nesse movimento a água aquecida e menos densa se desloca pela parte superficial dos oceanos em direção aos polos, nesse trajeto e a aproximação dos polos ocorre a perda de calor e consequente resfriamento e aumento da densidade provocando o afundamento do fluxo de água, este efeito provoca o processo inverso no oceano profundo, a água afunda e migra para as zonas equatoriais, num processo muito lento. Caso contrário, a Terra tornar-se-ia demasiadamente fria para a sobrevivência do ser humano. Oceanos - alimento, energia e vida O mar é, também, uma importante fonte de alimento e de energia, tanto as energias não renováveis como o petróleo e o gás, como as energias renováveis como o vento e as ondas marítimas. A zona costeira é particularmente importante porque 60 % da população mundial vivem numa faixa de 100 km da costa marítima. A interface entre a hidrosfera, litosfera e a atmosfera é onde ocorre o desenvolvimento da vida em nosso planeta. A interação entre estes três ambientes recebe o nome de biosfera. Ciclo Hidrológico Ciclo hidrológico é um processo dinâmico provocado pela energia solar e do interior da Terra em que a água se recicla continuamente transitando entre a hidrosfera, atmosfera e litosfera. Na hidrosfera a água num processo dinâmico e contínuo percorre os três estágios (sólido, líquido e gasoso) que tem o clássico nome de Ciclo Hidrológico. Nesse processo as águas dos oceanos e dos continentes se evaporam, formam nuvens que condensam-se e precipitam-se sobre o planeta sob a forma de chuva, neve ou granizo. Depois escorrem para rios, lagos e aos poucos correm de novo para o mar, ou para o subsolo onde acumula-se formando depósitos subterrâneos de água, também conhecidos como lençóis freáticos ou aquíferos. Mantendo assim o equilíbrio no Sistema Hidrológico do planeta. Além disso, a água, em seu estado líquido ou sólido, cumpre o importante papel de agente modelador da crosta terrestre. A maior parte dos depósitos sedimentares provem do transporte e da deposição pela ação da água e do gelo. Glossário: (*)Fitoplânctons são microorganismos marinhos que consistem em pequenas plantas unicelulares responsáveis por sustentar a produtividade primária do mar. Sua importância esta no fato de que, a sua sobrevivência passa pelo processo da fotossíntese, onde absorvem o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, ajudando a regular o clima, e produzem oxigênio, tão necessário para a existência da vida na Terra. (**)Algas são plantas inferiores que não apresentam organização complexa do corpo e que produzem a fotossíntese. Fontes - sites acessados em 15/04/2005 [ www.Ambientebrasil.com.br ] [ http://geocities.yahoo.com.br/csgeologia/temperatura.html ] [ http://www.cem.ufpr.br/fito.htm ] [ http://www.atmosphere.mpg.de/enid/4bb7a903d28ebdbef1cfc5b6c615a8f9,55a304092 d09/2o8.html ] [ http://www.argon.com.br/entidades/amigosdanatureza/especiais/mar/14.htm ] [ http://www.mma.gov.br/port/sbf/dap/antaust.html ] [ http://www.comciencia.br/reportagens/aguas/aguas10.htm ] Capítulo 13 – Biosfera Alguns aspectos presentes no planeta Terra A biosfera é a parte onde desenvolve a vida, responsável por dar condições de propagação aos seres vivos (animais e vegetais), a temperatura média da Terra é de 15oC, essencial para o desenvolvimento da vida. Em planetas como Vênus e Mercúrio a temperatura é de 100o C e nos outros a temperatura é de 40o C. Os elementos que proporcionam a propagação da vida são temperatura, água e oxigênio, indispensável para qualquer ser vivo. A biosfera é composta ou constituída pela hidrosfera (parte líquida presente na Terra, mares, rios, lagos etc.), atmosfera (conjunto de gases que envolvem a Terra, responsável pela consolidação dos climas e fenômenos, como chuva, ventos, neve) e litosfera (é a superfície terrestre onde habita os seres vivos e palco das relações humanas). A biosfera aborda dos menores aos maiores ecossistemas. Ecossistema é um conjunto de relações entre seres vivos e os elementos físicos da natureza, como solo, água, ar e energia solar, essas relações ocorrem em qualquer dimensão. As variedades de ambientes ocorrem em decorrência das diferenças climáticas, de relevo e quantidade de energia solar, e tudo isso possui uma relação de interdependência dos elementos, isso significa que caso um ecossistema sofra alguma alteração, os reflexos poderão ser percebidos também em outros ecossistemas. Capítulo 14 – Sistemas de localização: Coordenadas geográficas Fatos: *Na Guerra do Golfo em 1991, o que chamou atenção foi a precisão com os pilotos dos caças a jato destruiam, pontes, pistas de pousos,centrais de energia elétrica, centros de telecomunicações, enfraquecendo o Iraque. *Mais recentemente na Guerra contra o Afeganistão, os americanos atingiam os pontos estratégicos com precisão. *Agora imagine você e mais um grupo de pessoas, em um navio, navegando pelo Oceano Atlântico em direção a África. De repente ocorre um defeito nos motores do navio. O comandante tem que pedir socorro. Como ele fará para que o navio seja localizado na imensidão do Oceano Atlântico? O que estes fatos têm em comum, é que todos eles requerem conhecimentos sobre Coordenadas Geográficas (latitude e longitude). Coordenadas Geográficas - Latitude e Longitude São os elementos geográficos que nos dão condições para localizar qualquer ponto sobre a superfície terrestre. As coordenadas geográficas foram determinadas por meio de observações astronômicas e satélites geodésicos. Suas informações são expressas em grau, minuto e segundo. Paralelos e Meridianos Para determinar a posição, ou localização, de um ponto situado na superfície da Terra, utilizamos como referência linhas imaginárias denominadas de paralelos e meridianos, essas linhas na realidade não existem na superfície da Terra, elas são imaginárias e estão presentes nos mapas, apenas para orientar seus usuários. Os paralelos são as linhas de referência para a obtenção da latitude, e os meridianos são as linhas de referência para obtenção da longitude. Para entender melhor acompanhe a explicação do professor que deverá fazer uso de recursos pedagógicos como um globo terrestre, mapa mundi ou multimídia. Entendendo o conceito de Latitude já sabemos que a Terra tem uma forma quase esférica, com achatamento nos polos (geóide), e, é apresentada nos mapas dividida em duas metades por uma linha horizontal imaginária, denominada Linha do Equador ( palavra de origem latina aequatore, que significa " o que iguala " ). A linha do Equador , esta situada a igual distância dos polos, divide a terra em duas metades: o Hemisfério Norte ou Setentrional e o Hemisfério Sul ou Meridional. As linhas imaginárias posicionadas paralelamente ( paralelos) ao equador, determinam A latitude, que é definida como; a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre até a linha do equador. A distância em graus será de 0° na linha do equador até 90° para o norte ou 90° para o sul. Concluindo que, se a posição em análise estiver acima da linha do equador - latitude norte, e ao contrário, se abaixo da linha do equador - latitude sul. Entendendo o conceito de Longitude A longitude também vai requerer para sua determinação uma linha de referência, neste caso é o 1º meridiano ou Meridiano de Greenwich localizado no mapa mundi e globo terrestre na posição vertical, também dividindo a superfície terrestre em dois hemisférios, o oriental ou leste, e a ocidental ou oeste. As linhas imaginárias posicionadas verticalmente (meridianos) determinam a longitude, que é definida como a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre até o 1º meridiano ou Meridiano de Greenwich A longitude varia de 0° ( no meridiano de Greenwich ) a 180° para leste e 180° para oeste. Por que Greenwich? Ele tem esse nome porque é o meridiano que passa sobre um observatório astronômico da localidade de Greenwich, na periferia de Londres, na Inglaterra. Informações Complementares: I - Para localizar com maior precisão um ponto na superfície terrestre, além das coordenadas geográficas, podemos utilizar uma outra informação, a Altitude, que é altura ou a dimensão vertical de um ponto qualquer da superfície terrestre em relação ao nível do mar. Altitude é diferente de altura, que é a dimensão vertical de um corpo da base até seu ponto extremo. Informações Complementares: II - Aparelho põe coordenadas dentro do bolso: um aparelho do tamanho de uma calculadora de bolso é atualmente o grande recurso para se localizar um ponto na superfície da Terra. É o GPS, sigla em inglês para sistema de posicionamento global. No mostrador do aparelho aparecem as coordenadas e a altitude do local, obtidas através de sinais enviado por um conjunto de satélites ( 24 satélites ). É esse sistema acoplado aos aviões de combate, que permite atingir o alvo desejado com grande precisão, como por exemplo, na Guerra dos EUA, contra o Afeganistão. No Brasil este sistema é utilizado pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para orientação aérea e marítima, passando também a equipar veículos para navegação terrestre. Atividade para verificação do entendimento do texto. I - Assinale V (verdadeiro) ou F (falso): 1 - ( ) Os paralelos são linhas imaginárias traçadas paralelamente à Linha do Equador. 2 - ( ) A Linha do equador divide a Terra em dois hemisférios, norte e sul. 3 - ( ) Os meridianos são linhas imaginárias traçadas de um pólo ao outro. 4 - ( ) A latitude é a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre à linha do equador. 5 - ( ) A longitude é a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre ao Meridiano de Greenwich. 6 - ( ) Por meio das coordenadas geográficas, não é possível a localização exata de qualquer ponto na superfície terrestre. II - (UNESP) Verificando o mapa e considerando o Equador e Greenwich, é possível afirmar que o Brasil tem a maioria de suas terras nos hemisférios: a) norte e sul. b) sul e ocidental. c)sul e oriental. d) oriental e ocidental. e) ocidental e norte. III - (MACKENZIE-SP) Preencha o espaço em branco com a alternativa que convém: O Brasil localiza-se a oeste do meridiano inicial ou de Greenwich, situando-se, portanto, inteiramente no hemisfério ocidental. Sendo cortado ao norte, pela linha____________, apresenta 7% de suas terras no hemisfério__________ e 93% no hemisfério_________, ao sul é cortado pelo trópico de________________. a)do equador - setentrional - meridional - capricórnio b) do meridiano de Greenwich meridional - setentrional - Câncer c) inicial - oriental - ocidental - Câncer d) do equador - ocidental - oriental - Câncer e)do meridiano de Greenwich - setentrional - meridional - Câncer. Capítulo 15 – Sistemas de localização: Sistema de Posicionamento Global (GPS) Introdução A localização no espaço geográfico durante séculos foi estabelecida com o uso de um sistema de coordenadas formadas por linhas imaginárias sobre mapas e cartas : essas linhas são os meridianos e os paralelos. Tecnologia Atualmente, a tecnologia para localização de qualquer ponto no espaço geográfico atende pelo nome de GPS - Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global. O GPS é considerado uma das tecnologias mais revolucionárias das últimas décadas, um instrumento de precisão que veio trazer grandes benefícios para as mais diversas atividades, produtivas ou de lazer O que é o GPS? GPS - Sistema de Posicionamento Global é um sistema de navegação (localização) baseado em satélites, composto de uma rede de 24 satélites colocada em órbita (20.200 km) da Terra pelo Departamento Norte-Americano de Defesa. O GPS foi originalmente planejado para aplicações militares sob o nome de 'projeto NAVSTAR', mas a partir de 1980, o governo tornou o sistema disponível para uso civil. Outros Sistemas A Rússia tem o Global Orbiting Navigation Satellite System - GLONASS", e Europa desenvolve o sistema Galileo, no qual o Brasil está estudando a participação. Depois que todos os 30 satélites (três são de reserva) estiverem funcionando, os europeus pretendem, em 2008, declarar independência dos sistemas GPS, norte-americano, e Glonass, russo. Diferentemente desses dois, controlados por militares, o Galileu será o primeiro em escala mundial sob comando de civis. Recepção dos sinais dos satélites Este sistema consiste de um aparelho receptor (cabe na palma da mão), que capta sinais enviados por três ou mais satélites. Estes sinais contêm informações que permitem ao aparelho receptor calcular a posição (latitude, longitude e altitude) exatas de um determinado Simulação - Satélites do Sistema de local, não importando em que parte do mundo esteja, Posicionamento Global - GPS tanto na terra quanto no mar ou no ar. Uma vez que a posição do usuário foi determinada, a unidade de GPS pode calcular outras informações, como: velocidade, distância de viagem, distância ao destino, tempo de viagem, nascer e pôr-do-sol e muito mais. Dependendo na necessidade, o GPS é conectado a computadores que utilizam as informações de localização para as mais diversas aplicações. Satélites Satélites de GPS circundam a terra duas vezes por dia, em uma órbita muito precisa, transmitindo informações para a Terra, são alimentados por energia solar possuindo pequenos propulsores de foguete em cada satélite, que os mantêm na órbita correta. Um receptor de GPS deve receber um sinal de pelo menos três satélites, para calcular uma posição 2D (latitude e longitude) . Com quatro ou mais satélites visíveis, o receptor pode determinar a posição 3D do usuário (latitude, longitude e altitude). Aplicações O GPS é um instrumento que cada vez apresenta mais utilizações práticas em todas as áreas de negócios e atividades de todos os tipos. Foi, inicialmente, desenvolvido para uso militar e desde então sua utilização não parou de crescer em todo o mundo. - A comunicação de dados por GPS, também serve para o rastreamento e o monitoramento de veículos, como forma de localização para empresas de segurança e monitoramento, principalmente em caso de roubos, furtos ou seqüestros; - Dirigir até uma cidade ou um país vizinho sem se preocupar com o trajeto já é realidade nos Estados Unidos e na Europa; - Alguns governos estaduais já estão adotando o GPS para ajudar no combate à violência; - Nas competições de rali, como o Rali dos Sertões, no Brasil, ou o rali Paris-Dakar, o co-piloto resolve os principais problemas de orientação com uso do GPS; - Adeptos de GPS também surgem em zonas urbanas e rodovias, à medida que aparecem os primeiros serviços que - associados a mapas de ruas e avenidas - oferecem orientação de trânsito; - Embarcações náuticas e aviões, para o correto posicionamento geográfico e evitar que barcos e aeronaves se "percam". Além disso, permite a localização correta de seus destinos e rotas; - Mapeamento e cartografia de precisão, cálculo de áreas, etc.; - Leitura de cartas náuticas, navegação aérea e cartas topográficas; - Na pesca comercial, para a localização de áreas com maior probabilidade de sucesso na atividade. Desta forma, a produção pesqueira torna-se mais eficiente e rentável; - Na agricultura, com a utilização do instrumento em grandes colheitadeiras automatizadas, maximizando os resultados das colheitas, reduzindo perdas e economizando sensivelmente na mão-de-obra empregada na atividade. Sites pesquisados em agosto de 2005: http://an.uol.com.br/2001/jul/18/0inf.htm http://www.agronline.com.br/artigos/artigo.php?id=223 http://www.planetacelular.com.br/gps.htm http://www.gpscenter.com.br/index64.html http://www.gpsglobal.com.br/Artigos/Agricola/GPSAgric.html http://www.cienciaviva.pt/latlong/anterior/gps.asp http://www.gpstm.com/port/whitehouse_port.htm Capítulo 16 – O tempo no espaço geográfico: Fusos horários Por que estudar Fusos Horários Porque a hora não é a mesma em todos os lugares do mundo. Na Copa do Mundo de Futebol de 2006 os jogos aconteciam na Alemanha em um horário, sendo assistidos em tempo real no Brasil em outro horário. Quando são 9 horas da manhã em Brasilia, são 21 horas em Tóquio, no Japão. Por que ? Isso acontece porque a definição do tempo esta relacionado com o movimento de rotação da Terra e o movimento aparente do sol, enquanto uma região da Terra esta iluminada a região oposta esta na escuridão. Isto significa que estas regiões estão em diferentes fusos horários e o estudo deste tema permitirá a compreensão destes fenômenos. Tecnologia e Globalização Com o avanço da Ciência e da Tecnologia, junto com o aumento da velocidade dos transportes e das comunicações, acabou impondo a necessidade de unificação da hora em todo o mundo. Para tanto na Conferência Internacional do Meridiano ocorrida em Washington em 1884, foi proposto e aceito pelos representantes de 25 países, inclusive o Brasil, o Sistema de Fusos Horários. Os fusos horários foram criados para por ordem no horário mundial e atender a todos os segmentos da sociedade, como empresas, comércio, comunicações, investidores. Dessa forma passou a ser possível saber que horas são em determinado lugar neste exato momento. Fusos Horários - 15º,15 meridianos ou 1 hora Imagine uma volta em torno da Terra e estarás dando uma volta de 360°, para dar esta volta sobre si mesma a Terra leva 24 horas, logo 360° ÷ 24 horas = 15° . Portanto cada fuso horário corresponde a uma faixa (de norte a sul) da superfície terrestre que esta entre dois meridianos com 15º entre eles. Passa-se um meridiano pelo ponto médio de cada fuso, onde são numerados desde o fuso zero até o fuso 12 para o leste e 12 para oeste. Meridiano de Greenwich (GMT) O Meridiano de Greenwich ou primeiro meridiano (0°), foi definido na Conferência do Meridiano como referência da hora oficial mundial, ou hora GMT ( Greenwich Meridian Time ). Logo o Meridiano de Greenwich é o que passa no ponto médio (no meio) do fuso, observe que soma de 7,5º a leste de Greenwich com 7,5º a oeste, corresponderá aos 15º ou um fuso, definindo o Meridano de Greenwich, como fuso zero. Observação: A partir de 1986, a hora GMT foi substituído pelo UTC - Universal Time Coordinated que é uma mensuração baseada em padrões atômicos e não na rotação da Terra . Fuso Zero Com a definição do fuso zero, formado pela soma de 7,5° a leste e 7,5° a oeste do Meridiano de Greenwich, primeiro meridiano ou meridiano inicial, o passo seguinte foi a criação de um sistema de zonas de hora por todo o mundo. Sistema de Fusos Horários - 24 Fusos Horários Foram definidos então 12 fusos a leste do fuso zero, para cada fuso soma-se 1 hora, e 12 fusos a oeste do fuso zero, para cada fuso subtrai-se 1 hora. 12 fusos a leste, somado com os 12 fusos a oeste, do fuso zero (Greenwich), totaliza 24 fusos. Fusos - Limites Políticos No interior dessas faixas (fusos), todos os lugares possuem a mesma hora. Para não causar dificuldades para as pessoas, os limites dos fusos horários estão ajustados, em grande parte, de acordo com os limites políticos dos países. Fusos horários/revisando O que determina a mudança da hora no mundo são as linhas de fuso. Elas "fatiam" o globo verticalmente, em 24 faixas, que acompanham as linhas de meridiano. Cada faixa corresponde a 1 hora, dentro de cada faixa por convenção a hora é a mesma . As faixas estão distribuídas em intervalos de aproximadamente 15º, que corresponde ao ângulo que a Terra gira em uma hora. Conforme se passa de um fuso a outro, deve-se aumentar (se for para o leste) ou diminuir (se for para oeste) uma hora no relógio. O primeiro fuso da Terra e que serve de referência para todos os lugares é o do Meridiano de Greenwich ( Londres ). É a partir dele que sabemos que horas são, por exemplo, no Rio de Janeiro, em Paris ou em Pequim. Rotação do Planeta Terra - De Oeste para Leste É importante ressaltar que a rotação do planeta Terra ocorre de oeste para leste. Portanto , todas as localidades situadas a leste veêm o sol nascer primeiro. Pode-se concluir que essas localidades possuem a hora adiantada. Ex. O Japão está situado 12 fusos a leste do Brasil, seus habitantes veêm o sol nascer primeiro do que nós. Quando são 14 horas de uma terça feira em São Paulo, significa que já serão 2 horas da madrugada de quarta feira em Tóquio. O Brasil e o Meridiano de Greenwich - texto já adaptado em função da Lei N° 11.662, de 24/04/2008 que modifica a quantidade de fusos horários no Brasil O território brasileiro está localizado a oeste do Meridiano de Greenwich (fuso zero), abrangendo o fuso -2, fuso -3, fuso -4, isto quer dizer que em virtude da sua grande extensão territorial há sob o território brasileiro (continental e oceânico) 3 fusos horários, com regiões apresentando desde 2 horas, até 4 horas de atraso em relação a Greenwich(fuso zero). Portanto todo horário sob território brasileiro é atrasado em relação a hora GMT ou UTC. Fusos Horários no Brasil Horas atrasadas Horas atrasadas 3 Fusos sobre o Território Brasileiro - Abrangência em relação a em relação à dos fusos Greenwich Brasília Compreende as ilhas de Fernando de Noronha, (Fuso 2 - oeste) Trindade, Martin Vaz, Penedos de São Pedro e São + 1 hora - 2 horas Paulo e o Atol das Rocas. Abrange todos os estados da região Nordeste, (Fuso 3 - oeste) Sudeste, Sul, além do Distrito Federal, Goiás, Horário oficial - 3 horas Tocantins, Amapá e todo o estado do Pará (de acordo brasileiro com a Lei N° 11.662, de 24/04/2008). Compreende os estados de Roraima, Rondônia, Mato (Fuso 4 - oeste) Grosso, Mato Grosso do Sul, o Amazonas e todo o - 1 hora - 4 horas estado do Acre (também de acordo com a referida lei). ATENÇÃO: De acordo com a Lei N° 11.662, de (fuso 5 - oeste) 24/04/2008 que modifica a quantidade de fusos - 2 horas - 5 horas horários no Brasil, este fuso 5 deixa de existir. Atividade: 1 - (FUVEST-SP) - Em consequência da grande extensão territorial, da posição geográfica e da configuração do seu território, o Brasil é abrangido por 4 ( quatro ) fusos horários ( observar o mapa ). Assim, quando em São Paulo forem 12 horas, em Manaus e São Luís serão respectivamente: a) 12 e 11 horas b) 11 e 12 horas c) 12 e 13 horas d) 13 e 12 horas e) 11 e 13 horas. 2 - (UFV-MG) Um avião sai do Rio de Janeiro - 45°W, às 14 horas, com destino a Fernando de Noronha - 30°W. O Vôo é de 3 horas. Que horas serão na ilha quando esse avião aterrissar: a) 16 horas b) 17 horas c) 18 horas d) 19 horas e) 20 horas. 3 - Em Londres, capital da Inglaterra, situada a 0° de longitude é meio dia ( 12 horas ). Em São Paulo que está a 45 graus de longitude ocidental são: a) 3 horas da manhã b) 3 horas da tarde c) 9 horas da manhã d) 9 horas da noite. Capítulo 17 – Cartografia: Mapas Definição Segundo a Sociedade Americana de Fotogrametria (SLAMA, 1980) um mapa é a representação (geralmente sobre uma superfície plana) de toda ou de uma região da Terra, mostrando o tamanho relativo e a posição das feições em uma determinada escala ou projeção. Importância Os mapas ou as cartas são importantes instrumentos para o estudo geográfico, pois permitem o conhecimento e o domínio sobre determinado território. Cartografia A arte e a técnica aplicada na confecção de mapas é objeto de uma Ciência: a Cartografia, mas para que os mapas sejam úteis, é preciso que sigam algumas regras chamadas convenções, essas convenções são a chamada linguagem cartográfica, ou seja, a linguagem dos mapas. História A idéia de fazer mapas é muito antiga, já existem a milhares de anos, antes mesmo da invenção do papel. Civilizações antigas gravavam em barro ou argila os aspectos do espaço que queriam representar de forma bastante simples. Os mapas procuram representar da melhor maneira fatos e aspectos que compõem o espaço geográfico. Tipos de Mapas Para tanto, existem vários tipos de mapas, os quais devem apresentar os seguintes elementos: Título: o título já destaca o tipo de mapa com o qual estamos lidando e de onde é, exemplo Mapa político do Brasil, como está explícito no título, é um mapa político. Escala: mostra a relação entre o que esta representado no mapa e o seu tamanho real, podendo ser númerica ou gráfica. Símbolos: ou convenções cartográficas, também denominada de legenda, é o elemento que indica o significado dos símbolos e cores usados no mapa. figura 1 figura 2 Mapa Mundi - Físico Principais Tipos de Mapas: Mapa Político, visto na figura 1 mostra a divisão política, isto é, um país dividido em estados, com sua respectivas capitais; pode ser também o mundo dividido em países (mapa mundi - político ); um estado dividido em municípios. Podem ainda mostrar o Brasil ou qualquer outro país dividido em regiões. Mapa Político do Brasil Mapas Temáticos: também merecem destaque, pois são mapas que representam elementos específicos (temas) do espaço geográfico, por exemplo, mapa das reservas minerais, características do solo, aspectos econômicos etc. Mapas físicos: mostram aspectos da natureza, como a variação de altitude como visto na figura 2, as divisões do relevo, as redes hidrográficas, os tipos de climas, de vegetação, solos e estrutura geológica. Mapas econômicos: mostram a distribuição no espaço de aspectos como: produção industrial, atividades agrícolas, serviços, redes de cidades, rodovias, ferrovias, portos, num determinado território, estado, país ou no mundo. Mapas demográficos: mostram a distribuição da população numa determinada área, como a distribuição da população no território brasileiro. Mas poderia ser a população do mundo, de outro país, de um estado, de uma região, etc. Confecção de Mapas Este trabalho é objeto de uma ciência, a Cartografia, que para desenhar mapas depende de um sistema de localização com longitudes e latitudes, uma escala, uma projeção e símbolos ou legenda. Atualmente, com o avanço da ciência, grande parte do material necessário ao cartógrafo é obtido por sensoriamentos remoto, imagens fornecidas por satélites ou aerofotometria. Mapeamento No projeto RADAM - que mapeou o Brasil nas décadas de 70 e 80 - usou-se mais de aerofotometria e os primeiros mapas novos do país são produzidos pelo IBGE desde 1996. Mapa Mundi O departamento de cartografia da ONU é responsável pela manutenção do mapa mundial oficial em escala 1/150.000.000 e todos os países enviam seus dados mais recentes para este departamento. Mapa e Domínio Assim os países que dominam a tecnologia, que possuem satélites artificiais, têm condições de conhecer melhor o espaço terrestre. Esse conhecimento lhes dá condição de domínio e controle do espaço de uma região ou do mundo. Os dados fornecidos pelos satélites artificiais são mapeados, ou seja, transformados em mapas. Dessa forma, o mapa torna-se um instrumento, utilizado principalmente pelos países mais ricos para dominar e controlar o espaço mundial ou regional. Exercícios de aplicação: Responda as questões propostas. 1 - Encontre no texto uma definição para mapa ? 2 - Qual a importância dos mapas e cartas? 3 - A arte e a ciência de confeccionar mapas é objeto de qual ciência? 4 - Mas para que os mapas sejam úteis são necessárias algumas regras, que regras são essas? 5 - Quais os principais elementos que um mapa deve apresentar? 6 - Qual a finalidade da escala em um mapa? 7 - Relacione os principais tipos de mapas que podemos encontrar? 8 - Atualmente quais os recursos tecnológicos disponíveis, que fornecem informações para confecção de mapas pelos cartógrafos? 9 - Que tipo de mapa permite verificar se a população brasileira está concentrada mais próximo ao litoral ou no interior? 10 - Se uma indústria produtora de sal pretendesse se instalar no Brasil, qual tipo de mapa ela usaria para definir sua localização? Em quais estados ela poderia se instalar? Bibliografia: SOUZA, Sílvio Araújo de. < http://www.geocotidiano.xpg.com.br/programa_1_ano.html>. Acesso em 12/03/2014.