CLIMA: FATOR DE GRANDE INFLUÊNCIA PARA A SOCIEDADE

CLIMA: FATOR DE GRANDE INFLUÊNCIA PARA A SOCIEDADE 2ºANO
EJA DO COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR JOÃO AUGUSTO PERILLO.
Deuslene Aparecida de Carvalho
Universidade Estadual de Goiás/UnU-Goiás
[email protected]
Julierme Santos da Silva
Universidade Estadual de Goiás/UnU-Goiás
[email protected]
Karla Annyelly Teixeira de Oliveira
Universidade Estadual de Goiás/UnU-Goiás
[email protected]
Introdução
O Estágio Supervisionado II foi realizado no Colégio Estadual Professor João Augusto
Perillo na Cidade de Goiás, no período noturno com a turma do 2º Ano EJA (Educação de jovens e
adultos), no ano de 2013. A intenção deste trabalho é apresentar uma das atividades desenvolvidas ao
longo do Estágio o projeto de intervenção pedagógica sobre o tema “Clima: fator de grande influência
para a sociedade”.
O tempo e o clima contêm elementos importantes para o processo de ensino e
aprendizagem e estão ligados ao espaço vivido. O clima dita a roupa que usar e a direção a seguir
para evitar um alagamento. Dessa forma, esse tema é importante para ser ensinado na escola para
que os alunos compreendam a importância do clima, como afirma AYOADE (1996.p.286) que:
O clima talvez seja o mais importante componente do ambiente natural. Ele
afeta os processos geomorfológicos, os da formação dos solos e o crescimento e
desenvolvimento das plantas. Os organismos, incluindo o homem, são influenciados pelo
clima. As principais bases da vida para a humanidade, principalmente o ar, a água, o
alimento e o abrigo, estão na dependência do clima. Assim, o ar que respiramos é obtido da
atmosfera, a água que bebemos origina-se da precipitação e o nosso alimento tem sua
origem na fotossíntese - um processo que se torna possível por causa da radiação, do
bióxido de carbono e da umidade, e todos são atributos do clima.
O entendimento sobre a importância do clima na vida da sociedade se faz necessária por
parte dos alunos para que os levem a refletir que o clima desde os primórdios da história até os dias
atuais está presente no meio, seja nas manifestações culturais, na moda, na agricultura. A
interpretação de sua ação se faz necessária como observa AYOADE(1996,p.86) “O clima refere-se às
Anais - Goiás, v.1, n.1, p.58-62, ano 2013..
58
características da atmosfera, inferidas de observações contínuas durante um longo período. O clima
abrange um maior número de dados do que as condições médias do tempo numa determinada área.”
A problemática do projeto de intervenção foi identificada na fase de observação de
aulas do Estágio. Percebemos durante uma aula sobre o clima ministrada pelo professor de geografia
do colégio, que os alunos tinham dificuldade para interpretar os conceitos de clima e tempo. O objetivo
geral do projeto desenvolvido foi trabalhar em sala de aula elementos e conteúdos relacionados à
compreensão de clima e de tempo. Tínhamos como objetivos específicos levar os alunos a entender as
diferentes concepções sobre o clima e o tempo, além de serem capazes de relacionar a percepção de
mudança do tempo em uma visão local, e de reconhecer a importância do clima e do tempo em uma
perspectiva econômica e social.
Para a realização do projeto elaboramos um plano de ensino voltado aos objetivos,
contendo três unidades didáticas. Na unidade 1 abordamos as concepções de clima e tempo; na
unidade 2 buscamos discorrer sobre a importância do clima e tempo na sociedade e suas
características assim como sua influencia nos tipos de vestir, de moradia etc. Na unidade 3 abordamos
a concepção e a percepção da mudança de tempo e de clima na visão local vivenciada pelos alunos,
trabalhamos os elementos perceptíveis aos alunos como tipos de nuvens, velocidade do vento e
nebulosidade.
Para desenvolver projeto contamos com pesquisas bibliográficas baseadas nos seguintes
autores (as) Lana de Souza Cavalcanti (2002), Antônio Carlos Castrogiovani (2004), José Carlos
Libâneo (2011), Francisco Mendonça (2007) e Kamila santos de Paula Rabelo (2010), J.O Ayoade (
1996) entre outros. Utilizamos também o meio eletrônico como a internet, para desenvolver pesquisas,
mapas, filmes e climograma.
Resultado e Discussões
Para a realização do projeto de intervenção pedagógica foram ministradas 9 aulas
descritas a partir das unidades didáticas.
Unidade 1: Concepção de clima e tempo
Essa unidade foi desenvolvida ao longo de três aulas:
1ª Aula – fizemos a explicação do conceito de clima e de tempo. Na sequência, solicitamos
um pequeno texto explicativo sobre o entendimento do que foi exposto e aplicamos uma atividade com 4
questões sobre o conteúdo. Os alunos mostram um interesse significativo na atividade proposta.
Anais - Goiás, v.1, n.1, p.58-62, ano 2013..
59
2ª Aula - fizemos uma pesquisa na biblioteca com livros didáticos da escola procurando
identificar como os livros didáticos abordam o clima e o tempo. Em seguida formamos grupos de 3 alunos
com uso de atlas geográfico realizamos atividade na qual analisamos a dinâmica do clima e das
correntes marinhas e climas zonais do brasil ,
3ª aula - aplicamos uma atividade usando a previsão do tempo da cidade de Goiás, na qual
pedimos que os alunos observassem a previsão do tempo ao longo de uma semana nesse município e
discorressem sobre quais dias estava propenso a chover, a estar ensolarado ou nublado na cidade de
Goiás.
Unidade 2: importância do clima e do tempo na sociedade
Foram realizadas 3 aulas de 50 minutos cada para essa unidade didática. Os conteúdos
abordados foram: características do clima tropical, subtropical e polar; elementos do clima no climograma.
Na 1ª e 2ª aulas fizemos discussões sobre as características dos climas tropical, subtropical e polar com
foco na importância e na influência desses climas na vida em sociedade. Utilizamos slides e logo após foi
aplicada uma atividade sobre o tema exposto, a atividade foi composta de questões sobre como as
condições climáticas pode influênciar no tipo de moradia, vestuário, alimento.
Na 3ª aula apresentamos aos alunos um climograma e explicamos como analisar os
elementos do clima nesse gráfico, por exemplo: Quais meses chovem mais ou menos? Quais meses são
mais quentes e frios? Fizemos juntos com os alunos uma análise usando um climograma da
representação gráfica da cidade de Goiás, com verificação da sazonalidade climática ao longo de uma
semana.
Unidade 3: Percepção de mudança do tempo em um clima.
A terceira unidade também foi desenvolvida em 3 aulas. Na 1ª aula abordamos o conteúdo:
percepção de mudança do tempo em um clima, nessa aula abordamos que o tempo e perceptível ao que
vemos no momento, tempo chuvoso, tempo ensolarado ,tempo nublado ,é o clima e a soma de todas
mudanças do tempo seja no momento ou ao longo da era geológica.
No desenvolvimento Na 2ª aula realizamos uma aula de campo à Estação Meteorológicas da
Universidade Estadual de Goiás. Nessa aula houve uma palestra, proferida pelo professor da universidade
José Alberto Evangelista de Lima, sobre o tempo e o clima; em seguida foi visitada a estação meteorológica,
onde o professor fez uma explicação sobre os tipos de nuvens, velocidades do vento e nebulosidade e
finalizou com a explicação de como funciona uma coleta de dados sobre o clima e tempo numa estação
meteorológica. Durante o trajeto universidade/escola foi pedido um relatório a cerca do que foi observado.
Percebemos um ótimo interesse dos alunos.
Anais - Goiás, v.1, n.1, p.58-62, ano 2013..
60
Na 3ª e última aula foi feito um questionário a respeito da aula campo com perguntas como: Qual
clima predomina no Estado e na Cidade de Goiás? Houve mudança de temperatura no trajeto entre o Colégio
Perillo e a UEG? etc. Como última atividade na escola e usando os relatórios descritos pelos alunos do 2°ano
EJA fizemos uma temporização de ideias sobre o entendimento que eles obtiveram durante a realização do
trabalho de campo e do projeto de intervenção pedagógico que realizamos.
Considerações Finais
A educação apresenta algumas falhas na formação do profissional da educação (professor), na
vontade do aluno para estudar. Além disso, os conteúdos apresentados nas escolas nem sempre atingem os
objetivos esperados. Nas aulas de Geografia que observamos no Estágio essa dificuldade de compreensão do
conteúdo e o conceito de clima e tempo ficou constatado. Diante dessa observação, ajudar o professor na
construção do raciocínio crítico dos alunos é de total importância para nós futuros professores, porque na
formação acadêmica o Estágio é uma das fases fundamentais para a formação e o crescimento do professor.
No desenvolvimento projeto, ao longo das 9 aulas, notamos um interesse maior dos alunos nas
aulas de Geografia. A aula de campo que realizamos na UEG foi um dos pontos mais relevantes do projeto,
notamos um interesse enorme dos alunos por essa atividade. Assim, após aula de campo, fizemos a avaliação
do que os alunos aprenderam.
A avaliação é o momento de análise tanto por parte do professor como do alunos como diz
RABELO (2010, p. 230):
A avaliação é um momento de análise e acompanhamento da produção/
construção de conhecimento , envolvendo professores e alunos. Quando ela se transforma em
um instrumento auxilia do ensino, passa a exercer sua verdadeira função, que é a de avaliar
conhecimentos, conteúdos ensinados, objetivos propostos e alcançados, ou seja, aquilo que o
aluno aprendeu acompanhado sempre o processo como um todo.
Diante dessa afirmação da autora, com intuito de verificar o entendimento dos alunos,
procuramos desenvolver algumas atividades avaliativas: relatório da aula campo, percepção da
mudança do tempo ao longo do trajeto, e questionário sobre a palestra e a visita à estação
meteorológica.
Durante a aplicação das atividades assim como nas correções percebemos uma alta
qualidade nas respostas e que os alunos assimilaram os conteúdos ministrados. Acreditamos que esse
conhecimento servirá para os alunos ao longo de suas vidas.
Anais - Goiás, v.1, n.1, p.58-62, ano 2013..
61
Referencias
AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Tradução de Maria Juraci Zani dos
Santos; revisão de Suely Bastos; coordenação editorial de Antonio Christofoletti. 4 ed. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1996.
ALMEIDA, Rosângela Doin de. O Espaço Geográfico: Ensino e Representação / Rosangela Doin
de Almeida. Elza Yasuko Passini. 5º. Ed. São Paulo: Contexto, 1994.
CASTROGIOVANI, Antonio Carlos. Geografia em sala de aula: praticas e reflexões. Editora da
Universidade 2004.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino. Goiãnia: Alternativa, 2002.
LIBÂNEO, José Carlos [et al] organizadores. Concepções e práticas de ensino num mundo em
mudança: diferente olhares para a didática. Goiânia: CEPED/Editora PUC Goiás, 2011.
MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas
do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007..
RABELO, Kamila Santos de Paula. A avaliação da aprendizagem no processo de ensino em
geografia. Ateliê Geográfico. Goiânia – GO v.4, n. 12, p.222-249, dez/2010.
Anais - Goiás, v.1, n.1, p.58-62, ano 2013..
62