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Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário -
1
INTRODUÇÃO
Este método de bateria é um apanhado de vários
materiais retirados de sites sobre este assunto. Espero que
você possa aproveitar da melhor maneira possível pois, é o
resultado de várias horas de dedicação e empenho em poder
reunir tudo em uma só apostila.
Agradeço o apoio de meu amigo e irmão em Cristo,
Rogério Gama que me ajudou na realização deste trabalho.
Márcio de Carvalho Bossan
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2
ÍNDICE
1.
INTRODUÇÃO
1
2.
ÍNDICE
2
3.
A HISTÓRIA DOS TAMBORES
3
4.
RECONHECIMENTO DO INSTRUMENTO
4
5.
PRATOS
5
6.
PELES
6
7.
BAQUETAS
7
8.
MONTAGEM E REGULAGEM DA BATERIA
8
9.
AQUECIMENTO
9
10.
MICROFONES
10
11.
AFINANDO SUA BATERIA
11
12.
TEORIA
14
13.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PARTITURAS
15
14.
TÉCNICA
23
•
Mãos
23
•
Pés
27
15.
BATIDAS E CIA
30
16.
ACENTOS E NOTAS FANTASMA APLICADAS AO GROOVE
40
17.
TERCINA EM BUMBO E CAIXA
50
18.
FORTALECENDO O GROOVE
54
19.
INDEPENDÊNCIA DA MÃO DIREITA
69
20.
ESTUDOS DE BUMBO
93
•
Pedal Simples
93
•
Pedal Duplo
96
21.
FILL
101
22.
INTRODUÇÃO AOS RUDIMENTOS
101
23.
ACENTUANDO TERCINAS
117
24.
REBOTE
118
25.
COORDENAÇÃO
120
26.
ABERTURA DE CHIMBAL
122
27.
IMPROVISAÇÃO
126
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Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário 28.
3
RÍTMOS
128
•
Rock
128
•
Blues E Shuffle
146
•
Disco
147
•
Rítmos Afro-cubanos
151
•
Samba
153
•
Baião
155
A HISTÓRIA DOS TAMBORES
Tambor é o termo genérico de uma grande variedade de instrumentos musicais que
consistem numa pele esticada sobre um vaso ou uma armação oca, e produz som quando
percutido. Esse som é produzido pela vibração da membrana (pele), classificando-o assim como
membranofone, dentro de uma larga categoria de instrumentos de percussão.
As primeiras descobertas
Os tambores começaram a aparecer pelas escavações arqueológicas do período Neolítico. Um
tambor encontrado numa escavação da Moravia foi datado de 6000 anos antes de Cristo.
Tambores têm sido encontrados na antiga Suméria com a idade de aproximadamente 3000 anos
antes de Cristo. Na Mesopotâmia foram encontrados pequenos tambores (tocados tanto
verticalmente quanto horizontalmente) datados de 3000 anos antes de Cristo. Tambores com
peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos Egípcios, de 4000 anos antes de Cristo.
Características dos primeiros tambores
Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco
(furado). Estes troncos eram cobertos nas bordas com a pele de algum réptil ou couro de peixe e
eram percutidos com as mãos. Mais tarde começou-se a usar peles mais resistentes e
apareceram as primeiras baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a
variedade de tamanhos. Muitos métodos foram utilizados para fixar as peles. Nos tambores de
uma pele eram usados pregos, grampos, cola, etc. Nos tambores de duas peles eram usadas
cordas que passavam por furos feitos na própria pele e as esticava. Os tambores Europeus mais
modernos geralmente prendiam a pele pela pressão de dois aros, um contra o outro e a pele no
meio.
Caixa
Um modelo menor de tambor que possuía uma corda na pele de baixo foi provavelmente
adaptado pelos Árabes. Este tambor era geralmente usado como instrumento folclórico. Em
algum lugar, por volta do século XIV, ele começou a ser utilizado pelos militares.
Os tambores sempre tiveram uma função extra musical, como a de transmitir mensagens à
distância e, principalmente, a função religiosa. Eles têm sido creditados com poderes mágicos e
eram tidos como objetos sagrados. Ainda hoje, em algumas sociedades a confecção de um
tambor continua a envolver um certo ritual. No leste da África, oferendas como o gado, são feitas
ao "tambor real", o qual não simboliza somente o poder e "status", mas também oferece uma
proteção sobrenatural. A bateria (conjunto de tambores), se popularizou no século XX com as
orquestras, as bandas militares, com a dança popular e os grupos de Jazz e Rock. A grande
variedade de maneiras com que ela é aplicada hoje em dia comprova o seu longo período de
desenvolvimento.
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RECONHECIMENTO DO INSTRUMENTO
1 - Bumbo
2 - Caixa
3 – Chimbal / Contra-tempo
4, 5 e 6 - Tons
7 - Surdo
8 - Pratos de condução ( ride )
9 , 10 e 11 - Pratos de ataque ( crash )
12 e 13 - Pratos de efeito ( china )
14 - Prato de efeito ( splash )
Reconhecimento do Instrumento
Caixa: Peça principal da bateria, contendo uma esteira embaixo da pele de resposta. A caixa
produz tanto sons estridentes ou vibrantes (também chamados rufos) como sons muito mais
altos, lembrando assim outros instrumentos de percussão como repique e timbales, por exemplo.
Chimbal: Peça formada por dois pratos. Uma vez fechado e tocado com a baqueta, o chimbal
produz um som agradável. Porém, se tocar com ele totalmente aberto, o som produzido será
muito alto e certamente fará com que você mude de idéia, a não ser que você seja um baterista
de uma banda de heavy metal onde esta sonoridade é necessária para a execução das levadas.
Muito utilizado para marcar o tempo, mantendo a pulsação da música (como um metrônomo), o
chimbal pode ser tocado tanto com as duas mãos ou com o pé esquerdo, através de um simples
movimento no pedal.
Bumbo: Peça tocada por um pedal com a ponta do pé, permitindo assim que você tire um
som bem alto e de qualidade. Observação: O seu pé não deve estar muito a frente do pedal.
Assim você teria muita dificuldade para tocá-lo, ocasionando eventuais dores nas costas. O
correto é que seu pé esteja a uns cinco centímetros da corrente do pedal. Dessa forma ele poderá
funcionar livremente e você ficará melhor apoiado no banco.
Tom Agudo: E um complemento muito importante da bateria onde você executa suas
evoluções, ou seja, viradas. Não deve ser tocado sem a pele de resposta (pele de baixo), pois só
assim você conseguirá um som agudo ao afiná-lo.
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Tom Médio: Tem a mesma função do tom agudo, só que possui um som um pouco mais
grave.
Tom Grave: Peça que produz um som totalmente grave, o que torna o som da bateria
bastante grave. É bastante utilizado principalmente nas preparações e dinâmicas da música.
PRATOS:
Os pratos são instrumentos maciços e seu som e produzido pela vibração de toda a sua
superfície, quando percutido. Pratos de boa qualidade são geralmente feitos de bronze, uma liga
de cobre e estanho, ideal para a fabricação de sinos. São utilizados normalmente na bateria 3
tipos de pratos, além dos pratos que também compõem o chimbal e funcionam aos pares.
Pratos de Condução (Ride Cymbals): servem para pontuar o ritmo, ou seja, tocar as
menores subdivisões da música e eventualmente para sustentar uma dinâmica.
Pratos de Ataque (Crash Cymbals): servem para acentuar determinados momentos da
música. Ao contrário dos pratos de condução, estes têm como característica básica à
reverberação, que é melhor conseguida com uma batida forte feita com o dorso (meio) da
baqueta.
Prato China: devido ao seu perfil diferente produz um som de características orientais,
lembrando às vezes um som de gongo, de uma chicotada, etc...
Prato Splash (Splash Cymbals): São Pratos pequenos e finos, com um som bem agudo e
rápido. Servem para acentuar partes mais sutis das músicas.
O Uso correto dos Pratos
Procure sempre deixar os pratos de ataque não muito longe do seu alcance. Monte a sua
estante de pratos de forma que o prato fique bem solto e num angulo que você consiga tocá-lo
tanto com a mão direita quanto com a mão esquerda. Seu prato de condução deve estar
posicionado num angulo ideal para que você consiga tocar o centro ou cúpula do prato e voltar à
caixa tranqüilamente, sem a necessidade de inclinar o corpo à frente.
Escolhendo os Pratos
Ride (pratos de condução) - Mais do que uma Simples Condução
Ride é parte integral de todo "set" de pratos, do Jazz Acústico ao Rock.
Com um som bem claro e definido, permite uma variedade de sons,
combinando condução com acentos; oferecendo infinitas possibilidades
aos bateristas.
Há dois tipos básicos de Ride. Um tem uma ressonância menor e
oferece uma extrema definição das notas, enquanto que outros têm uma
boa definição das notas, porém permitindo que estas soem mais
"abertas"; possibilitando também que seja usado em acentuações ou
ataques.
Hi Hat (chimbal) - O Coração do seu Kit
O Chimbal é também um prato indispensável em qualquer set, pois,
assim como o Ride, ele tem a função de conduzir o ritmo. A relação entre
eles é muito importante. Eles devem ser escolhidos juntos e devem
completar um ao outro. O prato de baixo deve ser um pouco mais pesado
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que o de cima. Isto vai garantir um som preciso (chick) dos pratos. É importante que o volume do
seu chimbal esteja balanceado com o volume da sua caixa e bumbo.
Crash e Splash (pratos de ataque) - Pratos com Personalidade
Uma vez que você escolheu seu Ride e Chimbal, você está pronto para
selecionar seus pratos de ataque e splashes. Não há limites quanto ao
número e variedade de pratos de ataque que você possa usar no seu set.
Há uma enorme variedade de pratos de ataque. O volume, o timbre e seu
gosto pessoal que irão determinar o tipo de prato que você deve escolher.
Efeitos Especiais
Estes provavelmente serão os últimos pratos que você vai adicionar no
seu set. eles produzem um som único e proporcionam acentos e efeitos
exóticos e explosivos. Podemos citar o China Type (prato invertido)
como um prato de efeito.
A variedade de opções é infinita. Teste vários modelos e marcas e
experimente várias combinações de medidas e timbres.
Boa sorte e bons timbres!
PELES:
Escolhendo as Peles
Há infinitos tipos, modelos e fabricantes de peles. Remo, Aquarian, Evans... Cada uma com
características distintas; pele de filme simples, pele de filme duplo, hidráulicas, porosas, clear...
Basta dar uma olhada num catálogo de uma dessas marcas para ver a infinidade e opções e ficar
confuso na hora de escolher. Veremos aqui alguns conceitos básicos para ajudar a distinguir
essas diferenças:
•
Peles grossas vão resultar num som mais grave que as peles
finas
• Peles revestidas (porosas) vão inibir os harmônicos melhor
que as não revestidas
• Peles (com um círculo preto no centro) também inibem os
harmônicos
• Peles de filme duplo produzem um som mais "cheio" do que
as peles de filme simples e também inibem os harmônicos.
Que tipo (estilo) de música você toca? Talvez você precise de um som leve, com mais "brilho"
como no jazz. Então use peles finas; ou se você procura um som mais pesado como rock, use
peles mais grossas, como as hidráulicas.
É claro que as regras são feitas para serem quebradas. Tente algo diferente; experimente.
Combine os vários tipos de peles e crie seu som.
Abafadores
Aqui as coisas ficam um pouco subjetivas. Através dos anos muitos bateristas vêm
empregando diferentes maneirar de "abafar" seu instrumento. As razões para fazerem isso,
geralmente são:
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•
•
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controlar os harmônicos
diminuir o decay
conseguir um som mais encorpado do tambor.
Hoje em dia os fabricantes de peles oferecem uma variedade enorme de abafadores. Aros de
plástico, espumas auto-adesivas, travesseiros para bumbo, etc. como na escolha da pele, é
interessante você experimentar os vários tipos de abafadores e verificar qual se adapta ao seu
tipo de som.
BAQUETAS
Como Escolher as Baquetas
A escolha da "melhor" baqueta é uma decisão muito pessoal. Muitos
bateristas ainda não descobriram o quanto eles podem obter maior
rendimento usando a baqueta correta. É muito comum os bateristas
profissionais usarem 2 ou 3 modelos diferentes de baquetas , ou mais.
Os fatores a se considerar na escolha da baqueta incluem densidade, tipo
de madeira, peso, comprimento, diâmetro, tipo de ponta (nylon ou madeira), formato da ponta...
Quando escolher uma baqueta, procure pela boa qualidade da madeira com os veios uniformes
de ponta a ponta. O tipo de madeira selecionada vai ter uma grande influência no balanço, no
som e na longevidade (tempo útil) da baqueta. Alguns bateristas preferem o som natural da ponta
de madeira. Outros preferem a ponta de nylon para obter um som mais aberto dos pratos. Neste
caso esteja certo de selecionar uma ponta de nylon de qualidade para obter um bom resultado.
Determine o melhor comprimento, peso e diâmetro da baqueta que se ajuste à sua maneira de
tocar. Experimente e compare diferentes tipos antes de comprar. Depois que você se tornar mais
experiente, você vai encontrar um modelo que atenda suas exigências em vários tipos de
situação.
Que tipo de volume seu som requer? Um trio de jazz ou uma banda de Rock? Para cada
situação o tipo de baqueta vai variar. Sinta as baquetas. Toque cada uma em diversos tipos de
superfície, para sentir a "pegada" e o tipo de som produzido. Evite baquetas que soam como se
fossem ocas. Verifique se ambas tem o mesmo peso. As madeiras têm uma variação natural de
cores. Uma vez que você definiu o tipo de baqueta que é bom para você, a cor não importa. De
tempos em tempos é bom que você experimente novos modelos e diferentes tipos de marcas.
Hoje em dia você encontra uma variedade enorme de marcas e modelos, ficando fácil você
descobrir um que satisfaça suas necessidades. Então, pesquise, experimente e boa sorte!
Tipos de Madeiras e suas Diferenças
Que tipo de madeira é o melhor?
Não há uma resposta única. Sua escolha dependerá da preferência pessoal e algumas
necessidades musicais específicas. Os 3 tipos de madeiras mais comumente usados na fabricação
de baquetas são " American Hickory ", " White Oak " e " Hard Rock Maple ".
American Hickory
A mais preferida Hickory para a confecção de baquetas vem do Sudoeste dos EUA. Ela é
considerada uma madeira dura, embora não seja tão densa e pesada quanto Oak. Isto não torna a
Hickory melhor nem pior que a Oak. É apenas uma diferença. Essas diferenças ficam a cargo da
preferência pessoal do baterista.
White Oak
Cresce nas regiões montanhosas do Japão. Ela é cerca de 10% mais pesada que a Hickory. A
Oak, sendo mais densa, é uma madeira mais dura.
Maple
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A Maple é cerca de 10% mais leve que a Hickory. Muitos bateristas preferem a Maple porque
ela pode ter um diâmetro maior sem aquele peso que é normalmente associado às baquetas
grossas. O Maple é muito menos durável que a Hickory ou a Oak.
Hoje em dia você encontra uma variedade enorme de marcas e modelos, ficando fácil você
descobrir um que satisfaça suas necessidades. Então, pesquise, experimente e boa sorte!
Montagem e Regulagem da Bateria
Montagem e Regulagem da Bateria:
A bateria deve ser montada de acordo com o seu tamanho. Para você ter uma boa
performance, você deve se sentir bem confortável e relaxado. Isso contribuirá para uma boa
atuação quando estiver tocando.
BUMBO:
Primeiro coloque o bumbo na posição correta. Em seguida regule os pés fazendo com que eles
fiquem bem presos ao chão e de maneira que fique um espaço na frente do bumbo. Isto servirá
para um melhor equilíbrio e uma melhor pegada quando estiver tocando.
PEDAL:
Antes de tudo observe se o pedal está bem regulado de acordo com o seu gosto. Verifique se
a altura do batedor está centralizado mais ou menos no centro do bumbo. Nunca deixe o seu
batedor muito alto, isto fará com que o pedal não corresponda, ou seja, ela ficará muito lento.
Antes de tocar nunca esqueça de verificar se o seu pedal está nem preso e centralizado.
PEDAL DUPLO:
Muito usado em hoje em dia , ele dispensa a necessidade de um segundo bumbo. Consiste em
um pedal com duas sapatas (uma para o pé esquerdo e outra para o pé direito) e dois batedores
que tocam ao mesmo tempo.
BANCO:
Em primeiro lugar é preciso que você use um banco macio e confortável para não ocasionar
dores nas costas quando estiver tocando. Em seguida regule o banco de acordo com o tamanho
de sua perna. O assento deverá estar na altura do joelho proporcionando um ângulo reto. E bom
lembrar que você nunca deve tomar todo o assento do banco possibilitando assim um certo
equilíbrio e maior velocidade.
CAIXA:
O próximo passo é posicionar a caixa. A caixa como preferir poderá ser colocada em um
ângulo reto ou um pouco inclinada para baixo, lembrando que essa é uma posição muito usada
por bateristas de Jazz. Em seguida você irá verificar se ao colocar as pontas das baquetas estão
bem centralizadas no meio da pele, e seus braços deverão estar bem relaxados.
TOM-TONS:
Ao montar os tom-tons eles devem ser colocados no mesmo ângulo de maneira que fiquem
bem próximos a caixa e que você não tenha que esticar muito os braços para alcançá-los. Em
seguida veja se eles estão em uma posição confortável.
SURDO:
Ao montar o surdo verifique se a sua posição está paralela aos tom-tons. Não monte-o muito
próximo a você, deixo um espaço em relação ao seu antebraço.
HI-HAT (CHIMBAL):
Regule o chimbal em uma altura em que você não esbarre a mão esquerda na direita ao
tocar. Posicionando a máquina de forma em que a sua perna esquerda fique bem confortável para
poder executar a marcação, ou seja, pulsação.
PRATO HIDE (CONDUÇAO):
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Você deve montar o seu prato de condução em um ângulo ideal para que você consiga tocar o
centro ou cúpula do prato e voltar à caixa tranqüilamente, sem a necessidade de inclinar o corpo
a frente.
PRATO CRASH (PRATO DE ATAQUE):
Procure sempre deixar os pratos de ataque não muito longe do seu alcance. Monte a sua
estante de prato de forma que o prato fique bem solto e num ângulo que você consiga tocá-lo
tanto com a mão direita quanto com a esquerda.
AQUECIMENTO
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MICROFONES
Para ter uma noção de como colocar os microfones, antes você deve utilizar a pele dos tons
ou da caixa por exemplo, meio direcionadas para o lado exterior, mais ou menos uns 25º, depois
direcione o microfone para o logotipo da marca, o mesmo deve ficar entre 2 e 5cm do tambor.
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MAS QUAIS MICROFONES UTILIZAR? Existe diversos tipos de microfones para cada peça e
ambiente diferente, aqui vai alguns sets de microfones que você pode usar
PARA O USO EM
ESTÚDIO
Caixa
Shure Beta 57
Bumbo
Tons
Over
Shure SM 81
Shure Beta 56
Shure KSM 32
PARA O USO EM PALCO
Caixa
Bumbo
Tons
Over
Shure
Shure
Shure
Shure
Beta 57
Beta 52
Beta 56
SM 81
USO BÁSICO
Caixa
Bumbo
Tons
Over
Shure
Shure
Shure
Shure
Beta 57
SM 58
SM 58
SM 58
Mas lembre-se, mesmo com estas dicas não quer dizer que o som ficará às "mil maravilhas", o
certo seria você testar várias marcas e modelos diferentes e escolher o que achar melhor, pois a
acústica de um instrumento é uma coisa muito pessoal.
Afinando sua Bateria
Conceito
De uma grossa maneira, um tambor é um casco coberto, em suas extremidades, por uma
membrana vibratória; quando a membrana é percutida, obtemos o som. As características desse
som dependem de vários fatores: o material no qual é confeccionado o casco, o tipo de pele
(membrana), a força do impacto da baqueta na pele, a área do impacto, a tensão da pele (o
quanto ale está esticada), e a acústica do local.
Sofrendo a influência de todos esses fatores, a variedade de sons que podemos obter de um
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tambor é ilimitada. Um fator importante que atua nessa variedade de sons é a tensão que está
sendo aplicada sobre a pele - que é a afinação. Tanto a composição quanto às medidas de altura,
diâmetro e espessura do casco influenciam no timbre, volume e sustentação do som; mas a pele
contribui em grande parte nas características do som final obtido.
Básico
A pele é fixada na borda do casco por um aro; o aro é fixado pelas castanhas. Apertando os
parafusos o aro pressiona a pele contra a borda do casco. Quanto mais apertada a pele, mais alto
será o som do tambor, quando percutido.
Se você nunca afinou sua bateria antes, a melhor coisa a fazer é, em primeiro lugar, tirar as
peles velhas. Se você colocar peles novas o resultado será melhor. Se você não sabe que
tamanho de pele precisa, simplesmente você deve medir o diâmetro do tambor (geralmente em
polegadas).
Cheque a borda do tambor. Está limpa? Qualquer defeito na borda pode influenciar no som.
Quando se colocam peles novas, alguns bateristas recomendam você colocá-las no tambor,
apertar bem os parafusos e deixar assim por algumas horas; com a pele bem esticada, para tirar
as tensões da cola que fixa a pele no aro. Depois que fizer isso, retire a pele do tambor e comece
o processo de afinação.
Coloque a pele no tambor, o aro e os parafusos apertando-os com os dedos até onde
conseguir (procure manter sempre a mesma tensão para todos os parafusos). A pele ainda estará
frouxa. Agora você pode usar a chave de afinação. Aperte os parafusos sempre em cruz. Os
seguintes diagramas mostram a ordem de aperto dos parafusos para tambores de 4, 6, 8 e 10
afinações:
Comece pela pele de baixo (resposta). A primeira coisa a fazer é procurar igualar a tensão em
todos os pontos da pele. Conforme você vai apertando os parafusos, vá controlando o som,
percutindo na borda da pele, próximo a cada parafuso, e tente obter o mesmo som de cada
ponto. Faça o mesmo com a pele de cima (batedeira).
A altura (afinação) da pele depende das características do casco, da tensão da pele de
resposta e de sua relação com a afinação dos outros tambores.
As Características do Casco
Cada casco tem sua vibração numa certa freqüência. Você pode determinar essa freqüência
pegando o casco sem as peles, segurando-o levemente, e golpeando-o levemente com uma
baqueta de feltro ou borracha.
Quando a pele está sendo afinada, comece por uma afinação baixa (pele solta) e
gradativamente vá aumentando a tensão. Você vai perceber que em alguns níveis de tensão a
pele vibra bastante, enquanto que em outros ela parece "morta". O que acontece é que a
freqüência de ressonância do seu casco (a freqüência na qual o casco vibra) também contribuirá
para a vibração da pele, ou poderá cancelar essa vibração. O objetivo é encontrar aquele ponto
onde a pele e o casco "trabalharão" juntos.
Tensão da Pele de Resposta
Você tem 3 opções para a afinação da pele de resposta:
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•
•
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Mesma tensão do que a pele de cima
Maior tensão do que a pele de cima
Menor tensão do que a pele de cima
Cada uma dessas opções produz diferentes resultados.
Mesma tensão para as duas peles
Isto produz um som com bastante "sustain" - (boom). O ataque pode ser preciso, depende da
tensão da pele de cima (batedeira), e sua ressonância será longa. Sem uma variação de tensão
entre as duas peles o som ficará "morto".
Pele de baixo com menor tensão que a de cima
O "decay" e "sustain" são diminuídos. Pouca definição de timbre.
Pele de baixo com maior tensão que a de cima
Aqui sim as coisas se tornam interessantes. Permite um melhor controle da ressonância e do
timbre.
Quando você toca na pele de cima de um tambor, o ar contido neste tambor é imediatamente
comprimido. Isso provoca a ressonância da pele de baixo. A pele de cima, por uma fração de
segundo, é levemente abafada pelo contato da baqueta. Consequentemente a pele de baixo
produz o som completo antes que a pele de cima. Então se a pele de baixo estiver mais
tensionada que a de cima, você vai certamente ouvir o som dela ressonar primeiro, seguida pela
pele de cima, dando o efeito de "pitch bend" - ( bwow).
Afinação Relativa com Outros Tambores
Há pessoas que dizem que afinam suas baterias em intervalos de terças ou quintas. Mas
mesmo que cada tambor esteja afinado o timbre obtido pode não ser agradável. Em outras
palavras, o tambor pode estar exatamente afinado numa nota e seu som (timbra), uma droga! O
importante é procurar manter um equilíbrio; um intervalo que soe agradável entre um tambor e
outro. Não há regras específicas quanto a isto, aja visto que cada estilo de música possui seus
timbres particulares. Provavelmente você nunca irá ver um baterista de Reggae afinar seu
instrumento como o Alex Van Halen afina o seu, por exemplo.
Você deve afinar e re-afinar sua bateria, especialmente se você toca vários gêneros de
música. A experiência é o melhor caminho.
Experimente novos sons sempre!
Bumbo
O bumbo é a "batida do coração" da bateria. O bumbo sempre terá duas
peles - bem, porque ele tem duas peles se vamos percutir em uma só? E qual
a função daquela abertura (furo) na pele da frente?
Todas as respostas mentem no complexo mundo da AFINAÇÃO. Muitos
bateristas realmente não sabem como fazer o bumbo soar bem, eles apenas
colocam um cobertor ou travesseiro no seu interior. A razão pela qual o
bumbo é feito de madeira, e o porque das duas peles é esta palavra, que
sempre está presente quando se fala de afinação de bateria: RESSONÂNCIA.
Ressonância é a vibração do tambor quando depois que você percute nele
com a baqueta, ou do bumbo quando percutido com o "pirulito" (batedor do
pedal). É o mesmo que pôr a cabeça dentro de um tambor de óleo e gritar "Alô" ( A l l ô ô ô ô, A l l
ô ô ô ô ).
A verdade é que você tem que usar algo para abafar o bumbo. O quanto você vai abafar
depende das dimensões do bumbo e do som desejado. Alguns bateristas usam um cobertor
encostado na pele de trás e da frente, outros usam travesseiros. Existem também os "Muffles" de
vários modelos e marcas, que são abafadores desenvolvidos pelas empresas que fabricam as
peles.
Bem, o processo inicial de afinação é o mesmo de qualquer outro tambor. Coloque a pele, o
aro e aperte os parafusos com os dedos até fixar bem. Depois aperte cada parafuso em cruz,
como já mostramos anteriormente, procurando igualar a tensão em todos os pontos da pele.
Como nos outros tambores, você deve experimentar vários tipos de abafadores e tensão nas
peles. Novamente, o timbre vai depender muito do tipo de música a ser tocada e do gosto pessoal
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14
do músico.
Tome cuidado com o assunto - ressonância. Se seu bumbo tem uma "sobra" de som, seu
groove pode soar indefinido, principalmente ao aplicar muitas notas no bumbo.
Experimente, experimente, experimente!
Caixa - Afinação da Pele Superior
Coloque a pele e o aro. Com os dedos, aperte cada parafuso até que o aro
faça pressão sobre a pele esticando-a um pouco. Os parafusos devem virar
facilmente, não os force com a chave de afinação. Esteja certo de que todos
os parafusos têm a mesma tensão.
Se há algumas "ondas" na borda da pele, você deve assentá-la com sua
mão. Coloque sua mão no centro da pele e force apele para baixo várias
vezes. Agora verifique novamente a tensão em cada parafuso.
Afinando cada Ponto de Tensão
Agora, com a chave de afinação, aperte levemente (meia volta da chave) os parafusos
sempre de maneira cruzada. Conforme aperta os parafusos, toque no centro da pele para verificar
o som, até que chegue numa tensão desejada.
Afinando a Pele de Resposta
A pele de baixo (resposta) é muito mais fina que a pele de cima porque ele tem que vibrar,
permitindo que a caixa responda à esteira. Tome cuidado com a pele de resposta, é muito fácil
danificá-la. Use o mesmo processo de afinação da pele superior, verificando a tensão em cada
parafuso.
Ajustando a Esteira
Depois de colocadas e pré-afinadas as peles, coloque a esteira. Verifique
se ela está centralizada, isto é, o mesmo espaço nas duas bordas.
Ajustes Finais
Agora você está pronto para fazer os ajustes finais. Coloque a caixa na estante, e vá
experimentando - a tensão das peles, a tensão da esteira. Procure verificar o som obtido em
vários níveis de dinâmica.
Toque os acentos e notas suaves, verificando se a caixa responde bem em todas as situações.
Nota: como sabemos, existem deferentes tipos de caixas em diferentes tipos de material,
diferentes espessuras de aro, casco, e diferentes dimensões do casco também. Você deve
observar estas características na hora de afinar sua caixa, respeitando seu "timbre natural".
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15
Acústica da Sala
Tenha em mente que a acústica da sala onde está o instrumento é um fator decisivo no som
obtido. Algumas salas vão deixar o som de sua bateria realmente bom, enquanto que outras vão
simplesmente te "irritar". Neste caso, não há o que se possa fazer.
Lembre-se: quanto mais você experimenta, menos medo terá do processo de afinação, e você
conseguirá obter uma maior variedade de sons interessantes de sua bateria.
Esteja aberto para mudanças sempre!
TEORIA
Música
A música é uma arte universal. É a mais sublime criação humana. É a arte de nos
expressarmos através dos sons.
Os elementos que compõe a música são: Som, Ritmo, Harmonia e Harmonia.
•
•
SOM - é tudo aquilo que impressiona o ouvido. É o resultado da vibração dos corpos. A
qualidade pela qual distinguimos os sons são: altura, duração, intensidade e timbre.
o
altura - são os som médios, graves e agudos. São representados pelas notas
musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. No caso da bateria, não se usa as notas
musicais, e sim, peças da bateria (chimbal, caixa, bumbo, pratos, etc).
o
duração - é o maior ou menor tempo produzido pelo som. Na música a duração do
som é representada pelas Figuras de Notas.
o
intensidade - refere-se ao volume do som. Na música são representados pelos
sinais de dinâmica.
o
timbre - é a característica própria de cada instrumento. É pelo timbre que
distinguimos um som da mesma altura, duração e intensidade, produzido por
instrumentos ou vozes diferentes (se uma música esta sendo executada por um
piano, violino, flauta, etc).
RITMO - conhecido também como CADÊNCIA. O ritmo esta presente em todas as coisas
(na batida do coração; nos ponteiros do relógio; numa marcha militar), portanto ele é uma
lei universal. O ritmo é completamente independente da música, mas a música não
dispensa o ritmo.
Para ficar mais claro a assimilação sobre o ritmo, observe por exemplo, o ponteiro
de segundos do relógio, nele temos um movimento contínuo e uniforme. A cada
segundo o ponteiro se desloca precisamente. Agora tente acompanha-lo batendo
palmas. Ao fazer isso, você está acompanhando o RITMO do relógio.
•
MELODIA - é um conjunto de som sucessivo. Quando você canta "parabéns pra você, neta
data...", você está cantando a melodia da música.
•
HARMONIA - é uma combinação de sons simultâneos.
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16
Leitura e Interpretação de Partituras
Introdução
A maior parte dos bateristas não tem interesse, ou até mesmo se negam a aprender a leitura
musical, por pensar que a bateria é um instrumento fácil de se tocar e que eles nunca precisarão
da leitura. Mas ao deparar com algumas situações como, por exemplo, num trabalho em estúdio,
ou até mesmo na hora de praticar, é que eles vão perceber sua importância. Não se sabe porque,
mas muitos músicos chegam a ter medo da partitura, e alegam que ela é "coisa para maestro".
Mas, deixando estes mitos de lado, vamos nos habituar a desenvolver um interesse pela leitura, o
que só nos trará benefícios.
Na verdade, a partitura é simplesmente um "lembrete", e pode ser comparada a um texto
comum de um jornal ou uma revista qualquer. A partitura contém símbolos que registram os sons
dos instrumentos musicais (notas e figuras), assim como o jornal contém símbolos que registram
a linguagem falada (palavras). Pois bem, você se lembra de quando começou a ler e escrever? Foi
juntando as sílabas, os acentos, os sinais de pontuação, etc. O mesmo acontece com a música.
Vamos aprendendo aos poucos as figuras musicais, as notas, e todos os símbolos relativos a ela.
A grande jogada é caminharmos de acordo com nossa capacidade individual, sem pressionarmos
a nós mesmos.
Nesta seção, veremos a leitura e os símbolos afins passo a passo. Procure estudar esse
assunto com atenção e, aos poucos, você vai perceber que a partitura é uma ferramenta que vai
te auxiliar bastante
Conceitos e Simbologia
Nesta parte vamos conhecer os principais conceitos e símbolos utilizados na interpretação de
uma partitura. Procure memorizar com calma cada um dos assuntos abordados. Lembre-se que
não se pode aprender a ler, escrever, falar, andar em um dia. Tudo requer paciência,
determinação e prática.
Pentagrama
A grafia própria da música se chama notação, isto é, grafia por meio de notas. Nesse sistema,
as figuras musicais são escritas sobre uma pauta composta de 5 linhas horizontais
paralelas(pentagrama) e 4 espaços, contados de baixo para cima.
No caso da BATERIA, cada linha ou espaço serve para indicar o instrumento no qual devemos
percutir (tocar).
P
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17
Nomenclatura
Abaixo, temos algumas FIGURAS que representam uma determinada peça da bateria no
pentagrama (as principais). O que determina isso, é o espaço ou linha do pentagrama onde a
figura esta escrita. O tipo de nota (semínima, colcheia, etc.) apenas irá interferir na duração do
som.
Geralmente, escrevemos a cabeça da nota com um "X", quando a peça da bateria é feita de
metal, tais como pratos e aros.
PRATOS
Chimbal / ou Prato de
Condução
Chimbal (com o pé)
Prato de Ataque
TAMBORES
Bumbo
Caixa
Ton-ton 1
Ton-ton 2
Surdo
Existem ainda, outras peças de bateria, como pratos splash, chinas, agogôs (cowbell), e
conseqüentemente cada peça tem sua respectiva representação no pentagrama. Mas primeiro
vamos nos concentrar e acostumar com as peças básicas da bateria.
Obs.: A nomenclatura de bateria, pode variar de método para método, por isso é importante
consultar a nomenclatura antes de praticar.
Nesta seção, vamos colocar em prática os elementos estudados sobre Figuras Musicais
(figuras de notas e figuras de pausas), enfatizando apenas a duração das figuras, ou seja, o seu
valor rítmico.
Atenção: Memorize bem, pois ira usar no resto de sua vida.
Se você comprar alguma revista de bateria, assim eles.
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Sempre procure primeiro aonde indica cada uma das coisas.
Compasso
O compasso é a divisão da música em partes de igual duração. Estas partes se distinguem,
umas das outras, pelo acento que recai sobre a primeira nota de cada compasso.
Os compassos podem ser simples ou compostos, existindo ainda os mistos e grupos
irregulares. Vamos dar atenção aqui somente ao compasso simples. Mais tarde estudaremos os
compassos compostos.
O compasso assume sua fisionomia rítmica de acordo com a quantidade de tempos que ele
agrupa. Por isso ele pode ser binário (dois tempos), ternário (três tempos), quaternário (quatro
tempos), etc.
Cada tempo por sua vez é considerado como unidade de tempo, que pode ser subdividida em
duas ou três partes.
O compasso de subdivisão binária é denominado simples.
O compasso de subdivisão ternária é denominado composto.
A unidade de tempo do compasso simples, que deverá ser divisível em duas partes, será
representada por um valor simples; e a unidade de tempo do compasso composto, que deve ser
divisível em três partes, será representada por um valor pontuado.
A nota que, por si só, completa o compasso é chamada de unidade de compasso.
Historicamente, e ainda entre os povos primitivos atuais, o compasso surgiu da imitação dos
movimentos do corpo humano na dança e no bater de pés e mãos. Na música primitiva, o
compasso se marca pelo bater mais forte; na música dos povos mais civilizados, começou-se a
marcar pelo contraste de duração entre as notas - tempo forte nota mais longa. O compasso
primitivo é o binário, ou de dois tempos. Do prolongamento do tempo forte do compasso binário,
surgiu o compasso ternário, ou de três tempos. Todos os demais compassos na música se
originam destes.
Tempo é uma pequena parte de duração dentro de um compasso. Podem ser fortes, meio
fortes ou fracos, dependendo de sua maior ou menor acentuação no discurso musical.
Geralmente o primeiro tempo é forte e os demais meio fortes ou fracos.
Barras de Compasso
São linhas verticais que usamos para dividir os compassos. Temos os seguintes tipos de barras
de compasso:
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Ritornello e Sinais de Repetição
Os Sinais de Repetição são usados quando temos que repetir um ou mais compassos ou um
trecho musical. Isso permite com que a partitura não fique tão extensa.
Ritornello (Repertir o trecho entre os ritornellos)
Fórmula de Compasso - Simples
São dois números escritos geralmente após a clave, cada um com o seguinte significado:
X número de tempos do compasso (quantidade)
Y nota que representa a unidade de tempo do compasso (qualidade)
Exemplos:
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20
Tipos de Compassos Simples
Binário
12121212
Ternário
123123123123
Quaternário 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Quinário
12345123451234512345
Setenário 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7
Noções de andamento
Andamento - depende da velocidade da sucessão dos sons e varia com o número de sons
que se sucedem por minuto. O andamento fundamental da música é o andante, que se baseia no
batimento do pulso humano (80 batidas por minuto).
Em palavras mais simples, andamento é a velocidade da música. Essa velocidade é medida
pela quantidade de unidades de tempo que temos por minuto (BPM - Batidas Por Minuto).
Exemplo - num compasso de 4/4, a semínima vale um tempo, pois ela é a unidade de tempo. A
quantidade de semínimas que tivermos por minuto, será a velocidade (andamento) da música.
Os andamentos também são representados por nomes (de origem italiana).
Metrônomo
Do Grego metron, medida + nomos, padrão - qualquer aparelho que produz som ou flashes de
luz num determinado padrão de velocidade.
O metrônomo pode ser de pêndulo ou de pilha.
A velocidade (andamento) é expressa por números que vão de 40 a 208. O metrônomo
eletrônico oferece uma variação maior e mais precisa, de 35 a 250, com regulagem de 1 em 1
ponto. Estes números nos indicam quantas batidas por minuto (bpm) o metrônomo está
executando. Se você quer uma velocidade mais lenta, regule o metrônomo em um número
menor, e se você quer uma velocidade mais rápida, ajuste-o num número maior.
Por exemplo, ajustando o metrônomo em 60, ele vai produzir um "click" por segundo.
Ajustando em 120 ele vai produzir 2 "clicks" por segundo ou 120 batidas por minuto.
A velocidade com que a música vai ser executada pode ser expressa de várias maneiras:
•
•
•
com um valor numérico
com um termo em italiano
como uma combinação dos dois
Os termos em italiano se referem a mais de uma velocidade, deixando-a a livre interpretação
do executante. Já o valor numérico expressa a velocidade exata a ser executada a música.
Alguns dos Principais Andamentos
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•
•
•
•
•
•
•
21
Largo 40 a 60
Larghetto 60 a 66
Adagio 66 a 76
Andante 76 a 108
Moderato 108 a 120
Allegro 120 a 168
Presto 168 a 200
Prestíssimo 200 a 208
Acento e Dinâmica
O Sinal de Acento indica que a nota deve ser executada com mais intensidade (força) que as
outras.
A Dinâmica consiste nas várias formas de executar uma figura ou frase musical, em relação à
intensidade (maior ou menor força com que se executa a nota).
A dinâmica é responsável pelo "colorido" musical. Se não usássemos a dinâmica seríamos
obrigados a tocar todas as notas fortes ou todas fracas. Deste modo estaríamos impossibilitados
de expressar nossos sentimentos através das notas e dos timbres; anulando assim, o verdadeiro
conceito de música.
Alguns sinais de Dinâmica
Pianíssimo (pp) - muito leve
Piano (p) - leve
MezzoPiano (mp) - moderadamente leve
Forte (f) - forte
Fortíssimo (ff) - muito forte
Figuras Musicais
Figuras musicais são valores que indicam a DURAÇÃO DO SOM. É através delas que sabemos,
se um determinado SOM (nota) ou SILÊNCIO (pausa) tem uma duração longa ou curta. Também
são conhecidas como FIGURA DE VALORES.
As figuras musicais podem ser FIGURAS DE NOTAS (positivas), ou FIGURAS DE PAUSAS
(negativas).
•
FIGURAS DE NOTAS, também são conhecidas como valores positivos, figuras positivas
ou ainda duração, são figuras que indicam a duração do SOM.
•
FIGURAS DE PAUSAS, também são conhecida como valores negativos, figuras negativas
ou pausas. Elas determinam a duração do SILÊNCIO, ausência de som.
Cada figura positiva (de nota) tem uma figura negativa (de pausa) equivalente. O nome e o
valor de cada nota é o mesmo da figura de pausa, a diferença entre elas é que, a figura de nota
exige uma execução que emita som; já a figura de pausa, exige um espaço de tempo em silêncio,
conforme o valor de duração da figura.
Veja abaixo as principais Figuras Musicais:
Nº de
Referencia
Nome das Figuras
Notas
Pausas
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Semibreve
2
Mínima
4
Semínima
8
Colcheia
16
Semicolcheia
22
Os números de referência (veja no quadro anterior) são utilizados para representar a figuras
musical em uma fórmula de compasso. Entenderemos um pouco melhor a sua utilidade, estudando o
assunto fórmulas de compasso. É essa fórmula que vai determinar a duração exata das figuras e
quantos tempos terá o compasso.
Nenhuma figura tem uma duração pré-determinada, o que existe é uma relação de "metade e
dobro" entre uma figura e outra.
Ex.: A semibreve é a figura de maior duração, ela equivale a duração de 2 mínimas. A mínima
equivale a duração de 2 semínimas, e assim por diante
Leitura Rítmica
Antes do estudo da leitura rítmica, é fundamentais o estudo e a compreensão da notação
musical.
Leitura rítmica, como o próprio nome diz, refere-se a leitura das figuras musicais existente em
uma determinada pauta ou partitura. Ao lado, temos uma seqüência progressiva de estudo da
leitura rítmica.
Pratique-os, cantando as notas em voz alta (taaaa) e marcando os tempos do
compasso com palmas. Veja a representação abaixo:
Obs.: Quando aparecer as pausas, a marcação do tempo deve continua normalmente, porém
devemos respeitamos a sua duração em silêncio, pois como o próprio nome diz: são PAUSAS.
Na próxima página, temos uma pauta com 20 compassos, com figuras de SEMÍNIMAS (pausas
e notas). Pratique primeiramente uma linha por vez. Somente após se sentir confortável com a
leitura, pratique do começo ao fim, sem parar.
Comece marcando os tempos em um andamento (velocidade) lento!
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Abaixo, temos uma pauta com 20 compassos, com figuras de SEMÍNIMAS e COLCHEIAS. Pratique
primeiramente uma linha por vez. Somente após se sentir confortável com a leitura, pratique do
começo ao fim, sem parar.
Comece marcando os tempos em um andamento (velocidade) lento!
Na próxima página, temos uma pauta com 20 compassos, com figuras de SEMÍNIMAS,
COLCHEIAS e SEMICOLCHEIAS. Pratique primeiramente uma linha por vez. Somente após se sentir
confortável com a leitura, pratique do começo ao fim, sem parar.
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Comece marcando os tempos em um andamento (velocidade) lento!
TÉCNICA
Os exercícios técnicos tem com objetivo, proporcionar ao estudante uma certa habilidade,
através de exercícios que visão desenvolver a coordenação motora entre mão e pés.
Também tem como objetivo desenvolver a cadência e o sincronismo rítmico, sempre de uma
forma didática e progressiva.
Lembre-se, os exercícios técnicos são essenciais para um melhor desenvolvimento, pois
facilitam e aumentam a qualidade na hora da execução das batidas, viradas, etc...
Esses exercícios são recomendados como ESTUDO DIÁRIO, pois como o ditado diz: "A prática é a
mãe da habilidade!".
Mãos
Manuseio das Baquetas
Nessa página vamos observar atentamente a forma correta de segurá-las e manuseá-las,
utilizando a pegada moderna (onde ambas as mãos seguram a baqueta da mesma forma). Vale a
pena lembrar que existem outros tipos de pegada (como a pegada tradicional), mas não
recomendo aos iniciantes, pois cada mão segura a baqueta de forma diferente, dificultando assim
a assimilação.
Para melhor exemplificar, vamos dividir os dedos da
mão em duas partes: uma delas é o que chamamos
de “pinça” (dedo indicador e polegar), e a outra
chamamos de “mola” (dedo médio, anular e
mínimo).Veja nas figuras 1 e 2, a forma correta de
segurar a baqueta. Note que o polegar e o indicador
(pinça) estão na mesma altura, pressionando relaxadamente a baqueta, enquanto
os outros dedos (mola) apóiam a baqueta como se fosse um único dedo.
Observe também que a baqueta não sai da mão, ela vai somente até a linha do pulso, e fica
alinhada com o antebraço (como se fosse uma continuação dele). Isso vale para ambas as mãos.
Seguindo as instruções acima de “pinça e mola”, vamos incluir e observar agora, o
posicionamento das mãos, dos braços e dos antebraços, na hora de executar os toques.
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Veja as figuras 3 e 4. Repare que as unhas polegares estão uma de frente para a outra (de
lado), os braços estão relaxados e próximos ao corpo (não colados), os
antebraços juntamente com as baquetas, formam um “triângulo” e
miram o centro da caixa.
Além disso, é muito importante manter uma boa postura, e tomar
cuidado com os “maus hábitos”, como apoiar a mão na perna,
movimentar o corpo, etc.
Pulsos e Dedos
Agora vamos colocar em prática, o que vimos na página sobre o
manuseio das baquetas, executando alguns toques na “caixa da bateria,
ou em uma borracha de estudo*”, visando desenvolver a coordenação
entre as mãos, a qualidade, e a desenvoltura dos movimentos.
Antes de começar, não esqueça observar e de recordar alguns detalhes:
• Postura;
• Posicionamento de pinça e mola;
• Braços relaxados e próximos ao corpo;
• Execute os toques movimentando somente o pulso;
• Deixe a “caixa” (ou qualquer outro objeto em que for tocar) um pouco abaixo da linha
da cintura (veja a figura 3);
• Comece BEM DEVAGAR, aumentando a velocidade aos poucos, na medida em que for
dominando os exercícios.
Abaixo temos alguns exercícios empregados no aperfeiçoamento de pulsos e dedos, utilizando
toques simples ou alternados (DEDE, EDED), toques duplos (DDEE, EEDD), toques triplos (DDD
EEE), e toques quádruplos (DDDD EEEE). Pratique preferencialmente em uma borracha de estudo,
ou na própria CAIXA da bateria.
Obs.: Siga as instruções sobre o manuseio das baquetas, visto na página anterior.
•
Toques Simples (alternados)
•
Toques Duplos
•
Toques Triplos
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•
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Toques Quádruplos
Caso não possua “caixa, nem borracha de estudo”, pratique em qualquer superfície plana
(ex.: uma cadeira com uma toalha de rosto em cima).
Coordenação inicial
Muitas pessoas são naturalmente coordenadas. Algumas são mais coordenadas que outras.
Alguns de nós apenas temos que praticar um pouco mais. Mas não importa o quanto natural você
é quando toca bateria, a coordenação entre mãos e pés é algo que você sempre terá que
trabalhar (praticar).
Vamos começar com alguns exercícios para as mãos antes de incluirmos os pés. Toque cada
exercício 4 vezes e vá direto para o seguinte SEM PARAR
Legenda: D - mão direita
E - mão esquerda
P - pé
Exercício de coordenação nº 1 - repetir 4 vezes cada exercício.
1) D D D D D D D D
E
E
2) D D D D D D D D
E
E
E
E
3) D D D D D D D D
E
E
E
E
4) D D D D D D D D
E E
E E
5) D D D D D D D D
E E
E E
6) D D D D D D D D
E E
E E
7) D D D D D D D D
E
E E
E
8) D D D D D D D D
E E E
E E E
9) D D D D D D D D
E E E
E E E
10) D D D D D D D D
E
E E E
E E
Quando você repete um exercício várias vezes, é possível que você perca a concentração.
Talvez se esqueça quantas vezes repetiu o exercício. Talvez o próximo exercício exija uma maior
coordenação que o anterior.
Exercício de coordenação nº 2 - repetir 2 vezes cada exercício anterior, porém, mais
rápido.
Se você dominou os 10 exercícios sem nenhum erro, é hora de aprender algo sobre o bumbo.
Os exercícios a seguir são do mesmo tipo dos anteriores, mas depois do quarto compasso
eles ficam um pouco mais difíceis. Cada compasso possui um padrão diferente. Verifique que
todos os exercícios estão em compassos quaternários (4 tempos). Procure contar os tempos em
voz alta, isso você a saber em que tempo você está.
Exercício de coordenação nº 3 - repetir 4 vezes cada exercício.
1) D D D D D D D D
P
P
2) D D D D D D D D
P
P
3) D D D D D D D D
P
P
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4) D D D D D D D D
P
P
5) D D D D D D D D
P
P
P
6) D D D D D D D D
P
P P
7) D D D D D D D D
P
P
P
8) D D D D D D D D
P P
P
P
9) D D D D D D D D
P P
P P
10) D D D D D D D D
P
P P
P
P
Você está pronto para tentar num andamento mais rápido? Não se preocupe se você não
conseguir fazer o exercício todo na primeira vez que tentar. Concentre-se no exercício, persista.
Se você não consegue hoje, esteja certo de que conseguirá na próxima semana.
Exercício de coordenação nº 4 - repetir 2 vezes cada exercício anterior, porém, mais
rápido.
Daqui para frente começaremos a ler MÚSICA! Isso realmente não é muito difícil de se fazer,
mas por algumas razões, metade dos bateristas que tocam por aí não dão atenção para a leitura.
É muito mais fácil aprender lendo os exercícios e vir a entender o que realmente está "havendo"
na música, do que tocando de "ouvido".
Nesta lição veremos alguns ritmos de Rock usando o CHIMBAL, CAIXA e BUMBO, mas antes de
começar com os ritmos vamos fazer alguns exercícios preparatórios.
Faça estes exercícios várias vezes prestando atenção no andamento e procurando aplicar a
mesma forca para todas as notas.
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Pés
Para se tocar bateria, também é muito importante a utilização dos pés. Vamos observar e
aprender a forma correta de utilizar os pedais, e também praticar alguns exercícios envolvendo
bumbo e chimbal (com os pés, é claro).
Posicionamento dos Pés
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Assim como as mãos, os pés também precisam de atenção especial, antes de exercita-los,
vamos observar a forma correta de usar os pedais.
A princípio, acione os pedais sem tirar o apoio do calcanhar dos pedais.
Bumbo e Chimbal
Estudaremos alguns exercícios visando desenvolver a cadência entre o pé direito (bumbo) e o
pé esquerdo (chimbal) para os destros, e vice-versa, para os canhotos. Obs.: Siga as instruções de
como utilizar os pedais (página acima).
•
Toques Simples (alternados)
•
Toques Duplos
•
Toques Triplos
•
Toques Quádruplos
Mãos e Pés
Bem, agora que já estudamos individualmente as mãos e os pés, vamos uni-los, e estuda-los
simultaneamente.
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30
Estudaremos alguns Exercícios de Velocidade, pois além desenvolver a velocidade, eles
também são ótimos para o desenvolvimento do sincronismo, da cadência e da qualidade dos
toques. Esses exercícios serão muito úteis nos estudos de viradas.
Pratique-os, primeiramente lento. Note que o chimbal está marcando todos os tempos do
compasso, pois então acompanhei-o, tocando as notas de caixa com sincronismo e cadência. Em
caso de dúvidas em relação a leitura e sua execução, consulte a página fórmulas de compasso.
•
Caixa em Colcheias
•
Caixa em Semínimas e Colcheias
•
Caixa em Semicolcheias
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•
31
Caixa em Colcheias e Semicolcheias
BATIDAS & CIA
Esta seção visa colocar de uma forma musical os elementos estudados nas outras sessões.
Vamos denominar essa forma musical de BATIDAS, também conhecida com LEVADAS, ou ainda
GROOVES. Essas batidas podem ser utilizadas nos mais variados estilos musicais (rock, pop,
reggae, ska, funk, baladas, country, etc...), além de abrir caminho a sua criatividade, e aos mais
variados estilos musicais.
A batida é o coração da música, ou seja, é ela quem dá o pulso, o ritmo à música. E essa é a
principal função do baterista!
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Para uma melhor assimilação dos estudos a partir desta sessão, é recomendável aos
iniciantes, o estudo das sessões anteriores para que não haja dúvidas ou deficiências técnicas
quanto a execução das batidas.
Obs.: Ao praticar, use protetores oriculares, e se possível, estude com o auxílio de um
metrônomo.
Antes de tocar as BATIDAS, é importante uma pequena preparação, para um melhor
desenvolvimento da coordenação, pois conseqüentemente facilitará a execução das batidas.
Nesta seção, vamos praticar alguns exercícios usando dois ou três membros
simultaneamente.
Preparação
Na página acima temos alguns exercícios utilizando apenas dois membros. Um dos membros,
a mão direita (destros) executará toques com a baqueta no CHIMBAL (feche-o pressionando com
o pé). O outros membros serão: pé direito (bumbo) ou a mão esquerda (caixa), veja a
nomenclatura acima.
Para os canhotos, é só inverter tudo.
Como executar os exercícios:
Veja os exercícios ao lado, a mão direita (no chimbal fechado) está marcando todos os
tempos (1, 2, 3, 4). Essa marcação tem que ser precisa, ou seja, todas as notas de chimbal tem
que ter o mesmo intervalo de duração, de preferência em um andamento lento.
As notas que estiverem sob o chimbal, deverão ser tocadas ao mesmo tempo, podendo ser:
chimbal e bumbo; ou chimbal e caixa.
Vamos analisar o primeiro exercício: No 1º tempo: chimbal e bumbo ao mesmo tempo; No
2º, 3º e 4º tempo: somente o chimbal
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Conduzindo em Colcheias
Esta sessão está separada por grupos de batida:
•
O 1º grupo, enfatiza o estudo de batida com a CAIXA e BUMBO em SEMÍNIMAS.
•
O 2º grupo, contém alguns elementos do 1º grupo, mas enfatiza o estudo de batidas com
a CAIXA e BUMBO em COLCHEIAS.
O 3º grupo, também contém os elementos dos outros dois grupos, só que enfatizando o
estudo de batidas com a CAIXA e BUMBO em COLCHEIA PONTUADA.
•
Caixa e Bumbo – Semínima
Batidas 1
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DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS:
Batidas com o chimbal em colcheias. Notas de caixa e bumbo em semínimas.
DICAS: Pratique primeiramente de uma forma lenta. Não tenha pressa. A qualidade e mais
importante do que a quantidade ou a velocidade!
Caso tenha dificuldades, pratique os exercícios por partes. Ex.: toque somente as notas de
chimbal. Depois acrescente a caixa. E por último, acrescente o bumbo.
Batidas 2
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DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS:
Batidas com o chimbal em colcheias. Notas de caixa e bumbo em semínimas (pausas).
Caso tenha dificuldades, pratique os exercícios por partes. Ex.: toque somente as notas de
chimbal. Depois acrescente a caixa. E por último, acrescente o bumbo.
Viradas
Viradas são passagens executadas em determinadas partes da música, utilizadas para
destacar ou dar algum efeito. Geralmente são executadas no quarto compasso, ou múltiplos de
quatro compassos (oito, doze, dezeseis, etc).
Vamos praticar algumas viradas com notas em "seminímas", utilizando algumas batidas já
estudadas.
Peças da bateria utilizadas nas Viradas:
Pratique os exercícios abaixo da seguinte forma: três compassos de "batida" e um compasso
de "virada".
Caixa e Bumbo – Colcheias
Batidas 3
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DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Notas de caixa e
bumbo em colcheias.
Batidas 4
DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Notas de caixa e
bumbo em colcheias (continuação).
Batidas 5
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DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Notas de caixa e
bumbo em colcheias (pausas).
Batidas 6
DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Notas de caixa e
bumbo em colcheias (pausas - continuação)
Viradas 2
Caixa e Bumbo – Colcheia Pontuada
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Batidas 7
DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Notas de caixa em
colcheia pontuada.
Batidas 8
DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Notas de bumbo em
colcheia pontuada.
Batidas 9
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Batidas 10
Viradas 3
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Conduzindo em semínimas
Batidas 11
DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em semínimas. Notas de caixa e bumbo
em semínimas
Batidas 12
DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em semínimas. Notas de caixa e bumbo
em colcheias.
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Batidas 13
DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS: Batidas com o chimbal em colcheias. Notas de caixa e bumbo
em colcheias (pausas).
Acentos e Notas Fantasma Aplicadas ao Groove
Conceito de dois níveis de dinâmica
Introdução
Há três tipos de "sons" na bateria contemporânea - a caixa, o bumbo e o chimbal. Estes
componentes da bateria requerem muita atenção porque a maior parte da música moderna é
baseada nestas três vozes. Os exemplos que daremos aqui são baseados em bumbo, caixa,
chimbal e prato de condução, mas você pode expandir as possibilidades de cada exercício,
aplicando outros timbres como cowbells, ton tons, blocks, pandeiros, etc. O objetivo principal é
desenvolver dois níveis de som - as notas acentuadas e as não acentuadas. Na execução da
bateria há mais que dois níveis de som, mas para os propósitos do nosso estudo, usaremos
apenas dois níveis.
Não se trata somente do que tocamos, mas também de onde tocamos, visto que os
instrumentos acústicos oferecem diferentes timbres dependendo do ponto onde se percute(toca).
Caixa
Notas acentuadas - você pode usar o rimshot para acentuar a caixa. Toque no centro caixa
com a ponta da baqueta e, ao mesmo tempo, no aro com o corpo da baqueta. Essa técnica
produz um som mais forte e mais "encorpado" da caixa.
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Notas não acentuadas - tocadas com extrema suavidade, chamadas também de notas
fantasma. Para executá-las, os dedos, pulsos e braços devem estar livres de qualquer tensão. São
tocadas geralmente no centro da pele.
Chimbal
Notas acentuadas - toque na borda do chimbal com o corpo da baqueta.
Notas não acentuadas - toque no "corpo" do chimbal (não na cúpula) com a ponta da baqueta.
Bumbo
Para o bumbo esse conceito de dois níveis de dinâmica não será um problema porque a maior
parte do tempo ele é solicitado a tocar notas acentuadas. A distancia entre os níveis de dinâmica
usados no bumbo são menores que os requeridos pela caixa e outras vozes. Estamos falando aqui
dos bumbos aplicados aos grooves. Para outros estudos, de improvisação por exemplo, serão
aplicados todos os níveis de dinâmica no bumbo. Por isso não devemos negligencia esse
instrumento tão importante que é o coração da bateria.
Prato de Condução
Notas acentuadas - toque no prato uns 25 cm abaixo da cúpula. Isso produz um som mais
controlado e evita que o prato "abra" demais. Para destacar ainda mais as acentuações no prato
de condução, você pode tocá-las com o corpo da baqueta na cúpula do prato.
Notas não acentuadas - toque com a ponta da baqueta no corpo do prato uns 25 cm abaixo da
cúpula.
Equilíbrio Entre os Dois Níveis de Dinâmica
Manter um equilíbrio entre os dois níveis de dinâmica é muito importante. Como vimos
anteriormente, há três sons básicos na bateria contemporânea. É interessante observar nos
discos como a bateria é mixada e verificar os volumes de cada voz. É claro que isso varia de
acordo com o estilo que está sendo tocado, mas de uma maneira geral temos a caixa num nível
mais alto, seguida pelo bumbo e depois pelo chimbal. Quando executar um groove pense nesse
conceito e procure manter uma boa constância no nível de volume da caixa, bumbo e chimbal.
Toque o groove por completo, mas concentre-se em cada voz separadamente para verificar se
não há variação de uma nota para outra.
As seguintes observações irão nos ajudar a desenvolver o conceito de dois níveis de dinâmica:
•
•
•
os acentos devem ser tocados aproximadamente uns 25 cm da pele, e as notas não
acentuadas uns 2 cm da pele;
combine o som do chimbal e da caixa nas notas não acentuadas;
a diferença de volume entre os dois níveis deve ser o mesma - do forte (f) ao pianíssimo
(pp). O volume geral da bateria é determinado pelo estilo que está sendo tocado, porém a
distância relativa entre os dois níveis de volume será a mesma.
Vamos fazer uma outra consideração antes de começarmos os exercícios. Analise os dois
exemplos abaixo:
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Temos o "velho" paradiddle, na primeira versão sem nenhum acento e na segunda com alguns
acentos. Toque as duas versões e observe a diferença de som. O exemplo sem os acentos é
interessante, mas um tanto monótono. Já o segundo exemplo, possui um "feeling" bem mais
musical. Com isso, notamos que a diferença de dinâmica é que produz o "molho" e o "feeling" do
groove. Portanto vamos estudá-los com muita dedicação!
Exercícios Preparatórios
Vamos fazer alguns exercícios preparatórios para a aplicação das notas fantasmas. Para isso,
começaremos com os grooves de mãos alternadas no chimbal. Note que para cada padrão de
bumbo temos cinco variações das mãos. São elas:
1.
2.
3.
4.
alternando o chimbal com as mãos DEDE;
passando a mão direita para o prato de condução e mantendo a mão esquerda no chimbal;
passando a mão direita para o chimbal e a mão esquerda na a caixa com notas fantasma;
passando a mão direita para o condução, a mão esquerda na caixa com notas fantasma e
o chimbal com o pé esquerdo na cabeça dos tempos;
5. idem ao 4 com o chimbal no pé esquerdo nos contra tempos.
Estes exercícios requerem muita paciência e disciplina. Só após ter dominado um exemplo
passe para o outro. Note que nestes exercício precisamos deslocar sempre a mão direita para a
caixa para fazermos os acentos. Mais tarde, veremos outros exercícios para evitar isso, portanto
domine esses exemplos primeiro.
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Tercinas em Bumbo e Caixa
Este exercícios vão nos ajudar a desenvolver uma coordenação entre as mãos e pés, usando
as tercinas. Repita cada exercício quantas vezes for necessário, até obter contrôle sobre ele.
Trabalhe inicialmente num andamento moderado e tente manter as duas vozes(bumbo e caixa)
equilibradas. Esteja certo de que o bumbo não está nem mais alto(forte), nem mais baixo(fraco)
que a caixa.
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Acentuando as Tercinas
Temos aqui, alguns exemplos de acentuações em tercinas. Note que o chimbal está marcando
a cabeça dos tempos. Preste atenção nas manulações, e procure manter um equilíbrio entre as
notas. Estes exercícios são usados para o desenvolvimento de fills e improvisação, e
proporcionam uma "limpeza" na técnica.
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Pratique estes exercícios prestando atenção nas manulações e procurando "tirar" o mesmo
som das duas mãos, tanto nas notas acentuadas como nas notas não acentuadas.
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Fortalecendo o Groove
Introdução
Manter um groove sólido é o elemento mais importante para a execução da bateria, não
importando se é um padrão rítmico simples ou complexo, e nem o andamento que está sendo
executado.
A maneira pela qual o tempo é percebido, é muito importante. Ed Soph, um grande baterista e
professor, diz que "um andamento consistente é produzido por notas e pausas colocadas
exatamente cada uma nos seus respectivos lugares. As pausas ou silêncios entre as notas devem
ser percebidas, assim como as notas que são tocadas". Isto é uma questão de treino, aprender a
perceber os intervalos existentes entre as notas.
Trabalhar com um metrônomo ou um sequenciador pode ser de grande benefício neste
processo de aprendizagem. Tocar os padrões rítmicos até obter um bom "feel" pode ser um tanto
tedioso, mas é compensador. Gravar a si mesmo para observar os erros de andamento é também
muito útil. A falta de concentração também é um fator que influencia na variação do andamento.
Vejamos agora, algumas sugestões para a prática dos exercícios:
•
•
•
•
pratique com um metrônomo ou sequenciador;
esteja certo de que cada exercício foi praticado lentamente no começo. Comece com 60
bpm, então aumente gradativamente o andamento;
pratique cada exercício por 5 minutos sem interrupção, mantendo um groove constante.
Enquanto toca, focalize cada membro e relaxe, lembrando-se que a tensão inibe a
execução.
sem tocar nenhuma nota, mentalize o que cada membro tem que fazer, esteja certo da
função de cada um e como eles irão contribuir para a formação do groove completo.
Isto é uma das coisas mais importantes a fazer para o desenvolvimento da coordenação. Se
você está tendo problemas para coordenar suas mãos e pés, uma ótima coisa a se lembrar é que
coordenação é basicamente organização.
Pratique cada exercício prestando atenção às notas acentuadas e às não acentuadas. Quando
houver exercícios com manulações que você nunca viu, procure dominá-las primeiro, depois você
as aplica aos ritmos.
Acentuando a Condução
Estes exercícios são bem simples mas ajudam a desenvolver um equilíbrio entre as mãos e pés, e
também a "limpar" o som do prato de condução. Faça os acentos na cúpula do condução
destacando bem as cabeças de tempo e os contra tempos. Lembre-se de focalizar cada membro
separadamente para obter a melhor qualidade de som possível.
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Exercícios Combinatórios
Para manter um groove "forte" é preciso ter um bom equilíbrio entre os membros. Nos
exercícios abaixo temos algumas variações de bumbo aplicadas às seguintes combinações:
1.
2.
3.
4.
condução
condução
condução
condução
e chimbal na cabeça dos tempos;
na cabeça dos tempos e chimbal nos contra tempos;
nos contra tempos e chimbal na cabeça dos tempos;
e chimbal nos contra tempos.
Pratique cada variação separadamente e depois passe de uma variação para outra sem
interrupção. Comece lento (60 bpm) e concentre-se em cada membro separadamente,
verificando a igualdade de uma nota para a outra e mantendo um equilíbrio no groove como um
todo. Primeiramente temos oito variações de bumbo em colcheias e depois oito variações em
semicolcheias. Não "corra" simplesmente através dos exercícios, pratique cada um com bastante
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Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário atenção e disciplina.
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Independência da Mão Direita
Estes exercícios tem como objetivo permitir a execução de várias figuras rítmicas com a
condução (mão direita para os destros) enquanto mantemos um padrão de bumbo e caixa. Antes
de começarmos os exercícios, vamos ver algumas aplicações interessantes que esse estudo
permite:
1. Podemos manter um padrão simples de bumbo e caixa e fazer variações na condução.
2. Podemos fazer os fills sem interromper o rítmo.
3. Podemos fazer uma linha de percussão com a mão direita enquanto mantemos o padrão
rítmico com o bumbo e caixa.
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Estudos de Bumbo
Se considerarmos os estudos de técnica para bateria, e analisarmos onde os esforços e a
atenção é concentrada, vamos descobrir que, geralmente o bumbo é negligenciado quando
comparado com as outras vozes(instrumentos) da bateria. Há algumas razões prováveis para isto.
Primeiramente pelo ênfase que damos aos Rudimentos e combinações possíveis entre as mãos.
Outro aspecto é que, quando somos iniciantes, somos solicitados a tocar(aprender) padrões
rítmicos simples entre a caixa, chimbal e bumbo. Aí, acrescentamos variações de pratos, fills na
caixa e tambores, acentuações, etc. Isto é bom, pois as mãos são muito importantes, mas os
bateristas geralmente se esquecem da importância dos pés, até que um dia, geralmente numa
"gig" eles deparam com uma situação onde vão descobrir que seus pés não estão tão
desenvolvidos quanto as mãos. Para evitar isso, é importante que o baterista, desde os primeiros
passos, procure dar importância tanto aos pedais quanto aos rudimentos; e ainda, à combinação
entre eles.
Pedal Simples
Faremos aqui alguns exercícios para o desenvolvimento do bumbo, com variações de
semicolcheias. Na segunda parte temos uns exercícios em 12/8. Procure praticá-los com bastante
atenção verificando se o bumbo e a caixa estão no mesmo volume. Comece lento, dando
prioridade para o equilíbrio entre as notas e não a velocidade.
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Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Parte 1
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Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Parte 2
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Pedal Duplo
Antes de começarmos os exercícios, vamos pensar em alguns conceitos básicos. Primeiro você
pode fazer os exercícios de rudimentos com os pés. Mas você pode dizer - "Eu não tenho pedal
duplo". Bem, mas você pode usar o seu chimbal. Isso pode ajudar você a desenvolver grande
habilidade com os pés e te dará algumas idéias para diferentes variações rítmicas.
Ok, vamos começar com alguns exemplos de aplicação dos rudimentos nos pedais. Procure
fazer os exercícios num andamento lento, com o acompanhamento do metrônomo.
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Obs: Para não congestionar a partitura não utilizaremos as indicações D e E nos bumbo. Ao invés
disto, utilizaremos o primeiro espaço do pentagrama para o pé direito e a primeira linha para o pé
esquerdo
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Sugestões - comece praticando cada padrão de pedais até que você possa tocá-los sem
dificuldades. Depois pratique cada padrão de mãos da seção 1 com cada padrão de bumbo da
seção 1. Comece devagar. Esteja certo de que os membros estão em sincronismo uns com os
outros antes de aumentar o andamento. Algumas combinações de mãos e pés serão mais difíceis
que outras, e vão exigir muita prática e paciência. Siga o mesmo procedimento com as seções 2 e
3.
O próximo passo é tocar todos os padrões de mãos sem interrupção, repetindo 8 vezes cada
um, enquanto toca uns dos padrões de pedais. Os vários padrões de mão e cada seção vão ajudar
não somente na coordenação, mas vão dar a impressão de diferentes "feels" de Rock, tornando
os exercícios mais práticos e musicais.
Para ajudar na resistência, pratique cada exercício o máximo que puder sem interrompê-lo.
Use o metrônomo para verificar sua precisão e progresso. Nunca pratique além dos seus limites,
comece devagar. Se possível procure gravar sua prática para uma melhor análise do seu
desenvolvimento.
Seção 1
Padrões de bumbo
Padrões de mãos
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Seção 2
Padrões de bumbo
Padrões de mãos
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Seção 3
Padrões de bumbo
Padrões de mãos
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FILL
Conceito
O fill é uma pequena combinação de notas usadas para enfatizar as diferentes partes de uma
peça musical. Ele pode variar de meio tempo até dois compassos completos.
Inicialmente, há uma tendência de se acelerar o andamento quando se usa o fill. Para corrigir
isso, é necessário praticá-lo com ajuda de um metrônomo e contando os tempos em voz alta.
Introdução aos Rudimentos
Ser bom em alguma coisa (especialmente em Bateria), geralmente não é fácil. Isso pode, às
vezes, ser frustrante porque sua cabeça quer tocar coisas que seus músculos não conseguem. É
aí que entra a paciência e a dedicação. Às vezes, você precisa repetir exaustivamente um
exercício até que ele fique correto. Se você quer ficar bom, tem que PRATICAR!
Postura - você deve gastar algum tempo para ajustar o banco e a caixa numa posição
confortável, que permita que você mantenha os braços e ombros completamente relaxados e a
coluna reta. Na hora de comprar seu banquinho, não economize dinheiro. Escolha um modelo que
ofereça maiores opções de regulagem. Não use cadeiras! As cadeiras são geralmente muito
baixas e não permitem uma posição confortável da coluna.(evite lesões e esforços
desnecessários!).
Rebote - vamos começar com o conceito de rebote (Rebound Strokes). Se você jogar uma
bola de "ping-pong" numa mesa, ela vai completar uma série de "pulos", até que perca a força.
Para sustentar o movimento da bola, temos que golpeá-la novamente. Na bateria, a "pele" do
instrumento se encarrega de fazer o rebote (retorno da baqueta). Quanto mais forte você golpear
a pele, mais alto será o retorno da baqueta.
Vamos fazer uma experiência - mantenha sua mão direita aberta e com os músculos
relaxados. Agora faça um movimento para os lados como se estivesse dando "tchau". Faça o
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mesmo movimento, porém, com a mão fechada. Perceba como o movimento ficou "duro", tenso.
Quanto mais tensão você aplicar, mais lentos serão os movimentos e consequentemente as
batidas (notas). Permaneça relaxado e use os movimentos dos pulsos e dedos, não dos braços.
Estudaremos esses movimentos mais adiante.
Posição correta dos dedos para segurar a baqueta
É importante uma posição correta dos dedos, pulsos, antebraços e braços ao segurar a
baqueta; para conseguirmos controlar o rebote e aplicarmos os movimentos de upstroke,
downstroke e tap, assim como o flam e todos os outros movimentos usados na execução da
bateria.
1º passo - segure a baqueta com o polegar e o indicador. Cada modelo de baqueta
possui peso e dimensões diferentes. Por isso você deve descobrir o "ponto de
equilíbrio" da baqueta, tocando na caixa e procurando obter o maior número
de rebotes possível.
2º passo - agora feche a mão, fazendo com que os três dedos restantes
encostem na baqueta sem agarrá-la. Apertar demasiadamente a baqueta
apenas provoca tensão, o que trará dificuldades ao tocar os rulos e notas fantasma.
3º passo - para a mão esquerda simplesmente repita os mesmos conceitos
da mão direita.
Agora, coloque a ponta das duas baquetas no centro da pele. Deixe a palma das
mãos para baixo. Assim as baquetas formarão um ângulo de 90°. Lembre-se de deixar os pulsos,
braços e ombros totalmente relaxados.
Procure tocar todas as notas no centro da pele, isto fará com que as duas mãos "tirem" o
mesmo som do instrumento. Note que cada ponto da pele produz um som diferente - quanto mais
próximo ao aro, mais fraco é o som.
Verifique a "pegada" em vários ângulos:
Pratique o exercício abaixo, chamado de "8 por mão". Nele, você vai isolar 8 batidas para cada
mão e poderá se concentrar nos Rebotes. Use um movimento completo do pulso para cada
batida, mas lembre-se de deixar a pele do instrumento fazer o retorno da baqueta. Permaneça o
mais relaxado possível!
DDDDDDDDEEEEEEEE
Exercícios de manulação - faremos agora alguns exercícios para desenvolver uma
coordenação entre as mãos. Usaremos D para a mão direita e E para a mão equerda. O propósito
dos exercícios é de manter uma "qualidade de som", isto é, equilíbrio entre as notas, não
importando se estamos tocando rápido ou devagar.
Algumas coisas que devemos observar:
•
•
•
•
•
Use um movimento completo do pulso para cada batida (o braço somente se move em
reação ao pulso);
Seu braço deve estar paralelo ao chão quando você toca na caixa;
O antebraço e o ombro devem estar relaxados e próximos ao corpo;
A ponta da baqueta deve bater no centro da pele;
Trabalhe para manter uma firmeza de andamento (velocidade).
Manulações:
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106
1. Oito toques com a mão direita e oito toques com a mão esquerda
DDDDDDDDEEEEEEEE
2. Quatro toques para cada mão
DDDDEEEEDDDDEEEE
3. Dois toques para cada mão
DDEEDDEEDDEEDDEE
4. Um toque para cada mão
DEDEDEDEDEDEDEDE
5. Combinação de mãos 1
DEDDEDEEDEDDEDEE
6. Combinação de mãos 2
DEEDEDDEDEEDEDDE
7. Combinação de mãos 3
DDEDEEDEDDEDEEDE
8. Combinação de mãos 4
DEDEEDEDDEDEEDED
Você conseguiu fazer o exercício todo duas vezes sem erro? Meus parabéns. Você prestou
atenção nos movimentos dos pulsos e manteve um andamento constante? São em exercícios
como estes que devemos desenvolver também a nossa paciência. Lembre-se: se você quer ser
um grande músico, comece agora e exija disciplina de você mesmo!
Rudimentos
É extremamente importante que o baterista tenha completo domínio sôbre as duas mãos, não
importando se ele é canhoto ou destro. É o que chamamos de ambidestria. Além disso, do ponto
de vista técnico, o estudante deve propor-se a desenvolver uma coordenação e equilíbrio entre as
duas mãos; resistência e velocidade. Por isso, torna-se fundamental a prática dos rudimentos.
No dicionário, rudimento é descrito como; "Elemento inicial, Princípio, Condição...". Os
rudimentos são os primeiros passos e fundamentos da percussão em todo mundo. Você deve
começar, aprendendo os rudimentos, desde os primeiros dias que comprar as baquetas. Se você
quer realmente dominar a arte da percussão, não importando se você vai tocar caixa numa Banda
Militar ou bateria numa Banda de Rock'n'roll, deve praticar os rudimentos!
Os Rudimentos são divididos em "famílias":
•
•
•
•
•
a
a
a
a
a
família
família
família
família
família
do
do
do
do
do
Paradiddle
Single Stroke (toque simples)
Double Stroke (toque duplo)
Flam
Drag
Paradiddles
Os Paradiddles são um dos rudimentos mais importantes de se praticar porque, se você
aprendê-lo corretamente, você vai ter controle sobre TRÊS dos CINCO movimentos básicos
requeridos na prática da bateria. São eles - UPSTROKE, DOWNSTROKE e o TAP. Procure dominar
esses conceitos que são essenciais na execução da bateria.
Single Paradiddle
O Single Paradiddle - os primeiros três toques que você vai aprender no Single Paradiddle
serão aplicados a todos os rudimentos e técnicas que você vai usar quando tocar um instrumento
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de percussão. Trabalhe duro para dominar cada conceito. Não "corra", simplesmente através dos
exercícios. Vamos manter a cabeça aberta para aprendermos novos conceitos.
O Single Paradiddle é uma combinação de três tipos de técnicas: o downstroke, o upstroke e o
tap. Se você conhece o Paradiddle simplesmente como uma combinação de mãos, veremos aqui,
alguns conceitos preparatórios:
Downstroke - toda vez que você bate (toca) num tambor, a baqueta sobe, em reação
à força aplicada. Aprender a controlar a pressão da baqueta antes dela tocar na pele, é um
dos aspectos mais importantes para se tocar bateria. Para se tocar o downstroke ou toque
acentuado corretamente, você deve apertar levemente a mão na hora do impacto para
controlar o rebote natural(sem esmagar a baqueta na pele).
Levante a baqueta na altura do ombro mas mantenha o antebraço próximo ao corpo.
Agora toque na caixa, apertando um pouco a baqueta na hora do impacto. A baqueta deve
parar não mais que 2 centímetros acima da pele.
Enquanto você pratica esse exercício, pense em dois movimentos separados: o
downstroke e o movimento de levantar a baqueta.
Nota: segure firmemente a baqueta no momento em que ela toca na pele, mas relaxe
imediatamente após o impacto.
Upstroke - o upstroke é responsável pela fluência natural dos braços e pulsos quando
tocamos os acentos.
Para tocar o upstroke, comece com a baqueta mais ou menos 2 centímetros acima da
pele. Quando você toca uma nota suave, o pulso desce levemente. Continue o movimento
do braço e traga a baqueta na altura do ombro, este é o upstroke completo.
Up e Downstroke no paradiddle - vamos agora dar uma "parada" no movimento do
upstroke. Esta "parada" se refere ao movimento do pulso quando toca a nota não
acentuada.
É importante que você veja o paradiddle como uma combinação de diferentes movimentos,
não apenas como uma combinação de toques simples e duplos.
Lembre-se que o downstroke deve ser tocado com um movimento relaxado do braço, parando
a baqueta mais ou menos 2 cm acima da pele depois do impacto. Fique o mais relaxado possível
no upstroke e toque-o bem suave.
Finalizando o Paradiddle
Finalmente chegamos ao Single Paradiddle completo. Antes de iniciá-lo, esteja certo de que
você não tem nenhuma dúvida sôbre os conceitos anteriores (up e downstroke).
Resta agora adicionar os Taps que no caso do paradiddle, são as duas notas "suaves" tocadas
com a mesma mão. Para os taps, levante a baqueta uns 2 centímetros da pele, mantendo o pulso
livre de qualquer tensão.
Assim temos o paradiddle completo:
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Double Paradiddle
O Double Paradiddle é similar ao Single Paradiddle, adicionado de dois TAPS (ou um acento e
um TAP, dependendo de como você tocá-lo). A outra diferença pé que o Double Paradiddle possui
um "feeling" de três batidas e o Single Paradiddle possui um "feeling" de duas batidas.
Antes de começar a estudar esse rudimento você precisa estar apto a tocar o Single
Paradiddle e ter dominado as técnicas de UPSTROKE, DOWNSTROKE e TAP.
Oficialmente, o Double Paradiddle tem apenas um acento, mas você também vai encontrá-lo
escrito com dois acentos. É importante você aprender as duas versões porque elas tem uma
diferença fundamental na maneira como são tocadas.
Vamos começar com a versão de um acento.
Este exercício divide o Double Paradiddle em alguns "passos" para que possamos nos
concentrar nos movimentos das mãos.
Comece com sua mão levantada, e toque o acento (downstroke), lembrando-se de pressionar
a baqueta com os dedos no momento do impacto para anular o rebote natural da baqueta.
As notas entre os acentos (chamadas de notas internas) devem ser o mais suaves possível.
Quanto menos tensão você aplicar sobre os músculos, mais rápidos serão seus movimentos.
Deixe o acento fluir de uma mão para outra - o UPSTROKE se encarrega dessa fluência. Não
hesite em usar um pequeno movimento do antebraço se ele ajudar na "fluência" dos movimentos,
mas lembre-se de manter as batidas internas com um movimentos relaxado do pulso.
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Lembre-se de se manter o mais relaxado possível nas notas internas, mas controle o acento
com uma leve pressão dos dedos.
Veremos agora, a versão de dois acentos do Double Paradiddle.
Às vezes esta é uma maneira mais fácil dos principiantes aprenderem o Double Paradiddle
porque ela é similar ao Single Paradiddle.
Há uma diferença básica entre tocar o Double Paradiddle com um acento e com dois acentos:
toda vez que você toca dois acentos em sequência com a mesma mão, ele se torna um REBOTE.
É comum ver bateristas que não conseguem tocar o Double Paradiddle de dois acentos rápido,
porque eles estão pensando nos dois acentos como DOWNSTROKE, pressionando a baqueta entre
um acento e outro.
Neste exemplo, use um REBOTE e um DOWNSTROKE com um TAP suave entre eles. Lembrese: apenas pressione a baqueta no segundo acento, deixe o volume do acento a cargo da altura
da baqueta.
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Triple Paradiddle
O Triple Paradiddle também é similar ao Single Paradidle, adicionado de quatro TAPS (ou dois
acentos e dois taps, dependendo de como você tocá-lo).
Se você praticou bem o Single Paradiddle é só adicionar os quatro TAPS. Não haverá grande
dificuldade, apenas preste atenção para a quantidade de notas que compõe este rudimento.
Oficialmente, o Triple Paradiddle possui apenas um acento, mas você também poderá vê-lo
escrito com três acentos. Vamos começar estudando o Triple Pradiddle com três acentos, porque
ele é mais fácil de se compreender.
Neste exercício toque 3 acentos com uma mão e os Taps entre os acentos com a outra mão.
Lembre-se que toda vez que você toca dois ou mais acentos com a mesma mão, eles se
tornam REBOTES.
Depois que você dominar o exercício 1a, adicione um Single Paradiddle no lugar da semínima
(1b). lembre-se de manter as notas internas o mais relaxadas possível e deixe o acento fluir de
um compasso para outro com o Upstroke.
Quando tocamos o Triple Paradiddle com um acento, devemos nos lembrar que o acento é
tocado como um Downstroke - quer dizer que vamos ter que pressionar levemente a baqueta na
hora do impacto, para anular a reação natural da pele.
Neste exercício, ouça cuidadosamente as 3ª, 5ª e 7ª notas para estar certo de que não estão
sendo tocadas mais alto(forte) que as 2ª, 4ª e 6ª notas. Essa desigualdade ocorre quando não
controlamos o acento (Downstroke) no começo do rudimento. Lembre-se: temos duas alturas da
baqueta - uma para as notas acentuadas e outra para as notas internas.
Paradiddle-diddle
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Antes de estudar esse rudimento, esteja certo de que você tenha dominado os conceitos de
UPSTROKE, DOWNSTROKE e TAP.
O Paradiddle-diddle começa da mesma maneira que o Single Paradiddle. A diferença é que não
vamos usar um UPSTROKE na segunda nota, a segunda nota vai ser um Tap suave seguido de
dois REBOTES. Quando um baterista tem problemas ao tocar esse rudimento rápido, é porque ele
não mantém as notas internas relaxadas e não toca as batidas duplas como REBOTES. Não estar
relaxado quer dizer gastar mais energia que o necessário!
Sabendo da importância de fazer um movimento relaxado nas notas internas, pratique o exercício
a seguir. Lembre-se de pressionar levemente a baqueta na hora do acento, mas relaxe
imediatamente nas notas seguintes. Fique atento para não erguer muito a baqueta nas notas
internas. Assim que você aumentar o andamento, permita que os TOQUES DUPLOS se tornem
REBOTES DUPLOS.
Aplicar pressão demais sobre os dedos faz com que as batidas internas fiquem desiguais.
Agora, se quisermos desenvolver a velocidade no Paradiddle-diddle, precisamos primeiro ter
controle sobre o REBOTE do acento.
O importante conceito desenvolvido através desse exercício é o relaxamento da "pegada" nas
notas internas. Quando tocamos um REBOTE DUPLO com a pegada relaxada, REBOTE será mais
aberto (mais espaço entre as duas notas). Se a pegada estiver tensa o REBOTE sairá tenso
também.
Assim que aumentarmos o andamento devemos ter o cuidado de não deixarmos o
REBOTE se tornar um "buzz", ao invés de um REBOTE DUPLO.
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Procure aplicar esse conceito no exercício abaixo. Basicamente o mesmo que o exercício
anterior, só que um pouco mais rápido que o primeiro e sem as pausas (2c).
Single Stroke Rudiments (Rudimentos de Toques Simples/Alternados)
Cada um destes rudimentos usa os toques alternados, que devem ser dominados mesmo que
você seja um iniciante ou um "Super Star" de Rock'n'roll. Os rudimentos de toques alternados vão
nos ajudar a desenvolver velocidade e destreza entre as duas mãos.
Single Stroke Roll
Os rudimentos de toques alternados são fáceis de se entender, mas como todo exercício,
exigem paciência, dedicação e um estudo constante (se possível diário).
O exemplo abaixo é apenas um gráfico de representação, não tente tocá-lo.
Vamos começar com conceito de que o Single Stroke Roll é um rudimento de REBOTE.
Aqui vai um exemplo: se você jogar uma bola de tênis numa pele de caixa (ou de um tambor),
ela vai rebater (voltar). Para sustentar um movimento constante da bola (para baixo e para cima),
tudo o que temos a fazer é aplicar um novo golpe na bola. A pele se encarrega do retorno
(rebote). Se você pegar uma baqueta e "batê-la" na pele, ela também vai fazer o rebote assumindo que você não usou nenhuma pressão ou tensão para impedir esse rebote. O quanto
mais forte você bater na pele, mais alto será o rebote.
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Para tocar um rudimento de rebote, você não deve produzir tensão alguma nos dedos, pulsos
ou antebraços. Use pressão suficiente apenas para segurar a baqueta e tocá-la na pele.
No Single Stroke Roll, em andamentos mais lentos, use um movimento completo e relaxado do
pulso. O antebraço somente se move em reação ao pulso - usar mais movimentos é perca de
energia!
Pratique este exercício para reforçar o conceito de rebote. Nele você trabalhará com 8 notas para
cada mão e poderá se concentrar nos movimentos.
Este outro exercício ajuda a isolar o rebote de cada mão no Single Stroke Roll. Estar tenso
quando tocamos os rudimentos de toques alternados é um problema comum. Quando você tocar
o 2º compasso, esteja certo de que a mão esquerda está tão relaxada quanto no 1º compasso
(idem para a mão direita nos compassos 3 e 4).
Este exercício é semelhante ao anterior, porém, usando tercinas. Procure prestar atenção aos
movimentos e lembrando-se dos conceitos sobre rebote.
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Double Strokes
Os Rudimentos de Toque Duplo requerem uma grande coordenação entre os pulsos e dedos
para ser executado corretamente. É recomendado aos iniciantes que "gastem" um bom tempo
com os exercícios preparatórios antes de ir aos Rudimentos propriamente ditos.
É necessário
primeiro desenvolver uma batida dupla com um movimento relaxado e constante de cada mão.
A prática dos rudimentos de toque duplo é muito importante. Todo baterista deveria passar
um bom tempo praticando o Long Roll (também chamado de Double Stroke Roll) para
desenvolver os toques duplos. Os Rulos de 5, 7 e 9 tem bastante aplicação em fills e em
improvisação, além de fortalecer e desenvolver os músculos dos dedos, pulsos e antebraços.
Long Roll
Este rudimento (chamado também de Double Stroke Roll), é de extrema importância para todo
baterista. Ele desenvolve a coordenação e a força dos pulsos e dedos.
Para desenvolver um Rulo com qualidade, é importante desenvolver um toque duplo com
movimentos relaxados. Se você entendeu os conceitos relacionados aos rudimentos de batida
dupla, vamos aos exercícios.
Quando tocá-lo num andamento mais lento, você vai usar 2 movimentos (relaxados) de pulso.
Por enquanto não use o rebote, primeiro é importante desenvolver um controle do pulso. Assim
que você aumentar o andamento tente controlar as duas batidas com os dedos. Na segunda
batida aperte levemente a baqueta para dar um pouco mas de volume do que na primeira.
É interessante praticar esse exercício numa superfície que não provoque o rebote da baqueta,
como uma lista de telefones. Isso vai requerer um relaxamento do pulso e atenção aos
movimentos. Primeiro pratique cada compasso como um exercício separado. Depois de dominálos, pratique do começo ao fim sem parar.
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Este exercício é similar ao anterior, só que desta vez usaremos 2 grupos de notas duplas
(DDEE e EEDD). Mantenha um movimento relaxado e suave das mãos.
Este exercício possui combinações de 3 e 4 grupos de batida dupla (DDEEDD e DDEE DDEE). É
importante mencionar que você não acentue a batida simples.
Depois que você combinou todos os exercícios anteriores de batida dupla, é hora de
colocarmos todos juntos. Isso requer uma boa concentração e que não haja dúvida em nenhum
dos exercícios anteriores. Novamente, pratique cada compasso separado e depois de dominá-los
junte todos os exercícios.
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Pratique esses exercícios acentuando a segunda batida; fechando a mão e aplicando uma
rápida pressão sobre os dedos.
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Estes exercícios usaremos o sinal de abreviatura para executarmos os rulos. Comece devagar,
à medida que você aumentar o andamento, procure se concentra na pressão dos dedos sobre as
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baquetas. Se as baquetas estiverem muito soltas, o rebote sairá bem "aberto" e se as baquetas
estiverem muito presas, as notas soarão como um "buzz".
Flam Rudiments
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Vamos dar início ao estudo da família do mais difícil dos rudimentos. Os Flams exigem muita
atenção e muita prática.
Se você nunca praticou o Flam antes, há alguns conceitos fundamentais que você deve
dominar primeiro. São eles: o UP STROKE, o DOWNSTROKE, o TAP e o REBOTE. se você já tem
domínio sobre esses conceitos, vamos em frente.
Flam Alternado
O Flam Alternado é a base de todos os rudimentos da família dos Flams. Se você "gastar" um
tempo agora desenvolvendo corretamente os fundamentos requeridos no Flam Alternado, todas
as outras variações serão mais fáceis. Mas se você negligenciar esses conceitos básicos agora,
você terá problemas mais tarde com os outros Rudimentos derivados deste.
O Flam é composto de 2 notas - a apogiatura (nota pequena) e a nota principal.
Exemplo:
Sempre toque a apogiatura levemente (cerca de 2 cm acima da pele), não importando a
velocidade ou volume da nota principal.
Vamos começar com um exercício preparatório.
Exercícios de Acentos e Tap
Uma das mais importantes técnicas para percussão e bateria é a habilidade de controlar o
rebote natural da baqueta. Quando fazemos os exercícios de acentos e tap, é importante
tocarmos os acentos com um movimento completo e aí pressionar levemente a baqueta com os
dedos na hora do impacto. Assim podemos controlar o rebote e tocar o tap mais suavemente.
Este exercício é usado para a aprendizagem do acento/tap num nível básico. Mantenha a mão
relaxada ao tocar os dois taps. No começo, vamos exagerar na altura dos movimentos. Para os
acentos, levante a baqueta uns 25 cm pele, e para o tap uns 2 cm. Deste modo ganharemos
maior contrôle sobre as baquetas. Assim que você aumentar o andamento, diminua
gradativamente a altura dos movimentos. Isto quer dizer que para movimentos rápidos temos
uma menor distância entre a pele e as baquetas.
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Este exercício é muito simples de se entender e tem grande efeito tanto para bateristas
iniciantes quanto para os avançados. Ao mesmo tempo que é fácil memorizá-lo, sua execução é
um pouco difícil, porque para fazê-lo rápido, é preciso ter um movimento relaxado da mão logo
após o acento.
Este exercício permite uma melhor visualização da altura da baqueta nas notas internas (não
acentuadas). Pratique em andamento moderado, prestando atenção nos movimentos.
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Acentuando Tercinas
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REBOTE
Exercícios de Rebote
Vamos começar relembrando o conceito de rebote. Se você jogar uma bola de tênis no chão,
ela vai completar uma série de saltos (rebotes), até que perca a força. Para sustentar estes saltos,
você deve aplicar uma nova força sobre a bola. No caso da bateria, a pele do tambor se
encarrega de fazer o rebote da baqueta. Lembre-se de controlar a pressão dos dedos sobre a
baqueta para "sentir" o rebote.
Para tocar o rebote adequadamente, você não deve manter tensão alguma sobre os dedos,
pulsos ou antebraços. Use pressão suficiente apenas para segurar a baqueta. Para andamentos
mais lentos, use um movimento completo do pulso. Andamentos mais rápidos requerem
movimentos dos dedos.
Estes exercícios são combinações de 3, 6, 9 e 12 toques para cada mão. Pratique primeiro
cada um separadamente, depois siga a sequência de 3 a 12 toques sem parar, pelo menos uns 8
compassos. Não comece muito rápido, não trabalhe além do seu limite.
Estar tenso quando você toca os exercícios de toques alternados é um problema comum.
Quando você tocar o segundo com passo deste exercício, tente deixar a mão esquerda tão
relaxada quanto no primeiro (idem para mão direita nos compassos 3 e 4).
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Neste exercício vamos usar um movimento "longo" para a primeira nota, e então permitir que
a baqueta rebata duas vezes, porém devemos controlar esse rebote com o pulso e os dedos.
Este é um exercício que vamos usar para reforçar a técnica do toque duplo, mas vamos fazê-lo
aqui também porque ele vai nos ensinar a relaxar o pulso nos andamentos lentos e deixar a pele
do tambor fazer o rebote.
Este exercício requer bastante atenção, procure se concentrar nos movimentos e, como
sempre, comece num andamento lento.
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COORDENAÇÃO
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Abertura de Chimbal
Abertura de Chimbal - Conceito
Quando é colocado um "O" acima da nota do chimbal, indica que ele deve ser tocado com a
baqueta enquanto o pé esquerdo é um pouco levantado, fazendo com que os pratos do chimbal
vibrem enter si. Entretanto, se abrirmos demais o chimbal, o som ficará "sujo" e se não abrirmos
o suficiente, o som ficará fraco. Por isso devemos praticar bastante até encontrarmos a abertura
ideal para cada som desejado.
Lembre-se:
O indica abrir chimbal
+ indica fechar chimbal
Nora: mantenha o chimbal firmemente fechado com o pé esquerdo em todas as notas sem o "O".
Exercícios de Abertura de Chimbal com Bumbo
Pratique devagar no começo. Procure tocar todas as notas no mesmo volume.
Primeiro pratique os exercícios sem o bumbo, depois de dominá-los, coloque o bumbo em
semínimas.
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Exercícios de Abertura de Chimbal com Caixa
Agora coloque a caixa nos tempos 2 e 4.
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Exercícios de Abertura de Chimbal com Bumbo e Caixa
As mesmas aberturas de chimbal com o bumbo nos tempos 1 e 3.
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Exercícios de Abertura de Chimbal e Bumbo simultâneos
Nos próximos exercícios, temos a abertura de chimbal e o bumbo tocados ao mesmo tempo.
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IMPROVISAÇÃO
Substituições de Bumbo de Buddy Rich por Bill Meligari
BA-di-di-di-di-BA di-di-di BA-di-di / BOOM-di-di-di-di-BOOM di-di-di BOOM-di-di…
Alguns o adoravam, e outros o odiavam, mas ninguém pode dizer que a maneira de tocar de
Buddy Rich não era excitante. Embora eu o tenha encontrado várias vezes, nunca tive a
oportunidade de praticar com ele. Entretanto, eu estudei tudo o que ele fez. E uma de suas
técnicas favoritas (julgando pela freqüência com que ele a usava) era as substituições de bumbo.
Se você já viu ou ouviu Buddy tocar, tenho certeza que você concorda comigo. Ele era um
verdadeiro mestre nesta técnica, a qual é obtida substituindo o acento da mão direita pelo
bumbo. Buddy usava isso tanto em solos longos como em fills curtos. Embora outros bateristas
tenham copiado esta técnica, ninguém esteve apto a executa-la como Buddy Rich. Neste artigo
vou mostrar como desenvolver esta técnica. Quem sabe um dia você poderá executá-la melhor
do que Buddy Rich. Nada é impossível.
Vamos começar nossos exercícios usando padrões de tercina porque era o que Buddy mais
usava. Se você não está familiarizado com o som da tercina, clique no ícone para ouvir os
exercícios.
Para começar estes exercícios, você precisa de uma bateria que tenha somente o bumbo e a
caixa. Pratique somente os dois primeiros compassos. Na primeira vez, toque todos os "D" com a
mão direita na caixa e esteja certo de que você executa cada acento como está escrito. Toque
todos os "E" com a mão esquerda sem os acentos. Uma vez que você consiga fazer os dois
compassos sem nenhum erro, volte ao início, só que desta vez toque os "D" com o pé direito ao
invés da mão direita. Os "E" continuam na mão esquerda. Isso permite com que você pratique os
exercícios de substituição de bumbo como Buddy fazia. Pratique cada exercício (de 2 compassos)
separadamente até que fique confortável. Uma vez que os exercícios estiverem fáceis, pratiqueos sem interrupção, o primeiro ao último.
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De início, você deve ter problemas para manter ao tercinas constantes, principalmente entre o
pé direito e a mão esquerda. Mas com prática, estes exercícios se tornarão naturais. Embora você
deva executar os exercícios numa boa velocidade, aproximadamente 160 bpm, comece com 60
bpm. A jogada é você desenvolver um som constante entre o pé e a mão direita, como se o pé
fosse uma outra mão.
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RÍTMOS
Rock
Introdução ao Rock
O Rock tem constantemente mudado e contribuído para o aparecimento de novos estilos
desde que ele apareceu. Assim como outros estilos, o Rock tembém tem, através dos anos,
mantido certos elementos. Durante os últimos 20 anos a maioria dos rítmos de Rock tem se
baseado numa combinação de colcheias e semicolcheias. Hoje em dia há dezenas de tipos de
Rock, todos com um nome e um " feeling" diferente: Disco, Funk Rock, Jazz Rock, Country Rock,
Acid Rock, Punk Rock, etc. Cada uma dessas variações contém elementos que a classificam como
Rock, mas cada uma tem também algo que difere uma da outra.
O baterista deve conhecer essas diferenças e possuir habilidade para expressá-las. Muito
bateristas inexperientes acham que eles sabem como tocar Rock porque eles ouvem isso no rádio
todos os dias e parece um tanto simples. Mas eles não percebem que por trás destes arranjos
simples, há um trabalho duro, com muitos anos de pesquisa e dedicação; que exige muito estudo
e preparação da parte dos músicos. É claro que estamos falando aqui de Rock de Qualidade!
Por isso vamos encarar os estudos com muita seriedade e disciplina, para mais tarde
podermos desfrutar deles!
Variações de Bumbo e Caixa em colcheias
Num padrão básico de Rock, a mão direita toca colcheias no chimbal fechado. A mão esquerda
toca os tempos 2 e 4 na caixa. Para completar esse padrão, o pé direito toca uma variedade de
figuras rítmicas no bumbo. Se houver dificuldade de coordenação, deve-se diminuir o andamento
até que fique confortável.
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Variações: repetir os exercícios anteriores com a mão direita no prato de condução;
alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução (4 x para cada).
Faremos agora algumas variações na caixa:
Variações: repetir os exercícios anteriores com a mão direita no prato de condução;
alternar a mão direita no chimbal e no prato de condução (4 x cada).
Esta revisão deve ser feita do começo ao fim sem nenhum erro. Se houver dúvida em algum
dos rítmos, deve-se estudá-lo separadamente. Observe que há um Ritornello no final do
compasso 16. Isso significa que devemos repetir o exercício todo. Faça a 1ª vez com a mão direita
no chimbal e a 2ª (repetição) com a mão direita no prato de condução.
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Variações de Bumbo e Caixa com Chimbal em semicolcheias
Em um compasso de 4/4, temos duas colcheias para cada tempo, como já foi visto
anteriormente.
Exemplo:
Estudaremos alguns rítmos agora, com o chimbal em semicolcheias. Neste caso, temos 4
semicolcheias para cada tempo, cada uma valendo ¼ de tempo. Devemos prestar bastante
atenção em qual das quatro semicolcheias "cai" o bumbo e a caixa.
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Exemplo:
Estudaremos aqui algumas variações de bumbo com o chimbal em semicolcheias. Comece
devagar e preste atenção em qual chimbal "cai" o bumbo e a caixa. Procure contar os tempos em
voz alta.
Variações: passar a mão direita para o prato de condução; alternar a mão direita no chimbal e no
prato de condução.
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Estes exercícios são semelhantes aos anteriores, porém com as variações para a caixa.
Variações: passar a mão direita para o prato de condução; alternar a mão direita no chimbal e
no prato de condução.
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Esta revisão deve ser feita do começo ao fim sem nenhum erro. Se houver dúvida em algum
dos rítmos, deve-se estudá-lo separadamente. Observe que há um ritornello no final do compasso
16. Isso significa que devemos repetir o exercício todo. Faça a 1ª vez com a mão direita no
chimbal e a 2ª com a mão direita no prato de condução.
Variações de Bumbo e Caixa em semicolcheias
Faremos agora alguns exercícios com variação do bumbo em semicolcheias. Procure prestar
atenção no som de cada célula rítmica, e tente memorizá-lo. Comece lento e vá aumentando o
andamento aos poucos.
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Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Estudaremos aqui algumas variações de caixa em semicolcheias.
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Mãos Alternadas no Chimbal
Quando tocamos um rítmo com as mãos alternadas (DEDE) em semicolcheias no chimbal,
devemos observar que:
1. a mão direita "sai" do chimbal para tocar os tempos 2 e 4;
2. a mão direita toca as primeiras e terceiras semicolcheias;
3. a mão esquerda toca as segundas e quartas semicolcheias.
Devemos observar também qual das mãos toca simultaneamente com o bumbo.
Exemplo:
Estudaremos mais tarde, a caixa na 2ª, 3ª e 4ª semicolcheias. Por isso é importante "sentir" as
4 semicolcheias que temos em cada tempo.
Temos aqui alguns exemplos de rítmos com as mãos alternadas em semicolcheias. Verifique
qual chimbal coincide com o bumbo. Pratique devagar no começo e procurando memorizar os
ritmos.
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Deslocamento das Mãos em Chimbal Alternado
Nestes exemplos, vamos deslocar a caixa na 2ª, 3ª , 4ª semicolcheia de cada tempo e outras
combinações. Observe que ao tocarmos a 1ª e 3ª semicolcheia, usaremos a mão direita; já na 2ª
e 4ª semicolcheias, usaremos a mão esquerda. Procure contar os tempos em voz alta e, se
possível, usando um metrônomo. Comece lento e aumente o andamento somente depois de ter
dominado cada exercício.
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Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Fills com Mãos Alternadas
Veremos aqui alguns exemplos simples de fill com as mãos alternadas. Em outra seção,
estudaremos mais profundamente esse assunto.
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Acentuações com Mãos Alternadas
Aplicaremos aqui algumas variações de acentos com as mãos alternadas no chimbal. Como
nos exercícios de deslocamento da caixa, aqui devemos nos lembrar que a mão direita acentua a
1ª e 3ª semicolcheia e a mão esquerda acentua a 2ª e 4ª semicolcheia de cada tempo. Pratique
devagar, procurando manter um mesmo nível (dinâmica) e diferenciando bem as notas
acentuadas das não acentuadas. Priorize a "limpeza" e igualdade entre as notas e não a
velocidade.
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Aplicação do Chimbal com o Pé Esquerdo
Nesta seção vamos aplicar o chimbal com o pé esquerdo (para os destros) na cabeça dos
tempos e nos contra tempos. Vamos começar revisando as 8 variações de bumbo em colcheias
vistas anteriormente.
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Se você já dominou os exercícios anteriores, o próximo passo é passar a mão direita para o
prato de condução e aplicar o chimbal com o pé esquerdo na cabeça dos tempos. Inicialmente se
houver uma dificuldade neste exercício, experimente tocar o chimbal com o pé somente nos
tempos 2 e 4, junto com a caixa; depois nos tempos 1 e 3 com o bumbo. E finalmente coloque o
chimbal com o pé nos quatro tempos.
Vamos agora, colocar o chimbal com o pé nos contra tempos. Lembre-se de começar devagar,
dando prioridade ao equilíbrio e igualdade entre as notas, não simplesmente correndo através
dos exercícios. Procure perceber onde "cai" cada nota, contando os tempos em voz alta.
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Vamos fazer agora uma pequena revisão dos exercícios anteriores. Colocaremos as 3
variações em sequência. Pratique cada exemplo separadamente, depois faça o exercício todo, do
começo ao fim sem interrupção.
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Blues e Shuffle
Ritmicamente falando, existem dois tipos de "feeling":
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1. rítmos obtidos com a divisão e subdivisão da unidade de tempo em duas partes, ou
múltiplos de 2. Por exemplo - em 4/4 a semínima é a unidade de tempo; então podemos
subdividi-la em 2 colcheias, 4 semicolcheias, 8 fusas, etc. Nesta categoria temos o Rock,
Funk, Samba, etc.
2. rítmos obtidos com a divisão e subdivisão da unidade de tempo em três partes, ou
múltiplos de 3. Em outras palavras, todos os rítmos baseados em tercinas, sextinas, etc.
Nesta categoria temos o Blues, o Gospel, Shuffle, Jazz, Ritmos Africanos, etc.
Blues
O Ritmo padrão de Blues é baseado em tercinas de colcheia. Há 3 colcheias tercinadas para
cada semínima.
Exercícios preparatórios
Adicionando a caixa nos tempos 2 e 4
Algumas variações básicas de bumbo
Comumente encontramos o rítmo de Blues escrito em 12/8. Isto acontece porque os
arranjadores preferem usar a colcheia como unidade de tempo, eliminando aquele "3" colocado à
cima da tercina, ficando assim, a partitura mais "limpa".
Exemplo:
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Usando a sextina no rítmo de Blues.
Quando o andamento é muito lento (56-76 bpm), a sextina pode ser usada para conduzir o
rítmo de Blues. Neste caso há 6 semicolcheias para cada semínima.
Variações na condução
Disco
Introdução ao Disco
A principal característica do DISCO é o bumbo tocado na cabeça dos tempos. O chimbal toca
tanto colcheias como semicolcheias, abrindo sempre nos contra tempos. Os andamentos variam
de 92 a 132 batidas por minuto.
Exemplo de DISCO com chimbal em colcheias:
Exemplo de DISCO com chimbal em semicolcheias:
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O chimbal alternado em semicolcheias é muito utilizado nos rítmos de DISCO e ROCK'N'ROLL.
A manulação básica é DEDE, e a mão direita sai do chimbal para tocar na caixa nos tempos 2 e 4.
Adicionado a Abertura de Chimbal
Nos rítmos com mãos alternadas em semicolcheias, as duas mãos podem ser usadas para
fazer a abertura de chimbal. Quando um "O" aparece sobre uma semicolcheia, deve-se abrir o
chimbal e fechá-lo imediatamente na semicolcheia seguinte. Estude os exemplos à seguir,
lembrando-se de deixar o chimbal firmemente fechado nas notas sem o "O".
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Apostila de Bateria – Do Básico ao Intermediário Adicionado os acentos ao rítmo de Disco
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Combinação de acentos e abertura de Chimbal
Ritmos Afro - Cubados
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Parte 1 - Compreendendo a Clave
No Pop, Rock, Funk, etc - nós temos os acentos nos tempos 2 e 4 que são importantes para o
feel e o groove da música moderna. Da mesma maneira, a clave é o coração da música AfroCubana. De acordo com a tradição africana, os jovens bateristas devem tocar a clave por um bom
tempo antes de passar para a bateria. Para aprender esse estilo você deve dominar os tipos de
claves antes de passar para os grooves.
Como instrumentos, as claves são apenas dois pedaços de madeira que são tocados um contra
o outro.
A palavra clave, literalmente quer dizer chave, conseqüentemente a clave é a chave para os
ritmos Afro-cubanos. Ela serve como a pulsação, o guia para a composição das músicas.
A clave é caracterizada por dois compassos, cada um tendo dois tempos. Em um compasso a
clave contem 3 notas e no outro 2 notas. A "direção" da clave é determinada pela localização do
compasso que possui 3 notas e pelo que possui 2 notas. Assim, temos a clave 3:2 (3 notas no
primeiro compasso e 2 no segundo), e a clave 2:3 (2 notas no primeiro compasso e 3 no
segundo). A direção da clave vai determinar como a música vai "soar".
Clave de Son 3:2
A clave son é o coração da maioria da música afro-cubana. Para interiorizar a clave, pratique o
exercícios abaixo várias vezes. Neste exercício temos o bumbo marcando os tempos e os acentos
da caixa formando o padrão da clave son 3:2.
Agora, toque a clave no aro da caixa com a mão esquerda enquanto marca os tempos com a
mão direita no chimbal.
Neste exercício vamos adicionar o cowbell com a mão direita.
Clave de Son 2:3
Temos aqui o inverso da clave 3:2, com 2 notas para o primeiro compasso e 3 para o segundo.
Pratique os exercícios de acentos para memorizar o feel da clave 2:3.
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Adicione a mão direita no chimbal e a mão esquerda no aro da caixa.
Finalmente, o padrão com o cowbell.
Pratique muitas vezes estes exercícios até dominá-los. Mas ainda tem mais!
Clave de Rumba 3:2
A Clave de Rumba é o desenvolvimento da Clave de Son e é muito usada no Guaguanco.
Perceba como ela é parecida com a Clave de Son, porém com a terceira nota deslocada.
Pratique os acentos.
Adicione a mão direita no chimbal e a mão esquerda no aro da caixa.
Finalmente, pratique com o cowbell na mão direita.
Clave de Rumba 2:3
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Temos agora o inverso da Rumba Clave 3:2.
Pratique com os acentos.
Adicione a mão direita no chimbal e a mão esquerda no aro da caixa.
Faça agora o padrão do cowbell com a mão direita.
Pratique e procure interiorizar as várias formas da clave. Ao invés de tocar as claves apenas
quando você se senta à bateria, procura cantá-las quando você anda pela rua, ou tocá-las com as
mãos na perna quando você está num ponto de ônibus, etc. Desta forma você vai estar sempre
em contato com o feel das claves e estará se familiarizando com ela, e não simplesmente as
decorando.
Observação: a música Afro-cubana é originalmente escrita em 2/2. Estaremos apresentado os
exercícios aqui em 2/4 para facilitar a leitura, mas não se esqueça de praticar a leitura em 2/2
também.
Samba
Estudaremos aqui alguns exercícios para o desenvolvimento da coordenação no rítmo de
SAMBA. Usaremos as folhas de leitura como variações de mãos e pés.
1º. exercício: os pés fazem o padrão de SAMBA, a mão direita faz a condução em
semicolcheias no Ride e a mão esquerda toca as figuras da folha de leitura no aro da caixa.
Exemplo:
2º. exercício: os pés fazem o padrão de SAMBA, as mãos tocam as figuras da folha de leitura
em uníssono no Ride e na caixa.
Exemplo:
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3º. exercício: os pés fazem o padrão de SAMBA e as mãos tocam grupos de semicolcheias
alternadas, acentuando as figuras da folha de leitura.
Exemplo:
4º. exercício: para andamentos mais rápidos, os pés fazem o padrão de SAMBA, a mão
direita toca um grupo de 3 notas no Ride e a mão esquerda toca as figuras da folha de leitura no
aro da caixa.
Exemplo:
Obs. O ritmo de samba é originalmente escrito em 2/4. Em nossos exemplos o samba está escrito
em 4/4 para ser utilizado juntamente com as folhas de leitura que serão utilizadas para estudos
de outros ritmos.
Baião
Introdução ao Baião
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Forma musical nordestina, originalmente executada pelas violas nos intervalos dos cantos nos
desafios. Foi difundido a partir de 1946 pelo sanfoneiro pernambucano Luís Gonzaga, que o
divulgou através das estações de rádio, o que lhe deu o título de Rei do Baião. Cantando a dureza
da vida nordestina, mas com um ritmo contagiante, Gonzaga lançou também uma nova maneira
de dançar o baião. A partir daí o baião começou a ser modificado pelas influências locais. Entre os
sucessos de Gonzaga, em parceria com Humberto Teixeira, estão Asa Branca (1948) e Baião de
Dois. Mulher Rendeira (1950), de Zé do Norte, também ficou bastante conhecido. Com artistas
como Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti, o baião, assim como outros ritmos brasileiros, passou
a ter uma fusão com o jazz e a música instrumental contemporânea, resultando numa infinidade
de variações.
O baião é um ritmo escrito em 2/4, e como todo ritmo brasileiro, ele é originalmente composto
por instrumentos de percussão como o pandeiro, ganzá, zabumba e triângulo. Assim, o que
podemos fazer é apenas uma adaptação à bateria. É de extrema importância ouvirmos os
principais artistas do gênero, para identificarmos os timbres, as células rítmicas usadas e
principalmente incorporarmos o feeling do ritmo que estamos executando.
A Condução
Vamos começar com 4 padrões de pedais, lembrando que existem ainda outros. Note que o
bumbo toca as células da zabumba, enquanto que o chimbal marca os contra-tempos simulando o
ganzá. Pratique os exemplos em vários andamentos, mas comece bem devagar.
Adicionaremos agora a mão direita no chimbal. o acento que recai sobre o contratempo não
significa realmente que a nota deva ser acentuada e sim apenas destacada sutilmente.
Passe a mão direita para o prato de condução e não se esqueça do chimbal com o pé esquerdo
nos contra-tempos.
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Tente permanecer o mais relaxado possível enquanto você toca, principalmente nos
andamentos mais rápidos. Lembre-se que a tensão inibe a execução. Esteja certo de que você
dominou estes exercícios antes de passar para os seguintes.
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