geologia - et@llcorp 2001

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GEOLOGIA
Subdivisão da Geologia:
- Geologia: um conjunto de fenômenos físicos, químicos, físico-químicos e
biológicos compõe seu complexo histórico.
- Geologia geral ou dinâmica: estudo da composição da estrutura e dos
fenômenos genéticos formadores da crosta terrestre. Duas diferentes fontes de
energia agem sobre a crosta: proveniente do Sol (dinâmica externa) e
proveniente do interior da Terra (dinâmica interna).
- Geologia histórica: estuda a evolução geral, ou seja, as modificações
estruturais, geográficas e biológicas ocorridas na história da Terra. Ex: deriva
dos continentes.
- Geologia ambiental: estudo dos problemas geológicos provocados pela
intervenção do homem. Ex: devastação.
A Terra em conjunto e a Litosfera
A Terra em conjunto:
- Forma: elipsóide. A maior elevação é o Everest (9000 m) e a maior
depressão é no Pacífico (11000 m).
- Densidade: deve ser maior no interior da Terra.
- Volume: 1.083.320 . 106 Km3.
- Massa: 6 . 10-27 g (1/332.500 da massa do Sol)
- Constituição interna do globo terrestre: a constituição interna é diferente
da constituição da crosta (que possui verias camadas).
- Meteoritos: corpos metálicos ou rochosos provenientes do espaço, que
caem na superfície terrestre. Sofrem atrito com a atmosfera, podendo exibir
estrias ou material vitrificado. Origem dos meteoritos: a partir da desagregação
de diversos planetas do sistema solar.
- Temperatura no interior da Terra: aumenta progressivamente para o
interior da Terra.
- Idade da Terra: cerca de 5 bilhões de anos.
A Litosfera:
- Litosfera: parte consolidada da Terra. Regiões continentais formadas pr
sial (superior e rica em silício e alumínio) e sim (inferior e rico em silicatos de
magnésio). A região que compreende sial e sima te aproximadamente 35 a 50
km de espessura. Regiões oceânicas são formadas apenas por sima.
- Constituição litológica da crosta externa: rochas que podem ser
magmáticas, metamórficas e sedimentares.
- Rochas magmáticas: 95% do total da crosta, mas ocupam 25% da
superfície. Podem se transformar em rochas metamórficas.
- Rochas sedimentares: 75% da superfície da crosta.
- Constituição química da crosta: 8 elementos básicos: O, Si, Al, Fe, Ca,
Na, K e Mg. Sendo que o O ocupa 90% do espaço.
Minerais e Rochas:
- Mineral: elemento resultante de processos inorgânicos, de composição
química definida e encontraod naturalmente na corsta terrestre. Em geral são
sólidos, com exceção da água e do mercúrio.
- Rocha: conjunto de minerais, não há necessidade de ser consolidado.
Ocorrem em extensões consideráveis na crosta terrestre. Rocha não consolidada:
areia e argila.
Minerais:
Propriedades físicas dos minerais:
- Estrutura: quase todos ocorrem no estado cristalino. Os cristais podem ter
formas diferentes: cúbica, trigonal, tetragonal, hexagonal, rômbica, monoclínico
e triclínico.
- Clivagem: propriedade que a substância cristalina têm em dividir-se em
planos paralelos.
- Dureza: resistência do mineral à penetração de uma ponta aguda que tenta
riscar o mineral.
- Peso específico: é o número que indica quantas vezes um certo volume de
mineral é mais pesado que um mesmo volume de água destilada à 4˚C.
Propriedades ópticas dos minerais:
- Brilho: capacidade de reflexão da luz incidente. Metálico: minerais não
transparentes opacos (pirita). Não-metálico: minerais transparentes e
translúcidos (diamante).
- Cor: depende da absorção seletiva da luz.
Propriedades químicas dos minerais: os minerais podem consistir de apenas um
elemento químico ou não.
- Polimorfismo: diferentes minerais possuem a mesma composição
química, mas formas cristalinas diferentes. Ex: carbono que pode se cristalizar
sob a forma de diamante ou grafita.
- Isomorfismo: vários minerais de composição química diferente se
cristalizam da mesma forma. Ex: feldspatos.
Os principais minerais:
- Feldspatos: grupo mais importante como constituintes das rochas.
Translúcidos ou opacos e podem ter cirstais mistos de 3 componentes: potássico,
sódico e cálcico. (60%).
- Piroxênios e anfibolitos: são prismáticos ou granulares, de cor quase preta
(17%).
- Quartzo: várias cores. Têm brilho vítreo, transparente ou opaco. Mineral
mais comum na superfície do globo terrestre, entre as rochas sedimentares, pois
têm alta resistência química e física (12%).
- Micas: minerais com ótima clivagem laminar e boa elasticidade.
Muscovita (mica branca) e biotita (mica preta) (14%).
Rochas:
- Rocha: agregado formado por um ou mais minerais.
- Rochas magmáticas: provém da consolidação do magma. Originam as
rochas sedimentares e metamórficas.
- Condições geológicas: a condição geológica do local onde as rochas
magmáticas são formadas interferem na textura das rochas que podem ser
intrusivas, com textura granular, ou extrusivas. As rochas extrusivas, por seu
rápido resfriamento, formam o vidro vulcânico, ou os gases contidos na lava
podem se expandir formando uma rocha esponjosa. As hipabissais (rochas
intermediárias, ou seja, estão entre as intrusivas e extrusivas) formam-se quase
na superfície com textura microcristalina.
- Granito: rocha magmática mais comum. É o substrato da crosta siálica.
- Rochas sedimentares: formadas a partr do material originado da
destruíção erosiva de qualquer tipo de rocha que é posteriormente depositado em
algum ambiente de sedimentação. Critério de classificação: ambiente, tipo de
sedimentação, constituição mineralógica ou tamanho das partículas.
- Sedimentos clásticos: formados de fragmentos de rochas pré-existentes.
Macroclásticos: psefitos (seixos que são maiores que grãos de areia);
microclásticos: pelitos (grãos do tamanho dos grãos de silte e argila).
Intemperismo:
- Crosta terrestre: as rochas podem sofrer decomposição, formando o manto
de intemperismo ou regolito.
- Regolito: material arenoso ou argiloso que recobre regiões como o
deserto.
- Intemperismo: conjunto de processos que ocasionam a decomposição dos
minerais das rochas, graças a ação de agentes atmosféricos e biológicos.
- Climatologia: estudo do clima; fatores que apresentam relação com o
intemperismo.
Desintegração física:
- Variação da temperatura: ocasiona variação do volume.
- Água da precipitação atmosférica: os gases dissolvidos nessa água podem
provocar chuva ácida que tem ação corrosiva sobre as rochas.
- Evolução intempérica de uma rocha: 3 estágios: 1˚ é o ataque químico aos
minerais. 2˚ os minerais são decompostos mas a textura da rocha permanece. 3˚
decomposição total das rochas, ocorrendo a formação dos solo.
- Processos de decomposição química: oxidação, redução, hidrólise,
hidratação, decomposição pelo ácido carbônico e dissolução.
- Decomposição por oxidação: pode ser promovida tanto por agentes
orgânicos como inorgânicos, resultantes principalmente do metabolismo de
bactérias. Elementos mais suscetíveis de oxidação durante o intemperismo:
carbono, nitrogênio, fósforo, ferro e manganês.
- Decomposição pela redução: através do gás sulfídrico ocorre redução de
certas jazidas metalíferas.
- Decomposição por hidrólise e hidratação: ocorre primeiro a hidratação e a
hidrólise dessa água vai decompor os minerais.
- Cristalização de sais: os sais são trazidos do fundo à superfície pelas
poucas águas precipitadas e que sobem novamente à flor da terra graças ao
capilar. Os sais que se cristalizam na superfície formam as eflorescências.
- Congelação: a água inclusa nas fendas das rochas exerce uma força
expansiva (quando se congela). Quanto maior o número de poros preenchidos
pela água maior é a atividade destrutiva.
- Agentes físico-biológicos: a pressão do crescimento das raízes e vegetais
pode provocar a desagregação de uma rocha, desde que possuam fendas por
onde penetram as raízes. Os ventos que balançam as árvores também são ativos,
afrouxando as rochas fendilhadas, facilitando a penetração dos agentes químicos
provenientes inclusive das próprias raízes, mas também de alguns animais como
minhocas, cupins e formigas.
Decomposição química:
- Decomposição química: reação química entre rochas e soluções aquosas
diversas.
- Decomposição pelo ácido carbônico: gás carbônico mais água resulta no
ácido carbônico. Ele é um ácido fraco, mas é o agente mais importante no
intemperismo químico, pois age sobre os feldspatos.
- Dissolução: ocorre através dos ácidos principalmente.
Decomposição químico-biológica:
- Atividade orgânica: começa primeiro com a ação de bactérias e fungos
microscópicos, depois os liquens, algas e musgos. Os produtos do metabolismo
desses organismos são incorporados no solo, atingindo embaixo da rocha, em
vias de ataque químico.
Formação do solo:
- Solo: produto final do intemperismo das rochas.
Águas continentais de superfície:
Rios:
- Generalidades: os rios são formados pelas águas de correntes que brotam
nas fontes, mais as águas de chuvas que se escoam e se ajuntam. A configuração
de um rio e a sua velocidade dependem de diversos fatores, como a topografia, o
regime pluviométrico, a constituição litológica das rochas erodidas pelo rio e o
estado erosivo do rio.
- Erosão fluvial: no curso superior do rio predomina a atividade erosiva e
transportadora. Os detritos resultantes dessas atividades depositam-se,
aumentando o leito dos rios.
- Fases de um rio: fase juvenil, madura e senil. Juvenil: excesso de energia,
o transporte erode em profundidade (forma de V agudo). Madura: a energia é
suficiente somente para o transporte e não para a erosão (forma de U). Senil:
com a deposição de detritos, o vale se alarga formando uma extensa planície
onde meandra o rio. Essas três fases recebem o nome de ciclo de erosão. Nível
de base: onde cessa o trabalho erosivo.
- Sedimentação fluvial: ocorre pela diminuição da velocidade do rio. Os
primeiros sedimentos são os depósitos de piemonte, se forem litificados são
chamados fanglomerados. São raros os fósseis em tal tipo de sedimento.
- Tipos de depósitos fluviais: podem ocorrer nos vales ou no plano de
inundação.
- Deltas: sedimentação existente no local onde o rio desemboca no mar ou
num lago. Existem 3 camadas que se formam em diferentes profundidades:
1-“topset”: características litológicas semelhantes aos sedimentos
fluviais.
2-camada sub-aérea: freqüência de restos orgânicos, sobretudo de
origem vegetal. Entre os fósseis, podem ser tanto marinhos como
continentais
3-“bottomset” ou camada de fundo: características exclusivamente
marinhas.
Denudação:
- Agentes do intemperismo: destroem as rochas, reduzindo-as a solutos e
pequenas partículas.
- Denudação: conjunto de processos que agem na remoção e no
abaixamento de uma superfície elevada, pela interação de processos
intempéricos e erosivos. A denudação reduz montanhas e elevações, aplainando
as irregularidades até atingir uma superfície quase plana.
Atividades geológicas do gelo:
Geleiras:
- Gelo: agente geológico muito importante.
- Origem das geleiras: elas se formaram pelo acumulo sucessivo de neve,
que são conservados à uma baixa temperatura.
- Neve: forma-se pela cristalização do vapor de água no interior das nuvens.
Quanto mais fria, mais seco será o ar e menores serão os cristais de neve.
- Geleira: grandes e duradouras massas de gelo de locais onde a
precipitação de neve compensa a perda pelo degelo.
- Tipos de geleiras: alpino, continental e piemonte.
- Ablação: degelo superficial da geleira, pelo sol, ar quente ou chuva.
- Temperatura do gelo: aproximadamente -0,5˚C.
- Movimentos das geleiras: são lentos.
- Erosão e deposição do gelo: o poder erosivo do gelo puro é pequeno sobre
as rochas compactas. Mas os detritos rochosos que se acumulam numa geleira
funcionam como lixas.
Morena: detritos que se ajuntam na geleira.
Morena lateral: os detritos se acumulam nas regiòes laterais de uma
geleira.
Morena central: as laterais de duas geleiras encontram-se, reunindo-as
em uma geleira maior.
Morena basal: os fragmentos vão lentamente se afundando no gelo por
causa do peso da geleira.
- Depósitos glaciais: não ocorre alteração química pelo intemperismo.
- Tilito: rocha endurecida formada pelo acumulo dos detritos levados por
uma geleira.
- Varvitos: cada ciclo climático representado pelas lâminas clara e escura
recebe o nome de varve, que consolidado passa a se chamar varvito.
- Teorias sobre a glaciação: são 4 argumentos:
1-geográficos: fenômenos atmosféricos e oceânicos.
2-geofísicos: mudança de posição dos continentes.
3-astronômicos: movimentos da Terra em relação ao Sol.
4-cósmicos: o sistema planetário atravessa regiões frias, em sua
caminhada celeste.
Atividades geológicas do mar:
- Depósitos marinhos: conservam a maioria dos documentos pois não
sofrem com os processos de erosão.
- Área e topografia do fundo oceânico: 70% da superfície do globo. A
topografia do fundo dos oceanos é irregular.
 Margens continentais:onde há a plataforma continental (200m).
 Elevação continental: 2000 e 3000 metros.
 Assoalhos oceânicos: de 4000 a 6000 metros.
 Cordilheiras oceânicas: protuberâncias do manto superior, que fazem o
assoalho oceânico se afastar lado a lado das intrusões provindas da
parte superior do manto superior. Ocorrem também elevações
esparsas, de origem vulcânica, exemplo: Fernando de Noronha.
- Plataforma continental: profundidade de até 200m e largura média de
70km. Seu sedimento é formado principalmente por material arenoso, podendo
ocorrer seixos e rochas nas bordas externas.
Água do mar:
- Sais: contém 3,5% de sais dissolvidos na água do mar. Mas esse valor
pode ser alterado.
- Gases: gases atmosféricos se dissolvem na água dependendo da
temperatura da água e pressão do gás. Existe também a atividade de fotossíntese
de certos organismos marinhos.
- Temperatura: as águas sofrem pequenas variações de temperatura, a não
ser que haja influência das correntes marinhas. A profundidade também
influencia a temperatura.
- Luz: é muito importante para a vida vegetal no mar e no tipo de
sedimentação. Os animais de fundo são adaptados e a zona de vida intensiva é
uma região de apenas 80 metros de profundidade.
- Ondas: a energia do vento é transferida à água do mar pelo atrito,
formando as ondas. A erosão produzida pelas ondas ocasionou o surgimento dos
grãos de areia. As ondas removem partículas sedimentares finas, e as remove
através das correntezas.
- Marés: influenciada pela atração da Lua e secundariamente o Sol. É
bastante ativa nas zonas de mangue.
- Correntes marinhas: causas principais são intrínsecas ou extrínsecas.
Intrínsecas: temperatura e salinidade que alteram a densidade da água.
Extrínsecas: vento, pressões barométricas e forças das marés.
- Erosão marinha: ocorre principalmente na região costeira (nos costões).
Nas praias o efeito é nulo.
Regiões marinhas:
- Região litorânea: profundidade de poucos metros, é atingida pelas marés.
São intensas as atividades construtivas e destrutivas das ondas e marés.
- Região nerítica: profundidade de cerca de 200 metros, tem relação das
condições do continente. Essa região é importante pois a grande maioria dos
sedimentos marinhos foram formados nesta região, inclusive sedimentos
petrolíferos.
- Região batial: profundidade de 1000 metros. Com vida reduzida.
- Região abissal: profundidade maior que 1000 metros. A vida é escassa e
pouco conhecida. Animais adaptados. A sedimentação da região é de restos de
esqueleto e lama.
- Região pelágica: local de maior intensidade de vida, que é o fator de
maior importância na sedimentação marinha.
Atividades destrutivas do mar:
- É bastante intensa no litoral. O mar trabalha incessantemente, tendendo a
arrasar e nivelar os costões, transformando-os em praias extensas, onde équase
nulo o efeito de erosão das ondas.
Atividades construtivas do mar:
- Decomposição: ocorre em toda a área ocupada pelo mar. Os componentes
dos depósitos podem ter origem clástica, orgânica ou química.
- Componentes clásticos: procedem das regiões continentais, sendo
transportadas para o mar por vários fatores como o vento.
- Componentes de origem iônica: sais dissolvidos trazidos pelos rios.
- Componentes de origem orgânica: restos orgânicos contribuem para a
sedimentação marinha.
- Bentos: conjunto de seres viventes que habitam no fundo do mar. Quando
são fixos: sésseis. Quando não são fixos são chamados vágeis.
- Necto: seres que nadam ativamente.
- Composição química: carbonato de cálcio sob a forma de calcita
(foraminíferos e equinodermos) ou aragonita (cefalópodes e algas verdes).
Também são encontradas substâncias como fosfato de cálcio, apatita e sílica
(diatomáceas).
Atividades geológicas do gelo:
- Organismos: podem agir no trabalho geológico de modo destrutivo ou
construtivo. A ação destruidora é importante para a formação dos solos. Agentes
protetores como por exemplo a vegetação que fixa as dunas e protege o solo dos
mangues.
- Agentes construtivos: deposição de restos animais para a formação das
rochas e também combustíveis fósseis. Rochas de origem orgânica – biólitos
(diatomitos). Caustólitos: combustíveis, acaustobiólitos: não combustíveis.
- Carvão mineral: substância sólida formada pela decomposição parcial de
restos vegetais (incarbonização).
Constituição dos depósitos carbonosos:
- Turfa: primeiro estádio de formação do carvão. Detritos vegetais enchem
uma depressão qualquer – depressão rasa – invasão de gramíneas – os restos
vegetais cobertos por água formam a turfa.
- Linhito: ácidos húmicos e outros produtos da decomposição de restos
vegetais vão perdendo parte do oxigênio, aumentando o teor de carbono – as
resinas se enriquecem e dessa forma ocorre o linhito, que é mais compacto que a
turfa.
- Carvão e antracito: pressão e temperatura aumentam pela deposição de
novos sedimentos sobre o linhito. Isso faz com que o linhito se transforme em
carvão de pedra ou hulha. Aumentando mais ainda as condições de pressão e
temperatura, a hulha se transforma em antracito e finalmente em grafita.
- Componentes do carvão: o carvão não é homogêneo. Possui vitrita (parte
dura que não suja as mãos), fusita (fibroso), durita (sólido e espessura variável),
exinita (resinoso) e a Clarita (vitrita mais exinita).
- Betume: combustível formado de hidrocarbonetos. Ocorrem
primariamente associados a rochas sedimentares. Betumes sólidos: asfalto
natural. Betumes líquidos: petróleo. Betumes gasosos: gás natural.
- Petróleo: mineralóide associado as rochas sedimentares. Sua viscosidade
depende da composição de hidrocarbonetos. Quanto mais profundo o petróleo,
mais fluido ele é.
- Origem do betume: tanto animal como vegetal.
- Ambiente de formação do petróleo: necessita de um ambiente propício a
uma vida intensa, proteção contra a oxidação e contra a destruição bacteriana.
- Organismos mais freqüentes: dinoflagelados e diatomáceas são os mais
comuns entre os vegetais. Os animais mais freqüentes são os foraminíferos e
pequenos crustáceos. A lama resultante da sedimentação orgânica recebe o
nome de sapropel, que quando litificados se transformam em sapropelitos.
Condições para que se forme um jazida petrolífera economicamente
explorável:
- Existência da rocha-mãe ou rocha geradora.
- Condições propícias de pressão e temperatura à transformação química e
bioquímica dos componentes orgânicos em hidrocarbonetos.
- Processos migratórios. Água e espaços intercomunicáveis.
- Rocha reservadora com boa porosidade e permeabilidade, para que o
petróleo escorra livremente. Também deve haver a rocha protetora acima da
reservadora, para impedir o escape dos fluidos.
- Estruturas acumuladoras.
Magma:
- A zona magmática ocorre no substrato da crosta consolidada
(aproximadamente 30 km com exceção das regiões vulcânicas). O magma é uma
mistura de substâncias no estado de fusão, sendo umas mais e outras menos
voláteis. O magma que atinge a superfície terrestre recebe o nome de lava.
- Vulcanismo: atividade magmática que atinge a superfície.
- Plutonismo: teto consolidado da crosta que prende o magma dentro da
crosta sólida.
Características do magma:
- Constituição: soluções complexas dentro da crosta terrestre. O magma
contém diversas substâncias, geralmente pouco voláteis e com elevados pontos
de fusão. Predominam os silicatos, os óxidos e os compostos voláteis,
principalmente a água. O magma é uma mistura de silicatos com gases
dissolvidos. Os voláteis só interferem no processo final de solidificação do
magma, modificando as propriedades gerais do sistema como na associação
mineralógica resultante.
- Temperatura do magma: varia, na superfície, de 870 a 1160˚C e em
grandes profundidades de 800 a 900˚C.
- Viscosidade do magma: depende da sua temperatura e composição
química. Magma ácido é rico em sílica, é mais viscoso que o magma básico que
é pobre em sílica e tem consistência de óleo de oliva.
- Elementos voláteis do magma: o principal elemento é a água. Além do
enxofre, o ferro pode se depositar a partir de emanações vulcânicas. Nos
magmas de profundidade existe: flúor (responsável pela formação dos topázios),
boro (turmalinas), berílio (berilos), estanho (cassiterita), tungstênio (volframita)
e o nióbio (tantalita).
- Resfriamento do magma: uma massa de magma a km de profundidade,
emitindo seu calor, começa a se resfriar lentamente, podendo formar uma rocha
plutônica, que é uma rocha magmática de profundidade. Nesse processo de
consolidação vão se formando minerais.
- Lava: a sua velocidade depende da sua viscosidade e também de outros
fatores menos importantes como as condições topográficas do terreno. Lavas
viscosas são lavas ácidas ricas em sílica. Lavas fluidas são lavas básicas pobres
em sílica. Quando as lavas viscosas consolidam-se rapidamente, não dá tempo
para a formação de cristais, formando então o vidro vulcânico chamado
obsidiana. Quando as condições de pressão e temperatura são favoráveis à
expansão dos gases da lava, forma-se uma espuma que se consolida formando a
pedrapome.
- Resfriamento da lava: como a crosta escoriácea é um péssimo condutor
térmico, a lava demora muitos anos para conseguir seu resfriamento total.
- Material piroclástico: produtos soltos produzidos pelas atividades
vulcânicas. Tufo vulcânico é favorável à fossilização.
- Bloco: um tipo de material piroclástico. Saem do vulcão já no estado
sólido, como fragmentos de lava consolidada ou de rochas encaixantes. Têm
mais que 5 cm de diâmetro.
- Bombas: massas de lava consolidadas durante a trajetória no ar que
adquirem a forma de projétil.
- Lapilli: são ejetólitos de lava com tamanho de noz a ervilha. Podem
chegar à superfície no estado sólido ou ainda no pastoso. Forma-se o cabelo de
Pelé.
Nos estádios iniciais da consolidação magmática, cristaliza-se a maior
parte dos silicatos. Os primeiros minerais que se formam são os acessórios. Os
voláteis continuam não interferindo na consolidação. Com o processo de
consolidação, as condições mudam e a rocha resultante do magma altamente
rico em voláteis é denominada pegmatito.
Após esse estádio, formam-se depósitos de soluções residuais, contendo
água, sílica e um grande número de elementos metálicos nas rochas percoladas.
Se o teto não resistir à pressão dos vapores da fusão residual, ocorre o
fraturamento do teto até a superfície, ocasionando o vulcanismo. A energia do
magma derramado diminui lentamente pela perda dos gases e pelo resfriamento,
terminando lentamente sua atividade explosiva, consolidando-se.
- Diferenciação magmática: fenômeno da formação das rochas magmáticas
a partir de um ou dois tipos apenas de magma. Os processos de diferenciação
podem ser realizados durante a fase líquida ou mista.
- Imiscibilidade de líquidos: muitos líquidos são imiscíveis em altas
temperaturas, à medida que a temperatura vai decrescendo, ambos os líquidos
vão se separando cada vez mais, até uma determinada temperatura na qual a
imiscibilidade é completa.
- Diferenciação gravitativa: os primeiros cristais formados no magma
podem estar na parte inferior ou superior do magma, dependendo da densidade
dos cristais formados.
- Diferenciação por convecção: os primeiros cristais formados no magma se
concentram pelo movimento de convecção, formando bandas concêntricas,
dispostas no corpo magmático.
- Diferenciação por filtração e prensagem: forma-se um emaranhado de
cristais com líquido residual preenchendo os espaços. Esse líquido pode ser
expulso e como conseqüência da pressão, esse emaranhado se transforma em
dois tipos de rochas.
- Assimilação: ocorre quando o magma pode reagir (dissolver) com um
determinado mineral.
Vulcanismo:
- Todos os processos e eventos que permitem e provocam a ascenção de
material magmático, juvenil, do interior de terra à superfície terrestre. Este
material juvenil pode ocorrer em estado gasoso, líquido e sólido.
- Edifício vulcânico: o tipo mais comum é o extrato vulcão. Existe a câmara
magmática, a chaminé e a cratera. A montanha propriamente dita é formada pelo
acúmulo de fragmentos intercalados com lavas.
- Forma e constituição dos edifícios vulcânicos: o material das profundezas
da crosta terrestre acumula-se ao redor do conduto, formando montanhas em
forma de cone, mas o vento e a erosão podem alterar essa forma nos vulcões.
- Altura das montanhas vulcânicas: pode e varia de acordo com o vulcão, e
a altura de um vulcão não aumenta indefinida e continuamente com as
atividades, o edifício vulcânico é muitas vezes destruído parcialmente.
- Cratera: boca afunilada que se forma pela explosão que ocorre no início
da atividade de certos vulcões. Depois de uma erupção maior, a cratera torna-se
funda em relação ao diâmetro e com as paredes abruptas. Às vezes ocorre
abatimento de parte da cratera.
 Cratera de acumulação: acúmulo de material expulso da chaminé.
 Cratera de explosão: a rocha preexistente foi pulverizada pela força
expansiva dos gases que se acumulam na lava aprisionada no interior
do vulcão.
 Cratera de abatimento: colapso do edifício vulcânico, que pode perder
o apoio interno. Determina a formação das caldeiras.
- Caldeira: o material fornecido por um vulcão, seja sob forma de lava ou
de tufos, muitas vezes atinge muitos quilômetros cúbicos. A grande maioria das
caldeiras é originada pelo abatimento.
- Tipos de atividades vulcânicas: caracteriza-se pelo mecanismo de
erupção, natureza do material expelido e pela disposição ou localização dos
edifícios vulcânicos.
- Atividades iniciais: primeiras atividades em regiões destituídas de
edifícios vulcânicos.
- Atividades de ejeção e derramamento de lava: a expansão dos gases
provoca explosões, formando blocos, bombas ou lapillis. Essas atividades
podem ser rítmicas ou não.
- Atividade vulcânica: caracteriza-se pela alternância de longas fases de
repouso com erupções violentas e repentinas (escape de gases, lançamento de
material piroclástico, derrame de lavas viscosas).
- Lagos de lava: formam-se em vulcões com formato tipo escudo. Sua
cratera é em forma de caldeira.
- Efusão lenta: a lava preenche a cratera ou quebra os flancos (efusão
lateral) da montanha e derrama-se, só que essa lava é muito viscosa, por isso,
lenta. A lava viscosa pode endurecer na cratera (Monte Pelado).
- Nuvens ardentes: origina-se dos gases retidos numa lava. A auréola
gasosa envolve a lava, tornando-a “rápida”.
- Erupção linear: em certos locais da crosta, podem-se abrir fendas que se
atingirem e região magmática manifesta atividades vulcânicas explosivas ou
efusivas.
- Materiais produzidos pelas atividades vulcânicas: lavas, materiais
piroclásticos (fragmentos), gases vulcânicos (exalações), cinza (fragmentos
muito finos).
- Exalações de gases vulcânicos: vapores e gases produzidos pelas
atividades vulcânicas.
 Fumarola: 800 a 200˚C. Gases: hidrogênio, cloro, enxofre,
nitrogênio, carbono e oxigênio.
 Solfataras: 200 a 100˚C. Gases: vapor d’água, gás carbônico e
enxófre.
 Mofetas: gás carbônico frio quase seco com água formando fontes
ácidas.
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