Retiro orienta__o - Paróquia Nossa Senhora das Graças

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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS. ANO 2.006.
ORIENTAÇÕES PARA O RETIRO ESPIRITUAL.
ser chamados de retiros, mas podem ter outras características e outra
metodologia. Podem ser perfeitamente válidos também, com certeza.
PRIMEIRA PARTE: MOTIVAÇÃO E OBJETIVOS DO RETIRO.
2. Processo do retiro espiritual. Protagonista: o Espírito Santo.
- Parte da realidade, da vida de cada um. Cada um tem uma história
própria, alegrias e tristezas, momentos de esperança ou desilusão,
felicidade ou dor, etc. Existem também situações e cenários comuns a
todos: a nível do bairro, da cidade, do país, etc. Tudo isto influencia nossa
mente e o nosso coração. As coisas de Deus passam pelas realidades
humanas. É assim que Deus quer nos salvar, pelo mistério da
ENCARNAÇÃO do seu Filho que é Jesus. Encarnar significa partir da
carne, da história, da vida das pessoas.
1. O que é um retiro espiritual.
É importante esclarecer o conteúdo das palavras que usamos na igreja para
que as pessoas que nós convidamos saibam qual é o significado e o
conteúdo do convite.
- Existem diferenças entre o que é: Encontro, Convivência e Retiro.
Encontro. Trata-se de reunir as pessoas para refletir sobre um determinado
assunto: família, fé, política, pastoral, evangelização, liturgia, relações
humanas, etc. Sendo um encontro de Igreja existem momentos de oração
bem preparados. Podem participar também várias pessoas como
palestrantes, testemunhas, etc. A dinâmica pode ser variada: plenário,
grupos ou círculos de reflexão, palestras, etc.
Convivência. Prevalece a dimensão de descontração, de lazer, de conversa
amigável. Pode ter momentos de oração e de celebração litúrgica. Pode ter
também uma reflexão ou aprofundamento de algum tema de interesse. Mas
predomina o ambiente de passar um tempo juntos cultivando a amizade,
curtindo o fato de estar juntos.
Retiro. Faz referência a deserto: silêncio e solidão para escutar a voz do
Espírito. Prevalece a oração pessoal. Espírito de recolhimento,
concentração na escuta da voz de Deus. Favorece o ambiente de mergulhar
no mistério divino. Procura sintonizar os corações com a vontade de Deus.
São poucas pessoas que orientam ou trabalham num retiro; na realidade, o
número dos que trabalham num retiro é o mínimo necessário, para
preservar o espírito de recolhimento, silêncio e harmonia interior.
- Um retiro espiritual procura transformar o coração (purificar, acender,
animar atitudes cristãs). É um momento de conversão, com dinâmica
pascal: morte, renúncia, superação de coisas que atrapalham a graça divina
em nós. Ressurreição e vida nova no Espírito, sinais de vida, compromisso
em favor da causa do Evangelho, alegria de viver a fé, paz interior e desejo
de amar melhor a todos, do jeito que Jesus nos ama.
- Orienta para o compromisso cristão.
+ Reaviva a chama da fé pessoal, produz novo ardor no coração, alimenta a
mística. Faz surgir a consciência da presença divina no mais íntimo do
coração humano.
+ Desperta para o engajamento na comunidade. Abre os olhos para
perceber a Igreja como presença de Jesus no Espírito Santo. Anima a
participar na comunidade como presença de Cristo que nos chama.
+ Fortalece o engajamento existente ou, se não existe tal, gera o desejo de
trabalhar em favor do Reino de Deus pelo testemunho e pelo serviço.
O retiro que nós preparamos neste material se corresponde a este significado de deserto e silêncio, de escuta e acolhida da Palavra. É nossa
opção, a partir da necessidade do nosso povo de igreja e do pedido feito no
Conselho Pastoral. Não quer dizer que outro tipo de encontros não possam
O protagonista é o Espírito Santo, não somos nós... daí que é bom evitar
protagonismos individualistas do orientador, de quem canta, etc. Todos
somos servidores de Deus para que a obra divina aconteça no coração das
pessoas que vieram fazer o retiro. O Espírito Santo age a partir do coração
de cada um, respeitando a situação psicológica e espiritual de cada pessoa.
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3. Diálogo com Deus: Pai – Filho – Espírito Santo. Encontro com a
Trindade Santa.
Deus é comunhão perfeita no amor que se abre a nós para que possamos
participar da vida plena divina. Jesus é o Caminho, a paisagem é o Deus
Trindade: Deus Pai e Deus Filho e Deus Espírito Santo. Deus se abre a nós,
se revela, se comunica conosco, antes que nós existíssemos Ele nos
conhecia e nos amava... a sua Palavra de Amor já nos era dirigida. Um
retiro consiste em preparar o coração para acolher a Palavra, sintonizar
nossa mente para receber a mensagem divina com maior nitidez... e
preparar o coração para corresponder positivamente às propostas divinas.
Acolher a Proposta de Deus para oferecer nossa Resposta que envolve a
vida toda da gente.
No retiro podemos aprender a cultivar a fé pelo alimento da Palavra: a fé se
inicia pelo ouvido (escutando com amor a Palavra de Deus), transforma
nossa cabeça e o nosso coração (conversão dos pensamentos e sentimentos
para pensar e sentir em sintonia com o plano e o coração de Deus), e se
projeta pela boca (louvor agradecido a Deus e anúncio da Boa Nova para
proclamar as maravilhas do Senhor) e pelas mãos (acolher o próximo e
praticar obras de misericórdia na construção de uma sociedade mais justa e
solidária).
A exemplo de Maria que acolhia a Palavra e a meditava no coração. Ela
partiu pelas montanhas para servir a Isabel que dela precisava... E louva a
Deus porque a Boa Nova já está acontecendo na história do povo e na sua
própria história pessoal. Presente nas Bodas de Cana e ao pé da Cruz,
participa conosco das nossas alegrias e tristezas, angústias e esperanças
intercedendo sempre ao nosso favor perante seu filho Jesus.
- Escuta da Palavra de Deus. O que Deus me fala hoje, neste lugar, na
situação que eu me encontro. Vou descobrir qual é a proposta de vida que
Deus me faz. A ambientação, apresentação inicial, colocações, orações do
grupo... ajudam para o momento principal: oração pessoal no silêncio de
cada um.
É importante saber iniciar e finalizar cada momento de oração, tanto
pessoal como comunitária. Para iniciar: acolhida das pessoas, a motivação
para a oração, o sinal da Cruz, invocar o Espírito Santo, pedir a luz divina
para acolher o dom de Deus que nos vem por meio da oração. Para
finalizar: agradecer a Deus, pedir a força do Espírito Santo para realizar a
vontade divina que na oração foi-nos revelada. Pedir a intercessão de Maria
ou de algum santo ou santa para nos ajudar a sermos fiéis em nossa
vocação cristã.
- Resposta a Deus. Superando a dinâmica daquela prática na qual a oração
é só pedir para a gente, não de acordo com o projeto de Deus mas com o
projeto de cada um. Assim, a oração amadurece e se faz adulta, cristã,
priorizando o projeto divino sobre o projeto humano. Nosso falar é mais
uma resposta à Palavra de Deus.
- Jesus é o Caminho que nos conduz até o Pai. O Evangelho é a mensagem
que ilumina nossa caminhada de fé. O centro do retiro é Jesus Cristo e o
seu Evangelho.
5. O ministério do orientador espiritual.
Pessoa de fé firme, profunda e vida pessoal fecunda de oração. Bom
testemunho de vida cristã, participação comunitária e amor pelo Reino de
Deus que se materializa em compromissos práticos de cada dia.
4. O retiro é também escola de oração.
A cada dia todos podemos aprender a orar melhor, com maior autenticidade
e amor a Deus. É importante destacar elementos da espiritualidade cristã:
como orar melhor individualmente, melhorar a oração nos grupos de fé,
cuidar melhor da liturgia comunitária, preparar os momentos especiais ao
longo do ano (quaresma, páscoa, advento, natal, novenas, romarias, etc.).
Quando pensamos na palavra “retiro” imaginamos aquelas grandes
personagens bíblicas se afastando da sociedade por um tempo para ir no
deserto ou na montanha para realizar uma experiência mais forte de Deus.
Como Moisés, Elias, João Batista e, principalmente, Jesus de Nazaré.
Também pensamos nos grandes santos e santas como Santa Teresa e Santa
Teresinha, São Francisco e Santa Clara, São Bento e Santa Escolástica,
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Santo Inácio de Loiola, etc. Eles tiveram experiência profunda de encontro
com o Mistério Sagrado de Deus, deixaram-se impregnar pela mística
divina e contagiaram a muitos desta sede de amor de Deus. Dedicavam
muitos dias seguidos à oração retirados do mundo. O próprio Jesus, que
orava todos os dias, retirava-se sozinho para orar a sós por vários dias em
momentos especiais da sua missão: antes do batismo, para escolher os
apóstolos, caminho de Jerusalém, etc. O ideal seria poder oferecer vários
dias de retiro por ano para quem quisesse ou necessitasse. Não está, nestes
momentos, ao nosso alcance por falta de tempo e dinheiro. O povo precisa
e pede. Vamos nos adaptar às nossas possibilidades e oferecer, com carinho
e seriedade, o melhor que podemos. Deus fará acontecer a sua graça se nós
fizermos a nossa parte.
SEGUNDA PARTE: UM ESQUEMA PARA RETIRO.
Momentos do retiro espiritual. Observação: as palavras de quem
orienta devem ser poucas, só as necessárias, com atitude de alegria e de
fé, animando a orar.
08:00 - Acolhida e oração inicial. Não muito demorado. Só para ambientar
e preparar. É importante acolher bem os participantes, gerar um ambiente
de confiança e amizade, sem descuidar o objetivo do retiro. Começar com
um canto do hinário. Recitar um salmo (por exemplo 63/62). Fazer um
momento de silêncio para cada um pedir ao Senhor a graça que Ele quer
nos conceder por meio deste retiro. (Nós temos a mania de pedir a Deus a
graça que nós queremos, que nós achamos que é o melhor para nós. É bom
aprender a pedir a Deus a graça que Ele prepara para nós, aquela que Ele
quer nos dar, porque Deus nos ama e sabe melhor de nós daquele dom que
mais estamos precisando a cada momento). A apresentação dos
participantes seja a mais breve possível.
Existem também leigos e leigas que podem receber do Espírito o dom de
orientar um retiro espiritual de um grupo. A orientação pessoal já é assunto
mais delicado que precisa de aptidões naturais especiais e uma preparação
específica (espiritual, psicológica, etc.).
A realização destes breves retiros espirituais, de um dia, pode ser
oportunidade para despertar e cultivar entre leigos e leigas este dom tão
importante para a Igreja nos dias de hoje.
08:30 - Primeira Orientação: Apresentação do retiro. Convite a orar, a se
deixar envolver pelo amor de Deus. Acentua-se a situação pessoal de cada
um. A realidade individual. Pedir aos participantes de fazerem o esforço de
se concentrar na escuta da Palavra. Sugerir usar anotações pessoais para
escrever algum sentimento, reflexão ou atitude de fé que o Espírito suscitou
no decorrer da oração individual.
Preparar o primeiro momento de oração pessoal. Como orar com a Bíblia.
Breve descrição do que é a leitura orante da bíblia: invocação ao Espírito
Santo, leitura do texto, meditação, contemplação, compromisso e
agradecimento a Deus. Se alguém tem dificuldades de leitura, buscar uma
alternativa (por meio de imagens, ou com a companhia de outra pessoa que
aceite essa fórmula).
09:00 - Oração pessoal. Importante: procure um lugar isolado para ter um
encontro a sós com o Senhor. Quem participa do retiro recebe uma folha
com a orientação para este momento de oração.
Texto bíblico: João 4, 1-42. Encontro de Jesus com a Samaritana.
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Para o retiro se pede a cada um que leve a bíblia e algum caderno ou folha
para anotar. Mas como sempre alguém esquece, é bom que o orientador
leve alguma a mais para emprestar.
que sejam fruto de uma escolha espontânea. Este texto bíblico se orienta
para a missão.
10:00 - Cafezinho
Texto bíblico: Lucas 24, 13-35.
Encontro de Jesus com os discípulos de Emaús.
Precisa de bíblia e algum caderno ou folha para anotar.
10:15 - Partilha. Não de teorias... mas da vivência espiritual que cada um
teve no momento de oração individual. O que Deus me falou, como, por
que, para que; como eu me senti, quais atitudes experimentei, etc. Partilha
livre. Fecha com uma breve oração de grupo. Neste momento é muito
importante o trabalho do orientador para evitar que se desvie do assunto,
que alguém fale demais, que se fale de teorias ou dos outros e não da
própria experiência de oração. É bom pedir ao grupo que cada um fale
livremente do que ele sentiu, pedir para escutar os outros com respeito, sem
interromper. Saber discernir o que é mais positivo do que aconteceu. Evitar
comparações entre as diferentes experiências. Animar aquelas pessoas que
sentiram dificuldades, etc.
14:30 – Plenário: partilha da oração em duplas. Oração do grupo. Orientada
e com momentos de silêncio pessoal, para suscitar atitudes de diálogo
interior com Deus, de respostas positivas aos apelos do Senhor.
Quem fala nesta hora da partilha não vai falar do que ele sentiu mas do que
o companheiro de oração sentiu. No final pode também pedir para alguém
expressar como vivenciou este momento a dois. Vantagens e desvantagens.
No final é bom fazer um momento de silêncio para agradecer a Deus por
esta oportunidade. Alguém fecha com uma oração espontânea. É bom
também encerrar com algum cântico apropriado.
15:15 - Terceira orientação: Como melhorar minha oração pessoal de cada
dia. Atitudes para orar. Como fazer oração com a Bíblia. No final, no
mesmo lugar, se faz um pequeno momento de silêncio onde cada um pede
a graça de orar melhor. “Senhor, ensina-nos a orar”. Depois se faz a entrega
da oração do Pai Nosso a cada um.
11:15 – Celebração da Reconciliação. Consigo mesmo, com Deus, com
os outros e com a natureza.
12:00 – Almoço e descanso: Dinâmica que ajude a concentrar no objetivo
do retiro, que não disperse.
16:00 - Celebração final. Pequena liturgia, pois o dia todo já foi também
uma liturgia. Se tiver padre, melhor. Celebra-se uma eucaristia breve, do
domingo próprio, para fortalecer a comunhão eclesial.
13:00 - Segunda Orientação: Apresentar a leitura orante dois a dois.
Acentua-se a situação da humanidade na qual estamos inseridos e que nos
envolve com suas alegrias e sofrimentos. Da experiência pessoal passamos
para a experiência comunitária da fé. Não é para conversar de qualquer
coisa mas para escutar juntos a Deus e juntos fazerem a oração. Pedir para
ajudar um o outro a orar. O importante deste momento não é a minha
conversa com o outro mas ajudar o outro a se encontrar com Jesus.
13:30 - Refletir um texto bíblico dois a dois. Pensar bem como escolher as
duplas; os orientadores levam a escolha já pronta para evitar interferências
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HINOS: (8 / 19-18 / 67-66 / 100-99 / 103-102 / 122-121 / 150). São
Salmos de louvor e de glória a Deus. É uma das orações mais puras porque
não pede nada, não pensa em si mesmo. Oração que se orienta a Deus. O
fiel ou o povo de Deus louva a Deus pelo dom da criação, pela beleza da
vida, por uma libertação na própria história, etc. Alguns destes hinos eram
cantados quando o povo peregrinava a Jerusalém, como se fosse em
procissão.
SÚPLICA: (22-21 / 51-50 / 130-129). Perante uma situação de desespero,
angústia, dor, doença, incompreensão, opressão... o ser humano suplica a
Deus uma ajuda. Reconhece a sua incapacidade para superar essa
dificuldade e clama ao Senhor procurando auxílio. Estes salmos terminam,
normalmente, com uma declaração de confiança em Deus. Época de
enchente ou seca, de guerra, de injustiças, de epidemia, de fogo ou
calamidades, morte de um ser querido, grave pecado cometido,
perseguição, humilhação, fome, mentiras e calúnias. O povo chora a Deus
nos dias de aflição.
AÇÃO DE GRAÇAS: (18-17 / 66-65 / 118-117). Agradece a Deus por uma
ajuda recebida. Deus se manifesta na história do povo, das pessoas, como
Salvador, Libertador, trazendo vida mais feliz. Estes salmos cantam a
alegria pela atuação de Deus. São cantos de esperança no futuro: se Deus
está a favor do povo, tanto no passado como no presente, também
esperamos que estará sempre perto de nós.
CANTOS DO MESSIAS REI DO POVO: (72-71 / 20-19 / 47-46 / 97-96 /
110-109). O povo, depois das promessas dos profetas que anunciam a vinda
de um Messias, ungido por Deus para trazer a justiça e a paz para os
pobres, canta ao Senhor sonhando e esperando esse dia em que o Messias
instaurará o seu Reino nesta terra. Este anseio dos fiéis de Israel pela vinda
do Messias se faz oração em forma de cântico. Às vezes, estes salmos
meditam o destino desse enviado por Deus: não será tão fácil assim para
Ele, não! Passará por dificuldades e perseguições, porque o pecado é
poderoso e se enfrentará ao seu trabalho. Como aconteceu com os profetas
de Deus também acontecerá com o seu Messias. Ele, porém, sairá vitorioso,
porque o braço poderoso de Deus está com Ele. Junto com Ele, o povo
também vencerá, sairá vitorioso.
TERCEIRA PARTE: BÍBLIA E ORAÇÃO.
1. A ORAÇÃO QUE NASCE DA VIDA (ANTIGO TESTAMENTO).
Nas diferentes culturas, povos e religiões, de formas bem diferentes, nos
encontramos com este fato: o ser humano dialoga com Deus (com o ser
supremo, com a fonte da vida...). Também o Povo de Deus orava,
comunitária e individualmente. Mas é uma oração diferente, não só na
forma mas no conteúdo. Na maioria das vezes o ser humano costuma rezar
para pedir uma ajuda ou um favor a Deus. O Povo de Deus aprendeu a orar
também com outro sentido: orar para se engajar melhor no plano de Deus, no
seu projeto de vida. É isto que encontramos constantemente na Bíblia que é
para nós crentes o melhor instrumento de oração. Dentro da Bíblia merece
destaque especial o livro dos Salmos. É uma coleção de cânticos que
acompanha toda a História da Salvação: Páscoa do Egito, Criação do
homem, glórias e vitórias do povo, fracassos e perseguições, dificuldades
individuais e coletivas. Recolhe o plano pessoal e o comunitário. Os
Salmos são a oração do Povo de Deus, nascida da vida das pessoas. O
próprio Deus nos ensina a orar por meio dos Salmos, porque nós não
sabemos como falar com Deus. A oração é DIÁLOGO do ser humano com
Deus. No diálogo falam duas partes. Na oração, a fala principal é de Deus.
Nós também falamos para Deus, é lógico. Mais do que falar, porém,
necessitamos de escutar a Palavra de Deus. Os Salmos nos ensinam a orar,
o próprio Deus coloca a sua palavra em nossos lábios. Os Salmos nascem
da própria história da gente e se dirigem a Deus. Na oração nós
conversamos com Deus sobre a nossa própria vida. Com simplicidade de
coração, com o coração aberto, com muita humildade e confiança. Os
Salmos recolhem a mensagem da Bíblia em forma de oração e são para nós
uma escola de oração. Nós também vivemos as experiências daquele povo:
alegria e tristeza, louvor e súplica, agradecimento e esperança, oração de
pedir e de se doar. Os Salmos foram escritos principalmente para serem
cantados. Às vezes são pessoais, outras são comunitárias, sempre são
cheias de afeto e de amor de Deus para nós e de nós para Deus. Os salmos
são também uma escola de oração. Seguindo a tradição da Igreja, desde os
primeiros cristãos, nós oramos os salmos desde a perspectiva de Jesus e do
Evangelho. Existem diferentes classes de salmos que recolhem as diversas
situações da história humana.
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CONFIANÇA: (23-22 / 16-15 / 27-26 / 63-62 / 91-90 / 121-120 / 123-122 /
126-125 / 131-130). A pessoa de fé descobre que em todo momento e
situação, tanto de bem como de perigo, a presença do Senhor é constante e
cuida de nós. Não de uma forma mágica, infantil... mas presença que
experimentamos na fé e nos faz adultos.
ORAÇÃO DE SILÊNCIO: O ser humano se sente pequeno perante Deus,
não sabe o que dizer. É melhor escutar. Deus fala no silêncio do coração
quando procuramos sinceramente os seus caminhos, quando nos colocamos
com ternura, confiança e humildade na sua presença.
oração Deus entra em nossa vida e nós entramos na vida de Deus
(Romanos 8, 26-38). A celebração da Eucaristia é participar deste mistério.
CONFIANÇA NO SENHOR
Nós sabemos que nossa vida está nas mãos de Deus. Na oração colocamos
o nosso ser nas mãos de Deus, acontecer o que acontecer (Lucas 12, 2234). Por isso nos diz São Paulo que a oração significa, normalmente,
alegria no Senhor. É claro que tem oração de súplica e de dor, de acordo
com as circunstâncias. A fé, porém, da presença de Jesus ressuscitado entre
nós e em nós, produz esse jeito especial carregado de esperança e de paz.
Isto transparece no momento de oração (Filipenses 4, 4-9).
Experimentamos a Deus como um Bom Pastor (Salmo 23) que, mesmo que
atravessando por vales tenebrosos, caminha conosco e nos guia com
segurança. A sua presença nos conforta e anima a sermos uns para os
outros fortaleza e ajuda nas caminhadas da história. Pela nossa fé em Jesus
Cristo sabemos que viemos de Deus, com Ele caminhamos na vida e para
Ele nos dirigimos. Ele nos espera, nele esperamos, e o nosso destino é viver
eternamente em comunhão de amor e felicidade plena com os irmãos e com
Deus.
HUMILDADE
Ninguém de nós é digno de alcançar uma graça divina. Todos somos
pecadores e Deus, na sua infinita ternura por cada ser humano, nos concede
o dom da vida, da fé e tudo quanto somos e temos. Tudo quanto sou e
tenho recebi do Pai para colocar ao serviço dos irmãos, não para me achar
superior nem melhor aos outros. O próprio Cristo, não tendo pecados, nos
dá esse exemplo: Ele nada exigiu do Pai, nem privilégios nem graças
especiais. Maria, também, nos ensina a obediência à vontade divina como
caminho de oração e de vida. Deus não gosta nada do orgulho humano.
Para os profetas o orgulho era o pecado pior que mais ofende a Deus. O
orgulho e a auto-suficiência desviam o homem do caminho verdadeiro e
fica perdido. Deus nada pode fazer com o orgulhoso que se fecha em si
mesmo se achando justo. Com a pessoa que reconhece o seu pecado Deus
pode fazer o seu trabalho de evangelização, tem jeito (Lucas 18, 9-14)
PERSEVERANÇA
Jesus nos aconselha que oremos sem cessar, a oração é a força dos cristãos
(Lucas 11, 5-13). É o que Pedro e Paulo recomendam aos primeiros
2. JESUS NOS ENSINA A ORAR:
ORAÇÃO DO(A) DISCÍPULO(A). (NOVO TESTAMENTO).
Jesus não nos ensina métodos nem dinâmicas para orar. Ele nos ensina as
atitudes básicas para orar. As mesmas atitudes que Ele praticou na sua
própria oração. Os primeiros cristãos aprenderam muito bem de Jesus como
é que devemos orar e nos transmitiram esta prática espiritual nos livros do
Novo Testamento.
PAIXÃO POR JESUS E PELO REINO DE DEUS
Assim como na vida de Jesus ele ligava a sua oração à sua missão de
Evangelizar, de anunciar o Reino de Deus com obras e palavras, também
na vida do cristão a oração deve estar integrada no seguimento de Jesus e
no compromisso pelo Reino de Deus, quer dizer, no trabalho de construir
um mundo melhor, em conformidade com os Planos de Deus para a
humanidade. Quem descobre Jesus como o valor primeiro da sua vida faz
tudo, e também a oração, desde Jesus e para fazer progredir no mundo o
seu Evangelho (Mt. 13,44-46). É por isso que a verdadeira oração cristã
aparece inserida no compromisso evangelizador de cada dia (Mateus 7, 2123). Fé significa obediência a Deus, a obediência quer dizer ESCUTAR
para PRATICAR. Jesus fez assim e nos convida a provar este seu caminho
de obediência ao Pai praticando a vontade divina. A oração que não quer
praticar a Palavra de Deus não faz sentido, fica fora de lugar. O
protagonista da oração cristã é o Espírito Santo que nos une a Jesus para
orar ao Pai. Quer dizer, é uma oração que nos situa dentro do Deus
Trindade, comunhão de amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Na
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tentação de fazer a própria vontade: “Faça-se a tua vontade e não a minha”.
No momento da cruz Jesus, humanamente fracassado na sua missão, no
meio do sofrimento, se sentindo totalmente abandonado por Deus, suplica
ao Pai: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste” (Mc. 15, 34).
Pronuncia, também a oração do perdão total: “Pai, perdoa-lhes porque não
sabem o que fazem” (Lc. 23,34). Mesmo naquelas circunstâncias, confia
em Deus e se entrega a Ele: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”
(Lc. 23, 46); “Tudo está consumado” (Jo. 19, 30).
O PAI NOSSO (Mateus 6, 7-15; Lucas 11, 1-4)
A oração do Pai Nosso é comunitária, invocamos a Deus como grupo de fé.
Na realidade é o modelo de toda oração cristã. Na primeira parte, nos
situamos juntos na ótica de Deus (Venha o teu Reino, faça-se a tua vontade,
santificado seja o teu nome). Quer dizer, em toda oração, antes que querer
que Deus se coloque em nosso lugar, procuramos nós entender o projeto de
Deus. Isto é muito importante. A oração que só busca que Deus me ajude
nos meus projetos individuais... é mais própria do paganismo. A oração de
Jesus nos coloca dentro do projeto do Pai, pedimos que, por cima de tudo,
se cumpra a sua vontade. Na segunda parte pedimos aquilo que é essencial
à nossa existência humana: o pão, representa tudo quanto materialmente
precisamos (alimento, saúde, emprego, dignidade...). O pão representa
também a Eucaristia, a Evangelização. O perdão fraterno significa a
harmonia nas relações humanas, a paz entre as pessoas. Sem perdão
fraterno não tem convivência humana. Quando pedimos que nos livre do
mal e que não nos deixe cair na tentação estamos dizendo para Deus que
queremos viver ligados nele, em comunhão com Ele.
cristãos e a nós todos (Efésios 6, 18-20). A gente não pode desanimar na
caminhada, no compromisso pelo Reino, porque é muito importante dar
continuidade ao trabalho iniciado por Jesus. A oração contínua nos dá esse
alimento espiritual. Jesus procurava na oração, no diálogo confiante com o
Pai, a motivação principal para seguir anunciando o Reino da Vida.
Obstáculos irão aparecer sempre, dentro e fora de nós. As maiores
dificuldades nascem quase sempre dentro de nós. É a oração a arma
principal das mulheres e homens que seguem o caminho de Cristo. É por
isso importante cada um criar hábito de oração diária. Temos que ser fiéis à
oração. Sem oração a vida de fé vai murchando, apagando. A fé é um dom
que Deus nos dá e que nós devemos cuidar com carinho e responsabilidade.
É a oração como a água que vai alimentando a flor da nossa fé em Jesus
Cristo.
SOLIDARIEDADE
A oração do cristão não pode ficar desligada da vida dos outros. Jesus nos
revelou que a vida de cada um de nós tem uma ligação com a vida dos
outros e com Deus. Todos somos chamados por Jesus a viver em comunhão
de amor com Deus e com os outros, que são para mim irmãs e irmãos. Este
mistério de comunhão se faz presente também, e de forma ainda mais
especial, na oração de cada cristão (1 João 3, 16-18). Quando a oração é
autêntica ela nos anima a sermos solidários com todos, principalmente com
os mais pobres.
Esta solidariedade da oração acontece também a nível da própria Igreja:
uns oramos pelos outros (Romanos 15, 30-33). O próprio Jesus ora por nós
sem cessar ao Pai para que o nosso compromisso fique de pé (Lucas 22, 3134). É na Eucaristia, oração principal dos cristãos, que melhor se exprimem
todas estas atitudes da verdadeira oração .
ORAÇÃO DE JESUS E A SUA PAIXÃO
A prova decisiva da necessidade de orar nós encontramos no monte das
Oliveiras. (Lucas 22, 39-46). Jesus orou com intensidade especial e pediu
aos discípulos que orassem com Ele. Este instante contém todo o conteúdo
da oração cristã. É uma oração filial: “Abba” (Papai). De confiança: “Tudo
te é possível”. De humildade: “Dobrando os joelhos, orava”. De súplica
perante o perigo: “Afasta de mim este cálice”. De coração aberto: “Cheio
de angústia, orava com maior insistência”. Prova de obediência, repelindo a
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A minha alma será saciada,
como em grande banquete de festa:
cantará a alegria em meus lábios,
ao cantar para vós meu louvor!
QUARTA PARTE: FAZENDO ACONTECER O RETIRO.
PARÓQUIA Nª Sª DAS GRAÇAS- RETIRO DE ORAÇÃO
Bom dia, meu Deus!
Eu estava esperando este momento com amor.
Aqui estou, Senhor, para conversar contigo.
Todos me falam que é bom fazer um retiro,
mas eu sinto um pouco de medo.
Na realidade nem sei por que!
Eu sei que tu me amas e eu também te amo.
Às vezes acho que tu exiges muito
e eu sou pobre, me sinto frágil e limitado.
Mesmo assim, aqui estou para te escutar.
Obrigado por me trazer até aqui.
Amém!
Penso em vós no meu leito, de noite,
nas vigílias suspiro por vós!
Para mim fostes sempre um socorro,
de vossas asas à sombra eu exalto!
Minha alma se agarra em vós;
com poder vossa mão me sustenta.
ORAÇÃO PESSOAL (DE MANHÃ)
Texto bíblico: João 4, 1-42. Encontro de Jesus com a Samaritana.
Procurar um lugar apropriado para fazer recolhimento interior (silêncio e
solidão). Este momento é PESSOAL. Respeitar o silêncio para si mesmo e
para os outros.
ORAÇÃO DA MANHÃ
Salmo 63 (62) . O amor de Deus vale mais do que a própria vida.
Refrão: O vosso amor vale mais do que a vida!
Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!
Desde a aurora ansioso vos busco!
A minha alma tem sede de vós,
minha carne também vos deseja,
como terra sedenta e sem água!
-
Venho, assim, contemplar-vos no templo,
para ver vossa glória e poder.
Vosso amor vale mais do que a vida:
e por isso meus lábios vos louvam.
Quero, pois, vos louvar pela vida,
e elevar para vós minhas mãos!
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Invocar a presença do Espírito Santo para iluminar este momento de
oração. Pedir a Deus Pai a graça que Ele quer me dar por meio desta
oração. Nós costumamos pedir a Deus aquilo que nós queremos e
esquecemos de pensar que Deus é bom e quer o melhor para mim.
Esquecemos de pensar que Deus já tem um presente, um dom para me
dar. Será que eu estou preparado para receber o dom que Deus quer me
dar? Qual será esse dom?
Primeiro momento: leitura do texto. O que diz o texto? Vou procurar
entender o que aconteceu, o que sentiu aquela mulher samaritana depois
do encontro com Jesus. Vou imaginar que eu estava lá, testemunhando
esse diálogo entre Jesus e a Samaritana. Aquela mulher se sentia
distante de Jesus porque ele era judeu e os judeus desprezavam os
samaritanos. A mulher naquela época sofria também terrível
discriminação da parte dos homens por causa do machismo cultural.
Assim, quando Jesus pediu água à Samaritana, esta quis aproveitar a
situação para jogar na cara de Jesus o por que de tantas humilhações.
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Só que Jesus é uma pessoa bem diferente do que ela pensava e vai lhe
revelando um dom maior que a água e que está escondido em cada
coração: o dom do amor de Deus, da salvação. Ela, no início, desconfia
mas depois vai percebendo a riqueza humana dele e aceita dialogar
estabelecendo uma amizade profunda com Jesus. Será Ele um profeta?
Os cinco maridos se entendem no sentido religioso da idolatria, porque
os judeus jogavam na cara dos samaritanos que tinham perdido a fé
verdadeira para misturar com outras crenças. Jesus traz a água pura e
verdadeira do amor de Deus Pai: quem bebe desta água não volta a ter
sede, não precisa de ídolos. O lugar do culto autêntico é o coração de
cada um. A mulher aceita a mensagem de Jesus e vai anunciar o
evangelho ao seu povoado. Os samaritanos acreditam inicialmente por
causa do testemunho da mulher, mas depois cada um acredita pela
própria experiência de fé em Jesus. A fé inicial se fez permanente,
adulta.
Segundo momento: meditação do texto. O que me diz o texto? Vou
procurar entender o que Deus quer me dizer, hoje, por meio deste texto.
Vou imaginar que eu sou como aquela mulher samaritana.
A mulher samaritana estava magoada e ferida por causa de tantas
humilhações e preconceitos. E eu, por quais situações sinto mágoa,
raiva ou me sinto esquecido(a) de Deus? Quantas vezes Jesus passa
perto de mim e eu não quero nem ligar para Ele pensando que não vale
a pena? Quais situações da minha vida atual me fazem sofrer mais? Por
que? Quais fatos da minha história pessoal ou familiar atrapalham
minha relação com Deus e com as pessoas? E Jesus, à beira do poço,
me pede água! O que será que Deus está querendo de mim? Qual é essa
água que eu posso lhe oferecer? Quem precisa mais de quem: Deus de
mim ou eu de Deus? E qual é a água viva que Jesus traz para mim neste
momento? Estou preparado(a) para acolher este dom de Deus? Jesus
revelou a verdade da vida da Samaritana. E agora, qual é a verdade que
Jesus quer me revelar? “Qual é a água que o mundo me oferece
prometendo que eu vou ser feliz? A felicidade do mundo é verdadeira?
Qual é a água de Deus? Será que o Evangelho de Jesus Cristo faz a
gente feliz? Por que? O que me falta para adorar a Deus em espírito e
verdade neste momento? O que posso fazer para isso? Aquela mulher
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anunciou ao povo que Jesus era um profeta. E eu, estou anunciando que
Jesus é o Cristo para todos? Como eu posso ser um evangelizador nas
circunstâncias da minha vida? A minha fé é adulta ou dependente? Fica
pequena dependendo das circunstâncias ou é forte apesar das
dificuldades?
Terceiro momento: contemplação do texto. O que eu respondo à
mensagem deste texto? Quais sentimentos, atitudes, pensamentos
suscita em mim este texto?
Pensa que Jesus está te pedindo água para beber. O que você sente?
Qual é o teu pensamento? Qual é a tua resposta? Qual é a água que
Jesus está te pedindo? É fácil ou difícil fazer o que Ele te pede? Jesus é
a água viva que sacia a sede de amor e de paz da humanidade. Você já
provou da água de Cristo? Você sente paz sabendo que Ele está ao teu
lado te oferendo sua amizade e carinho? Procura fazer esta oração:
“Jesus, dá-me de beber da tua água, do teu amor,
minha alma tem sede de ti, Senhor,
meu coração precisa de ti, da tua palavra, da tua luz”.
Não existe alegria maior do que ser amigo(a) verdadeiro de Jesus.
Pensa nesta alegria de viver a fé, tão maravilhosa, de graça e que Deus
te derrama abundantemente no teu coração.
Quarto momento. Compromisso: como eu posso cumprir melhor a
vontade de Deus na minha vida. O que eu faço com o texto. Praticar a
mensagem do texto. (“Hoje se cumpre esta palavra”). Senhor: eu vou
fazer a tua vontade por meio deste compromisso...Muito obrigado por
contar comigo na causa do teu Reino, me ajuda a ser fiel!
A Samaritana deixou o balde e foi anunciar aos seus concidadãos que
tinha encontrado o Messias. E você, quais baldes precisa deixar e assim
ficar mais livre para evangelizar? Jesus fez e continua fazendo tanto por
você. O que você pode fazer para Jesus? Quais atitudes e pequenos
compromissos você precisa reforçar para seguir mais de perto a Cristo?
Agradece ao Senhor por este momento de graça e pede a força do
Espírito Santo para colocar na prática o seu projeto de amor. Pede a
intercessão de Maria, Mãe de Jesus, para descobrir e alcançar a graça
que Deus preparou para você neste momento de oração.
Dirigente. Cada um, olhando para a caminhada de sua vida, procure
descobrir as situações em que se excluiu da vivência comunitária e se
fechou no seu mundo egoísta.
Momento de silêncio. Exame de consciência.
Súplica de perdão. Salmo 51/50.
Refrão: Ó Deus, cria em mim um coração puro.
CELEBRAÇÃO DO PERDÃO
(Do livro “O Pai-Nosso oração do Novo Milênio”; Henrique Cristiano José
Matos; Ed. O Lutador).
1. Acolhida.
Animador: Sejam todos bem vindos! Deus, rico em misericórdia, justo
e compassivo, nos reúne aqui para que celebremos o amor que nos
reconcilia e nos devolve a dignidade de filhos e irmãos. Refletiremos
sobre o pecado da exclusão, fenômeno amplamente presente entre nós e
no mundo em que vivemos, e pediremos perdão pela nossa falta de
solidariedade e de acolhida fraterna.
Canto: Eis o tempo de conversão. (Pode ser outro semelhante).
Dirigente: Saudação. O Deus rico em misericórdia, que acolhe o
pecador arrependido com ternura e amor, pela ação do Espírito Santo,
esteja convosco!
Todos: Bendito seja Deus que nos tornou filhos e irmãos pela morte e
ressurreição de Jesus Cristo!
Dirigente (convida todos a orarem em silêncio pedindo a graça da
conversão). Todos: Deus, fonte de toda bondade e clemência, concedei
a vossos filhos, reunidos em vosso nome, espírito de penitência e
confiança, para que, pedindo vosso perdão e o dos irmãos, confessemos
sinceramente nossos pecados. Renovai, Senhor, nesta celebração, nossa
comunhão convosco e com o próximo, para que vos possamos servir
melhor pela vida nova. Por Cristo Senhor nosso. Amém!
2. Palavra de Deus.
Canto de aclamação.
Proclamação do Evangelho: Lucas 15, 11-32.
3. A experiência da exclusão.
Animador. Nós, aqui reunidos, podemos lembrar de alguma situação
mais ou menos dolorosa onde fomos rejeitados e rotulados por outras
pessoas. Mas a fonte de toda exclusão está em nosso coração. A
exemplo do filho mais moço da parábola do “filho pródigo”, em
diferentes situações nos excluímos da comunhão para viver do nosso
egoísmo.
Tem piedade de mim, ó Deus, por teu amor!
Apaga minhas culpas, por tua grande compaixão!
Lava-me inteiro da minha iniqüidade
e purifica-me do meu pecado!
Pois reconheço minhas culpas
e diante de mim está sempre o meu pecado;
pequei contra ti, contra ti somente,
pratiquei o que é mau aos teus olhos.
Ó Deus, cria em mim um coração puro,
renova um espírito firme em meu peito;
não me rejeites para longe de tua face,
não retires de mim teu santo espírito.
Devolve-me a alegria da tua salvação
e sustenta-me com um espírito generoso.
Ó Senhor, abre os meus lábios,
e minha língua anunciará o teu louvor.
Animador. Excluir e ser excluído são experiências pelas quais todos nós
passamos. contudo, é comum sermos também excludentes. E quem vai
percebendo que não tem importância acaba, aos poucos, destruindo sua
auto-estima. Quem não é tratado de maneira condizente com sua dignidade
facilmente cai na marginalidade e, para sobreviver, recorre à violência.
Dirigente. Nossa sociedade lança mão de muitas formas para excluir
homens e mulheres, crianças e jovens, adultos e idosos. Porque são pobres,
não têm saúde, são ignorantes, inspiram medo, sujam a cidade, não têm
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moral, são um peso, bebem demais... Vejamos a que estado o egoísmo
humano pode reduzir uma pessoa.
Leitor.
“Vi ontem um bicho
na imundície do pátio
catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
não examinava nem cheirava:
engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
não era um gato,
não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem”
(poema de Manuel Bandeira).
Momento de silêncio.
Animador. Deus é misericordioso e justo. A justiça de Deus se realiza mais
como amor misericordioso do que como exigência dos seus direitos. Mais
ainda, qualquer injustiça contra o irmão será cobrada por Deus. Qualquer
insensibilidade ou falta de misericórdia vai contra Deus.
Leitor. O agir misericordioso será o critério do julgamento final. Jesus
promete o gozo e a felicidade a quem usar de misericórdia. Jesus identificase com os excluídos. Os necessitados são, portanto, sacramentos vivos de
Jesus. Quem se sensibiliza e vê, quem ouve o pedido e atende, será bendito.
Quem não vê, não ouve, não age, oculta, aproveita e explora, será maldito.
Dirigente. «Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado de
todos os anjos, então sentar-Se-á no seu trono glorioso. Todos os povos da
Terra se reunirão diante d’Ele, e Ele separará uns dos outros, como o pastor
separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os
cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita:
“Vinde vós, os abençoados por meu Pai. Recebei como herança o Reino
que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo” (Mt. 25, 31-34).
Leitor. Nos rostos angustiados de mendigos e sofredores de rua forçados à
marginalidade e à violência.
Todos. Eras Tu, Senhor!
Leitor. No rosto dos idosos tidos como sobra e peso, caducos e alienados da
realidade.
Todos. Eras Tu, Senhor!
Leitor. Nas feições dos encarcerados que superlotam as prisões em
condições desumanas.
Todos. Eras Tu, Senhor!
Leitor. Nos rostos de mulheres desrespeitadas e forçadas à prostituição para
sobreviverem.
Todos. Eras Tu, Senhor!
Leitor. No rosto de milhões de pessoas doentes excluídas de condições
dignas de vida e à espera de assistência.
Todos. Eras Tu, Senhor!
Leitor. Nas feições desfiguradas pela fome, desiludidas pelas promessas
não cumpridas, e humilhadas por terem sua cultura desprezada.
Todos. Eras Tu, Senhor!
Leitor. Nos rostos cansados de migrantes sem acolhida digna e sem
perspectivas de futuro.
Todos. Eras Tu, Senhor!
Momento de silêncio.
4. Ato penitencial.
Dirigente. Nosso Deus é um Deus misericordioso, terno e paciente, sempre
pronto para acolher com amor o filho arrependido. Vamos nos dirigir a Ele
cheios de confiança.
Canto penitencial.
Dirigente. Deus não quer a morte do pecador mas que se converta e viva.
Que Ele receba com bondade o nosso arrependimento e seja misericordioso
conosco. Recorramos a Ele como Jesus nos ensinou.
Todos. Pai nosso...
5. Momento de ação de graças.
Animador. A tomada de consciência da situação de pecado e o
arrependimento abrem à possibilidade de vida nova. A experiência de
exclusão pode despertar para a prática da misericórdia, gerar a busca de
soluções, sensibilizar para o acolhimento, a valorização das pessoas, a
organização de serviços de atendimento aos sofredores de rua, à mulher
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humilhada, aos idosos e aos doentes. O contato com os sofrimento humano
pode fazer reconhecer o Ressuscitado.
Todos. Canto de ação de graças.
Dirigente. A misericórdia de Deus acolheu nosso arrependimento e nos
impulsiona a gestos concretos de fraternidade. Que nosso abraço de paz
expresse nossa mútua reconciliação e o compromisso fraterno de tornar o
irmão participante do banquete da vida. Saudai-vos na paz do Senhor.
Todos. Abraço da paz.
Dirigente. Deus e Pai nosso, que perdoastes os nossos pecados e nos destes
a vossa paz, fazei que, perdoando sempre uns aos outros, mereçamos
participar do banquete da vida, e sejamos na sociedade instrumentos de
misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
Todos. Amém!
6. Bênção final.
ORAÇÃO PESSOAL (DE TARDE).
Texto bíblico: Lucas 24, 13-35.
Encontro de Jesus com os discípulos de Emaús.
Este momento será semelhante à oração com o texto da Samaritana. Porém
será realizado dois a dois. É muito importante que um ajude o outro a orar,
não a se dispersar.
- Invocar juntos a presença do Espírito Santo. Um momento de silêncio
para pedir um pelo outro. Depois um coloca as mãos na cabeça do outro e
ora: “Senhor, abre o coração do meu irmão(ã) para a aceitação da tua
mensagem e possa experimentar, assim, a alegria do teu amor”. A segunda
pessoa faz a mesma oração com a primeira.
- Primeiro momento: leitura do texto. O que o texto diz. Por que
estavam tristes os discípulos de Emaús? Eles acreditavam que Jesus
fosse o libertador de Israel... como era o Messias que eles estavam
esperando? Por que ficaram frustrados? Não se tratava, talvez, de uma
imagem de Messias infantil? Jesus caminha com eles mas não
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conseguem reconhecê-lo. Quais eram os motivos que os impediam de
reconhecer Jesus? Como Jesus conseguiu transformar aos poucos o
coração dos discípulos? Por que Jesus fez de conta que continuaria o
caminho se despedindo deles dois? Por que os discípulos pediram a
Jesus que permanecesse com eles? Que significou para os dois o gesto
de partir o pão? Jesus desapareceu fisicamente da vista deles... mas eles
sentiram que a presença do Ressuscitado jamais iria se afastar da sua
vida: é a convicção da fé! A fé é profundamente pessoal. Que
sentimentos e atitudes experimentaram os discípulos a partir da certeza
da fé em Jesus ressuscitado? A fé é também experiência profundamente
comunitária. Por que eles dois voltaram para se reunir com os outros
discípulos e discípulas? A fé é também essencialmente missionária.
Como São Paulo (“Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho”),
também os discípulos de Emaús sentem a necessidade de anunciar a
Boa Nova. Por que será que o verdadeiro cristão sente a necessidade de
evangelizar?
Segundo momento: meditar o texto. O que o texto me diz? Existem
momentos da minha vida que eu tenho sentido dúvidas na minha fé?
Quando eu senti a Deus distante da minha vida? Quais sentimentos
experimentei quando achei que Deus não ligava para mim? Não será
que eu também tenho uma imagem infantil do Messias: glorioso,
triunfalista, milagreiro, intimista (só para mim, para resolver meus
problemas)? Como é que hoje Jesus revela as Escrituras para mim? Eu
presto atenção? O que eu sinto quando experimento que Jesus caminha
ao meu lado? Tenho fé de que Ele é meu Bom Pastor? O que eu faço
para “convidar” a Jesus a ficar comigo? (O que faço para procurar a
proximidade dele na minha vida). A eucaristia é experiência forte de fé
na minha vida? É Jesus quem fala para mim na Liturgia da Palavra...
será que eu presto atenção à proclamação das Escrituras? É Jesus quem
parte o pão para mim, é Ele quem se entrega por todos e por cada um
(também por mim) na Eucaristia atualizando a sua doação na Cruz e a
sua Ressurreição. Sou consciente desta grande verdade da nossa fé
cristã? Que representa para mim a sagrada comunhão eucarística?
Terceiro momento: contemplação do texto. Qual é a minha resposta
ao texto. O que eu digo ao texto com palavras e com obras. A eucaristia
é um grande dom que Deus me concede. Como eu vou participar das
celebrações da minha comunidade? Às vezes eu me preocupava com
aspectos superficiais da liturgia: quem era o padre, quem cantava ou
tocava os cantos, quais pessoas estavam perto de mim no banco, etc.
Agora eu sei do valor de participar na minha própria comunidade cristã.
Como eu posso passar de assistir a celebração litúrgica a participar da
celebração? Em quais momentos da minha vida eu posso atualizar a
experiência dos discípulos de Emaús? Minha fé, além de ser pessoal, é
comunitária? O que eu faço para que a minha fé seja comunitária?
Minha fé é missionária? Como? Participo nas atividades de
evangelização da Igreja? Qual é o meu compromisso de evangelização?
O que eu posso fazer para Jesus na construção do Reino de Deus?
- Quarto momento: compromisso com a Palavra de Deus. Os
discípulos de Emaús voltaram a Jerusalém com o coração renovado e
cheio de fé. Como eu vou voltar hoje para a minha casa, para o meu
trabalho, para a minha comunidade, para o meu bairro? Com a graça de
Deus vou procurar ser diferente. Quais convicções, atitudes,
pensamentos, gestos... podem ser a expressão de que sou um(a)
discípulo(a) de Jesus Cristo?
- Agradece ao Senhor por este momento de graça e pede a força do
Espírito Santo para colocar na prática o seu projeto de amor. Pede a
intercessão de Maria, Mãe de Jesus, para descobrir e alcançar a graça
que Deus preparou para você neste momento de oração.
- Oração de intercessão, um pelo outro. (Colocando as mãos nas mãos do
outro).
Senhor Jesus, Bom Pastor que caminhas sempre conosco,
ilumina nossa mente com a tua Palavra que é Vida Nova,
aquece o nosso coração com o teu amor perfeito e puro,
fortalece as nossas mãos para que sejamos discípulos dignos de ti,
derrama teu Espírito Santo para que testemunhemos o teu amor
e o mundo possa louvar a Deus Pai com alegria e gratidão. Amém!
Pai Nosso
Pai meu e de todos os meus irmãos, Pai de todas as crianças e de
todos os que se fizeram pequenos; Pai dos pobres, dos órfãos, de quem é
estrangeiro, de quem está só; Pai de quem acaba de nascer e ainda não te
conhece e do ancião que te procura; Pai de todos os pais.
Que estás nos céus.
E na terra e no mar, na luz e nas trevas, no orvalho da manhã e na
brisa da tardinha, na voz do trovão e no murmúrio de um leve ar, nas
chamas do fogo e no ruído de um vento impetuoso; Tu estás em Jesus e em
todo coração que lhe é caro.
Santificado seja o teu Nome.
Santo é o Nome do Pai, o Nome mais alto que qualquer outro nome,
mais terno que o nome mãe, mais afetuoso que o nome irmão, mais querido
que o nome esposo, mais solícito que o nome amigo, mais benévolo que o
nome Criador, mais próximo que o nome Deus, mais amoroso que qualquer
nome de amor.
Venha o teu reino.
Venha o senhorio de tua justiça nos pensamentos de nossa mente
para nela proclamar a hora do silêncio; venha a autoridade de tua graça
sobre os sentimentos de nosso coração para anunciar o dia da paz; venha o
teu reino nas prisões do mundo, nos esconderijos da terra, nas celas da
morte, nas masmorras dos povos, nos segredos de toda alma longe da
aurora.
Seja feita a tua vontade.
A vontade pela qual todas as coisas são, as aves do céu e os lírios
dos campos, as águas das chuvas e as fontes dos poços, a luz dos astros e as
tochas dos homens, dos homens bons e dos homens que não sabem mais
tua oração.
MEDITAÇÃO DO PAI NOSSO.
(Do livro “O Pai-Nosso oração do Novo Milênio”; Henrique Cristiano José
Matos; Ed. O Lutador).
Assim no céu como na terra.
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Como entre os anjos assim entre os homens, entre os corações dos
pais e os corações dos filhos, entre a esposa e o esposo, entre o lobo e o
cordeiro. Seja feita a tua vontade e haja paz entre o céu e a terra.
3. COMO ORAR COM A BÍBLIA (LEITURA ORANTE DA
BÍBLIA).
Buscar um lugar apropriado. Invocar o Espírito Santo para iluminar a
vontade do Pai no meu coração.
QUATRO MOMENTOS DESTA ORAÇÃO
1. Leitura: compreender o significado do texto. O que diz o texto. Escutar e
respeitar o texto.
Senhor: qual era tua vontade para o teu povo naquela situação histórica?
2. Meditação: o que o texto quer me dizer hoje, na realidade que eu vivo. O
que me diz o texto. Acolher o texto.
Senhor: qual é a tua vontade para mim, na situação que eu estou vivendo?
Proposta de Deus.
3. Contemplação (e adoração): quais sentimentos, pensamentos, atitudes de
vida suscita o texto em mim. O que eu digo ao texto. Responder ao texto.
Resposta humana. Senhor: como eu posso fazer tua vontade? Como posso
te ser mais útil?
4. Compromisso: como eu posso cumprir melhor a vontade de Deus na
minha vida. O que eu faço com o texto. Praticar a mensagem do texto.
(“Hoje se cumpre esta palavra”). Senhor: eu vou fazer a tua vontade por
meio deste compromisso...Muito obrigado por contar comigo na causa do
teu Reino, me ajuda a ser fiel!
Agradecer ao Senhor por este momento de graça e pedir a força do Espírito
Santo para colocar na prática o seu projeto de amor.
Dá-nos hoje nosso pão do dia.
Que cada dia possamos ter um pão de vida, o pão que desce do céu;
que cada dia o Espírito de tua Palavra o possa transformar em verdadeira
comida e verdadeira bebida. Sim, ó Pai, que nunca aconteça esquecermos
de levar conosco os ázimos que tu multiplicaste para cada um!
E solta-nos de nossas dívidas.
Da dívida de tua vida, porque a vivemos na morte; da dívida de teu
amor, porque o matamos com nosso ódio; da dívida de teu corpo, porque
dele fizemos o que bem entendemos. Perdoa-nos, Pai, porque sobremaneira
grande é o que fizemos ao teu Jesus.
Como também nós soltamos os nossos devedores.
Porque tu pagaste por toda dívida e mais ninguém me deve nada; eis
que todo homem é meu irmão e tudo o que me devia era seu direito, e o que
ainda não me foi pedido, que eu o venda e doe tudo a quem nunca teve
nada.
E não nos leves até a provação. Mas livra-nos do maligno.
Mas, se a provação chegar até nós, faze com que encontre Cristo em
nós para fazer-lhe frente. Livra-nos de tudo o que nos impede de dizer-te de
todo o coração, com toda a mente e com toda a nossa alma.
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