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abnt-nbr-13545-movimentacao-de-cargas-manilhas

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DEZ 1999
NBR 13545
Movimentação de cargas - Manilhas
ABNT - Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
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Endereço eletrônico:
www.abnt.org.br
Copyright © 1999,
ABNT–Associação Brasileira de
Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Origem: Projeto NBR 13545:1999
ABNT/CB-07- Comitê Brasileiro de Navios, Embarcações e Tecnologia
Marítima
CE-07:100.14 - Comissão de Estudo de Acessórios de Movimentação de
Carga a Bordo
NBR 13545 - Lifting purposes - Shackles
Descriptors: Shackle. Lifting
Esta Norma substitui a NBR 13545:1995
Esta Norma foi baseada na ISO 2415:1987
Esta Norma dispõe de versão em inglês
Válida a partir de 31.01.2000
Palavras-chave: Manilha. Movimentação de carga
12 páginas
Sumário
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Formato e dimensões
5 Propriedades mecânicas
6 Materiais
7 Tratamento térmico
8 Dureza
9 Fabricação
10 Roscas
11 Ensaios de tipo
12 Ensaio de carga de prova
13 Certificado do fabricante
14 Marcação
15 Designação
Anexo A (normativo)
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS),
são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pública entre os
associados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma substitui a NBR 13545:1995, na qual foram feitas as seguintes alterações:
a) eliminação da coluna referente à versão em inglês, versão esta que se encontra impressa, separadamente, sob a
seguinte denominação: NBR 13545 - Lifting purposes - Shackles , e que pode ser adquirida nas Gerências Regionais
da ABNT.
Existindo qualquer dúvida de interpretação na versão em inglês, prevalecerá sempre o prescrito no texto original em
português;
b) mudança de capitulação para se aproximar da ISO, colocando-se os requisitos típicos do Brasil, em anexo;
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c) inclusão da manilha grau 10, semelhante ao grau B da norma americana Federal Specification RR-C-271D;
d) adoção da relação entre carga de prova e carga de trabalho da ISO 2415 e adoção da relação 2,5:1 entre carga de
ruptura mínima e carga de prova;
e) adoção dos diâmetros do pino da Federal Specification RR-C-271D metrificadas, com máximos e mínimos, e
permissão para uso de dispositivo para facilidade de manuseio na cabeça do pino tipo X das manilhas de diâmetro de
corpo maior ou igual a 76 mm;
f) alteração do critério de deformação para carga de prova de 0,25% ou 0,5 mm o que for maior para 1% ou 0,5 mm o
que for maior, excetuando-se para a altura interna da manilha;
g) aumento da resistência à fadiga de 10 000 ciclos para 20 000 ciclos limitada às manilhas de carga de trabalho de até
32 t;
h) permissão para verificação de carga de ruptura por cálculo apenas para manilhas de carga de trabalho maiores que
100 t;
i) eliminação da subseção sobre revestimento superficial.
1 Objetivo
Esta Norma especifica as características gerais, o desempenho e as dimensões críticas necessárias para a intercambiabilidade e compatibilidade com outros componentes de manilhas retas e curvas, em uma faixa de tamanhos com limites
de cargas de trabalho entre 0,63 e 200 t, e nos graus M (4), T (8) e 10.
No caso de manilhas retas para uso com ganchos de suspensão de aço forjado (ver ISO 4779 e 7597), pode ser necessário
o uso de componentes intermediários para se fazer a conexão.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos - Procedimento
ISO 261:1998 - ISO general-purpose metric screw threads - General plan
ISO 263:1973 - ISO inch screw threads - General plan and selection for screws, bolts and nuts - Diameter range 0.06 to
6 in
ISO 643:1983 - Steels- Micrographic determination of the ferritic or austenitic grain size
ISO 4779:1986 - Forged steel lifting hooks with point and eye for use with steel chains of grade M (4)
ISO 4948-1:1982 - Steels - Classification - Part 1: Classification of steels into unalloyed and alloy steels based on
chemical composition
ISO 6506-1:1999 - Metallic materials - Brinell hardness test - Part 1: Test method
ISO 6508-1:1999 - Metallic materials - Rockwell hardness test - Part 1: Test method (scales A, B, C, D, E, F, G, H, K, N,
T)
ISO 7597:1987 - Forged steel lifting hooks with point and eye for use with steel chains of grade T (8)
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições. Ver também figuras 1 e 2.
3.1 manilha: Acessório para movimentação ou fixação de carga, formado por duas partes facilmente desmontáveis,
consistindo em corpo e pino.
3.2 corpo: Uma das duas partes da manilha, consistindo em uma barra de seção adequada conformada ou forjada em um
formato apropriado e extremidades em forma de olhais coaxiais.
3.3 arco: Parte curva do corpo da manilha, oposta ao pino.
3.4 olhais: Extremidades do corpo da manilha com orifícios coaxiais para introdução do pino.
3.5 pino: Barra reta de seção circular que passa através dos olhais, ficando firme quando em posição e podendo ser
facilmente desmontado (ver figuras 1, 2 e 3).
3.6 manilha reta: Manilha cujo arco forma um semicírculo de raio interno igual à metade da abertura entre olhais.
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3.7 manilha curva: Manilha cujo arco forma um setor circular maior que um semicírculo, possuindo por conseguinte o
raio interno maior do que a metade da abertura entre olhais.
3.8 carga de ruptura: Força máxima atingida no ensaio estático de tração de uma manilha, constituindo o limite a partir
do qual a manilha é incapaz de sustentar a carga.
3.9 carga de ruptura mínima: Força mínima que a manilha deve suportar sem que haja rompimento.
A manilha deve ser capaz de sustentar a carga sob a ação dessa força.
3.10 carga de prova,
F e:
Força aplicada, como ensaio, em uma manilha acabada, conforme especificado na seção 12.
3.11 carga de trabalho (CT): Massa máxima que uma manilha está projetada para sustentar em serviços gerais.
4 Formato e dimensões
4.1 Manilhas retas
As dimensões de manilhas devem ser conforme os requisitos da figura 1 e tabela 1.
4.2 Manilhas curvas
As dimensões de manilhas curvas devem ser conforme os requisitos da figura 2 e tabela 2.
4.3 Diâmetro do furo
O diâmetro do furo ou furos não-rosqueado(s) no corpo da manilha não deve ultrapassar os seguintes valores:
a) diâmetro do furo para pinos de até 20 mm de diâmetro inclusive: D + 1 mm;
b) diâmetro do furo para pinos entre 20 mm e 45 mm inclusive: D + 1,5 mm;
c) diâmetro do furo para pinos maiores que 45 mm: 1,05 x D.
Onde D é o diâmetro efetivo do pino.
4.4 Tipos de pinos de manilhas
Os pinos roscados de manilhas mostrados na figura 3 apenas ilustram exemplos típicos de pinos, sendo aceitas outras
formas adequadas.
Os pinos ilustrados são dos seguintes tipos:
- tipo W: pino rosqueado com olhal e colar (ver figura 3a);
- tipo X: parafuso com cabeça e porca sextavadas e contrapino (ver figura 3b).
Outros tipos de pinos são designados como tipo Z para os efeitos do sistema de designação (ver seção 15).
5 Propriedades mecânicas
5.1 Geral
As propriedades mecânicas das manilhas quanto às cargas de prova e de ruptura devem ser conforme especificado nas
tabelas 1 e 2.
5.2 Carga de prova
Cada manilha, ensaiada conforme 11.2, deve ser capaz de sustentar a carga de prova especificada na tabelas 1 e 2, sem
que ocorra uma deformação permanente maior do que 1% da dimensão inicial ou 0,5 mm, valendo o que for maior, e sem
sofrer um aumento da dimensão efetiva, L, do corpo da manilha ou de uma dimensão semelhante medida entre as
marcas de punção nos olhais e no arco, que ultrapasse 0,25% ou 0,5 mm, valendo o que for maior. O pino, após o
afrouxamento, deve girar livremente.
5.3 Carga de ruptura
A carga de ruptura de cada manilha, ensaiada conforme 11.3, deve ser no mínimo igual àquela especificada nas tabelas 1 e 2, sem sofrer fratura ou distorção ao ponto de a manilha tornar-se incapaz de sustentar a carga.
Após o ensaio, cada manilha deve apresentar evidência de deformação.
5.4 Resistência à fadiga [graus T (8) e 10]
As manilhas com um limite de carga de trabalho de até 32 t, inclusive, quando ensaiadas em conformidade com 11.4,
devem, após no mínimo 20 000 ciclos, ser capazes de sustentar a carga.
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Figura 1 - Dimensões de manilhas retas
Tabela 1 - Manilha reta
Carga de trabalho Diâmetro Abertura Comprimento
do corpo
entre
interno
(ref.)
tol. ± 5%
olhais
tol. ± 5%
t
mm
mm
mm
Diâmetro do
pino
D
mm
Máx.
Mín.
Diâmetro
externo
do olhal
Carga de
prova
Carga de
ruptura mínima
mm
kN
kN
Grau
M(4)
0,25
Grau
T (8)
0,5
d
W
L
emax.
17
Grau
M(4)
5
Grau
T(8)
10
Grau
M(4)
12,5
Grau
T(8)
25
6
11
22
8
7,7
0,4
0,8
8
14
28
10
9,3
21
8
16
20
40
0,6
1,2
9,5
17
34
13
12,4
28
12
24
30
60
1,0
2,0
13
21
44
16
15,5
35
20
40
50
100
1,6
3,2
16
26
55
19,2
18,7
42
32
64
80
160
2,5
5,0
19
33
69
23
21,9
50
50
100
125
250
3,2
6,3
22
37
78
26
24,9
56
64
126
160
320
4,0
8,0
25
42
87
29
27,9
63
80
160
200
400
5,0
10
28
46
97
32
31,0
70
100
200
250
500
6,3
12,5
32
53
109
35
34,1
77
126
250
315
630
8,0
16
35
59
123
39
37,5
85
160
320
400
800
10
20
38
66
138
42
40,5
91
200
400
500
1 000
12,5
25
45
74
154
51
49,5
112
250
500
625
1 250
16
32
51
83
174
58
56,6
128
320
640
800
1 600
20
40
57
93
195
64
62
140
400
800
1 000
2 000
25
50
63
104
218
70
68
154
500
1 000
1 250
2 500
32
63
70
118
247
76
74
168
640
1 260
1 600
3 200
40
80
76
131
275
83
81
182
800
1 600
2 000
4 000
50
100
88
147
308
96
94
211
1 000
2 000
2 500
5 000
63
125
101
165
346
108
106
237
1 260
2 500
3 150
6 300
80
160
114
186
390
127
125
279
1 600
3 200
4 000
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Figura 2 - Dimensões de manilhas curvas
6 Materiais
6.1 Geral
O aço deve ser produzido por forno elétrico ou de injeção de oxigênio.
O aço deve ter granulação fina, com um tamanho de grão austenítico igual a 5 [graus M(4) ou T(8)] e 6 [grau 10] ou mais
fino, quando ensaiado conforme ISO 643. Isto pode ser conseguido, por exemplo, assegurando-se que o aço contenha
uma quantidade suficiente de alumínio ou um elemento equivalente, de m aneira a permitir a fabricação de manilhas
estabilizadas quanto ao envelhecimento induzido por deformação durante o serviço; um valor mínimo de 0,025% (m/m) de
alumínio total é dado para fins de orientação.
6.2 Requisitos específicos para grau M (4)
No estado acabado, conforme fornecido ao fabricante da manilha, o aço deve estar em conformidade com os requisitos
deste item, conforme determinado por uma análise do banho ou uma análise de verificação na barra ou na manilha
acabada. Recomenda-se que o fabricante forneça uma análise do banho do aço, caso esta seja exigida pelo comprador.
O aço deve ser totalmente acalmado, adequado para forjamento e capaz de ser tratado termicamente para obter as
propriedades mecânicas requeridas por esta Norma.
Os limites dos teores de enxofre e fósforo no aço devem ser conforme a tabela 3.
Dentro das limitações especificadas acima, o fabricante da manilha é responsável pela seleção do aço, de modo que a
manilha acabada, devidamente tratada termicamente, atenda aos requisitos relativos às propriedades mecânicas
definidas nesta Norma para este grau de manilha.
6.3 Requisitos específicos para graus T (8) e 10
No estado acabado, conforme fornecido ao fabricante da manilha, o aço deve estar em conformidade com os requisitos
deste item, conforme determinado por uma análise do banho, ou uma análise de verificação na barra ou na manilha
acabada. Recomenda-se que o fabricante forneça uma análise do banho do aço, caso a mesma seja exigida pelo
comprador.
O aço deve ser totalmente acalmado, adequado para forjamento e conter elementos de liga em quantidade suficiente para
garantir as propriedades mecânicas da manilha após tratamento térmico adequado.
O aço para manilhas de grau T (8) e 10 deve conter pelo menos dois dos seguintes elementos, nas proporções de liga
especificadas na ISO 4948-1:
- níquel;
- cromo;
- molibdênio.
Os limites dos teores de enxofre e fósforo no aço devem ser conforme a tabela 3.
Dentro das limitações especificadas acima, o fabricante da manilha é responsável pela seleção do aço, de modo que a
manilha acabada, devidamente tratada termicamente, atenda aos requisitos relativos às propriedades mecânicas
definidas nesta Norma para este grau de manilha.
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7 Tratamento térmico
7.1 Grau M (4)
Após o forjamento, a manilha deve ser normalizada ou endurecida e revenida.
7.2 Graus T (8) e 10
Após o forjamento, as manilhas devem ser temperadas a uma temperatura acima de AC3 e revenidas antes de serem
sujeitas à carga de prova. A temperatura de revenido deve ser de pelo menos 400°C.
As condições do revenimento devem ser pelo menos tão efetivas quanto uma temperatura de 400°C mantida por um
período de 1 h.
NOTA - Um método de verificação é o seguinte. Após os componentes serem reaquecidos e mantidos por 1 h a 400°C e resfriados até a
temperatura ambiente, eles devem estar, na condição acabada, conforme as cargas de prova e de ruptura mínima das tabelas 1 e 2.
Não é permitido endurecimento superficial para as partes da manilha que suportam carga.
8 Dureza
8.1 Requisitos quanto à dureza
Os valores de dureza de manilhas não devem ultrapassar aqueles especificados na tabela 4.
8.2 Ensaios de dureza
Para se determinar a dureza Brinell, os ensaios devem ser feitos conforme ISO 6506, utilizando-se, onde possível, uma
esfera de aço de 10 mm e uma carga de 29,42 kN (HBS 10/3000).
Para se determinar a dureza Rockwell C, os ensaios devem ser executados conforme ISO 6508.
Outros métodos para a determinação de dureza podem ser usados, contanto que os valores obtidos, quando convertidos
para os valores correspondentes Brinell ou Rockwell C, estejam de acordo com a tabela 4.
A superfície onde será feita a impressão deve ser obtida por limagem, esmerilhamento ou usinagem, em uma posição
adequada, no corpo (conforme indicado nas figuras 1 e 2) e no pino da manilha.
Cuidados especiais devem ser tomados de maneira a garantir que a superfície ensaiada seja representativa do material e
que sua dureza não seja afetada por descarbonetação, carbonetação ou pelo método usado para preparo da superfície
de ensaio.
9 Fabricação
O corpo deve ser forjado em uma única peça sem solda. Os furos nos corpos das manilhas devem ser alinhados de forma
axial entre si e de forma central com relação ao diâmetro externo dos olhais.
O pino deve ser forjado e usinado, conforme necessário, usinado a partir de uma barra ou, sujeito a acordo entre o
comprador e o fabricante, forjado e devidamente acabado. A parte rosqueada do pino deve ser concêntrica com o
restante do mesmo. A cabeça do pino deve ajustar-se bem contra o corpo da manilha.
Quando o pino é roscado, o comprimento da rosca que fica visível na abertura entre olhais não deve ser maior que um
filete e meio (Exemplo: no caso de pino do tipo W).
O comprimento da parte lisa do pino deve ser tal que, quando a porca for rosqueada, ela se prenda no pino e não no
corpo da manilha (Exemplo: no caso do pino do tipo X).
Em todos os casos, quando um pino é ajustado corretamente no corpo da manilha, a abertura, W, não deve ser
significativamente reduzida.
O corpo e o pino da manilha acabada devem estar isentos de defeitos superficiais nocivos, inclusive de trincas, dobras de
forjamento e outros defeitos.
10 Roscas
A menos que especificado em contrário, as roscas devem ser conforme ISO 261 ou ISO 263 e de classe 6g/6H (ajuste
médio).
Formas alternativas de roscas podem ser usadas, contanto que a resistência da manilha não seja prejudicada.
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NOTA - Pinos de diâmetro de corpo maior ou igual a 76 mm podem ter na cabeça um dispositivo tipo olhal, alça ou similar para facilidade
de manuseio. Neste caso a cabeça pode ter um formato diferente do sextavado.
Figura 3 - Exemplos típicos de pinos de manilha
Tabela 3 - Teor máximo de fósforo e enxofre,
Grau M (4)
Análise do banho
Análise de
verificação
0,035
0,04
0,035
0,04
Elemento
Enxofre
Fósforo
% m/m
Grau T (8) e 10
Análise do banho
Análise de
verificação
0,025
0,03
0,025
0,03
Tabela 4 - Valores de dureza
Grau
4
8
10
Dureza Brinell
HBS
217
380
420
Dureza Rockwell
HRC
17
41
45
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11 Ensaios de tipo
11.1 Geral
Os ensaios de tipo demonstram que as manilhas, certificadas pelo fabricante como atendendo aos requisitos desta
Norma, possuem as propriedades mecânicas especificadas nesta Norma. O objetivo desses ensaios é comprovar o
projeto, material, tratamento térmico e método de fabricação de cada tamanho de manilha acabada, incluindo o
revestimento de proteção, caso aplicado. Se houver qualquer mudança no projeto, especificação de material, tratamento
térmico, método de fabricação, bem como no revestimento de proteção, caso aplicado, ou em qualquer dimensão fora das
tolerâncias normais de fabricação que possa levar a uma modificação das propriedades mecânicas especificadas na
seção 5, os ensaios de tipo especificados em 11.2 a 11.4 devem ser executados na manilha modificada.
Todas as manilhas a serem submetidas aos ensaios de tipo devem estar conforme os outros requisitos estabelecidos
nesta Norma. Os ensaios especificados em 11.2 a 11.4 devem ser efetuados em cada tamanho de manilha de cada
projeto, material, tratamento térmico e método de fabricação, bem como revestimento de proteção, caso aplicado.
Nos ensaios especificados em 11.2 a 11.4, a força deve ser aplicada de forma axial sem impacto com o arco do corpo,
utilizando-se um acessório de máquina de ensaio com um diâmetro igual ou inferior ao diâmetro efetivo do pino da
manilha, e no centro do pino, utilizando-se um acessório de máquina de ensaio com uma largura igual ou inferior ao
diâmetro efetivo do pino.
11.2 Ensaio de deformação
Três amostras devem ser ensaiadas e cada uma deve ser capaz de suportar a carga de prova especificada para a
manilha nas tabelas 1 e 2.
Após a carga de ensaio ser retirada a manilha não deve apresentar deformação permanente maior do que 1% da
dimensão inicial, bem como um aumento da dimensão efetiva, L, do corpo da manilha ou de uma dimensão semelhante
medida entre as marcas de punção no pino e no arco, que ultrapasse 0,25% ou 0,5 mm, valendo o que for maior. O pino,
após o afrouxamento, deve girar livremente.
NOTA - Ver também seção 12 sobre ensaios de carga de prova de manilhas, onde necessário.
11.3 Ensaio de resistência estática
11.3.1 CT ≤≤ 100 t
NOTA - Este ensaio pode ser feito nas mesmas manilhas que foram submetidas ao ensaio de deformação.
Três amostras devem ser ensaiadas, sendo que cada uma deve ter uma carga de ruptura pelo menos equivalente ao
valor mínimo especificado para a manilha nas tabelas 1 e 2.
A carga deve ser aplicada lentamente até atingir o valor da carga de ruptura mínima, permanecendo neste valor até o
ponteiro estabilizar.
Cada corpo e pino da manilha deve ser capaz de suportar a carga de ruptura mínima sem fratura ou distorção ao ponto
de a manilha tornar-se incapaz de suportar a carga.
11.3.2 CT > 100 t
Para manilhas com um limite de carga de trabalho acima de 100 t, as cargas de ruptura podem ser verificadas por cálculo,
contanto que as manilhas sejam do mesmo desenho geométrico e equivalentes sob outros aspectos às manilhas com um
limite de carga de trabalho de até 100 t inclusive, que foram ensaiadas conforme 11.3.1.
11.4 Ensaios de fadiga [graus T(8) e 10: CT
≤
≤
32 t]
As manilhas com um limite de carga de trabalho de até 32 t inclusive devem ser submetidas ao ensaio de fadiga. Três
amostras devem ser ensaiadas.
A faixa aplicada durante cada ciclo deve ser igual a 1,5 vez a carga de trabalho especificada nas tabelas 1 e 2 para a
manilha. A carga mínima em cada ciclo deve ser positiva e igual ou inferior a 3 kN. A freqüência de aplicação da carga
deve situar-se entre 3 Hz e 25 Hz. As amostras ensaiadas devem ser capazes de suportar pelo menos 20 000 ciclos da
faixa de carga especificada acima sem deixar de sustentar a carga.
11.5 Critérios de aceitação para ensaios de tipo
11.5.1 Ensaio de deformação (ver 11.2)
Todas as três amostras devem passar no ensaio de deformação para que a manilha do tamanho submetido aos
ensaios de tipo esteja de acordo com esta Norma.
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11.5.2 Ensaio de resistência estática e ensaio de fadiga (ver 11.3 e 11.4)
Se todas as três amostras passarem no ensaio, a manilha do tamanho submetido aos ensaios de tipo estará de acordo com
esta Norma.
Se uma das amostras não passar no ensaio, duas outras amostras devem ser ensaiadas e ambas devem passar no ensaio
para que a manilha do tamanho submetido aos ensaios de tipo esteja de acordo com esta Norma.
Se duas ou três amostras não passarem no ensaio, a manilha do tamanho submetido aos ensaios de tipo não estará de
acordo com esta Norma.
12 Ensaio de carga de prova
As manilhas acabadas (isto é, após a fabricação, tratamento térmico e usinagem, bem como revestimento de proteção,
caso aplicado) devem ser submetidas às cargas de prova aplicáveis especificadas nas tabelas 1 e 2, conforme anexo A.
A carga de prova deve ser aplicada no arco da manilha e no centro do pino por acessórios de máquina de ensaio com um
diâmetro igual ou inferior ao diâmetro efetivo do pino da manilha. A carga deve ser aplicada lentamente até atingir o valor
da carga de prova, permanecendo neste valor por pelo menos 1 min.
Após a retirada da carga de ensaio, os requisitos de 5.2 devem ser verificados.
13 Certificado do fabricante
Depois que os ensaios de tipo definidos na seção 11 tiverem sido realizados com resultados satisfatórios, o fabricante
poderá emitir certificados de conformidade para manilhas com as m esmas dimensões nominais, tamanho, material,
tratamento térmico e método de fabricação, bem como o revestimento de proteção, caso aplicado, que os das manilhas
ensaiadas.
O fabricante deve manter um registro, durante pelo menos 10 anos após a emissão do último certificado, da especificação
de material, tratamento térmico, dimensões, resultados de ensaios e todos os dados relevantes relativos às manilhas que
passaram nos ensaios de tipo. Esse registro também deve incluir as especificações de fabricação que se aplicarem à
produção futura.
Qualquer mudança na especificação de material, no método de fabricação, no tratamento térmico, bem como no
revestimento de proteção, caso aplicado, ou em qualquer dimensão fora das tolerâncias normais de fabricação, que possa
levar a uma modificação das propriedades mecânicas especificadas na seção 5, deve ser considerada uma mudança de
projeto. Os ensaios de acordo com a seção 11 devem ser exigidos antes de se permitir que o fabricante emita certificados
de conformidade para qualquer projeto modificado.
O fabricante deve apresentar um certificado com cada remessa de manilhas, fornecendo as seguintes informações para
cada remessa:
a) quantidade e descrição da manilha;
b) letra ou número correspondente ao grau, isto é, M(4), T(8) ou 10;
c) código de rastreabilidade, para possibilitar a identificação de qualquer manilha ou lote de manilhas na remessa;
d) carga de prova aplicada (ver seção 12);
e) carga de trabalho em toneladas.
No certificado deve constar que cada manilha está de acordo com esta Norma e dentro da especificação do fabricante da(s)
manilha(s) submetida(s) aos ensaios de tipo. Também deve informar o nome e endereço do estabelecimento de ensaio e o
cargo do signatário.
14 Marcação
14.1 Corpo da manilha
Cada manilha deve ser marcada de forma legível e indelével de maneira que não prejudique as propriedades mecânicas da
maniha. A marcação pelo fabricante deve conter pelo menos as seguintes informações:
a) marca ou símbolo adotado para identificação do fabricante;
b) letra ou número correspondente ao grau, nos casos das manilhas graus T(8) ou 10;
c) carga de trabalho em toneladas;
d) código de rastreabilidade para possibilitar a identificação de qualquer manilha ou lote de manilhas na remessa (exigível
para manilhas de diâmetros acima de 19 mm).
NBR 13545:1999
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11
14.2 Pinos de manilhas [graus T(8) e 10]
Os pinos de diâmetro maior ou igual a 13 mm devem ser marcados de maneira legível e indelével com o grau e
o símbolo do fabricante, de maneira que não prejudique as propriedades mecânicas do pino.
Pinos menores que 13 mm de diâmetro devem ser marcados com pelo menos o grau.
15 Designação
Para fins de referência e pedido, as manilhas de acordo com esta Norma podem ser designadas pelo seguinte
sistema. Os seguintes elementos devem ser usados na ordem estabelecida:
Manilha NBR 13545 - X -YZ TN
Onde X é o grau da manilha, Y o tipo do corpo, Z o tipo do pino da manilha e TN o tamanho nominal em
toneladas.
______ ____ ____ ___
/ANEXO A
12
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NBR 13545:1999
Anexo A (normativo)
Amostragem e critério de conformidade
A.1 Inspeção dimensional
Não havendo definição no documento de compra, é recomendado que a quantidade da amostra e o critério de aceitação
das variáveis dimensionais das tabelas 1 e 2 sejam conforme a tabela A.1.
A.2 Carga de prova
O ensaio de carga de prova em manilhas graus T(8) e 10 deve ser feito conforme a tabela A.1.
O ensaio de carga de prova em manilhas grau M deve ser feito conforme a tabela A.2.
A.3 Carga de ruptura mínima
Se o lote de manilhas foi aprovado em ensaios de carga de prova conforme esta Norma e o fabricante possui controle de
processo e de sistema de qualidade adequados ou o seu produto está sujeito à certificação de terceira parte, convém que o
cliente o dispense do ensaio de carga de ruptura mínima.
Entretanto, se solicitado no documento de compra, o tamanho da amostra e o critério de aceitação devem ser conforme a
tabela A.3.
A.4 Ensaio de dureza
Cada lote de manilha, após fabricação e tratamento térmico, deve ser submetido a ensaio de dureza, a fim de verificar se o
mesmo está conforme a tabela 4. O tamanho da amostra e o critério de aceitação devem ser conforme a tabela A.4.
Tabela A.1 - Tamanhos de lote e da amostra e número máximo admissível de peças defeituosas
para carga de prova para manilhas grau T(8) e 10 e para inspeção dimensional
Tamanho do lote
Tamanho da amostra
até 50
51 - 150
151 - 280
281 - 500
1)
501 - 1 200
5
20
32
50
80
Número máximo de defeituosos
admissível
0
1
2
3
5
Tabela A.2 - Tamanhos do lote e da amostra e número máximo admissível de peças defeituosas
para ensaio de carga de prova para manilhas Grau M
Tamanho do lote
Tamanho da amostra
Número máximo de defeituosos admissível
até 150
151 - 500
2)
501 - 1 200
5
20
32
0
1
2
Tabela A.3 - Tamanhos do lote e da amostra e número máximo admissível de peças defeituosas para
ensaio de carga de ruptura mínima
Tamanho do lote
Tamanho da amostra
Número máximo de defeituosos
admissível
≤ 25
26 - 50
51 - 500
> 500
1
2
3
5
0
0
0
0
Tabela A.4 - Tamanhos do lote e da amostra e número máximo admissível de peças defeituosas para
ensaio de dureza
Tamanho do lote
Tamanho da amostra
≤ 280
3)
281 - 1 200
8
32
______ ____ ____ ___
_________________
1)
Para lotes maiores, seguir a NBR 5426, nível II, NQA 2,5%.
2)
Para lotes maiores, seguir a NBR 5426, nível I, NQA 1%.
3)
Para lotes maiores, seguir a NBR 5426, nível I e NQA 1,5%.
Número máximo de defeituosos
admissível
0
1
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