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RESENHA ALÉM DA ALMA

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RESENHA - FILME "FREUD: ALÉM DA ALMA” DE SIGMUND FREUD
Publicado em 27 de setembro de 2017 por Eydy Souza Silva
Resenha do filme: “Freud: Além da alma” de Sigmund Freud.
Resenhado por: Eydy Souza Silva
O filme Freud - Além da alma se passa em 1886, na cidade de Viena, onde relata os estudos
psíquicos do pai da psicanálise, Sigmund Freud, médico neurologista. O filme mostra as várias
fases de sua vida, seus estudos, suas observações e os tratamentos em pacientes com histeria
e neuroses através de vários métodos de análise.
O filme se inicia mostrando o começo dos trabalhos e carreira de Freud em Viena, onde ele
encontra uma divergência em tratar uma paciente com neurose de histeria em um hospital
dirigido por Meynert, que não acreditava nos sintomas de histeria e achava que isso era só a
forma que as pessoas encontravam de fugir dos problemas, das responsabilidades e da
realidade, porém para Freud a histeria era uma doença psíquica.
Para obter mais conhecimento sobre essa doença, ele vai a Paris para trabalhar com o médico
Jean Charcot, que tratava de histeria com a hipnose. Em uma de suas aulas, Charcot diz que a
histeria não era uma doença exclusivamente feminina e nem fruto de bruxaria, mas sim uma
patologia de origem psíquica. Após essa experiência com Charcot, Freud volta para Viena e
começa a utilizar o método de hipnose, para que assim fossem liberados os pensamentos e
sentimentos mais profundos de seus pacientes.
Em Viena, Freud foi constrangido ao relatar a sociedade médica sobre a histeria, os traumas de
infância e os pensamentos inconscientes, foi ironizado pelos médicos e despedido do hospital.
Após ser demitido, Freud decide se unir a Breuer nas suas pesquisas sobre as origens dos
fenômenos histéricos, chegando aos traumas, as neuroses e interpretação de sonhos.
Com o apoio de Breuer, Freud conclui que a hipnose não é suficiente para curar seus
pacientes, pois eles continuavam com os sintomas mesmo após entenderem os motivos que
os levaram aquelas patologias.
Após um tempo Freud abandona o método de hipnose, pois não estava mais dando tantos
resultados e então começa a utilizar o método da livre associação de ideias, que foi onde ele
começou a tratar uma paciente de Breuer, que se chamava Cecily. Freud então associa as
análises feitas nessa paciente, com experiências através dos sonhos que ele próprio tinha, pois
durante o tempo em que ele estudou Cecily, tentando penetrar seu inconciente, Freud passou
por um enorme conflito interno, tentando desvendar suas próprias neuroses.
Em uma de suas conversas com Breuer, Freud percebe que na teoria de Charcot a mente não
se divide, apenas oculta o trauma da consciência, deixando as lembranças inconscientes e
descarregando as emoções fisicamente. A partir daí, Freud formula a teoria das neuroses,
baseada em todos os casos já tratados e nas autoanálises, chegando à conclusão de que todos
os traumas estão ligados a sexualidade.
A sexualidade infantil é conhecida como o Complexo de Édipo. Essa teoria dizia que a mãe ou o
pai, eram objetos de desejo da criança entre seus 3 a 5 anos de idade.
A teoria Complexo de Édipo foi muito criticada na palestra no Conselho de Neurologia e
Psiquiatria de Viena, pois, ela tirou a concepção da inocência na fase da infância. Naquela
época as ideias de Freud não foram bem concebidas, pois os cientistas achavam absurdos
esses conhecimentos e teorias que Freud formulou. Até seu amigo e investidor Breuer não
aceitou sua teoria, porém Freud continua falando dos desejos da criança, das concorrências
com os pais e cita Édipo, dizendo que se cada um conseguir superar seu desafio, confrontar
seu complexo e superá-lo, tornar-se-á um ser humano completo, e não será neurótico.
No fim do filme há uma frase que diz: “O orgulho é o mais velho inimigo do ser humano”, esse
orgulho lhe impede de ir além, lhe impede de quebrar barreiras, porém Freud brilhantemente
consegue derrubar essas imensas barreiras, foi além, numa área obscura onde nenhum outro
conseguiu, ele revelou e decifrou todos os segredos escondidos do homem, ele conseguiu
chegar ao inconsciente.
Após tudo isso, foi no no ambiente positivista do início do século XX que, em junho de 1906,
Freud foi convidado pelo professor Löffler (3) para fazer uma conferência em seu
departamento sobre a psicanálise e os fatos jurídicos. Nessa conferência, Freud (1906) diz que
A psicanálise e a determinação dos fatos nos processos jurídicos foi inicialmente publicada no
tomo XXVI dos Arquivos de antropologia criminal e a criminalística. O novo método de
investigação e compreensão do psiquismo proposto pela psicanálise logo suscitou um vivo
interesse, sobretudo devido às insuficiências tanto das explicações psiquiátricas, quanto das
sociológicas e biológicas sobre a "mentalidade" do criminoso e de seus atos. Apesar disso, é
curioso observar que, ainda hoje, a psicanálise praticamente não é solicitada em instruções
judiciais. Não existe expertise psicanalítica, e poucos são os tratamentos baseados na
psicanálise para os encarcerados. Talvez isto se deva ao fato de que, tradicionalmente, atribuise o recurso à psicanálise aos doentes, enquanto os criminosos não são doentes, o que
acarretaria como vem acontecendo cada vez com mais frequência, que eles possam escapar à
pena. Entretanto, a possibilidade do recurso à psicanálise em situações jurídicas não passou
completamente despercebida. Tal interesse, não se limitou apenas ao estudo psicanalítico dos
criminosos, mas, também, no que diz respeito à justiça e até mesmo aos próprios juízes, o que,
muito provavelmente, causou certa dificuldade em aceitar as contribuições da psicanálise à
criminologia.
Cada indivíduo guarda em sua personalidade psíquica a herança psicológica inteira do
criminoso, ao que se supõe a herança selvagem, e sobre as duas juntas se estabelece a
organização recente de ego atual civilizado. (ASÚA, 1898, p.).
Segundo a concepção psicanalítica, a maior ou menor tendência para o crime resulta de
complexos que se manifestam por intermédio do impulso agressivo ou sádico.
Uma grande corrente adota a posição crítica reservada às dúvidas sobre a utilidade e os
resultados sobre o valor da Psicanálise na Criminologia. Já outros defendem sua utilidade
principalmente para os delinquentes sexuais.
A psicanálise poderá ser utilizada criminologicamente na investigação de alguns casos de
delitos. Assim, todas as escolas e métodos psicológicos, as ciências antropológicas e
sociológicas, ajudarão a mostrar o enfoque de alguns delinquentes.
REFERENCIA:
FREUD, S. Freud: além da alma. Dirigido por John Huston. Trilha sonora: Jerry Goldsmith.
Lançamento 1962/1963. Drama biográfico. Elenco: Montgomery Clift, Susannah York, David
McCallum, Larry Parks, Susan Kohner, Eileen Herlie, Fernand Ledoux, Rosalie Crutchley, David
Kossoff, Joseph Furst, Alexander Mango, Leonard Sachs, Eric Portman, John Huston, Victor
Beaumont. EUA. Inglês. 2h20min.
SITE Psicologia, Disponível em
www.psicologia.med.br, acessado em 22/09/2015 SITE Adoro Cinema, Disponível em
www.adorocinema.com, acessado em 22/09/2015, SITE Web Artigos, Disponível em
www.webartigos.com, acessado em 22/09/2015, SITE Portal Educação, Disponível em
www.portaleducação.com.br, acessado em 23/09/2015.
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