Normas Gramaticais da Língua Portuguesa – AULA 5

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Normas Gramaticais da Língua
Portuguesa – AULA 5
Temas:
– Concordância
– Regência Nominal e
Verbal
Concordância
• Concordância consiste na correta combinação
entre pronomes e/ou substantivos com
adjetivos em relação a gênero, número e grau,
a chamada concordância nominal, e na
correta conjugação do verbo em relação ao
sujeito, isto, a concordância verbal.
Concordância Nominal
REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o
pronome, concordam em gênero e número com o
substantivo.
- A pequena criança é uma gracinha. (substantivo e
adjetivo estão no feminino singular)
- Os garotos que encontrei eram muito gentis e
simpáticos. (substantivo e adjetivos estão no masculino
plural)
Concordância Nominal
CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem à
regra geral, mostrada anteriormente.
a) Um adjetivo após vários substantivos
1 – Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o
plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
Concordância Nominal
2 – Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural
masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Ela tem pai e mãe louros.
- Ela tem pai e mãe loura.
3 – Adjetivo funciona como predicativo: vai
obrigatoriamente para o plural.
- O homem e o menino estavam perdidos.
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
Concordância Nominal
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
1 – Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais próximo.
Comi delicioso almoço e sobremesa.
Provei deliciosa fruta e suco.
2 – Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o
plural.
Estavam feridos o pai e os filhos.
Estava ferido o pai e os filhos.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
1- antecede todos os adjetivos com um artigo.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
2- coloca o substantivo no plural.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
Concordância Nominal
d) Pronomes de tratamento
1 – sempre concordam com a 3ª pessoa: Vossa santidade esteve no Brasil.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
1 – Concordam com o substantivo a que se referem:
As cartas estão anexas.
A bebida está inclusa.
Precisamos de nomes próprios.
Obrigado, disse o rapaz. / Obrigada, disse a moça.
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
1 – Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no plural.
Renato advogou um e outro caso fáceis.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
Concordância Nominal
g) É bom, é necessário, é proibido
1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante.
Canja é bom. / A canja é boa.
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proibida.
h) Muito, pouco, caro
1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
Comi muitas frutas durante a viagem.
Pouco arroz é suficiente para mim.
Os sapatos estavam caros.
2- Como advérbios: são invariáveis.
Comi muito durante a viagem.
Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
Comprei caro os sapatos.
Concordância Nominal
i) Mesmo, bastante
1- Como advérbios: invariáveis
Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
2- Como pronomes: seguem a regra geral.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
j) Menos, alerta
1- Em todas as ocasiões são invariáveis.
Preciso de menos comida para perder peso.
Estamos alerta para com suas chamadas.
Concordância Nominal
k) Tal Qual
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o consequente.
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
l) Possível
1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”,
acompanha o artigo que precede as expressões.
A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade.
Concordância Nominal
m) Meio
1- Como advérbio: invariável.
Estou meio insegura.
2- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia laranja pela manhã.
n) Só
1- apenas, somente (advérbio): invariável.
Só consegui comprar uma passagem.
2- sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas.
Concordância Verbal
1) Sujeito simples
REGRA GERAL:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em
número e pessoa.
Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural
para concordar com o sujeito (nós).
Concordância Verbal
CASOS ESPECIAIS:
a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular.
Ex.: A multidão gritou pelo rádio.
Atenção: Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir
para o plural.
Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no
singular ou vai para o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à
excursão.
Concordância Verbal
c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª
pessoa (do singular ou do plural).
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.
d) O sujeito é o pronome relativo "que" – o verbo concorda com o
antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.
e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª
pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.
Concordância Verbal
f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de...,
quantos de..., etc. - o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou
indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós).
Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me punireis?
Dicas: Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda
com eles em pessoa e número.
Ex.: Qual de vós me punirá?
g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o sujeito não vier
precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o
verbo concordará com o artigo.
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência
mundial.
Concordância Verbal
h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca
de..., etc. – o verbo concorda com o numeral.
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não
compareceram à aula.
i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande
parte, etc. - o verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no
plural (concordância atrativa).
Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram.
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo
poderá ser usado no singular ou plural, se este vier afastado do substantivo.
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A
gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.
Concordância Verbal
2) Sujeito composto
REGRA GERAL
O verbo vai para o plural.
Ex.: João e Maria foram passear no bosque.
CASOS ESPECIAIS:
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes - o verbo
ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Concordância Verbal
Atenção: No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira
pessoa.
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o
núcleo mais próximo do verbo.
Ex.: Irei eu e minhas amigas.
b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por “e” - o
verbo concordará com os dois núcleos.
Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.
Atenção: Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o
núcleo mais próximo do verbo.
Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.
Concordância Verbal
c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá
ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade
não o ajudava a se concentrar.
d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar com todos os
núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo.
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar
bastava.
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo
concordará com o aposto resumidor.
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.
Concordância Verbal
f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro... - o verbo poderá
ficar no singular ou no plural.
Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo irá para o singular quando a ideia for
de exclusão, e para o plural quando for de inclusão.
Exemplos:
Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)
A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim... como/ não só...
mas também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja
aceitável se os núcleos estiverem no singular.
Exemplos:
Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo.
Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.
Concordância Verbal
OUTROS CASOS:
1) Partícula “SE”:
a - Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o
sujeito passivo.
Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.
b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará,
obrigatoriamente, no singular.
Exemplos:
Precisa-se de secretárias.
Confia-se em pessoas honestas.
Concordância Verbal
2) Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa
do singular.
Exemplos:
Havia sérios problemas na cidade.
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Deve haver sérios problemas na cidade.
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.
Dicas: Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais. O
verbo existir não é impessoal, veja:
Existem sérios problemas na cidade.
Devem existir sérios problemas na cidade.
Concordância Verbal
3) Verbos dar, bater e soar
Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...), e com ele
devem concordar.
Exemplos:
O relógio deu duas horas.
Deram duas horas no relógio da estação.
Deu uma hora no relógio da estação.
O sino da igreja bateu cinco badaladas.
Bateram cinco badaladas no sino da igreja.
Soaram dez badaladas no relógio da escola.
4) Sujeito oracional
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na pintura.
Concordância Verbal
5) Concordância com o infinitivo
a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração:
- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo átono.
Ex.: Esperei-as chegar.
- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome átono e se o verbo da
oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e
sinônimos).
Exemplos:
Mandei sair os alunos.
Mandei saírem os alunos.
- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome átono e determinante
de verbo não causativo nem sensitivo.
Ex.: Esperei saírem todos.
Concordância Verbal
b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto
- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio.
Ex.: Passamos horas a comentar o filme. (comentando)
- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração principal.
Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu) responderes, (tu) lerás o texto.
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e está
indicado por algum termo do contexto.
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos.
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e não
está indicado por nenhum termo no contexto.
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.
Concordância Verbal
c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal
- não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal,
quando em virtude da ordem dos termos da oração, sua ligação com o verbo
auxiliar for nítida.
Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.
- é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo principal da locução
verbal, quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto.
Exemplos:
Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e reclamar
dela.
Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e
reclamarmos dela.
Concordância Verbal
6) Concordância com o verbo ser:
a - Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes: tudo, nada, isto,
isso, aquilo - o verbo “ser” ou “parecer” concordarão com o predicativo.
Exemplos:
Tudo são flores.
Aquilo parecem ilusões.
Dicas: Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.
Ex.: Aquilo é sonhos vãos.
b - O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos: que ou
quem.
Exemplos:
Que são gametas?
Quem foram os escolhidos?
Concordância Verbal
c - Em indicações de horas, datas, tempo, distância - a concordância será feita com a expressão
numérica
Exemplos:
São nove horas.
É uma hora.
Dicas: Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentende-se a palavra dia.
Exemplos:
Hoje são 24 de outubro.
Hoje é (dia) 24 de outubro.
d - Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o
pronome.
Ex.: Aqui o presidente sou eu.
Dicas: Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que
aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.
Ex.: Eu não sou tu
Regência Nominal
A regência nominal consiste na relação de dependência que se
estabelece entre certas palavras e alguns substantivos e adjetivos. Veja
os exemplos:
O diretor é afável com seus alunos.
O orador estava apto a responder a todas as questões.
Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) podem apresentar
problemas de regência, principalmente aqueles que admitem mais de
uma preposição. Apresentamos a seguir uma lista de palavras
acompanhadas de suas preposições mais frequentes.
Regência Nominal
Acostumado - a, com:
Estão acostumados a tanta miséria.
Já se acostumou com seu novo horário.
Já estamos acostumados a tantos obstáculos.
Adaptado - a:
Não nos consideramos adaptados à vida urbana.
Não me sinto adaptado à vida da cidade grande.
Aflito - com, por:
Ficou aflito com a insegurança da filha.
Ficou aflito por perceber a insegurança da filha.
Fiquei tão aflito com a notícia que comecei a gritar.
Alheio - a:
Permanecia imóvel, alheio a tudo.
Alheio ao barulho, ele continuava escrevendo.
Regência Nominal
Alienado - de:
Muitos rapazes fazem questão de se manterem alienados dos problemas
políticos.
Alusão - a:
O aluno fazia alusão à conferência do professor.
O presidente fazia alusão às iniciativas do ministro.
Análogo - a:
Seu discurso era análogo a sermão eclesiástico.
Sua proposta de trabalho era análoga à minha.
Apto - a, para:
Sentia-se apto a caminhar sozinho.
Considera-se apto para as provas finais.
Sentia-se apto a manejar o barco.
Regência Nominal
Atento - a, em:
Fiquem atentos às instruções.
Permaneciam atentos nos deputados.
Fique atento àquela luta de cães.
Aversão - a:
Ele tem aversão a lugares fechados.
Ávido - de, por:
A população parecia ávida de mexericos.
A população estava ávida por mexericos.
Curioso - de, por:
Sempre foi uma criança curiosa de [por] tudo.
Era um adolescente curioso das [pelas] descobertas científicas.
Regência Nominal
Imune - a:
Ninguém consegue ficar imune a esse vírus.
A vacina tornou-se imune ao vírus.
(In)Compatível - com:
Seu comportamento é totalmente incompatível com o nosso.
Sua atitude é compatível com os nossos princípios.
Passível - de:
Todos esses projetos são passíveis de críticas.
Preferível - a:
O desenho é preferível à física.
A vida é preferível à morte.
Regência Nominal
Residente - em:
Residente na cidade, nunca visitou o campo.
Vinculado - a:
O meu processo está vinculado a esse outro.
Sua conta bancária era vinculada à da esposa.
Vizinho - a, de:
Vizinho a (à) minha casa, há um antro de
mexericos.
Regência Verbal
Regência verbal é a relação de dependência entre
os verbos e seus complementos. Os verbos podem
ligar-se a seus complementos com a ajuda de
preposição (objeto indireto) ou sem a ajuda de
preposição (objeto direto). Alguns verbos
costumam apresentar problemas de regência, uma
vez que o uso popular se apresenta em desacordo
com a norma culta.
Regência Verbal
Aspirar
a) O verbo aspirar é transitivo direto quando significa tragar, sorver, inspirar.
Aspiramos um ar poluído.
É bom aspirar o perfume das flores.
Não aspira o pó.
b) O verbo aspirar é transitivo indireto quando significa pretender, desejar,
almejar.
Aspirava ao posto de general.
Aspiro ao cargo de diretor.
A funcionária aspirava ao cargo da chefia.
Regência Verbal
Assistir
a) O verbo assistir é transitivo direto quando significa ajudar, prestar assistência,
socorrer.
Os órgãos públicos assistem os menores carentes.
É dever das autoridades assistir os favelados.
O médico assistiu o doente daquela noite.
b) O verbo assistir é transitivo indireto quando significa ver, presenciar, estar presente.
Assistiram a tudo de olhos esbugalhados.
Assisto ao espetáculo circense.
Assisti ao jogo no Castelão.
c) O verbo assistir é transitivo indireto quando significa caber, pertencer.
Assisti-lhe todo o direito de falar.
É um direito que assiste a ele.
Tal direito assiste ao aluno.
d) O verbo assistir é intransitivo quando significa morar, residir, habitar.
O papa assiste no Vaticano.
O presidente assiste em Brasília.
Nossos parentes assistem em Coimbra.
Regência Verbal
Comunicar
O verbo comunicar é transitivo direto e indireto, sendo que o objeto direto é sempre
coisa, e o indireto é sempre pessoa:
Os vizinhos comunicaram o roubo à polícia.
O ministro comunicou a sua decisão ao presidente.
Esquecer
O verbo esquecer admite as seguintes construções:
a) verbo transitivo direto + objeto direto.
• Não esqueça o seu material, menino.
• Carlos, não esqueça o leitinho das crianças.
b) verbo pronominal + preposição de + objeto indireto.
• Não se esqueça do que combinamos.
• Haroldo esqueceu-se do recado.
c) sujeito + verbo transitivo indireto + objeto indireto.
• Nunca me esqueci do caso deste barbeiro.
Regência Verbal
Implicar
O verbo implicar é transitivo direto quando significa acarretar, causar.
• O desrespeito implica muitas vezes a violência.
• A desunião implica a briga.
Informar
O verbo informar admite as seguintes construções:
a) objeto direto (pessoa) + objeto indireto (fato mencionado).
• O governo acaba de informar os jornalistas do novo aumento do
combustível.
b) objeto indireto (pessoa) + objeto direto (fato mencionado).
• O governo acaba de informar aos jornalistas o novo aumento do
combustível.
Regência Verbal
Morar e residir
Os verbos morar e residir são intransitivos e exigem a preposição em.
• Ele mora na avenida da Universidade.
• Ele mora em Caucaia.
• Aquele rapaz reside na avenida José Bonifácio.
Namorar
O verbo namorar é transitivo direto e exige complemento sem preposição.
• Elias namora Cleide.
Obedecer e desobedecer
Os verbos obedecer e desobedecer são transitivos indiretos e exigem
complemento com preposição.
• O filho obedece ao pai.
• Aqui ninguém desobedece ao regulamento.
Regência Verbal
Pagar e perdoar
Os verbos pagar e perdoar obedecem às seguintes condições:
I. Se o complemento desses verbos for representado por “coisa”, será
um objeto direto.
II. Se o complemento for “pessoa” ou “coisa personificada”, será um
objeto indireto.
Vejamos um exemplo de cada situação:
I. O prefeito paga as contas da cidade.
II. Perdoava a todos, até ao assassino do filho.
Preferir
O verbo preferir exige dois complementos: um sem, outro com
preposição.
• Prefiro estudar a trabalhar.
Regência Verbal
Proceder
O verbo proceder é transitivo indireto, usado com a preposição a.
• A Caixa Econômica procedeu ao sorteio dos números da loto.
Responder
O verbo responder é transitivo indireto no sentido de dar resposta,
corresponder a uma pergunta.
• Você já respondeu à carta que recebeu ontem?
b) O verbo responder é transitivo direto no sentido de dizer em resposta.
• Respondeu que não aceitava a proposta.
Simpatizar
O verbo simpatizar exige a preposição com e não é pronominal.
• Ele simpatizou com aquela moça.
Regência Verbal
Chegar
O verbo chegar exige a preposição a e não a preposição em.
• Chegamos finalmente a Messejana.
• Chegamos ao GEO.
• Cheguei à casa da minha sogra.
• Cheguei a casa. (minha casa)
Voltar e ir
Os verbos voltar e ir, assim como o verbo chegar, são regidos pela preposição a.
• O motorista voltou à casa do empresário.
• O homem ia à casa do patrão.
Chegar e vir
Os verbos chegar e vir, quando indicam movimento, são regidos pela preposição a, e
nunca pela preposição em.
• Vieram a Curitiba no domingo.
• Quando cheguei a São Paulo, já passavam das oito.
Regência Nominal e Verbal
Vamos praticar nossa habilidade de reger corretamente os termos de uma
sentença? Complete as frases a seguir com as preposições adequadas. Passe
para o slide seguinte somente após completar as lacunas.
1. Você ainda está acostumado ______________ isso?
2. Alienado _____________ problemas sociais, só pensava em ganhar
dinheiro.
3. Sentia-se apto ____________ conduzir o veículo.
4. Fiquei curioso ____________ saber o fim da novela.
5. Permanecia atento ____________ ladrões.
6. Contar a verdade é preferível ______________ mentir.
7. Sua atitude é incompatível _____________ o ambiente.
8. Tuas ideias são compatíveis _____________ as minhas.
9. Ninguém está imune _____________ explosões de temperamento.
10. Nem bem havia se adaptado ______________ o novo trabalho, foi
despedido.
Regência Nominal e Verbal
Confira as respostas:
1. Você ainda está acostumado a isso?
2. Alienado de problemas sociais, só pensava em ganhar dinheiro.
3. Sentia-se apto a conduzir o veículo.
4. Fiquei curioso por saber o fim da novela.
5. Permanecia atento aos ladrões.
6. Contar a verdade é preferível a mentir.
7. Sua atitude é incompatível com o ambiente.
8. Tuas ideias são compatíveis com as minhas.
9. Ninguém está imune a explosões de temperamento.
10. Nem bem havia se adaptado ao novo trabalho, foi despedido.
Regência Nominal e Verbal
Vamos praticar mais um pouco nossa habilidade de reger
corretamente os termos de uma sentença? Preencha as lacunas,
conjugando os verbos entre parênteses, inserindo as preposições
adequadas, quando necessário. Passe para o slide seguinte somente
após completar as lacunas.
a) Esse aparelho não consegue (_________) todo o pó. (aspirar)
b) O governo (_________) os flagelados. (assistir)
c) (_________) todos o direito de viver e lutar. (assistir)
d) Ela agora (_________) Maranguape. (morar)
e) Eles (_________) colégio cedo. (chegar)
f) A carga (_________) avião. (chegar)
g) Ela (_________) rua dos Expedicionários. (morar)
h) Aníbal (_________) rua Epaminondas. (residir)
Regência Nominal e Verbal
Confira as respostas:
a) Esse aparelho não consegue aspirar todo o pó. (sentido de absorver,
não exige preposição)
b) O governo assistiu os flagelados. (sentido de ajudar, não exige
preposição)
c) Assiste a todos o direito de viver e lutar. (sentido de competir, exige
preposição “a”)
d) Ela agora mora em Maranguape. (exige preposição “em”)
e) Eles chegou ao colégio cedo. (exige preposição “em”)
f) A carga chegou ao avião. (exige preposição “em”)
g) Ela morar na rua dos Expedicionários. (exige preposição “em”)
h) Aníbal reside na rua Epaminondas. (exige preposição “em”)
NORMAS GRAMATICAIS DA
LÍNGUAS PORTUGUESA – AULA 5
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