Influência Romana

Propaganda
1
Unidade II
Capítulo V
Sociedade medieval_______________________________________________________________3
Questões do ENEM_______________________________________________________________11
Capítulo VI
Sistema feudal____________________________________________________________________12
Questões do ENEM_______________________________________________________________18
Capítulo VII
Império Bizantino__________________________________________________________________19
Questões do ENEM_______________________________________________________________22
Capítulo VIII
Islamismo_______________________________________________________________________23
Questões do ENEM_______________________________________________________________27
Organização:
Apoio:
2
Capítulo V
Bárbaros - Povos que não faziam
parte do império romano, e que eram
O conceito de idade média delimita o
período que corresponde à queda do império
romano, resultado das crises e das invasões
dos bárbaros.
julgados inferiores aos romanos por essa
Muitos, ainda, hoje compreendem de
forma preconceituosa tal período rotulando-o
de “idade das trevas”, essa afirmação se dá
Jutos,
Gauleses,
Francos,
vândalos,
resultado da forma de governo que vigorava,
visigodos, ostrogodos,suevos, hunos.
onde o cristianismo impunha a sua moral e a
sua ética; esse cristianismo era administrado
pela igreja Católica Apostólica Romana, esse
processo de localização da capital do mundo nessa época, se dá à medida que a pressão
popular exercida sobre o império torna-se cada vez mais difícil de controlar, a economia sofria
com a inflação que assolava o império resultado da corrupção dos imperadores e da
acumulação de capitais ocasionando a desvalorização da moeda. Com essa desfragmentação
econômica tornou-se um grande desafio financiar e patrocinar as empreitadas militares o que
proporcionou uma maior vantagem bábara sobre as fileiras do império. O contato com outros
povos, inclusive os bárbaros, possibilitou uma maior contestação do regime já que foi
percebido que a cultura e o modelo romano não eram os únicos nem o modelo ideal. Os
soldados já desmotivados pelas derrotas que o império começava a colecionar, passam a
perceber que a sua participação dentro do império era de grande importância, portanto
começaram a exigir mais benefícios e privilégios o que foi negado por Roma trazendo grande
insatisfação a ferramenta militar do império.
condição, por exemplo, os Anglos Saxões,
3
Capítulo V
Cristianismo - Os romanos professavam o politeísmo pagão que significa a
crença em um panteão de deuses, com o surgimento do cristianismo, essa filosofia
começa a declinar já que Jesus vem pregando o amor e o perdão dentro de uma
realidade caótica e critica, onde ele começa a ter apoio popular. Para agradar uma
população que já vinha de uma secular tradição pagã o imperador Constantino
convoca o concilio ecumênico de Nicéia onde o cristianismo começa a tomar sua
forma atual sendo decidido às datas comemorativas e as características de Jesus;
tudo isso usando como base os deuses e os festivais pagãos, sincretizando o
personagem Jesus com toda uma realidade já existente de forma a agradar a
sociedade e tornar quase imperceptível as mudanças que aconteciam no cenário
social, político e econômico da época.
O surgimento e desenvolvimento do Cristianismo, que quando ainda começava a
engatinhar sendo um homem guiando 12 seguidores, não oferecia nenhum perigo ao estado
romano, porém o crescimento de tal ideologia começa a incomodar os imperadores que
passam a ver Jesus de Nazaré não como o líder de um culto religioso mais como um agitador
político. Diferente do que é pregado, Jesus não foi o primeiro cristão da história; se confundiu
agora? Sem problemas, vamos voltar alguns séculos atrás, mais exatamente na antiga Grécia,
lá Platão, já pregava o amor e o perdão como forma de alcançar um grau maior de consciência
(paraíso), os filósofos medievais como São Tomás de Aquino e Santo Agostinho se
apoderaram dos escritos platonistas, uma herança cultural da civilização greco-romana a quem
o cristianismo substituiu, e adaptaram o seu conteúdo a realidade medieval como forma de
propagar a religião e os ideais cristãos. Resultando dessa série de crises, o império, (ou o que
sobrou dele) dividem-se em duas grandes Zonas geográficas (oriente \ ocidente) onde ele
começa a ser povoado por tribos nômades, porém sem usar da arte da guerra; vão se
acomodando, esse contato com essas novas culturas e realidades, acontece antes do
4
Capítulo V
surgimento cristianismo quando o império já caia. Todos esses fatores fizeram com que a
capital do império Romano (Roma) permanecesse como sendo a capital de uma nova era
histórica: A idade média. Nesse período, prevaleceu à relação de vassalagem senhorial que
funcionava da seguinte maneira: o senhor feudal dava ao seu vassalo um lote de terra e
proteção, em contrapartida, o vassalo jurava fidelidade e trabalhava para o seu senhor.
Império Carolíngio
No decorrer do século V, a Europa começa a receber a instalação de tribos bárbaras
(tribos que não pertenciam ao império romano). Uma dessas tribos merece atenção especial,
no que diz respeito a organização e consolidação do poderio militar,político e econômico;são
eles os francos (o reino franco corresponde ao o que hoje é a França). O rei Clóvis, fundou
esse reino e iniciou a expansão de seu território convertendo-se ao cristianismo, Clóvis, passa
a utilizar da organização administrativa cristã um modo de consolidar e fortalecer cada vez
mais o seu poder.
Após a morte de Clóvis, é a vez de pepino, o
breve, escrever o seu nome na história; o governo de
pepino foi marcado pela forte aliança que passou a
existir entre a o reino franco e a igreja dando-se apoio
mutuo. Surge no cenário medieval o mais famoso rei
franco, Carlo Magno (dá vem o termo "império
Carolíngio").
O império carolíngio dividia-se em 200 cordatos
administrados por autoridades políticas e religiosas. Era
função de Carlos Magno eleger seus assessores
políticos quanto os representantes da igreja, ou seja,
Carlos detinha em mãos os poderes de rei e de chefia
da igreja.
5
Capítulo V
Durante seu reinado, Carlos promoveu grandes avanços em relação a seu território e a
dominação e conversão de outros povos, lutou contra a ameaça sarracena ao seu território e
foi responsável pela manutenção da cultura greco - romana já que a valorização cultural e a
intelectualização dos nobres tornou-se uma das grandes metas do império, esse período
entrou para a história como o renascimento carolíngio.
Em 814, Carlos Magno morre, e é sucedido por seu filho Luiz, que prossegue como
governante do reino dos francos até 840 quando o seu falecimento ocasiona uma grande
disputa entre seus filhos.
Com a morte de Luiz, o piedoso, seus filhos começam a disputar as regiões que
compreendiam o império:
•
Carlos o Calvo - Frância ocidental (atual França);
• Luís o Germânico - Frância oriental (futura Germania, inicio do Sacro império
romano germânico;
•
Lotário - Centro da Itália até a Frísia (futura Lotaríngia).
Cruzadas
Somada ao crescimento da produção agrícola e o salto populacional da época, as
cruzadas tiveram papel fundamental no que diz respeito ao ápice e decadência do sistema
feudalista. Em 1095, o papa urbano II organiza a retomada da terra santa (Jerusalém) que
havia sido conquistada pelos turcos a alguma décadas atrás. A estratégia de urbana baseou-se
na pacificação dos pequenos conflitos entre cristão na Europa de forma a uni-los na luta contra
os islâmicos.
6
Capítulo V
Oficialmente, existiram quatro principais cruzadas que tiveram o objetivo em comum;
conquistar a terra santa e expandir a fé no cristianismo:
1. Primeira cruzada - Motivada pela proibição por parte dos turcos de que os cristãos
peregrinassem até locais sagrados na palestina, fazendo com que os cruzados pudessem
abrir caminho para a conquista de terras no orientes e formarem pequenos estados de
língua latina, essas conquistas forma de grande interesse para os comerciantes europeus
que viram nesse estabelecimento de novas rotas comercias a possibilidade de
reestruturar o comercio de especiarias que havia caído a tempos atrás. Essa cruzada
consolidou a tomada de Jerusalém pelos cristãos.
2. Segunda cruzada - A segunda cruzada teve um caráter defensivo já que os turcos,
liderados pelo sultão saladino,ameaçava tomar a terra santa o que realmente ocorreu em
1149.
Terceira cruzada - Empreitada militar financiada por grandes soberanos europeus
como os reis como Frederico barba Rocha (Alemanha), Ricardo coração de leão
(Inglaterra) e Felipe Augusto (França) ,entrou para história como a “cruzada dos reis”.
3.
4. Quarta cruzada - Foi uma cruzada que se diferenciou das outras em relação aos
seus objetivos, o destino não mais era Jerusalém e sim a cidade de Constantinopla, os
soldados só se interessavam pelos lucros que poderiam obter e saquearam toda a capital
do império bizantino.
Com o advento das cruzadas, dezenas de mudanças sejam elas no setor econômico
político ou militar se acentuaram no interior do continente europeu; um tempo de paz reinou
nos países europeus já que todos os guerreiros estavam lutando no oriente, com o
restabelecimento das rotas comercias no oriente possibilitou uma grande expansão das
relações comercias e a organização de varias feiras. Próximas as essas feiras, começou um
processo de aglomeração urbana formando os chamados burgos (daí vem o termo burguesia).
O Surgimento da Burguesia
Nesses burgos, reuniam-se pessoas que se dedicavam exclusivamente às atividades
comerciais, sem classe alguma (nobreza, clero...). O sistema feudal, era extremamente
burocratizado, restringindo as liberdades comercias com suas pesadas taxas e seus
excessivos impostos. Os burgueses reivindicavam maior autonomia, portanto começaram a
apoiar os reis em busca da centralização do poder nas mãos dos mesmos.
7
Capítulo V
Classes Sociais Medievais
Clero - (ORATORES)
Nobres - (BELLATORES)
Servos - (LABORATORES)
Certamente a classe maior
influencia no mundo medieval,
o clero era composto por
todos os membros da Igreja
Católica Apostólica Romana.
Tinham como principal
função a participação nas
guerras e a administração dos
feudos.
Compreendiam maior parte
da
população,
eram
explorados
pelos
seus
senhores e eram obrigados a
pagar altas taxas e impostos a
fim de bancar os luxos do
clero e da nobreza.
Dividia-se em clero regular
(monges
integrantes
das
ordens religiosas) e clero
secular (toda a hierarquia
envolvida na administração da
fé cristã).
Com o passar do tempo, a
Europa medieval começa a
crescer e desenvolver cada
vez
mais
esse
modelo
econômico o que acaba
impossibilitando a divisão dos
mesmos, foi onde, esse
contexto
favoreceu
o
chamado
“direito
de
primogenitura” que significava
que apenas o filho mais velho
seria o herdeiro de todas as
posses e títulos do falecido
pai.
Interessante ressaltar que
escravos e servos não são a
mesma coisa; escravos ainda
existiam mais em pequeno
numero, trabalhavam sem
receber nenhum salário, já os
servos eram mão de obra
assalariada.
Corporações de Oficio
Com a consolidação da economia medieval, os comerciantes se uniram buscando se
fortalecer, o mesmo aconteceu com os artesãos; surgiam ai as corporações de ofícios. A união
dos artesãos monopolizava o comercio estipulando o preço, qualidade e modelo das
mercadorias produzidas impedindo a concorrência. A hierarquia de tais corporações era da
seguinte maneira: No topo estava o mestre que detinha o conhecimento, o espaço e as
ferramentas, logo em seguida vinham os oficiais que eram pagos pelos seus serviços e poderia
um dia vir a ser mestres e por final vinham os aprendizes que residiam nas oficinas e recebiam
alimentação, proteção e roupas em troca dos seus serviços.
A Guerra dos Cem Anos
Uma disputa entre ingleses e franceses que aconteceu durante os anos de 1337 e
1453, tinha como objetivo a posse de território francês, principalmente a região Flanders.
Trata-se de uma guerra que deixou resultados negativos para a população européia.
Com a morte do rei francês Carlos IV em 1328, surge uma disputa pelo trono entre
Filipe de Valois sobrinho do rei Filipe e Eduardo III rei da Inglaterra e neto de Filipe por parte de
mãe, que perde a disputa para valois.
8
Capítulo V
Por decisão de uma assembléia de senhores feudais franceses, com base na lei Sálica,
proibindo a ocupação do reinado por linhagem materna. É o inicio da dinastia Valois,o que não
foi satisfatório para os ingleses que tinham estratégias para a região do Flanders.
Toda essa disputa tinha como objetivo a concentração de um comércio manufaturado
de tecidos e de matéria prima originada da Inglaterra. A intenção era ter uma importação de lã
inglesa sem obstáculos, isso levou os burgueses da região a buscar apoio com Eduardo III,
que havia tomado posse.
Chegando em 1337, foi iniciada uma guerra declarada entre franceses e ingleses com
duração de quase um século com alguns períodos de paz. Os ingleses demonstram
superioridade garantindo vitórias de 1337 a 1422, logo em 1360, um terço do território francês
já estava ocupado por ingleses entre 1315 e 1317, antes da guerra. A Europa sofre a grande
fome resultado da baixa colheita em uma produção fraca deixando à população debilitada e
totalmente vulnerável as doenças. Uma delas foi à peste negra, uma doença que teve origem
na china e teve como destino a Índia e a Europa, atingindo principalmente a população pobre e
matando quase um terço da Europa. Enquanto a peste matava a população, o comércio
francês enfraquecia devido aos gastos com a guerra. Logo apareceram rebeliões, pois os
burgueses se sentiam no direito de ter mais participação no governo enquanto camponeses e
servos se revoltavam contra seus senhores, rebeliões essas que receberam o nome de
Jacqueries (João ninguém). Essas rebeliões foram controladas devido ao apoio real a contra
ofensiva da nobreza. Logo após a morte de Carlos V,a nobreza francesa foi dividida em duas:
Armagnacs e Bourguignons .
A França ficou dividida por dois reinos em 1420, os ingleses fortalecidos pelos aliados
Bourguignons derrotados por Armagnacs,venceram e Henrique V ganha o poder.
9
Capítulo V
A população estava confusa diante de toda condição, era necessário um representante
com sentimentos de nação, foi daí que surgiu uma camponesa conhecida como Joana D´arc,
liderou; batalhas obtendo vitórias e ganhando territórios, sendo responsável pela coroação de
Carlos VII nas terras ao norte.
Em 1430, Joana é capturada por Bourguignons e queimada em praça publica pela
santa inquisição por dizer que recebia mensagens diretas de Deus. Carlos V continuou a luta
até a retirada dos ingleses em 1453.
Crise: Fome e Peste
Durante os séculos XIV e XV, a produção agrícola, maior fonte de
renda dos senhores feudais começa a declinar, esse declínio é
resultado das péssimas condições temporais, a população começa a
se alimentar cada vez pior causando um empobrecimento dos
nutrientes para o corpo humano tornando-o fraco e deixando o
sistema imunológico muito baixo. Por volta do ano 1347, chega a
Europa uma nova
A doença provocada pela bactéria pasteurela
pestis oriunda das pulgas dos ratos, a população já
enfraquecida passa por uma época negra onde
cidades inteiras são dizimadas o que fez com que a
população se uni-se se rebelando contra os senhores
feudais o que alimentou o enfraquecimento do
sistema.
10
Capítulo V
A partir de 1348, irrompeu na Europa, proveniente do continente asiático, a chamada Peste
Negra. Seu efeito foi devastador, chegando a provocar a morte de mais de 25% da população
européia durante o século XIV. Sobre a Peste Negra, podemos afirmar que:
I. comunidades judaicas foram responsabilizadas pela epidemia e perseguidas pelos cristãos, que
acionavam o sentimento antijudaico existente na Idade Média.
II. a epidemia foi responsável pela recuperação econômica da Europa medieval após séculos de
retração e crises de abastecimento.
III.
a epidemia provocou a busca de novas terras protegidas do contágio com a peste,
resultando na conquista do norte da África e da Palestina pelos europeus.
IV.
a epidemia freou o processo de dissolução do feudalismo e provocou a implementação
de práticas escravistas em toda a Europa Ocidental.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):
A) I e III, apenas.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, apenas.
E) Todas
A prosperidade das cidades medievais (séculos XII a XIV), com seus mercadores e artesãos,
suas universidades e catedrais, foi possível graças:
A) à diminuição do poder político dos senhores feudais sobre as comunidades camponesas que
passaram a ser protegidas pela Igreja.
B) à união que se estabeleceu entre o feudalismo, que dominava a vida rural, e o capitalismo, que
dominava a vida urbana.
C) à subordinação econômica com relação a camponeses, e à política com relação aos senhores
feudais.
D) ao aumento da produção agrícola feudal, decorrente tanto da incorporação de novas terras quanto
de novas técnicas.
11
Capítulo VI
Com o declínio da mão de obra escrava no Império Romano, a consolidação da
economia passa a ser feita a partir do estabelecimento de acordos entre ricos e pobres, onde o
rico se propõe a oferecer proteção, títulos e terras aos servos, e em contrapartida o servo se
responsabiliza pelo cuidado com o feudo.
Influência Romana
Com a decadência dos centros urbanos como localidade comerciais, houve a
transferência desses centros para as vilas que eram unidades autônomas no que diz respeito a
agropecuária. Nesse momento de transição entre o declínio da escravidão e a consolidação da
mão de obra servil, existia um sistema organizado onde o pagamento era feito em dinheiro vivo
e onde o trabalhador exercia a sua função tendo que pagar pelo uso da terra que usava.
12
Capítulo VI
Influência Germânica
Estabelecimento do Regime de Comitatus, onde existam elos de fidelidade entre os
chefes das tribos guerreiras aos seus soldados,e os chefes dividiam as terras conquistadas
com todos os guerreiros que participavam dos combates. No sistema feudal a economia se
mantinha na sua essência dependente do mundo agrário, porém os instrumentos eram
rudimentares,o que resultava numa baixa produtividade dos feudos.
Sobre tribos bárbaras
No geral, os feudos dividiam-se em três partes distintas:
Terras senhoriais - Era localizado na melhor parte do terreno, onde residia o rei e
sua corte, os armazéns, estábulos e todo um conjunto de locais de suma importância para
o pleno funcionamento do feudo.
•
•
Manso servil - Localidade onde habitavam e trabalhavam os servos do feudo.
13
Capítulo VI
• Terras comuns - Áreas distantes do centro, geralmente regiões pantanosas
destinadas à caça e ao recolhimento de frutos e raízes.
VASSALAGEM
“Laço contratual que unia dois homens livres, o senhor (dominus, recebedor de
fidelidade e serviços nobres, isto é, não produtivos, não servis) e o vassalo
(vassalus, termo derivado do céltico gwas, homem, aquele que recebia sustento de
outro). Nos séculos VIII-IX prevalecia o vínculo pessoal: alguém recebia uma terra
porque era vassalo. A partir do século XI prevaleceu o elemento real: alguém faziase vassalo para receber um feudo.”
Fonte: FRANCO JÚNIOR, Hilário. A Idade Média: nascimento do Ocidente. 4ªed.
São Paulo: Brasiliense,1992.
“A Cidade de Deus, que se crê única, está dividida em três ordens: uns rezam, outros
guerreiam e outros trabalham. As três ordens vivem juntas e não suportariam ser separadas.
Os trabalhos de cada uma delas permitem o serviço das outras duas. Cada uma,
alternadamente, presta seu apoio aos outros”.
14
Capítulo VI
Bispo Adalberto de Laon
Transição econômica (Feudalismo x Capitalismo)
O modelo europeu medieval não era o único modelo de sociedade existente, esse
conceito caiu em desuso quando nos deparamos com civilização distintas que se organizavam
e eram administradas de forma totalmente diferente do modo europeu.
Com a invasão dos bárbaros ao Império Romano dando fim a séculos de supremacia e
poder a Roma, começam a se consolidar outros modelos civilizatórios que desbancam a visão
tradicional da Europa Medieval.
15
Capítulo VI
Europa Medieval
• Modelo de civilização
ocidental.
• Resultado das reformas
do império carolíngio.
• Modelo teocêntrico
• Cavaleiros
cruzados.
de
cristo;
Civilização Islâmica
• Revelação ao profeta
Maomé.
• Estimulo
produção;
feiras
comércios regulares.
da
e
• Invasão da península
ibérica.
Império Bizantino
• Continuação
império
romano
oriente
do
no
• Extensão territorial:
Grécia, palestina e Egito.
• Declínio; peste.
Com a crise no sistema de escravidão romano, decorrente de fatores próprios da
queda romana, como o fim das conquistas imperiais fazendo secar as fontes de obtenção de
novos escravos e a carência de matérias primas nas cidades onde residiam os artesão e
comerciantes, a mão de obra é substituída; passa de escrava para servil. Com o advento do
medievalismo, surge uma nova concepção de como se fazer comércio o chamado sistema
feudal ou vassalagem,resultado de uma necessidade dos ricos (obter mão de obra e
enriquecer) e uma necessidade dos pobres (se proteger dos ataques bárbaros) baseia-se no
estabelecimento de uma “ajuda” mutua;o senhor feudal,dava terra e proteção ao seu vassalo e
esse se comprometia a cuidar desse pedaço de terra,da agricultura e da pecuária de forma a
ganhar dinheiro para si e para seu senhor,era de caráter auto-suficiente dentro de uma
sociedade estatizada e pouco dinâmica onde o mundo do trabalho se dividia apenas entre
senhores e servos,essa falta de dinamismo somada a um complexo contexto histórico substitui
mais uma vez as relações comerciais.
Porém, nem todas as regiões medievais sofreram a influência das decisões feudais,
essas regiões denominam-se “burgos” onde se mantinha um comércio mais aberto entre as
corporações de ofício e as relações comercias exteriores.
Revoluções burguesas - São as revoluções que
possibilitaram juntamente com a revolução industrial a ascensão
do regime capitalista:
•
Revolução inglesa,
•
Revolução francesa e
•
Independência dos estados unidos.
Os comerciantes dos burgos (burgueses),possuíam a liberdade de comerciar com
quisessem pois não estavam presos a relação servil. A substituição desse modelo se dá a
partir da participação ativa dos burgueses que organizam uma nova forma de comerciar mais
ampla baseada na total liberdade de comércio substituindo servos por trabalhadores
assalariados; capitalismo.
16
Capítulo VI
O capitalismo toma a sua forma resultando das Revoluções burguesas que mudam
todo o contexto social da época e futuramente, influenciando toda uma geração.
Fases do Capitalismo
Capitalismo Comercial - O lucro se concentrava nas mãos de quem
comprava e vendia não quem produzia.
Capitalismo Industrial - Separação entre quem possui os meios de
produção e os trabalhadores.
Capitalismo Financeiro - O controle das atividades passa a ser feito pelas
grandes corporações e pelo sistema bancário.
Capitalismo Informacional - Nessa fase, o capitalismo continua com as
características financeiras e industriais mais se dá uma maior importância ao
conhecimento.
17
Capítulo VI
Sobre o feudalismo, faça a relação entre os itens enumerados e a coluna abaixo.
(1) Comitatus – (2) Corvéia – (3) Vassalagem – (4) Jacquerie – (5) Simona
(
) Venda dos bens eclesiásticos, provocando descontentamento no baixo clero.
(
) Instituição bárbara que organizava as tribos ao juramento de fidelidade em casos de guerra.
(
) Revolta de cunho social, que pela primeira vez contestou a nobreza feudal.
(
) Obrigação do trabalho servil nas terras do senhor feudal.
( ) Relação feudal de imposição social, estabelecendo a ligação entre senhor e servo ou de senhores
para senhores.
A seqüência correta é:
A) 3 – 2 – 4 – 5 – 1
B) 5 – 1 – 4 – 3 – 2
C) 5 – 1 – 3 – 4 – 2
D) 5 – 4 – 3 – 2 – 1
E) 5 – 1 – 4 – 2 – 3
18
Capítulo VII
Em poucas palavras; o império bizantino é o que sobrou após a decadência do Império
Romano correspondendo a parte oriental do mundo conquistado. Com as sucessivas crises
que abatiam o grandioso Império Romano, o imperador Constantino, percebe que a melhor
maneira de amenizar as tensões que caiam sobre as costas imperiais era mudar a capital do
império de Roma para a região oriental, com isso, Constantino funda a cidade de
Constantinopla na região que hoje corresponde a Turquia.
A população era composta por uma grande mistura de povos, pois a extensão territorial
estendia-se desde o Mar Adriático até o Mar Vermelho, passando pela Ásia, Europa e África,
esse posicionamento geográfico contribuía para as atividades comerciais, especialmente
naqueles que utilizavam vias marítimas. Em relação ao modelo político governamental, a
sociedade era regida por um estado absolutista teocrático já que pelo Edito de Milão, o
Cristianismo tornava-se a religião oficial do império. A sociedade bizantina era caracterizada
pelo uso da língua Grega em substituição a língua latina falada no ocidente.
Durante a consolidação do modelo religioso vigente nessa época e nessa região,
começam a surgir contestações onde aparece pela primeira vez o termo Heresia, as mais
comuns eram:
19
Capítulo VII
• Monofisismo - Idéia que baseava-se na premissa de que Cristo só possuía um
caráter divino sem aquela velha dualidade entre humano e divino presente na mitologia
cristã.
Arianismo - Conceito que só valorizava a existência do “pai” na trindade e negava o
“filho” e o “espírito santo”.
•
• Nestorianismo - Tinha como base a maternidade de Maria exclusivamente para
com o “Cristo homem” e não para com o “Deus”.
A Iconoclastia
Com a mudança da capital para o oriente, o choque cultural foi inevitável, foi nesse
contexto que um grupo religioso radical que tinha como principal atitude a destruição de
imagens por considerá-las objetos de idolatria, prática esta condenada pelos dogmas cristãos,
mas aceita pela igreja como forma de angariar fundos, começa a se manifestar o que lhes
valeu o rotulo de “iconoclastas” (destruidores de imagens).
Justiano
O imperador Justiano destaca-se como um dos maiores imperadores da história da
civilização bizantina, foi durante seu governo que o império atingiu máximas proporções, nesse
período são instituídas reformas que modificam o modelo tradicional político, social e
econômico da época.
Sobre a Arte Bizantina
Eventos que marcaram o governo de Justiano
As brigas entre a igreja tradicional romana e o clero local bizantino resultaram na
divisão do cristianismo entre a tradicional religião romana e a nova religião ortodoxa, esse
evento entrou para história como a Cisma do Oriente, apoiada em um novo conceito instituído
que ficou conhecido como Cesaropapismo que significava que o chefe de estado (César) teria
20
Capítulo VII
as mesmas funções que o chefe da igreja (papa). Com um caráter expansionista e imperialista,
Justiano deseja restaurar o outrora grandioso Império Romano reconquistando o norte da
África e a Península Ibérica, essas empreitadas militares ficaram conhecidas como as guerras
de reconquista. Com a guerra em andamento, O governo estabelece novos impostos de forma
a auxiliar nos esforços de guerra o que causa uma insatisfação geral no povo, nesse evento
entra para história como a Revolta de Nika.
Os povos bizantinos têm um grande destaque no que
diz respeito às artes e arquitetura, uma de suas mais
importantes obras foi à igreja de Santa Sofia abaixo, podese notar a marca registrada das construções bizantinas: a
arquitetura em forma de cúpula e o hábito de representar
seus governantes e suas manifestações religiosas em
mosaicos coloridos.
Declínio da Civilização Bizantina
Resultado das dezenas de crises
religiosas internas e a permanente ameça dos
povos persas o que contribuiu para a invasão
árabe dando fim ao império. A data de 1453,
marca o fim do Império Bizantino, resultado da
invasão dos turcos-otomanos pondo fim a Idade
Média, iniciando a Idade Moderna.
21
Capítulo VII
A Civilização Bizantina floresceu na Idade Média, deixando em muitas regiões da Ásia e da
Europa testemunhos de sua irradiação cultural. Assinale importante e preponderante
contribuição artística bizantina que se difundiu expressando forte destinação religiosa.
A) Adornos de bronze e cobre;
B) Aquedutos e esgotos;
C) Telhados de beirais recurvos;
D) Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas;
E) Vias calçadas com artefatos de couro.
22
Capítulo VIII
O livro sagrado da religião islâmica é chamado Alcorão que é composto por 114
capítulos que traduzem a mensagem de Deus enviada a Maomé, porém, nem sempre foi
assim, antes da revelação maometana, os povos árabes professavam a fé no politeísmo onde
tinham um centro de peregrinação e veneração aos 360 deuses chamada Caaba.
Sobre a cultura árabe.
23
Capítulo VIII
Esse politeísmo era também uma forma de se obter lucro já que a população árabe
aproveitava à ida a peregrinação para fazer compras e assim desenvolver a economia da
região. Atualmente, o Islamismo é a religião que mais cresce no mundo, os maometanos têm
uma grande concentração no norte da áfrica e em países de língua árabe. Com os atentados
de 11 de setembro, surgiu no mundo um sentimento anti-islâmico e um preconceito em relação
a sua cultura e sua religião.
Na religião muçulmana, existem três locais sagrados:
•
Meca - Local onde fica a pedra negra adorada pelo povo.
•
Medina - Localidade onde Maomé ergueu a primeira mesquita.
• Jerusalém - Cidade onde o profeta morreu e subiu aos céus encontrar-se com
Jesus e outros profetas.
Cinco princípios básicos do Islamismo
1. Aceitar Deus (Alá) como único e Muhammad (Maomé) como seu único profeta;
2. Dar esmola de no mínimo 2,5% (Zakat) de seus rendimentos para os necessitados;
3. Tendo recursos, peregrinar a Meca ao menos uma vez na vida;
4. Realização diária das orações;
5. Desenvolver a paciência e reflexão efetuando jejuns durantes os meses do Ramadã.
AL – Corão
Baseado na bíblia cristã e no Torá hebraico, o Corão ou AL – Corão, possui 114
capítulos que orienta como deve ser o trato e a relação com outras pessoas, a vestimenta,
a culinária e como expandir a “verdadeira fé”. Os islâmicos defendem a fé na ressurreição
de todos aqueles que creem em Alá, sendo os incrédulos (membros de outras religiões)
punidos futuramente com uma eternidade em um lago de fogo.
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Capítulo VIII
Xiitas e Sunitas
Sunitas
Xiitas
(Suna - Palavras proferidas pelo profeta
Maomé)
(Partidários de Ali)
• Grupo islâmico que segue os ideais do tio de
Maomé, Ali;
• Os fieis dessa dissidência são
independentes em relação aos Sunitas;
mais
• Radicalismo;
• Valorização a peregrinação a meca e a
outros centros religiosos.
• Os califas são escolhidos pelo povo.
• Dependem das decisões do califado;
• Radicalismo varia de acordo com o califa;
• Grande importância à peregrinação a Meca
• Afirmam ser a continuação da obra de
Maomé.
O Islamismo no Brasil
O islamismo ocupa a segunda posição no Ranking religioso brasileiro perdendo apenas
para o cristianismo tendo 1,5 milhões de seguidores, divididos entre Rio de janeiro, São Paulo,
Curitiba e Belo horizonte possuindo uma majoritária concentração na região de Foz do Iguaçu.
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Capítulo VIII
Comparações Com As Outras Religiões
Judaísmo
Cristianismo
Islamismo
DEUS
Jeová
Deus
Alá
MEDIADOR
Moisés
Jesus
Maomé
IDADE
5.750 anos
1.979 anos
1397 anos
FUNDADOR
Moisés
Jesus
Maomé
LIVRO SAGRADO
Torá
Bíblia
Corão
DIA SAGRADO
Sábado
Domingo
Sexta - Feira
PRINCIPAIS FESTAS
Yon Kipour
Natal / Páscoa
Ramadã
DIVISÕES
Tradicionais e
Ortodoxos
Católicos e
Protestantes
Xiitas e Sunitas
SACERDOTES
Rabinos
Padres / Pastores
Califas
CIDADES SAGRADAS
Jerusalém
Jerusalém e Vaticano
Meca e Jerusalém
SÍMBOLO PRINCIPAL
Estrela de Davi
Cruz
Estrela de ali
SEGUIDORES HOJE
18 milhões
2,1 bilhões
935 milhões
TEMPLOS
Sinagogas
Capelas, Catedrais
Mesquitas
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Capítulo VIII
O Império Árabe está associado a um legado cultural islâmico secular. Assinale o significado
histórico correto da expressão islâmica que se manifesta na crise atual do Golfo Pérsico.
A) "Jihad" é a luta pela fé, pela restauração da palavra de Alá e ação contra a opressão.
B) "Muçulmano" é ser árabe necessariamente.
C) "Mesquita" é livro sagrado.
D) "Kiffer" é aquele que pratica rezas diárias e segue o Islã.
E) "Hégira" é vocábulo árabe que no léxico português significa tufão.
Para compreender a unificação religiosa e política da Arábia por Maomé, é necessário
conhecer:
A) a atuação das seitas religiosas sunita e xiita, que contribuíram para a consolidação do Estado
teocrático islâmico.
B) os princípios legitimistas obedecidos pela tribo coraixita, da qual fazia parte.
C) os fundamentos do sincretismo religioso que marcou a doutrina islâmica.
D) as particularidades da vida dos árabes nos séculos anteriores ao surgimento do islamismo.
E) a atuação da dinastia dos Omíadas que, se misturando com os habitantes da região do Maghreb,
converteram-se à religião muçulmana e passaram a ser chamados de mouros.
Acerca dos intensos conflitos entre palestinos e israelenses no Oriente Médio, é incorreto
afirmar:
A) Os Estados Unidos falharam em suas tentativas de negociar uma paz duradoura para a região.
B) Os conflitos têm sido cotidianos e envolvem a população civil.
C) A intensificação do conflito deveu-se, também, ao envolvimento de grupos paramilitares que
desejavam a guerra.
D) O governo israelense de Ariel Sharon não conseguiu resolver os conflitos entre os grupos rivais.
E) As rivalidades são recentes, decorrentes da disputa por reservas de petróleo.
Sobre o Islamismo e a expansão da Civilização Árabe durante a Alta Idade Média, é incorreto
afirmar que:
A) O Islão - submissão a Alá - foi fundado pelo profeta Maomé por volta de 610 d.C.. Sua fuga para
Medina em 622 d.C. - Hégira - marca o início da era muçulmana.
B) A expansão do Islamismo contribuiu para a ruralização da Europa, uma vez que os Árabes
dominaram e fecharam a principal via de comércio até então, o Mar Mediterrâneo.
C) Baseado no ideal de Guerra Santa - jihad - que prega o combate ao infiel, os Árabes expandiram
durante a Alta Idade Média, ultrapassando o limite dos Pirineus, e com isso conquistando o Império
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Capítulo VIII
Merovíngeo, atual França.
D) O estímulo à Guerra Santa, o aumento da população Árabe, e a guerra entre Império Bizantino e
Império Persa, que vai enfraquecer a ambos, são razões significativas para a contínua expansão da
religião islâmica.
E) A expansão do Islamismo tem fim com a derrota dos Árabes na Batalha de Poitiers em 732 d.C.,
impedindo que os muçulmanos adentrem na Europa além da Península Ibérica, que já está sob o seu
domínio.
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